CRF/AL lamenta feminicídio de farmacêutica

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Feminicídio
Foto: Reprodução/Facebook

Nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, a farmacêutica Marcelle Christine de Bulhões, de 34 anos, foi vítima de feminicídio, em um crime que chocou a população de Maceió (AL).  Relatos de amigos da vítima apontam que um homem teria tentado colocar Marcelle dentro de um veículo, durante a madrugada. Ela teria reagido e começado a gritar, quando começou a ser golpeada. O principal suspeito é o seu ex-companheiro, Cícero Messias, que está sendo procurado por equipes da Polícia Civil e Militar. As informações são da Gazeta Web e do G1.

O Conselho Regional de Farmácia de Alagoas (CRF/AL) lamentou, por meio de nota, a morte de Marcelle e decretou luto de três dias. “Manifestamos o nosso pesar e transmitimos nossos sinceros sentimentos à família e amigos e ao mesmo tempo cobramos das autoridades competentes agilidade e rigor na punição dos responsáveis por este crime hediondo. No dia que deveríamos celebrar e apoiar a luta das nossas mulheres pelo direito à dignidade, choramos a perda de mais uma delas de forma covarde, bárbara e inexplicável”, afirma a entidade.

Feminicídio deu origem à Lei Maria da Penha

A Lei Maria da Penha foi considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra as mulheres. E foi exatamente uma outra farmacêutica que deu origem à lei. Maria da Penha Maia Fernandes, nascida em Fortaleza e formada na Faculdade de Farmácia e Bioquímica da Universidade Federal do Ceará (UFC), foi vítima de dupla tentativa de feminicídio pelo marido, pai de suas duas filhas, no ano de 1983 e ficou paraplégica após receber um tiro na coluna.

Violência contra a mulher atinge 23% das farmacêuticas

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Foto: Divulgação CFF

Levantamento do Conselho Federal de Farmácia (CFF) revela que os casos de violência contra a mulher e assédio atingem 23% das farmacêuticas no Brasil. Esse dado é um dos estímulos para a nova campanha da entidade, intitulada Não se cale. A iniciativa visa a estimular as denúncias para reverter o indicador acima, fruto de uma pesquisa realizada pela Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e que agora será replicada para todo o país. Segundo o estudo as farmacêuticas relatam ter sido expostas à violência em casa, mas também no próprio local de trabalho.

campanha Sinal Vermelho
Foto: Divulgação AMB

Desde 2020 a entidade apoia também a campanha Sinal Vermelho, desenvolvida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Associação Brasileira de Magistrados (AMB). “Queremos chamar esse debate porque as estatísticas mostram que as medidas são urgentes e necessárias”, declara o presidente do conselho, Walter da Silva Jorge João. “Não podemos fechar os olhos para uma situação como essa”, acrescenta Lenira da Silva Costa, vice-presidente do CFF e coordenadora do Grupo de Trabalho Mulheres Farmacêuticas, encarregado de conduzir a pauta dentro da instituição.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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