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Entidades e especialistas condenam manifesto em defesa do tratamento precoce da Covid-19

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Médicos, cientistas e especialistas em saúde criticaram nesta terça-feira (23) o manifesto publicado nos principais jornais do país e assinado por um grupo de médicos identificado como Associação Médicos Pela Vida, com sede no Recife (PE), que defende o ‘tratamento precoce’ contra a Covid-19. O texto defendia o uso de medicações cuja ineficácia para esse fim já foi comprovada cientificamente, como hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina, entre outros.

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O informe cita o Artigo 32 do Código de Ética Médica afirmando que é infração grave ‘deixar de usar todos os meios disponíveis’ para o tratamento de doenças, assim como a Declaração de Helsinque e um parecer do Conselho Federal de Medicina (CFM) dando conta que, quando não há métodos terapêuticos comprovados, ‘o médico, com consentimento informado do paciente, deve ser livre para utilizar medidas não comprovadas ou inovadoras se, no seu julgamento, esta ofereça a esperança de salvar vida’.

Principal entidade representativa da área no país, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) publicou documento em janeiro em que afirma que ‘as melhores evidências científicas demonstram que nenhuma medicação tem eficácia na prevenção ou no ‘tratamento precoce’ para a Covid-19 até o presente momento. (…) Atualmente, as principais sociedades médicas e organismos internacionais de saúde pública não recomendam o tratamento preventivo ou precoce com medicamentos, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)’, diz o texto.

Já o Conselho Federal de Medicina (CFM) afirma não reconhecer a existência de quaisquer tratamentos válidos para a prevenção ou cura da Covid-19. O CFM defende, no entanto, que o médico tenha autonomia para prescrição de “medicamentos off label” (ou seja, fora da indicação que está na bula), desde que os pacientes sejam alertados para isso.

O infectologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Mauro Schechter, uma das vozes mais ativas no combate às fake news e tratamentos sem respaldo científico contra a Covid-19, diz que o texto publicado pela associação com sede em Pernambuco se baseia em duas ‘falácias’:

“A primeira é afirmar que, segundo o artigo 32 do Código de Ética Médica, é falta grave o médico deixar de utilizar todos os meios disponíveis cientificamente comprovados. Ora, todas as sociedades científicas nacionais e internacionais unanimemente contraindicam os medicamentos propostos por eles. Isto por já ter sido conclusivamente demonstrada a ineficácia da maioria dos que eles propõem, como cloroquina, azitromicina e vitamina D.”, diz o médio

Fonte:  

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/18/basf-cria-plataforma-para-pequenas-farmaceuticas/

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