Inovação alavanca cargo de gerente de acesso farmacêutico

Estudo confirma que posição está em alta no mercado, com salários que variam de R$ 20 mil a R$ 36 mil

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GERENTE DE ACESSO FARMACÊUTICOIndústria farmacêutica, mercado farmacêutico, mercado de trabalho
Daniela Toledo, do PageGroup: corrida pelos medicamentos inovadores impõe estratégias mais robustas para justificar valor clínico | Foto: Divulgação

A escalada no desenvolvimento de medicamentos inovadores vem aumentando a demanda para o cargo de gerente de acesso farmacêutico. De acordo com o levantamento anual realizado pela consultoria de recrutamento PageGroup, essa posição está entre as mais valorizadas na indústria farmacêutica e no mercado de trabalho, com remunerações mensais que variam de R$ 20 mil a R$ 36 mil.

Para chegar a essa lista, a consultoria mantém contato periódico com as diretorias e equipes de RH de empresas de todos os portes ligadas a 12 setores da economia. A partir dessa conversa e do entendimento das reais necessidades de contratação, consolida essas informações e produz a relação final dos cargos mais promissores.

“Atualmente temos observado um sólido aumento no número de terapias inovadoras, que exigem tecnologia intensiva e de alto custo. Esse cenário impõe estratégias mais robustas para justificar o valor clínico, econômico e estratégico”, explica Daniela Toledo, gerente executiva de Healthcare & Life Sciences e Operações da Michael Page, que integra o PageGroup.

O que faz um gerente de acesso farmacêutico

O gerente de acesso farmacêutico entra como uma peça chave para assegurar a sustentabilidade dos medicamentos inovadores, além de demonstrar seu custo-efetividade. “Trata-se de um profissional essencial para estruturar toda a política de reembolso e de programas de acesso para tornar viável a introdução e chegada do produto ao paciente. Ele ajuda também as empresas a olharem para as barreiras de entrada, que inclui alinhamentos com o governo, com as operadoras de saúde e com o canal hospitalar”, acrescenta.

O cargo também pressupõe domínio das análises de mercado, habilidades de negociação e comunicação e profundo conhecimento das exigências legais e sanitárias. “Nesse panorama, também tende a ganhar força a contratação de diretores de inteligência e excelência comercial e de especialistas em assuntos regulatórios. São perfis analíticos que precisam focar na jornada de indicadores e avaliação da rentabilidade”, afirma.

Recrutamento e formação necessárias

Além de executivos com formação técnica na indústria farmacêutica, profissionais de administração e até de engenharia estão aptos a exercer o cargo, desde que tenham experiência comprovada no setor de saúde. “Como parte do processo de recrutamento, fazemos o mapeamento do perfil dos profissionais desejados e, após alinhamento com a empresa, o processo leva de dez a 15 dias para a devida contratação”, ressalta a executiva.

Durante a entrevista, é fundamental detectar se o candidato está, de fato, antenado com as tendências e inovações no setor. Ainda de acordo com Daniela, o recrutador também precisa considerar as empresas pelas quais o profissional já atuou, os projetos em que esteve envolvido e o papel efetivo que exerceu para o alcance de determinada meta ou resultado. “Ter um perfil ativo e bem trabalhado no LinkedIn também representa um diferencial”, complementa.

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