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Estudo mostra que automedicação aumentou em até 857% durante a pandemia

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O Conselho Federal de Farmácia (CFF) divulgou um estudo realizado no início de maio de 2021, onde dados apontam que durante o período pandêmico, pessoas da classe A e B passaram a se automedicar com mais frequência, fato que gera preocupação.

Quem pertence à classe A, têm renda acima de 20 salários mínimos, ou seja, R$ 20.900. Já os integrantes da classe B, são as pessoas com rendimentos entre 10 e 20 salários mínimos, de R$ 10.450,01 a R$ 20.900.

Segundo a pesquisa, medicamentos como a hidroxicloroquina (antimalárico), a ivermectina (vermífugo) e a nitazoxanida (antiparasitário) tiveram alta significativa nas vendas, além dos analgésicos.

O vermífugo ivermectina, por exemplo, vendeu 857% a mais, enquanto a do antimalárico hidroxicloroquina aumentou 126%, ambos os números são dos meses entre abril de 2020, até março deste ano.

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Confira a relação de medicamentos que também tiveram alta neste mesmo período.

  • Vitamina D: +100%
  • Azitromicina: +71%
  • Dexametasona: +18%
  • Nitazoxanida: +14%

O CFF alerta sobre como o alto consumo no uso de medicamentos tem causado danos à saúde das pessoas.

De acordo com o estudo, no período de março a agosto de 2020, a hidroxicloroquina foi responsável por quase 80% das notificações de reações adversas em pacientes com Covid-19.

Além disso, o Conselho afirma que as reações de maior gravidade foram causadas por este medicamento e afetaram o sistema cardíaco das vítimas.

Os dados ainda mostram a necessidade de incentivar a população a fazer o uso racional e seguro destes fármacos.

O presidente do Conselho Federal de Farmácia de Mato Grosso do Sul (CRF/MS) Flávio Shinzato destaca que os medicamentos não possuem uma eficácia comprovada.

“Vivemos uma verdadeira epidemia do uso irracional de medicamentos hoje no Brasil. E esse aumento expressivo na venda de alguns medicamentos pode-se atribuir principalmente as ‘promessas’ de que alguns medicamentos são preventivos ou terapêuticos contra a Covid-19, o que não há comprovação científica”.

“O que se sabe até agora é que a única forma de parar com a proliferação da doença é o distanciamento social, uso de máscara e vacina para todos”, completou.

Fonte: Correio do Estado

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