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Doações geram R$ 53 mi para combate à Covid, mas despencam na segunda onda

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Doações – A mobilização solidária de empresas, fundações e pessoas físicas resultou em um aporte de R$ 53,2 milhões em equipamentos, produtos, dinheiro ou serviços destinados especificamente para ações do governo de Minas Gerais no combate à pandemia do novo coronavírus.

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As doações recebidas vão de máscaras e álcool gel a sofisticados softwares de gestão de dados e telemedicina avaliados em até R$ 626 mil, de acordo com informações do Gabinete Militar, da Defesa Civil, do Serviço Social Autônomo (Servas) e da Secretaria de Estado de Saúde (SES) analisadas por O TEMPO.

Aparelhos, materiais hospitalares e alimentos foram distribuídos para mais de 700 unidades de saúde, prefeituras e entidades filantrópicas de todo o Estado, contribuindo para reforçar a rede assistencial no começo da crise sanitária.

Chama bastante atenção, porém, a queda acentuada na captação de donativos depois de julho do ano passado. A arrecadação chegou a R$ 29,7 milhões naquele mês, às vésperas do pico da “primeira curva”, quando o Estado ainda registrava 127 mil casos confirmados e 2.769 vítimas da Covid.

A partir dali, os órgãos registraram apenas mais duas doações esporádicas. Em outubro, a Fundação Hemominas enviou o equivalente a R$ 6.794 em biscoitos. Mais recentemente, em dezembro, a empresa de cosméticos Mary Kay cedeu 22 mil frascos de álcool gel estimados em ao todo R$ 62.713. Somadas, as duas entregas representam apenas 4% do valor arrecadado até então em alimentos e produtos de higiene.

Recursos hospitalares

A maioria dos itens caros, de fato, foi conseguida em caráter emergencial, no início da crise, graças a uma força-tarefa ativa envolvendo governo e iniciativa privada. Foram 24 monitores hospitalares, 35 ventiladores pulmonares e 41 refrigeradores, entre outros equipamentos, utilizados inclusive para a instalação de novas unidades de saúde, a exemplo do Hospital de Campanha da Gameleira, em Belo Horizonte.

“Houve, sim, uma redução nas doações, tanto de equipamentos quanto de materiais. Quando a Covid chegou, tivemos um impacto muito grande no mercado, haja vista a falta de respiradores e outros itens para aquisição na época. Então houve essa preocupação das empresas, algo que já não aconteceu muito nessa ‘segunda onda’, quando já não há ou não se ouve falar tanto em falta no mercado”, ameniza Flávio Albuquerque, diretor do Complexo Hospitalar de Contagem, uma das entidades beneficiadas pelas contribuições.

Alimentos e higiene

O vácuo nas doações depois de julho, no entanto, vai além e inclui dinheiro, alimentos e produtos de higiene. É importante destacar que o canal virtual criado para o recebimento de contribuições da iniciativa privada e da sociedade continuou ativo durante todo o período. O link está disponível até hoje no topo do site oficial do governo de Minas e na página especial da Secretaria de Saúde sobre a pandemia.

Questionada sobre o “sumiço” dos colaboradores e as eventuais carências diante do agravamento atual da pandemia, a administração estadual informou em nota que “está realizando discussões diretamente com os interessados em realizar doações e avaliando constantemente a necessidade de lançamento de uma nova campanha”.

Hospital de Campanha recebeu R$ 4,1 milhões

Instalado em abril e desativado em outubro do ano passado sem ter recebido nenhum paciente, o Hospital de Campanha da Gameleira foi o segundo principal destino dos recursos doados, somente atrás da Rede Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais).

De acordo com os registros, a maior contribuição unitária aportada durante toda a pandemia foi a montagem do espaço, orçada em R$ 1,6 milhão e realizada pela Fiemg de forma voluntária. Ao todo, foram revertidos para a unidade emergencial mais de R$ 4,1 milhões em serviços, equipamentos, materiais e alimentos.

A administração estadual garante que não houve perda de nenhum desses itens. “Todos os insumos, como medicamentos, e o mobiliário, a exemplo de camas e armários, foram destinados à Fhemig para serem encaminhados a outros hospitais do Estado a depender da necessidade do sistema público de saúde”, informou, em nota.

Hospital foi montado no Parque de Exposições da Gameleira e não chegou a funcionar (Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG)

Fundação Itaú lidera doações

Dos R$ 53,2 milhões recebidos pelo governo mineiro, R$ 42,3 milhões vieram do Itaú Unibanco, por meio do programa nacional Todos Pela Saúde, criado especialmente para ações relacionadas à pandemia. O valor é equivalente a 79% do total arrecadado em Minas.

No ranking dos principais colaboradores também aparecem a Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), com R$ 1,6 milhão em serviços; a VLI Multimodal, com R$ 1,38 milhão em cestas básicas e equipamentos de proteção; e o banco Santander, com R$ 1 milhão em máscaras.

O dinheiro enviado por pessoas físicas, por sua vez, soma R$ 32.730. O balanço considera apenas as contribuições à força-tarefa do governo estadual, e os valores estimados dos produtos e serviços foram informados pelos próprios doadores.

Fonte: O Tempo Contagem

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/01/hypera-pharma-conclui-compra-de-portfolio-da-takeda/

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