O combate às prescrições ilegíveis de medicamentos recebeu um grande reforço na última semana, o Conselho de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) se uniu ao Conselho Regional de Farmácia do estado (CRF-RJ) e ao Conselho Federal da Farmácia (CFF) em uma campanha para uma maior conscientização da legislação. As informações são do portal de notícias da CFF.
Os órgãos assinaram um termo de cooperação que estimula uma maior aplicação e cumprimento da legislação existente no Código de Ética Médica, que prevê a obrigatoriedade de uma escrita legível nas prescrições fornecidas pelos médicos.
A 542ª Reunião Plenária do CFF foi realizada na última sexta-feira, 26/04, na capital carioca e contou com a presença do presidente da Cremerj, Walter Palis Ventura, que reforçou a importância de uma prescrição adequada:
“O ato médico não se resume à consulta médica. Ele envolve o diagnóstico e uma prescrição adequada, além do uso correto do medicamento. Uma receita mal formulada, mal escrita vai trazer malefícios ao paciente. Então o Conselho de Medicina está alinhado aos Conselhos de Farmácia no sentido de zelar por essa prescrição adequada, por letra legível facilitando a vida dos que trabalham nas farmácias, fazendo com que o medicamento prescrito seja realmente aquele ofertado ao paciente”
Prescrições ilegíveis são problema recorrente no Brasil
As confusões geradas por esse tipo de prescrição não são uma novidade no país, o próprio CRF-RJ já havia iniciado uma campanha parecida em 2023, na tentativa de conter o problema. Diversos farmacêuticos reclamam também das situações adversas geradas por elas, como revelou o presidente do CFF, Walter Jorge João:
“Algumas vezes temos de passar pelo constrangimento ter de pedir ao paciente para voltar ao médico, porque simplesmente é impossível compreender o que está escrito na prescrição”