A pandemia da Covid-19 tornou ainda mais desafiadora a realidade das farmácias regionais. Para analisar esse cenário, a Profarma reuniu cinco executivos do segmento em um webinar no dia 2 de julho. “Observamos uma movimentação do consumidor dos grandes centros para as lojas de bairro e posteriormente uma migração das categorias e diminuição da frequência de compra”, afirma Adriano Prado, vice-presidente de distribuição da Profarma.
Rede Inova Drogarias
Com mais de 540 lojas licenciadas espalhadas pelos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Pará e Mato Grosso, a Rede Inova Drogarias observou a descentralização das compras nos pontos de venda, com uma maior afluência de clientes a endereços mais próximos de sua residência.
“O departamento comercial desempenhou um papel fundamental no início da pandemia, principalmente no período de pré-alta, com a incerteza da suspensão do reajuste de medicamentos”, afirma o diretor executivo Alan Fernandes (foto). Segundo ele, a gestão do estoque passou a ser um fator de muita relevância para as farmácias, pois havia um medo de endividamento muito grande, com títulos se acumulando e a incerteza de como seria o faturamento do mês seguinte.
“A crise também nos obrigou a rever uma série de processos internos. Aquelas lojas que não trabalhavam tão bem as redes sociais passaram a dar mais atenção a esses canais”, ressalta Fernandes.
Drogarias Legítima
Informação e capacitação das equipes de trabalho foi o que ajudou as Drogarias Legítima a garantir a continuidade das operações. A rede mantém mais de 60 unidades no Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Região Serrana e na Região dos Lagos. “Nos preparamos para que não houvesse uma correria por produtos menos relevantes no início do isolamento social, centralizando as compras para evitar um desperdício de capital financeiro e preservar o caixa”, resume o diretor geral Alexandre Buono.
De acordo com o executivo, o reforço da entrega em domicílio foi uma oportunidade de elevar o faturamento, assim como o uso de ferramentas digitais.
Farmácias Multmais
Logo no início da pandemia, as Farmácias Multmais investiram na adequação da estrutura da equipe. A rede possui mais de 570 lojas na Bahia e observou uma demanda crescente por suas lojas de bairro, muito em função da corrida por armazenamento de estoque em março.
“Com a suspensão do reajuste de medicamentos, ocorreu também uma mudança nas condições comerciais com a indústria, o que nos trouxe uma preocupação à primeira vista. Mas juntamente com a Febrafar, elaboramos um estudo de impacto aos nossos associados, com indicações claras de caminhos para preservar a lucratividade”, comenta o presidente Cléber Magalhães.
Farmácias Estrela
Com 21 pontos de venda na região de Cascavel, no oeste paranaense, as Farmácias Estrela apostaram no relacionamento colaborativo com a indústria e distribuidoras para adequar o estoque ao comportamento do consumidor. “Tivemos picos de vendas em março e também em maio, o que exigia eliminar rupturas para garantir a retenção dos clientes”, observa o diretor financeiro Flavio Borges.
PMP Farmácias
Com 84 unidades no Rio Grande do Sul, a PMP Farmácias efetuou um reset de todo o negócio, revendo as projeções de expansão para 2020. A queda no volume de vendas no segundo trimestre foi atenuada pelas lojas de bairro, de acordo com o diretor comercial Jorge Ferro. “Procuramos trabalhar as particularidades de cada PDV, revendo o gerenciamento de categorias significativas para nosso negócio, mas que caíram nesse período – como os antigripais”, ressalta Ferro.
A tele entrega também foi um fator fundamental para aumento da receita. “Observamos um crescimento de 31% no faturamento nesse canal e estamos remodelando nossas ações para começar a operar digitalmente”, finaliza.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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