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Em MG, 14,46% dos testes de Covid-19 feitos em farmácias têm resultado positivo

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O índice de resultados positivos em testes rápidos de Covid-19 realizados nas farmácias está em 14,46% em Minas Gerais, ligeiramente superior ao da média nacional, de 14,32%. Os dados são do levantamento mais recente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), divulgado nesta quarta-feira (21). Em uma semana, o número de resultados positivos detectados subiu 1,92% no Estado.

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Minas Gerais é o segundo Estado do país em número de testes aplicados, atrás apenas de São Paulo: até o dia 18 de outubro, foram 137.857 exames em 280 farmácias.

Em todo o país, foram realizados 943.406 testes rápidos em 2.111 drogarias. Amapá é o Estado com maior índice de resultados positivos atualmente (27,35%). Na outra ponta, com a menor taxa, está Santa Catarina (8,9%).

Na última semana, de 12 a 18 de outubro, foram realizados 40.119 testes rápidos no Brasil. O auge de aplicações ocorreu entre o final de julho e o início de agosto, quando, em uma semana, 66.685 exames foram feitos nas farmácias.

“Geralmente, quem faz o teste são pessoas que desconfiam que tiveram contato com o vírus ou que estavam tratando algum paciente infectado. Muitas pessoas que tiveram o coronavírus detectado por RT-PCR, após passarem pela quarentena, também fazem o teste para saber se desenvolveram os anticorpos”, afirma o CEO da Abrafarma, Sergio Mena Barreto. Segundo ele, além de mais baratos, os testes estão com qualidade melhor hoje em comparação com alguns meses atrás.

Na Drogaria Araujo, atualmente, o serviço de testagem de Covid-19 está disponível em 113 filiais em Minas Gerais. A rede oferece testes rápidos de sorologia (IgG/IgM), testes rápidos de antígeno e o RT-PCR. Os valores variam de R$ 140 a R$ 350, dependendo da modalidade.

Segundo o gerente de serviços farmacêuticos da Drogaria Araujo, Fabiano Queiroz, ao longo dos três últimos meses, o número de resultados positivos detectados tem diminuído. Nos primeiros 20 dias de outubro, foram 1.128 casos positivos, o equivalente a 14,23% do total de testes realizados. A procura pelos exames também está em queda. “Houve uma redução de 8,2% do número de testes realizados na última semana, de 12 a 18 de outubro, quando comparado a igual período no mês anterior”, afirma.

Já a RD oferece testes rápidos de Covid-19 em 39 unidades da rede Drogasil e em 12 lojas da Droga Raia em Minas Gerais. Os exames para detecção dos anticorpos IgM/IgG devem ser previamente agendados e custam R$ 120.

Resultados não excluem necessidade de manter cuidados

Diferentemente do PCR-RT, que indica a presença do material genético do vírus e deve ser realizado nos primeiros dias de sintomas, os testes sorológicos indicam se há anticorpos contra o vírus no organismo. De acordo com o professor da Faculdade de Medicina da UFMG e diretor de ensino da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, Leonardo de Souza Vasconcellos, os anticorpos começam a ser produzidos pelo menos de dez a 14 dias após o início dos sintomas.

“Muitas vezes as pessoas vão às farmácias para fazer o teste rápido por conta própria, sem pedido médico, e fazem isso no momento errado. Então, a chance de vir um resultado negativo, e elas terem uma falsa sensação de segurança, é grande. Ou a chance de vir um resultado positivo, e ser um falso positivo, também é muito grande”, afirma o professor.

Segundo ele, na maioria das doenças infecciosas, primeiro o corpo produz anticorpos da classe IgM e, depois, os da classe IgG. “No coronavírus, os anticorpos dos infectados não têm esse comportamento, o IgG aparece praticamente ao mesmo tempo que o IgM, a diferença é de dias, muito pouca. Então, a sorologia do coronavírus por si só é complicada”, pontua. “O teste rápido é uma metodologia que, para a covid, a gente ainda fica um pouco com o pé atrás”, completa.

O professor ressalta que, independentemente do resultado, as pessoas devem manter os cuidados preventivos, sobretudo com o surgimento de casos de reinfecção pelo coronavírus. “Mesmo que o resultado do teste rápido seja positivo, é preciso manter os hábitos de uso de máscara, etiqueta respiratória, álcool gel, distanciamento e lavar as mãos, isso é fundamental”, conclui Vasconcellos.

Fonte: O Tempo Contagem

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/10/21/governo-deve-entender-que-remedio-e-investimento-nao-despesa-diz-presidente-do-sindusfarma/

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