As vendas no delivery não são nenhuma novidade para as farmácias brasileiras. Mas a evolução rápida da digitalização e seu impacto nos hábitos de consumo tornaram o modelo de entrega muito mais complexo e desafiam a gestão tradicional.
“Hoje em dia, consideramos delivery toda compra que não é feita na loja. Isso abrange desde o televendas tradicional, o WhatsApp, que demanda uma entrega, e também formatos como o clique e retire ou lockers, que pressupõem a ida do cliente ao PDV apenas para retirar o produto comprado digitalmente”, explica Victor Paula, coordenador de implantação na Procfit.
Com a expansão desse conceito, a dificuldade na administração dos negócios cresceu na mesma proporção que a oportunidade de novas comercializações. Neste cenário, a centralização surge como opção para potencializar os canais digitais.
Dados de vendas no delivery devem ser centralizados…
Paula começa apontando que a centralização de dados relativos ao delivery é um ponto-chave para uma gestão assertiva desse modal de vendas. “Plataformas como WhatsApp, iFood e até mesmo o e-commerce já possibilitam uma gestão individualizada do negócio. Mas, sem uma visão unificada, podem surgir gargalos que prejudicarão toda a operação”, alerta.
Para o coordenador, essa estratégia é mandatória para evitar a temida ruptura. “E esse cenário passou a ser ainda mais preocupante com o advento dos canais digitais. Afinal, com um aplicativo como o iFood, o cliente pode comprar na sua farmácia a poucos metros de casa ou em uma concorrente a quilômetros de distância”, afirma.
Outro destaque levantado pelo especialista diz respeito à experiência no uso das ferramentas e no recebimento do produto. “Por vezes, o atendente da farmácia privilegia o cliente que está na unidade em detrimento daquele que busca os meios virtuais. É preciso capacitar sua equipe para entender que as vendas no delivery ou presencias têm o mesmo peso”, aconselha.
… mas sem perder o olhar individualizado
Paula faz um último alerta. É necessário unificar os dados, mas manter também um olhar individualizado para cada plataforma que compõe esse complexo sistema. Afinal, a experiência do usuário deve ter o mesmo padrão de excelência em qualquer ferramenta.
“É claro que cada farmácia terá uma plataforma mais estratégica para seu negócio. Mas isso não quer dizer que as demais devem ser preteridas. É preciso entender os ruídos presentes na jornada do consumidor em cada uma delas e solucioná-los”, finaliza.