Fábrica da Sandoz já produz 2,7 bilhões de unidades

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Foto: Divulgação

A fábrica da Sandoz no Brasil, localizada em Cambé, na Região Metropolitana de Londrina (PR), completou 20 anos no último mês de setembro. No último dia 24, o Panorama Farmacêutico foi convidado a fazer uma visita exclusiva à unidade.

Com 95% de sua operação destinada ao mercado nacional, a planta tem uma capacidade produtiva de 100 milhões de cartuchos, o que representa 2,7 bilhões de comprimidos fabricados anualmente e destinados a mais de 70 mil farmácias e também ao canal institucional. Os 5% restantes abastecem países da América Latina e também da Europa.

Do portfólio total produzido no site, 75% está distribuído entre as cinco principais moléculas trabalhadas pelo laboratório – sinvastatina, atenolol, rosuvastatina, amlodipino e allpurinol. Localizada em uma área total de 298 mil metros quadrados, sendo 32 mil deles de área construída, a unidade emprega diretamente quase 450 colaboradores.  A operação acontece em três turnos, seis dias por semana, com exceção de domingo, quando as manutenções necessárias são realizadas.

Em seu pipeline estão ainda os genéricos da companhia e também hormônios femininos, sendo que a fábrica é a única da farmacêutica no mundo a atuar com esses medicamentos.

Fábrica da Sandoz recebeu R$ 16 milhões em 2017 

A unidade teve sua linha de produção ampliada há sete anos, possibilitando um aumento de 25% na fabricação de genéricos. Os investimentos totais somaram R$ 16 milhões. Inaugurados no último mês de junho, seus laboratórios de qualidade ganharam um reforço de 20% em sua capacidade.

“Temos um compromisso sólido com a excelência, que consiste na retirada de amostras de todas as fases da produção – da chegada de matérias-primas até o medicamento embalado, totalmente apto para distribuição nos PDVs”, explica o diretor da unidade, o maringaense Bruno Petenuci.

Qualidade e tecnologia são pilares para a farmacêutica 

Quando o assunto é qualidade, a Sandoz conta agora com seis laboratórios diferentes em sua unidade em Cambé. Eles estão divididos em AS&T, microbiológico, de matéria prima, de produto, de alta potência e instrumental.

“Nossa área de qualidade responde diretamente ao setor equivalente na Suíça, e não internamente. Essa autonomia é vital para que suas decisões sejam totalmente norteadas pela segurança de nossos medicamentos”, comenta Milena Bourroul, head de corporate affairs.

Petunuci completa, afirmando que, apesar da estrutura de laboratórios, o controle de qualidade está permeado em toda a operação. “Aqui quem cuida do processo é o próprio operador. É um compromisso que nossa equipe tem. Nosso time de qualidade faz apenas a supervisão”, afirma.

Mas o ponto alto em relação à tecnologia fica por conta do estoque robotizado. Com dez andares de posições paletes, em uma sala inicialmente escura, atua um “trabalhador solitário”, um robô agiliza toda a manipulação de cargas da unidade.

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Foto: Divulgação

“Toda operação é digital, com uso de WMS, o que dispensa o colaborador da obrigação de percorrer todo o centro de distribuição e armazenamento à procura de um produto”, reitera o diretor.

Sem planos de biossimilares…em Cambé

Apesar de centralizar sua operação nacional na pequena cidade paranaense de pouco mais de 100 mil habitantes, a Sandoz não planeja levar sua produção de biossimiliares para a planta. Mas isso não quer dizer que o Brasil não seja um mercado estratégico para a farmacêutica.

“Já atuamos no país por meio de parcerias com laboratórios públicos, como o Butantã e o Biomanguinhos. Por meio desse formato, conseguimos trazer nossos biossimilares de maneira ainda mais acessível para a população brasileira”, comenta Milena.

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Bruno Petenuci, diretor industrial; e Milena Bourroul, head de corporate affairs Foto: César Ferro

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