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Chapecó registra a primeira morte causada por Covid-19, diz prefeito

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O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (PSL), afirmou na manhã desta segunda-feira (18) que a cidade teve a primeira morte registrada por Covid-19. Em entrevista ao Bom Dia Santa Catarina, ele disse que a vítima da doença é um homem de 85 anos, que tinha doenças associadas. A morte ainda não foi confirmada pela Secretária Estadual de Saúde. Até então, ela era uma das únicas seis do país, com mais de 200 mil habitantes, que não havia registrado mortes por Covid-19.

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Chapecó também reúne a maior quantidade de casos confirmados do estado. O número de pacientes diagnosticados com coronavírus na maior cidade do Oeste catarinense chegou a 506, conforme boletim estadual divulgado domingo (17), e ultrapassou Florianópolis, que soma 473 casos registrados.

Para o prefeito, o aumento repentino no número de casos pode ser justificado pela maior quantidade de testes aplicados. De acordo com a prefeitura, até sábado 1.436 pessoas haviam sido testadas no município.

Buligon adiantou ainda que vai manter a suspensão do trasporte coletivo se o serviço for liberado no estado.

Também tem ocorrido o monitoramento assistido dos pacientes diagnosticados, que são transferidos a hotéis por não terem estrutura em casa para permanecerem isolados.

Ocupação na UTI vai ditar aumento da restrição

Atualmente, a ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é de 39%. O prefeito reforçou o planejamento das ações de restrições previstas para serem implementas conforme o crescimento deste índice. O plano havia sido divulgado em um pronunciamento no dia 14 de maio.

Se ultrapassar 50%, nós vamos ter medidas mais drásticas, de fechamentos de bares e similares. [Se chegar a] 60%, o fechamento das atividades não essenciais [shoppings e comércio em geral] e, 80%, que é o que ninguém quer, aí nós vamos o fechamento total de todas as atividades, inclusive o fechamento das entradas da cidade. Toda e qualquer pessoa que quiser entrar ou sair vai ter que identificar e dar o verdadeiro motivos pra isso, se 80% das nossas UTIs ou dos nossos leitos de Covid-19 estiverem ocupados e o crescimento da linha dos óbitos, destacou.
De acordo com o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, desde o início da pandemia 26 novos leitos de UTI públicos e 10 privados começaram a funcionar em Chapecó. Buligon afirmou que deve se reunir com o governador Carlos Moisés (PSL), na tarde de terça-feira (19), para buscar buscar fortalecimento da rede hospitalar na cidade.

Relaxamento das medidas

A maioria dos pacientes diagnosticados com Covid-19 em Chapecó são jovens e adultos, com idade entre 20 e 49 anos, de acordo com o Buligon. A maior parte dos casos também está concentrada na região Oeste, onde há mais jovens.

Para Buligon, o relaxamento das medidas de isolamento para conter a pandemia é outro fator que pode explicar o crescimento da contaminação.

“Principalmente aqueles que têm o mais número de visitantes [estão fechados], justamente porque, pelo relato das pessoas infectadas, em sua grande maioria, elas entendem que acabaram sendo infectadas na hora do lazer. Sabe que aqui é a uma região onde nós compartilhamos o chimarrão, muitas visitas, ainda temos o hábito de visitar as casas, se reunir aos finais de semana. Os feriados que nós tivemos neste período e o tempo bom, tempo seco de sol, fez com que as pessoas tivesse um certo relaxamento”, disse.
Para evitar aglomeração, que ocorria nos locais mesmo com a pandemia, praças, parques e espaços públicos foram fechados há 15 dias. O prefeito espera que as ações ajudem a conter a contaminação na cidade.

“Isso vai trazer para nós um achatamento da curva, nós temos essa convicção (…) Essas atividades, unidas àquelas que já viemos tomando desde 17, 18 de março, ou seja, 60 dias, elas têm nos dado garantia de que efetivamente o nosso sistema de saúde pública e privada vai sim ser suficiente para atender as pessoas que necessitarem de hospital. E precisamos, acima de tudo, que todos os chapecoenses e catarinenses entendam que o combate da Covid-19 é um combate de todos e que a sensibilização de todos é a única vacina que nós temos”, finalizou.

Por causa do aumentos dos casos, o governo estadual recomendou o fechamento dos serviços não essenciais em Chapecó, mas a prefeitura decidiu manter o comércio em geral aberto, liberado pelo estado desde o dia 13 de abril. Um decreto publicado no dia 13 de maio reforçou as medidas de segurança sanitária e higiene a serem seguidos pelos estabelecimentos e moradores, entre eles o uso de máscara, que é obrigatório na cidade. Quem descumprir a regra pode ser multado em R$ 216,64.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/05/18/farmacias-receiam-que-dolar-alto-afete-estoques-e-defendem-reajuste-dos-medicamentos/

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