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Eurofarma levanta R$ 500 milhões

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Eurofarma
Foto: Divulgação

A Eurofarma acaba de levantar R$ 500 milhões no Santander, com a emissão de uma debênture a fim montar um colchão de liquidez para M&As transformacionais. A dívida tem prazo de seis anos, com as amortizações começando no quarto ano, com taxa de CDI + 2,3%.

Em entrevista ao Brazil Journal, o CFO Alexandre Palhares disse ao que a taxa foi um pouco mais alta porque a emissão permite que a Eurofarma pré-pague a operação a qualquer momento na curva, sem ter que pagar prêmio por isso. “Isso faz sentido dentro da nossa estratégia. Estamos levando a estrutura de capital da companhia para um nível mais estressado agora, para ter liquidez para fazer M&As maiores, transformacionais,” disse o CFO. “Mas depois pretendemos fazer uma operação de equity que traga a alavancagem de volta para baixo.”

Seja levantando equity – por meio de um IPO ou uma captação privada – ou quando obtiver uma dívida mais barata, Palhares estima que a Eurofarma pré-pagará a dívida em até dois anos. A companhia estreou no mercado de capitais há apenas três anos. Desde então, fez outras três emissões de debêntures. A mais recente foi há dois meses, quando levantou R$ 1 bilhão numa operação encarteirada pelo Itaú que saiu basicamente nos mesmos termos da operação desta segunda-feira, dia 29.

Nos últimos meses, a Eurofarma também levantou dívida com bancos internacionais em operações bilaterais conhecidas como 4131, em que os bancos tomam linhas em dólar (a custo muito baixo) e emprestam localmente.

A companhia tem uma dívida bruta de cerca de R$ 6 bilhões e um caixa de R$ 2 bi. A empresa teve uma receita líquida de R$ 8 bilhões, com margem EBITDA de 25% e lucro líquido de R$ 1 bi.

Eurofarma sempre teve uma estratégia ativa em M&As

Fundada há mais de 50 anos, a Eurofarma sempre teve uma estratégia ativa em M&As, crescendo em larga medida com aquisições bancadas pela geração de caixa própria. Mas agora, a companhia ficou muito grande — com uma receita que deve bater R$ 10 bi este ano — o que exige M&As cada vez maiores para mover o ponteiro. No fim do ano passado, a Eurofarma comprou as pastilhas Valda e outros ativos do laboratório Canonne por R$ 725 milhões. Este ano, fechou a compra das operações da Sanofi na Colômbia, Peru e Equador por mais US$ 300 mi.

Segundo Palhares, o pipeline continua aquecido e o foco da companhia é crescer no exterior, rompendo a fronteira da América Latina e entrando mais em mercados desenvolvidos.

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