A ditadura de Cuba não importou vacinas e preferiu ficar de fora do consórcio Covax Facility, a aliança internacional ligada à ONU que busca ampliar o acesso a imunizantes contra a Covid-19. Com o aumento dos protestos contra a falta de um plano de vacinação, o regime anunciou que pretende imunizar todos os habitantes com mais de 60 anos com duas vacinas desenvolvidas localmente: a Abdala e a Soberana 2 (foto). As doses começaram a ser aplicadas na quarta-feira, 12.
Contudo, não foram divulgados dados sobre a eficácia ou a segurança dos imunizantes oferecidos à população cubana. A Abdala concluiu a fase 3 dos testes clínicos no dia 1º de maio. A Soberana deve terminar esse processo neste final de semana.
‘Sim, é perigoso. Mas os cubanos sabem onde aperta o calo deles. Eles devem ter visto os dados de fases 1 e 2 e observado os dados parciais da fase 3. Então, resolveram correr o risco’, diz o médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto, fundador da Anvisa.
A prática de vacinar a própria população com imunizantes sem eficácia comprovada também foi empregada em outros países de regimes autoritários, como a China e a Rússia. Nos dois países a vacinação foi iniciada antes mesmo de concluída a fase 3 dos testes clínicos.
Fonte: Crusoé Online