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Casal de empreendedores realiza sonhos no associativismo

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Foto: Divulgação

A sintonia desse casal de empreendedores vem de berço. Tiago Almeida descende de uma família acostumada com essa experiência e Tayanne Brito cresceu presenciando as dificuldades vividas pelo pai empresário. A união de aprendizados os levou a comandar duas farmácias associativistas exitosas no Piauí. O terceiro PDV está a caminho.

No 20º episódio da seção Minha História, contamos como o empreendedorismo mudou a opinião de uma enfermeira concursada e como a paixão pelo varejo farmacêutico congregou um grupo de gestores de diferentes setores, mas ligados pelo sangue.

Casal de empreendedores tinha visões conflitantes

A trajetória do casal de empreendedores revela muitas coincidências, a começar pelos 35 anos de idade. Além disso, estudaram na mesma escola e conheceram-se em 2006, quando cursavam o terceiro ano do ensino médio em Teresina (PI).

Natural de Guadalupe (PI), Almeida viu, desde o princípio, seu pai comandando o próprio negócio. Mesmo sem estudo, Mário da Silva aventurou-se nos mais diferentes setores, como o supermercadista, de postos de gasolina e, é claro, o varejo farmacêutico.

Já Tayanne, que nasceu e cresceu na capital, viu o pai Taumi Tércio falir ao decidir investir no mercado de papelaria. “Empreender para mim virou um trauma, era algo do qual eu queria distância”, confidencia. O destino encarregou-se de mudar essa percepção.

Pai encorajou filho a empreender

Depois de ter cursado biomedicina, Almeida foi a São Paulo para fazer uma pós-graduação em patologia clínica e medicina laboratorial. Formado, o profissional voltou para o Piauí, mas decepcionou-se com o mercado de trabalho.

“Procurando um emprego na área, senti que os rendimentos estavam aquém do que eu esperava. Fui me aconselhar com meu pai, que deu a ideia de voltar para Guadalupe e abrir o próprio negócio”, conta.

Em 2012 ele retornou à sua cidade natal e, com sua vivência em grandes centros urbanos, de cara identificou uma oportunidade. “Faltava uma drogaria na cidade que abrisse aos domingos e funcionasse em um horário mais amplo. O varejo farmacêutico ainda era muito ‘raiz’ na região”, afirma. Com esse insight, Almeida definiu qual seria seu próximo passo. Precisava só convencer o pai.

Pai era contrário ao plano de abrir uma farmácia

Seu Mário comandou uma farmácia na cidade por 18 anos. Sua experiência, que poderia ser um alicerce para o negócio de Almeida, tornou-se um sentimento oposto. O patriarca era contra os planos do filho de investir no setor.

“Meu pai administrou uma farmácia bem na época em que eu e minha mãe estávamos na capital. Ele teve que gerir o negócio sozinho e, com as dificuldades inerentes ao setor, acabou desistindo. Na sua opinião, eu deveria pensar melhor, mas já estava decidido”, relembra.

Almeida inaugurou sua primeira drogaria em 2013, uma pequena loja de 40 metros quadrados e com prateleiras de vidro. Nessa época, ele ainda não havia convencido Tayanne a se juntar a ele nessa empreitada.

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Foto: acervo pessoal

Empreendedora? Não, funcionária pública 

Enquanto Almeida estudava, Tayanne fazia o mesmo. Na faculdade, graduou-se como enfermeira e realizou o antigo sonho de se tornar uma funcionária pública. Mesmo à distância, o casal seguia junto.

Um ano depois da abertura da primeira farmácia, eles se casaram, mas a enfermeira ainda não estava pronta para trocar de profissão. “Foi apenas em 2015, depois de passar um mês de férias em Guadalupe, que resolvi mudar. Mas a condição era voltar a estudar”, conta. E foi o que ela fez. Como já era uma profissional da saúde, em três anos Tayanne também se formou em farmácia.

Endereço novo, farmácia reforçada 

Na mesma época, Almeida já pensava novamente em inovar. O primeiro passo era ter uma loja maior. “Estamos locados em uma cidade de 10 mil habitantes. Pensamos, então, em mudar de endereço e contar com uma unidade de 240 metros quadrados”, destaca.

A ideia era trazer para o município uma loja moderna, climatizada e oferecer um mix de produtos muito mais amplo. “Queríamos nos tornar uma espécie de shopping center para a região”, brinca.

Os negócios iam bem, mas o que assustava era a possibilidade de uma grande rede chegar à região. E a empresa que eles mais “temiam” se transformaria em um “sonho” no futuro.

Crescimento da Ultra Popular deixava empreendedores apreensivos

Quatro anos depois da mudança, novamente o casal sentia que era hora de buscar algo novo. “Acompanhávamos outras farmácias e sempre descobríamos que eles estavam realizando algo que nós ainda não fazíamos. Cansamos de estar na retaguarda da inovação”, conta Tayanne.

Uma dessas redes acompanhadas era a Ultra Popular. Com forte presença no Maranhão, a possibilidade de uma unidade abrir no município causava temor nos empreendedores. Por coincidência, enquanto buscavam uma solução para fazer algo diferente, a inovação bateu à porta.

“Um representante comercial veio até nossa loja e, quando partilhamos nossas dores, ele disse que a Farmarcas era exatamente aquilo que procurávamos. Indicou o contato de um associado, que era seu conhecido, e poderia nos explicar mais sobre a administradora”, diz Almeida. Devidamente apresentados à Farmarcas, veio a hora de buscar mais informações sobre o associativismo. Foi por meio de pesquisas na internet e conversas com associados que a ideia de converter bandeira começou a surgir.

Mudança de bandeira não correu como planejado 

Com uma farmácia ainda “cheirando a nova” e finalizando a construção de seu segundo PDV, o caminho mais lógico para os empreendedores era converter a bandeira da filial, evitando novos gastos.

“Indicamos a segunda unidade para marcar nossa entrada na Farmarcas, só que o ponto foi recusado. Por outro lado, a loja principal seria aceita. Não queríamos passar por novas mudanças, mas quando fizemos um treinamento na sede da administradora, qualquer dúvida que tínhamos foi esquecida”, aponta o gestor. Em 2023, o casal aderiu à bandeira da BigFort.

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Foto: acervo pessoal

Sucesso inspirou família empreendedora

O desejo de ser dono do próprio destino não se limitou a pai e filho. Todos os irmãos possuem comércio e, pela primeira vez, unirão forças. “Sempre tento trazer novas pessoas para esse mercado que sou apaixonada. Agora, como uma família empreendedora, abriremos uma unidade, juntando a especialidade de cada um”, comemora Tayanne.

Esse novo PDV significa, inclusive, a realização de um sonho para a farmacêutica. “Apesar do medo que tinha quando conheci a Ultra Popular, sempre quis estar à frente de uma loja da bandeira. Agora, isso será possível”, confidencia.

Com a nova unidade, a primeira fora de Guadalupe, o casal espera dobrar seu faturamento. “Com a Ultra Popular, que ficará em Campo do Buriti (PI) e será inaugurada ainda neste ano, esperamos chegar a R$ 1,2 milhão”, antecipa Almeida.

Com 90% de market share na cidade natal e chegando a uma nova praça, os gestores almejam ser uma referência no Piauí nos próximos cinco anos. “Se hoje já estamos chegando a novos municípios, será que é sonhar demais sair do estado?”, questiona.

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