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Falta de antibióticos e outros medicamentos gera dificuldade para pacientes em Joinville

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antibioticosAlém do aumento da procura por atendimento pediátrico em Joinville, no Norte de Santa Catarina, os pais têm enfrentado outra dificuldade na cidade: a falta de antibióticos nas farmácias.

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Foi o que aconteceu com a assistente social Ângela Patrícia Vieira, que precisava de um medicamento para tratar a broncopneumonia da filha, de 1 ano e dois meses. Com a receita em mãos, ela foi a várias farmácias, mas não encontrou o antibiótico indicado.

‘Retornei ao hospital, conversei com a enfermeira-chefe, passei novamente por consulta e então peguei receita de outro medicamento’, conta. Ainda assim, mais uma vez teve dificuldade em encontrar. ‘Cheguei em uma farmácia e não tinha. Tive a sorte de encontrar em uma farmácia de rede’, complementa.

O problema de Ângela tem sido o mesmo de várias outras famílias que buscam medicamentos tanto para adultos quanto para crianças. Em uma farmácia localizada ao lado da UPA Sul, no bairro João Costa, o estoque está sem amoxicilina, azitromicina e cefalexina há um mês. Além disso, há apenas dois tipos de antibióticos para crianças disponíveis.

‘É muito intensa a procura de antibióticos. Acredito que os médicos devem colocar mais opções na receita para vender o que há no estoque’, destaca Marciano Lima, gerente da farmácia. ‘Assim que chega nas distribuidoras, elas nos avisam e a gente repõe, mas em 15 dias acaba tudo’, fala.

Nas seis farmácias consultadas pela NDTV Record TV em Joinville, cinco estavam com problemas como falta de medicamentos, pouco estoque ou dificuldades de compra.

O problema da falta de medicamentos em Joinville não é isolado e se repete em outras cidades. O motivo, segundo as entidades do setor, são dificuldades na importação de matéria-prima chinesa.

‘Quase 95% dos medicamentos no país dependem de matéria-prima originária principalmente da China, que teve as exportações afetadas porque está mais uma vez em lockdown para conter a nova onda de casos de Covid-19′, diz Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias).

Já o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos) informou que a maioria das empresas consultadas está com produção e distribuição normal de antibióticos. ‘De acordo com algumas empresas, houve expressivo aumento de demanda por determinados antibióticos e isso desorganizou a cadeia de fornecimento ao varejo’, disse em nota.

O presidente do Sincofarma (Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Joinville), Romildo Letzner, diz que vários medicamentos já estão em falta e a previsão é de que o estoque de outros ainda seja prejudicado.

‘Os medicamentos em falta e sem previsão de chegada são dipirona, soro fisiológico e losartana. Antigripais também já estão faltando, assim como xaropes e pastilhas’, fala. Em relação aos hospitais, alguns também já enfrentam dificuldades.

O Hospital São José, por exemplo, informou que enfrenta dificuldades para adquirir antibióticos como amoxicilina, azitromicina e cefalexina e que outras opções estão sendo usadas ao mesmo tempo em que a equipe técnica da instituição busca alternativas para a aquisição dos medicamentos em falta.

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