Em um ano de pandemia, as farmácias brasileiras venderam mais de 52 milhões de comprimidos do chamado ‘ kit covid”, formado pelo sulfato de hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina e nitazoxanida.
Segundo reportagem do UOL, levantamento exclusivo da Agência Pública revela que foram vendidos mais de 6,6 milhões de frascos e caixas desses quatro medicamentos de março de 2020 a março de 2021. Os números representam apenas as vendas em farmácias privadas e não incluem o que foi aplicado em hospitais ou dispensado em postos do SUS.
De acordo com o levantamento, o medicamento que teve mais comprimidos vendidos foi a hidroxicloroquina. Foram mais de 32 milhões de comprimidos comercializados desde março de 2020, um total de 1,3 milhão de caixas.
Em segundo lugar nas vendas, está a azitromicina. O antibiótico teve mais de 13 milhões de comprimidos vendidos em farmácias brasileiras no mesmo período – mais de 3 milhões de caixas. A venda deste medicamento nas farmácias brasileiras passou de uma média de 711 mil comprimidos por mês em 2019 para 1 milhão ao mês durante a pandemia.
Tanto a hidroxicloroquina quanto a azitromicina tiveram o seu pico de vendas em março de 2021, mês com mais mortes por covid-19 desde o início da pandemia. Março foi também o mês com mais óbitos registrados na história do país, segundo cartórios de registro civil.
Já os vermífugos ivermectina e nitazoxanida não estiveram na categoria de medicamentos de controle especial durante toda a pandemia – ou seja, os dados registram apenas uma parte da venda desses medicamentos nas farmácias brasileiras. A nitazoxanida entrou para o grupo de controle especial em abril e a ivermectina em julho. Em seguida, em agosto, o presidente Bolsonaro afirmou nas suas redes sociais que a Anvisa iria facilitar o acesso à hidroxicloroquina e ivermectina e que a população poderia comprar os medicamentos ‘ com uma receita simples’.
Em setembro, a ivermectina e a nitazoxanida foram excluídas da classificação de controle especial da Anvisa, permitindo o reaproveitamento da receita e a compra de mais remédios sem a necessidade de uma nova prescrição.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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