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Distribuidora de medicamentos offshore mira farmácias

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Distribuidora de medicamentos offshore
Foto: Divulgação

Você sabe o que é uma distribuidora de medicamentos offshore? Com certeza esse não é um conceito comum, mas é um mercado que a MedGroup conhece profundamente.

Especializada na venda de medicamentos e produtos médicos para embarcações locadas em alto-mar, como plataformas petrolíferas, a empresa baseada em Macaé (RJ) deseja voltar às suas origens e reinvestir no varejo farmacêutico. A empresa mantém um CD com área de 250 m² e capacidade para armazenar cerca de 1 mil SKUs.

Distribuidora de medicamentos offshore nasceu de união de varejistas

A MedGroup nasceu em 2011 a partir da união de três empresários do varejo farmacêutico carioca. Pouco após iniciar as operações, a distribuidora de medicamentos identificou um setor pouco explorado como oportunidade.

“Em Macaé, toda a economia gira em torno do petróleo. Nossos fundadores identificaram essa demanda por parte das embarcações e decidiram mover todos os esforços para esse mercado”, explica Vitor Robaina, COO da Medgroup.

Quatro anos depois, a distribuidora recrutou a VV Consulting para auxiliar na gestão do negócio. Como resultado, essa empresa de terceirização foi convidada para compor sociedade e assumiu 100% do controle.

Empresa atende demanda regulatória

Segundo Robaina, a Medgroup atua em uma lacuna não preenchida pelo mercado tradicional de logística farmacêutica. “Por lei, toda embarcação em alto-mar precisa ter uma enfermaria a bordo ou alguns produtos de primeira necessidade e primeiros-socorros, para atender desde uma simples dor de cabeça até alguns procedimentos mais complexos”, explica.

E para lidar com as demandas desse segmento, a distribuidora não pode se limitar apenas a medicamentos. “Suprimos todas as necessidades nesse sentido, de equipamentos médicos, a mobiliário”, afirma. O executivo explica que as entregas são realizadas em pontos predeterminados pelo cliente, que fará o traslado para alto-mar, seja por barco ou helicóptero. A companhia abastece aproximadamente 80% do mercado de petróleo e cobre cerca de 5 a 10% do mercado marítimo como um todo.

Medgroup quer voltar à terra firme

Com uma história de sucesso nos mares, a Medgroup quer voltar agora ao varejo farmacêutico por meio da parceria com a indústria para a distribuição exclusiva de produtos.

“Queremos, em um primeiro momento, fechar contratos de exclusividade com players da indústria para a distribuição de produtos para farmácias no Rio de Janeiro. Entendemos que essa seja a melhor estratégia para retomar esse contato com as farmácias”, analisa o COO.

O regresso ao varejo farma teve uma tentativa inicial em 2019, quando a empresa comprou a Drogaria Rio de Janeiro e realizou um processo de rebranding para formar a Medgroup Drogarias. A ideia era colocar em prática um modelo de franquia de farmácias de bairro. Uma unidade em Serra (ES) chegou a iniciar operações, mas o projeto foi descontinuado com a chegada da pandemia.

“Após a eclosão da Covid-19, absorvemos também a demanda de outras empresas para facilitar a distribuição de medicamentos, como restaurantes e hotéis, o que nos fez recalcular a rota”, explica.

Rede Integração Farma faz a ponte para o novo momento

Uma das estratégias para fortalecer os elos com as farmácias envolve a associação à Rede Integração Farma, grupo que já aglutina 19 distribuidoras de medicamentos com atuação em 76% dos municípios brasileiros.

“Por meio da Integração Farma conseguimos nos conectar com indústrias e já estamos em conversas avançadas para fechar a distribuição de marcas exclusivas na região. Em paralelo, estamos obtendo melhores condições comerciais por meio da ferramenta de compras implementada pela associação”, afirma Robaina.

Para atender o varejo farmacêutico, a empresa projeta ampliar sua estrutura. “Diferentemente das distribuidoras tradicionais, não precisamos de tanto espaço físico, pois estabelecemos contratos de longa duração e compramos os produtos sob demanda”, explica. “Mas, para lidar com a realidade diferente das farmácias, podemos dobrar nosso espaço útil, seja incrementando a área atual ou utilizando um centro de apoio que já mantemos na Baixada Fluminense”, completa.

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