Empresas privadas não têm incentivo para desenvolver vacinas

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Nem mesmo montar a estrutura para a produção de vacinas – ou seja, apenas produzir, sem desenvolvê-las aqui – vale a pena para as empresas privadas. Segundo Marco Antonio Stephano, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), o custo médio para que uma fábrica seja instalada é de algo entre R$ 350 milhões e R$ 500 milhões. “Todos os equipamentos e insumos que a indústria farmacêutica privada compra pagam imposto, enquanto as instituições públicas não pagam nenhum tributo. Com isso, o preço final do produto é bem diferente – uma diferença de 50% a 60%”, relata. Outro aspecto, que torna o mercado de produção de vacinas no Brasil pouco atrativo a empresas privadas, é o fato de que o governo compra 100% da produção dos laboratórios públicos, a um custo menor. As clínicas privadas representam, apenas, 20% das vacinações. “Não interessa, para a indústria privada, ter um investimento tão alto para atender a 20% do mercado. Não há interesse. Enquanto não houver uma proposta governamental que favoreça a competitividade das empresas privadas, elas não vão investir em vacina no Brasil”, conclui Stephano.

Fonte: Gazeta do Povo

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