Brasil ultrapassa 400 mil mortes pela pandemia de Covid-19

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pandemia - pandemiasO Brasil registrou nesta quinta-feira (29) 3.001 óbitos causados pela Covid-19 e superou os 400 mil óbitos acumulados em um ano de dois meses de pandemia. O país ocupa o triste segundo lugar mundial em número de óbitos e vê poucos indícios de saída desta crise.

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De acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) registramos 401.186 vidas perdidas para a doença. Muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas, não fosse o negacionismo do governo Bolsonaro que desde o início da pandemia trabalhou a favor do vírus e contra o povo brasileiro.

O levantamento do Conass, que compila dados de secretarias de Saúde dos 26 Estados e do Distrito Federal apontou ainda 69.389 novos casos de Covid-19 em 24 horas, com um total de 14.590.678 registros desde o início da pandemia.

Num ritmo de mortes acelerado, levamos apenas 36 dias para somarmos mais 100 mil mortes por Covid-19.

Em 24 de março, há pouco mais de um mês, o país havia ultrapassado 300 mil mortes por Covid-19 , dois meses e meio após ter chegado a 200 mil mortos, em 7 de janeiro de 2021. Já esta marca demorou pouco mais de cinco meses após a pandemia chegar aos 100 mil mortos, o que ocorreu em 8 de agosto de 2020.

O Brasil hoje é segundo país do mundo a romper a barreira de 400 mil vidas perdidas pela Covid-19 e, apenas nos quatro primeiros meses de 2021, o país já soma mais óbitos pela doença do que o registrado ao longo de todo o ano passado.

O mês de abril, que se encerra amanhã (30), também já é o pior de toda a pandemia: foram mais de 76 mil em 29 dias de abril. Março, o mês anterior mais letal da pandemia, teve 66.868 mortes em 31 dias.

SILÊNCIO

Diante do cenário de calamidade, o que vemos por parte do governo federal é o completo descaso com a situação dos brasileiros. Bolsonaro e seus ministros continuam em sua pregação contra as medidas de restrições de circulação que foram tomadas por governadores e prefeitos e que impediram que a tragédia fosse ainda pior.

O criminoso que ocupa a Presidência da República também mantém sua defesa do uso de medicamentos que não possuem qualquer eficácia contra o coronavírus e, ao contrário, aumentaram os índices de mortalidade da doença nas vítimas do charlatanismo bolsonarista.

O governo que deveria organizar o Plano Nacional de Imunização é aquele que sabota a vacinação e atua para barrar a compra de imunizantes. Nesta semana, vimos o completo desrespeito da diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com a vida dos brasileiros ao proibir a importação da vacina russa Sputnik V, que possui eficácia comprovada de 91,6% – segundo divulgado pela revista científica Lancet, pelos governadores do Nordeste brasileiro, que assinaram contrato para a compra de 37 milhões de doses do imunizante. Hoje (29), o respeitado Instituto Gamaleya anunciou que processará a Anvisa por divulgação de informações falsas sobre a Sputinik V.

A diretoria da Anvisa também impediu o avanço dos testes da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, a ButanVac. Segundo a agência, o Butantan, o maior produtor de vacinas da América Latina, ainda não apresentou os documentos que foram exigidos para a liberação do início dos testes em humanos.

Em resposta, o governo de São Paulo e o Instituto Butantan, cobraram o ‘senso de urgência’ dos diretores da Anvisa frente à pandemia. Segundo Dimas Covas, presidente do Instituto, a agência levou mais de um mês para responder a primeira solicitação do Butantan sobre os testes.

A atuação criminosa de Bolsonaro no decorrer da pandemia foi alvo de repúdio por membros do Parlamento Europeu nesta quinta-feira (29). Durante debate, os eurodeputados defenderam a investigação dos crimes de Bolsonaro.

‘Desde o começo da crise da pandemia, Bolsonaro se recusou a tomar decisões e rejeitou medidas cientificamente comprovadas. Ele reduziu a importância da pandemia, se opôs à vacinação e tentou ações em tribunais contra lockdown’, declarou a deputada alemã do Partido Verde, Anna Cavazzini.

Miguel Urban Crespo, eurodeputado espanhol, afirmou que a situação ‘dramática’ do Brasil é resultado da ‘gestão criminosa de Bolsonaro’. ‘No lugar de declarar guerra ao vírus, ele declarou guerra à ciência, à medicina e à vida. As mortes seriam evitadas. Sua necropolítica e sua política da morte constitui um crime contra a humanidade que deve ser investigado’, assinalou.

Segundo o Observatório Covid-19 da Fiocruz, o Brasil hoje está em um novo platô, com cerca de 3 mil mortes diárias, no qual as estatísticas não pioram, mas resistem a dar sinais de melhora.

O padrão atual pode representar uma desaceleração da pandemia, com a formação de um novo patamar, como o ocorrido em meados de 2020, porém com números bastante elevados de casos graves e óbitos, que revelam a intensa circulação do vírus no país. Esse conjunto de indicadores, que vêm sendo monitorados pelo Observatório Covid-19 da Fiocruz, mostram que a pandemia pode permanecer em níveis críticos ao longo nas próximas semanas.

Segundo os pesquisadores do Observatório, o quadro atual pode representar uma desaceleração da pandemia, com a formação de um novo patamar, como o ocorrido em meados de 2020, porém com números muito mais elevados de casos graves e óbitos, que revelam a intensa circulação do vírus no país. Caso mantido este patamar, sem redução, isso pode significar mais 200 mil mortes até o meio do ano.

Algumas medidas de restrição de mobilidade e de atividades econômicas, adotadas nas últimas semanas por diversas prefeituras e estados, ainda que bastante diversificadas, produziram impactos positivos. No entanto, a sua flexibilização sem um controle rigoroso das medidas de distanciamento físico e social pode retomar o ritmo de aceleração da transmissão, com a produção de novos casos, vários deles graves, e elevação das internações e taxas de ocupação de leitos.

Fonte: Expresso 222

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/

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