A Secretária de Saúde do Estado do Acre já confirmou 66 casos de infecções por Oropouche e Mayaro em 10 municípios dos 22 existentes. Os dados são referentes ao último dia 22 de dezembro de 2023, segundo o Ac24Horas e do G1.
Segundo os dados da Sesacre, das infecções pelo Oropouche são 60, sendo 8 casos em Acrelândia, 1 em Brasiléia, 3 em Feijó, 8 em Manoel Urbano, 5 em Porto Acre, 32 em Rio Branco, 1 registro em Sena Madureira e 2 em Xapuri. Já em relação aos casos de Mayaro são 6, sendo 3 em Cruzeiro do Sul, 1 em Mâncio Lima, 1 em Rio Branco e 1 em Xapuri.
Saiba mais sobre os vírus Mayaro e Oropouche
Tanto o vírus Mayaro como o Oropouche causam sintomas parecidos com os da dengue, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O Mayaro, inclusive, é chamado de “primo” da chikungunya.
A febre Oropouche é uma arbovirose transmitida por mosquitos, que apresenta sintomas semelhantes aos da dengue, embora com risco bem menor de complicações hemorrágicas e de morte. Raramente, os casos podem ser complicados por meningite de padrão viral (benigna).
O principal mosquito transmissor da doença entre os seres humanos é o Culicoides paraensis, mais conhecido como “maruim”. As medidas de prevenção consistem em se evitar a proliferação e o contato com mosquitos, à semelhança dos cuidados contra a dengue.
Já o vírus Mayaro é endêmico (tem presença contínua) na Amazônia e é normalmente transmitido pelos mosquitos do gênero Haemagogus, que vive nas matas e também é conhecido por propagar a febre amarela silvestre. É um perfil diferente do Aedes aegypti, vetor da dengue, zika, chikungunya e da febre amarela urbana – já que este vive nas cidades.
Sintomas do vírus Oropouche:
- Febre
- Dor de cabeça
- Dor no corpo e nas articulações.
- Em alguns casos, o paciente pode apresentar vômitos
Sintomas do vírus Mayaro:
Infecção gera sintomas semelhantes à causada por chikungunya, como febre alta e dores articulares, o que dificulta o diagnóstico.