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Chikungunya: repelentes e produtos naturais podem ser formas de prevenção

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A temporada de chuvas no Ceará trouxe também o aumento da incidência de doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti. As arboviroses, que englobam a dengue, Zika e Chikungunya, não possuem vacina nem remédios que combatam diretamente a doença. Dessa forma, a prevenção é a melhor alternativa. Além de cuidados com o ambiente, o uso de repelentes e preparados fitoterápicos são indicados para evitar o contato com o mosquito transmissor.

Os repelentes são enquadrados como cosméticos do tipo 2, ou seja, apesar de serem confeccionados com produtos químicos, passam por exigências menos rigorosas. “Hoje temos três produtos químicos principais no mercado, que são o IR3535, o Icaridina e o Deet. Todos são seguros. Eles têm estudos de toxicidade, segurança, e não são teratogênicos. Ou seja, mulheres grávidas também devem utilizar os repelentes”, explica a farmacêutica da farmácia de manipulação e homeopatia Ecofarma, Kalyana Costa, em entrevista ao jornalista Farias Júnior, da rádio CBN Cariri.

Os repelentes também podem ser aplicados em crianças. No entanto, os compostos à base de IR 3535 não são indicados para menores de 6 meses. A farmacêutica garante que os repelentes são seguros e não causam câncer.

“Muitas pessoas confundem. Elas acham que os repelentes matam os insetos, mas não. Os compostos químicos entram em contato com os receptores olfativos dos mosquitos e inibem o comportamento da picada. Então eles não matam, eles repelem os mosquitos”, detalha Kalyana.

Os produtos à base de compostos naturais também podem ser uma opção para quem deseja evitar o contato com os mosquitos transmissores. A farmacêutica pontua, no entanto, que os produtos naturais apresentam menos eficácia, quando comparados aos repelentes químicos. “Hoje nós temos os óleos essenciais à base de plantas. Eles têm menos comprovação científica, porque eles são muito voláteis. Então é interessante o uso do natural com um composto químico”, expõe a especialista.

Em geral, os repelentes naturais são feitos de óleo de andiroba, óleo de citronela e óleo essencial de eucalipto. A farmacêutica alerta que a mescla de compostos químicos e naturais por conta própria é contraindicada. “Não se misturam os dois. É importante salientar isso porque às vezes, em casa, as pessoas querem fazer repelentes naturais, e não é bem assim. Não é seguro. Seguro mesmo é comprar ele ou manipulado ou comercial”, alerta Kalyana Costa.

A farmacêutica aconselha o uso dos compostos químicos entre o fim da tarde e à noite, quando a incidência de mosquitos é maior. Já os produtos naturais podem ser aplicados durante o dia, pois a probabilidade de causar irritabilidade na pele é menor. Ambos podem ser aplicados na pele ou nas roupas.

Fonte: O Povo

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