Demissões na Kimberly Clark atingem 250 funcionários na América Latina
Fabricante anunciou o fechamento de sua unidade fabril em Pilar, na Argentina


As demissões na Kimberly Clark voltam a ameaçar os profissionais da companhia na América Latina. Dessa vez, a fabricante fechou sua planta em Pilar, na província de Buenos Aires (Argentina). As informações são do Pharmabiz.
Com o encerramento das operações, 250 colaboradores foram desligados. Segundo a reportagem, os funcionários foram comunicados de suas demissões de maneira polêmica.
O portal afirma que foi comunicado à equipe que a produção seria parada para manutenção. Só que, durante essa pausa, profissionais começaram a receber telegramas comunicando sobre as demissões.
Demissões na Kimberly Clark: centralização e importação supriram unidade
Por meio de anúncios em veículos de comunicação, a Kimberly Clark já havia externado seu desejo em centralizar sua operação na fábrica de San Luis, na província de mesmo nome. Mas, o que se fala nos bastidores é que essa não será a única medida tomada pela multinacional.
A unidade de Pilar era responsável pela fabricação de produtos de higiene íntima feminina e também de lenços umedecidos. A tendência é que essa demanda seja atendida pela operação brasileira da empresa, feita em parceria com a Suzano.
Foco em San Luis levanta dúvidas
Oficialmente, a Kimberly Clark aponta que o futuro será a centralização de sua atuação em San Luis, mas alguns fatos contradizem esse projeto. Em primeiro lugar, os custos são muito mais elevados do que na China, onde a empresa também produz os mesmos itens, como as fraldas da marca Huggies.
Além disso, a multinacional já retirou sua filiação à câmara empresarial que reúne os fabricantes de produto de higiene e cosméticos (CAPA), o que pode indicar um desejo de deixar o país.
Fábrica é a quarta fechada na região em seis anos
Em 2019, a Kimberly Clark anunciou que fecharia sua fábrica em Porto Alegre (RS). Ainda no mesmo ano, a unidade de Bernal, na província de Buenos Aires, também teve suas operações encerradas.
Depois de certa calmaria, em 2024 a multinacional voltou a fechar as portas de uma unidade, dessa vez no Chile. Com o anúncio do encerramento da operação em Pilar, já são quatro as fábricas fechadas em seis anos.