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Caso raríssimo de divertículo gigante é registrado no Rio

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divertículo gigante
Foto: Dracaína Filmes

Um caso de divertículo gigante relatado pelo Hospital Municipal Salgado Filho (HMSF), do Rio de Janeiro, foi apresentado no 17° Congresso Europeu Colorretal, realizado em dezembro na Suíça. A descoberta reportada, uma formação inflamatória de 13 x 12 x 10cm na região abdominal, está entre os menos de 200 casos da doença catalogados pela literatura médica até hoje.

Em média, este tipo de inflamação tem entre 4 e 9 cm de diâmetro. O paciente, um homem de 62 anos, foi operado no HMSF e está plenamente recuperado.  “O fato de o estudo ter sido publicado nesse congresso, muito restrito e respeitado, é o maior sinal da importância que ele tem”, destaca o cirurgião Alexandre Fiuza, um dos autores do trabalho.

Uma curiosidade cerca o achado da equipe médica do HMSF: foi praticamente um trabalho em família. Alexandre Fiuza, que atua há 30 anos no setor de cirurgia do hospital, ficou encarregado da extração do tecido inflamado. Seu filho, Leonardo Fiuza, foi quem realizou o atendimento ambulatorial do paciente e descobriu o quadro por meio de uma tomografia computadorizada. Para completar, a cineasta Débora Fiuza, que também é filha de Alexandre, preparou o vídeo de apresentação do trabalho submetido à banca avaliadora do congresso.

Como foi o diagnóstico de divertículo gigante

O caso de divertículo gigante chegou pela emergência do hospital. O paciente vinha sofrendo de dores abdominais e perda de peso – alguns dos sintomas mais comuns de divertículo – há pelo menos dois meses. Como informa o artigo publicado na revista “European Surgery – Acta Chirurgica Austriaca”, assinado pela equipe do Hospital Salgado Filho, o exame clínico indicou a presença de uma massa flácida, palpável e dolorosa no flanco esquerdo do abdome.

Ao ver o resultado da tomografia computadorizada, Leonardo Fiuza ficou incrédulo com o tamanho da inflamação. “Nunca tínhamos ouvido falar em divertículo gigante. Pesquisamos e vimos que os casos eram raríssimos. Foi uma surpresa muito grande, que começou com um paciente com queixa de dor na barriga”, comenta o médico.

Uma semana depois, a cirurgia de laparotomia exploradora confirmou a existência de massa inflamatória na parede abdominal e no cólon sigmoide, que fica na porção final do intestino grosso. O paciente teve uma recuperação tranquila e recebeu alta quatro dias depois.

Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação

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