Um impasse burocrático impede a chegada de 4 milhões de doses da Covaxin ao Brasil, imunizante contra a Covid-19 produzido na Índia, quase duas semanas após a aprovação com restrições por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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Existe hoje uma dificuldade de acerto entre o Ministério da Sáude e a Precisa Medicamentos, responsável pela vacina. De acordo com informações do UOL, a empresa alegou que é responsabilidade da pasta comandada por Marcelo Queiroga solicitar a licença da importação. O ministério, por sua vez, teria informado que ainda faltavam documentos para conseguir dar entrada na licença.
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“As doses estão prontas, aguardando a emissão da LI [licença de importação] para serem embarcadas”, afirmou a empresa.
As doses da Covaxin serão entregues em um lote único e serão capazes de imunizar 2 milhões de brasileiros. O esquema vacinal do imunizante indiano exige um intervalo mínimo de 28 dias para aplicação do reforço.
Em nota, o Ministério da Saúde culpou a Precisa, que estaria demorando de fazer “ajustes na documentação” necessária para que a Anvisa emita a licença para importação.
Entre as questões pendentes estão o “certificado de liberação do lote, datas de fabricação, entre outros documentos” que foram requeridos pelo órgão quando decidiu pela aprovação com restrições.
A Anvisa, por sua vez, garante que até o momento não houve um pedido formal para a licença. O documento deve contar a assinatura do Ministério da Saúde e da fabricante indiana, como um termo de compromisso sobre as condições impostas pela Anvisa.
RESTRIÇÕES
Apesar do contrato do Ministério da Saúde para a compra de 20 milhões de doses da Covaxin, a Anvisa só autorizou a importação de 4 milhões e a aplicação em circunstâncias controladas.
O mesmo aconteceu com a Sputnik V. Na Bahia, por exemplo, o governador Rui Costa (PT) confirmou que a vacina russa deve ir somente para algumas poucas cidades, para inclusive experimentar a aplicação em larga escala em um ambiente definido.
Por enquanto, a vacina foi permitida para adultos entre 18 e 59 anos. Ficam de fora as grávidas, puérperas e pessoas com comorbidades.
Fonte: A Tarde Online