Empresários citados em suposta vacinação clandestina são ouvidos pela PF em BH

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Os empresários que tiveram os nomes envolvidos na suposta vacinação clandestina contra a Covid-19 na garagem da empresa de transporte Saritur prestam depoimentos nesta segunda-feira (29). A Polícia Federal (PF) confirmou que alguns dos citados na denúncia compareceram na sede da corporação, no bairro Gutierrez, região Oeste de Belo Horizonte.

Os investigadores ainda não convocaram os empresários. Contudo, eles se adiantaram e foram espontaneamente explicar o caso. “A PF procedeu hoje, no interesse das investigações relativas à Operação “CAMAROTE”, à oitiva de empresários, que compareceram espontaneamente à sede da PF, para esclarecimento dos fatos”. A PF, no entanto, não divulgou a identidade das pessoas ouvidas.

No total, a corporação tem em mãos uma lista com os nomes de 57 pessoas suspeitas de terem sido vacinadas irregularmente. Os integrantes da lista teriam recebido a imunização de forma ilegal na última terça-feira (23) na garagem da empresa de ônibus Saritur, localizada no bairro Caiçara, região Noroeste da capital.

A suposta vacinação clandestina foi registrada. Assista:

Na última sexta-feira (26), os investigadores cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em locais relacionados à empresa, após o caso ter sido denunciado em reportagem da revista piauí. Um dos endereços é apontado como o lugar onde foram aplicadas doses e gravadas imagens da suposta vacinação irregular.

Segundo a piauí, políticos e empresários estariam entre os beneficiados, e o custo da aplicação teria sido de R$ 600 pelas duas doses. A matéria cita que os irmãos Robson e Rômulo Lessa, donos da Saritur, teriam organizado a vacinação com imunizantes do laboratório Pfizer. Segundo o G1, os dois negaram essa informação ao serem ouvidos informalmente pela PF durante a operação desta sexta-feira.

Além da lista com os nomes, também foram recolhidos documentos e imagens. A PF identificou uma câmera de segurança que registra a entrada da garagem da empresa, instalada em uma das residências vizinhas, e confiscou os vídeos.

Procurada pela reportagem de O Tempo, a Saritur não se manifestou se Robson e Rômulo Lessa prestaram depoimento nesta segunda. Na época em que os mandados foram executados pela PF, a empresa afirmou que os nomes citados na reportagem da revista não fazem parte de seu corpo societário. “O assunto tratado na matéria é de total desconhecimento da Diretoria”, diz o comunicado.

A Pfizer, por sua vez, já havia negado a venda de doses fora do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde. Além da Operação Camarote da PF, a denúncia também está sendo investigada pelo Ministério Público Federal em Minas (MPF-MG) e pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Fonte: O Tempo online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/30/brasil-tem-17-vacinas-contra-covid-19-em-estudo-diz-ministerio-da-saude/

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