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Farmacêutica recomenda cautela no uso de remédios fitoterápicos

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A procura por medicamentos fitoterápicos aumentou durante o período de pandemia da covid-19. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mesmo antes da crise sanitária, o Brasil já era considerado o país com população mais estressada e ansiosa da América Latina. Cerca de 9,3% da população brasileira convive com esta condição, são mais de 8 milhões de brasileiros.

Neste cenário, a Farmácia-Escola, ligada à USCS (Universidade Municipal de São Caetano), observou um crescimento no número de pacientes com recomendação para uso de fitoterápicos, principalmente do medicamento conhecido como Passiflora (planta do maracujá), indicado para casos de ansiedade. ‘Nesse período de pandemia, os profissionais de saúde optaram por prescrever medicamentos fitoterápicos em casos de ansiedade, como evitando o uso de medicamentos controlados, que podem causar dependência’, explica a farmacêutica Cristina Vidal, gestora do curso de Farmácia da USCS, ao comentar que os resultados foram excelentes.

Em São Caetano, a Farmácia-Escola promove entregas gratuitas de medicamentos fitoterápicos a pacientes encaminhados pela rede municipal de saúde, em parceria com a Secretaria de Saúde da cidade e do programa FitoDaf, ligado ao Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. O atendimento é realizado por alunos do curso de Farmácia, sob supervisão do corpo docente da USCS, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Mais informações pelo telefone: 4239-3287.

Plantas medicinais são a base de muitos medicamentos tradicionais e fitoterápicos, e fazem parte do campo de estudos da farmacologia. Medicamentos fitoterápicos possuem princípios ativos extraídos de plantas medicinais, sem a adição de substância sintéticas, e são utilizados – associados ou não – aos remédios tradicionais, em diversos tipos de tratamento.

Mesmo tendo origem em plantas medicinais, os fitoterápicos devem ser utilizados com moderação e sob prescrição de um profissional da área da saúde (médicos, nutricionistas e farmacêuticos, entre outros habilitados). Cristina afirma que o tipo de medicamento também pode causar efeitos colaterais, por isso é importante utilizar com recomendação de um profissional, que vai observar a dosagem e periodicidade correta, além das contraindicações. ‘Por exemplo, geralmente idosos e pacientes com problemas cardíacos fazem uso do AAS Infantil (ácido acetilsalicílico), para prevenir problemas vasculares, não é recomendado associar ao uso do Ginkgo Biloba, pois este fitoterápico altera a coagulação do paciente. Existem fitoterápicos para diversos tipos de tratamento, cabe ao especialista analisar o uso, necessidade e aplicação do medicamento’, explica.

Outra utilização muito popular da fitoterapia é pelo consumo de chás e infusões, como o de boldo. Cristina Vidal também alerta sobre o uso exagerado dessas bebidas. ‘Mesmo os chás devem ser tomados com moderação. As plantas ‘in natura’ possuem diversos compostos ativos e o consumo constante pode causar intoxicação. Chás que prometem o emagrecimento, por exemplo, são diuréticos e eliminam água e substâncias importantes do organismo, o consumo exagerado causa um desequilíbrio dessas substâncias e geram problemas ao corpo’, alerta.

Resgate das tradições – A Farmácia-Escola desenvolve o projeto ‘Farmácia Viva’, há 18 anos, com plantação de ervas medicinais para aprofundamento dos estudos pelos alunos. ‘Montamos esse canteiro, como resgate aos costumes mais antigos e tradicionais praticados pelas nossas avós, é uma cultura popular’, diz. O projeto facilita a visualização pelo aluno, que tem contato com diversas plantas medicinais, como boldo, hortelã e cavalinha, e entende de onde surgem os princípios ativos utilizados na fitoterapia.

Fonte: Repórter Diário

 

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