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Em 6 meses, denúncias de irregularidades em farmácias de Campinas ultrapassam todo o ano de 2016

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Segundo o Conselho Regional de Farmácia, número chegou a 13 de janeiro a junho deste ano. Na segunda-feira, EPTV flagrou venda ilegal de remédios no Parque Itajaí. O número de irregularidades em farmácias de Campinas (SP) ultrapassou, em seis meses, todo o índice registrado em 2016. Segundo o Conselho Regional de Farmácia, de janeiro a junho deste ano, o órgão registrou 13 denúncias, enquanto no ano passado inteiro foram 11. Entre os problemas, estão estabelecimentos sem registro, locais sem farmacêutico, além de irregularidades sanitárias.

Na segunda-feira (12), a EPTV flagrou, com exclusividade, a venda irregular de remédios em Campinas. Um suplente de vereador, que não tem registro de farmacêutico, vendia os medicamentos dentro da própria casa. Cláudio José Bernardes, conhecido como Cláudio da Farmácia (PSC), teve 1,9 mil votos nas eleições de 2016 e assumiu o cargo de vereador por um mês. Ele também era comissionado da Prefeitura e foi exonerado após a denúncia. Segundo a professora da faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, Taís Freire Galvão, o uso de medicamentos controlados sem receita podem causar danos graves aos pacientes, porque os antibióticos causam resistência à bactéria e, se forem usados sem orientação, podem perder o efeito. “Pode ser um produto vencido, um produto contrabandeado ou até mesmo não ter a substância que ele deveria ter ali dentro”, disse a professora.

Número ainda maior

O diretor seccional de Campinas do Conselho Regional de Farmácia, Leonel de Almeida Leite, afirmou que, no caso da farmácia clandestina do suplente de vereador, no Parque Itajaí, não cabe ao órgão fiscalizar por se tratar de um caso de polícia, já que ele não tem registro. Ele disse ainda que as irregularidades em drogarias eram maiores no passado.

“Há 15 ou 20 anos atrás a gente tinha só 10% de farmacêuticos presentes nas drogarias. Hoje, nós estamos com 97% de presença do farmacêutico. Isso é importante para mostrar para a população a importância de ter o funcionário presente”, explicou.

Farmácia clandestina

A produção da EPTV, afiliada da TV Globo, fez visitas à casa do suplente de vereador, com uma câmera escondida, e pediu por alguns medicamentos, entre eles Amoxilina e Rivotril – remédios de uso controlado que só podem ser vendidos com receita. Em uma das conversas, o homem afirma que tem o Nimesulida e que poderia conseguir os outros produtos. “Amoxilina para amanhã eu tenho, rivotril eu não sei (…) o Amoxilina é R$ 30 a caixa (…) toma de oito em oito horas por sete dias”, diz o suplente de vereador durante uma das conversas. Apesar do flagrante da venda, Cláudio da Farmácia negou que vende os medicamentos, mas admitiu que chegou a pegar os remédios em algumas farmácia e “entregou para moradores do bairro que estavam precisando”.

Fonte: Portal G1.com – Campinas e Região

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