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Empresas farmacêuticas e pandemia: quem ganha e quem perde na corrida pela vacina?

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Empresas farmacêuticas e pandemia: quem ganha e quem perde na corrida pela vacina?

Lançar uma vacina contra a Covid-19 é aposta que pode ser rentável, sobretudo para as empresas de biotecnologia como a Moderna

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Doses da vacina contra a covid-19 do laboratório Moderna

Doses da vacina contra a covid-19 do laboratório Moderna (Andrew Caballereo-Reynolds/AFP)

As vacinas e os tratamentos contra a Covid-19 podem representar um grande prêmio para os resultados na Bolsa das empresas farmacêuticas, mas também uma armadilha. A seguir uma lista de vencedores e perdedores:

Vencedores:

Lançar uma vacina contra a covid-19 é uma aposta que pode ser rentável, sobretudo para as empresas de biotecnologia como a Moderna.

Até dezembro de 2020 esta empresa americana não havia comercializado nenhum produto, mas estava trabalhando em uma tecnologia promissora, o RNA mensageiro.

O desenvolvimento de uma vacina provocou a disparada dos preços de suas ações. De menos de 20 dólares em dezembro de 2019, o valor passou a US$ 156 um ano depois.

A alemã BioNTech, que desenvolveu uma vacina em parceria com a americana Pfizer, seguiu uma trajetória similar.

A empresa, com cotação na Nasdaq de Nova York, passou de 35 dólares em dezembro de 2019 a US$ 127 em dezembro de 2020.

Para uma empresa farmacêutica mais estabelecida como a Pfizer a evolução não foi tão espetacular.

Mas nos últimos 12 meses, o laboratório registrou uma capitalização na Bolsa de US$ 25 bilhões, recorda Christophe Dombu, analista do setor para a Portzamparc.

“A Pfizer espera vendas de 15 bilhões de dólares para sua vacina em 2021, e há muitos poucos ‘blockbusters’ que representem tanto”, afirma, em referência aos medicamentos com vendas que representam bilhões de dólares.

Em outros casos não é necessário superar todas as etapas para subir na Bolsa. A Valneva, por exemplo, uma empresa de biotecnologia franco-austríaca que desenvolve uma vacina ainda em fase de testes clínicos, viu quintuplicar sua cotação entre o fim de 2019 e fevereiro de 2021.

Perdedores:

Os perdedores são, sobretudo, os grupos que desenvolvem tratamentos – não vacinas – para a doença.

A empresa francesa Abivax, que estava desenvolvendo um possível tratamento, registrou aumento constante do preço de suas ações em 2020, antes da queda de 25% em março em apenas uma sessão após o anúncio da interrupção dos testes clínicos.

De acordo com um estudo da GlobalData, os rendimentos são muito diferentes para as empresas que desenvolvem vacinas e para as que desenvolvem tratamentos.

Com a aprovação de mais vacinas, a capitalização na Bolsa vai diminuir significativamente para as segundas devido à menor demanda de seus medicamentos.

No quarto trimestre de 2020, a empresa americana Regeneron registrou queda de mais de 13% de suas ações, mesmo com o seu tratamento de anticorpos monoclonais aprovado em caráter de emergência nos Estados Unidos.

“Lógico que é mais eficaz prevenir uma doença que tratá-la. Com o tempo, o mercado dos medicamentos contra o coronavírus tende a reduzir”, disse Dembu.

Porém, a detecção de variantes e as dificuldades para produzir vacinas podem dar um novo impulso às fabricantes de tratamentos.

Os casos complexos:

Para as grandes empresas, a situação é mais complexa porque as vacinas geralmente não representam sua atividade principal.

A francesa Sanofi sofreu um atraso no lançamento de sua vacina. No dia do anúncio, as ações registraram queda de 4%, mas isto não afetou os resultados, impulsionados por outros produtos, e desde então as ações se recuperaram.

Mas o grupo, que não desenvolveu nenhuma ferramenta de diagnóstico, vacina ou tratamento, “perdeu claramente a oportunidade”, afirma Dombu.

No caso da AstraZeneca, que sofreu atrasos nas entregas e a suspensão de sua vacina, o comportamento na Bolsa é errático.

As ações caíram mais de 20% desde o valor máximo em julho de 2020. Porém, na terça-feira, um dia depois da suspensão do uso de sua vacina por Alemanha e França, avançaram mais de 3% em Londres.

De fato, as vacinas contra o coronavírus “provavelmente não serão o principal motor de crescimento no futuro para os grandes grupos farmacêuticos” tradicionalmente especializados em vacinas, afirma Jean-Jacques Le Fur, analista da Bryan, Garnier & Co.

Fonte: Dom Total

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/

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