Diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) têm relatado nos bastidores que sentem insegurança diante das ameaças recebidas na semana passada.
Na última sexta (29), a Anvisa revelou que os cinco integrantes da diretoria do órgão foram ameaçados por e-mail. As intimidações exigiam que o pedido de uso da vacina contra a Covid-19 em crianças, a ser feito pela Pfizer, não seja aprovado.
Fontes confirmaram à Globonews que as autoridades já tem o nome e o CPF do autor das ameaças, feitas por email.
Segundo esses relatos, não houve contato de nenhuma autoridade com a Anvisa para dar retorno sobre as apurações. E que um eventual sigilo para não atrapalhar as investigações não faz sentido porque o autor das ameaças assina o email e as autoridades também tem o CPF dele.
Até agora a única medida informada à Anvisa foi a Presidência encaminhar o caso para os ministérios da Justiça e da Saúde, um andamento formal. Os bastidores, esses diretores alegam que estranharam o fato de serem alvo de uma ameaça sobre vacina sendo que as vacinas são compras feitas pelo governo, não pela Anvisa.
Os cinco funcionários receberam um e-mail do mesmo remetente: um homem do Paraná, que possui um filho com idade entre 5 e 11 anos. Ele ameaçou não somente contra a vida dos agentes reguladores, mas também disse que irá retirar a criança da escola e optar pelo modelo de homeschooling , caso a vacina seja obrigatória.
Os e-mails foram enviados na mesma semana Pfizer anunciou que entrará com pedido de uso emergencial de seu imunizante para crianças no Brasil.
A decisão foi divulgada um dia após o comitê da agência reguladora norte-americana (FDA, sigla em inglês) também recomendar a vacina para a faixa etária.
“Deixando bem claro para os responsáveis, de cima a baixo: quem ameaçar, quem atentar contra a segurança do meu filho: será morto”, disse o homem. Apesar do tom do texto, ele alega: “Isso não é uma ameaça. É um estabelecimento. Estou lhes notando por escrito porque não quero reclamações depois”.
Fonte: G1
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