Furtos, roubos e desvios de medicamentos crescem 86% em Minas Gerais em 2020

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As ocorrências de furtos, roubos ou desvios de medicamentos quase dobraram em Minas Gerais em 2020, em relação ao ano anterior. Segundo um levantamento feito pela TV Globo, com base em dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o número passou de 36, em 2019, para 67, no ano passado, um crescimento de 86%.

O empresário Luís Carlos Rodrigues da Silva está no ramo de transportadoras há quase 50 anos e já foi vítima das quadrilhas várias vezes. Elas visam, principalmente, remédios para dor e febre.

“É um medicamento de menor valor, então, quando ele passa por Minas Gerais na hora da distribuição, eles (os criminosos) veem que aquele medicamento é mais fácil de ser revendido. Quando você pega uma carga de valor alto, para revender, é muito mais difícil, a não ser que os ladrões já estejam com aquela carga encomendada”, disse Silva.

Qualquer furto, roubo ou extravio de medicamentos precisa ser informado à Anvisa, porque, além da atuação da polícia, é necessária uma fiscalização sanitária, para que os estoques não sejam comercializados sem uma prévia avaliação de risco para o consumidor.

“A empresa precisa deixar esse produto segregado e iniciar uma investigação para verificar se ele sofreu alguma quebra de embalagem, alguma violação, se as embalagens secundárias e primárias estão intactas”, explica a gerente geral de inspeção e fiscalização sanitária da Anvisa, Ana Carolina Moreira Araújo.

“A empresa precisa deixar esse produto segregado e iniciar uma investigação para verificar se ele sofreu alguma quebra de embalagem, alguma violação, se as embalagens secundárias e primárias estão intactas”, explica a gerente geral de inspeção e fiscalização sanitária da Anvisa, Ana Carolina Moreira Araújo.

Se o produtor for termolábil, isto é, sensível à temperatura, por exemplo, a empresa precisa verificar se ele não ficou armazenado em condições inadequadas que possam prejudicar qualidade, segurança e eficácia.

Para reforçar a segurança, os empresários estão instalando rastreadores nos caminhões, o que gera despesas, de acordo com o assessor de segurança da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg), Ivanildo Manoel Santos.

“Isso acaba trazendo um custo para o transportador que varia de 12% a 18% do seu faturamento, é um custo que ele acaba colocando por causa da ação das quadrilhas”, conclui Santos.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/14/estudos-apostam-no-reposicionamento-de-medicamentos-para-tratar-covid-19/

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