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Gestor de farmácias abre mão de paixão para salvar negócio

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GESTOR DE FARMÁCIASFarmarcas, Ultra Popular, varejo farmacêutico
Foto: Divulgação

O gestor de farmácias Gilberto Santana, natural de Goiânia (GO), comanda 16 lojas da rede associativista Ultra Popular no Triângulo Mineiro e em Goiás. Porém, ao contrário de boa parte dos empreendedores do setor, sua trajetória começou bem longe das gôndolas e medicamentos, e, sim, próxima dos gizes e quadros negros.

Engenheiro de formação e professor de matemática por mais de uma década, ele precisou abrir mão das salas de aula para salvar o negócio da família. A seção Minha História chega a seu 19º episódio contando essa trajetória de luta e perseverança.

Gestor de farmácias vivia entre números 

Feliz na vida docente, Santana sequer cogitava se tornar gestor de farmácias. No entanto, falou mais alto o desejo da esposa Beatriz Santana de empreender logo após iniciar a graduação em farmácia, em 2002. A partir de então ele assumiu uma jornada dupla, unindo-se à companheira no novo negócio e conciliando o PDV com a carreira de professor.

“Decidimos abrir nossa primeira drogaria e inauguramos uma loja de 60 metros quadrados. Antes do primeiro ano, o espaço físico já não comportava 14 colaboradores e a venda de itens de higiene pessoal como fraldas, que era nosso carro-chefe, exigia uma ampliação da capacidade de estoque”, relembra.

O caminho natural foi a abertura da segunda unidade no começo de 2003. E no ano seguinte já viria a terceira loja. Nesse exato instante, a trajetória do casal ganhou contornos de tensão.

Negócio cresce mais rápido do que o esperado

Em menos de três anos, o gestor de farmácias e sua esposa já estavam à frente de três lojas. Mas em função da pouca experiência na administração de empresas, a responsabilidade começou a pesar sobre ambos. “O crescimento foi muito mais rápido do que nossa capacidade de ganhar traquejo para comandar a operação. Para piorar, um sócio que esteve conosco desde o início dessa empreitada desfez o acordo em 2006. Precisamos comprar a parte dele do negócio, o que representou outro baque”, conta Santana.

“Com um único estabelecimento, se faltava dinheiro para pagar algum fornecedor, eu fazia um cheque e pagava do meu bolso. Mas quando falamos de três lojas, temos o compromisso com uma gestão mais profissional e autossustentável. Entretanto, a administração dos custos tornou-se quase inviável”, admite. Para salvar o empreendimento da família, Santana precisou abandonar sua primeira paixão.

Sai o professor, entre o gestor

Em 2009, com a farmácia acumulando processos e cobranças, Santana precisou abrir mão da rotina de professor. “Foi uma fase muito difícil de aceitar. Era algo que eu gostava muito e me trazia um prazer gigante, mas não era mais possível dividir a atenção entre as duas carreiras”, destaca.

Mesmo com dedicação total às suas farmácias, as dificuldades permaneciam e o gestor constatou a necessidade de uma ajuda externa. “Já tinha acesso a algumas informações sobre o associativismo, mas ainda procurava uma rede para confiar o negócio de nossas vidas”, relembra. Foi apenas em 2011 que ele iniciou sua primeira e breve experiência com a farmácia associativista.

Ultra Popular não foi a primeira

Depois de quase uma década de dificuldades, Santana começou a ver a luz no fim do túnel ao se filiar à Entrefarma. Só que sua passagem por essa bandeira da Farmarcas seria curta. “Em um evento da rede, Edison Tamascia apresentou a proposta de valor da Ultra Popular.

“O foco claro em preço e genéricos, com baixo custo operacional, me encantou à primeira vista. Assim que a palestra terminou, perguntei ao José Lúcio Alves, líder da Entrefarma, se poderia migrar para a nova rede e ele concedeu sua benção”, afirma. Em um ano de Ultra Popular, o gestor conseguiu colocar ordem na casa e voltar a sonhar com expansão.

Depois da tempestade…

Em 2012, Santana inaugurou três lojas com a nova identidade da Ultra Popular. Um ano depois, o negócio já prosperava e dobrava de tamanho, totalizando seis PDVs. Entre 2017 e 2023, outras dez unidades foram abertas. Atualmente, ele administra 14 PDVs em Minas Gerais, sendo dez em Uberlândia, dois em Araguari e os demais em Conceição das Alagoas e Tupaciguara. As outras duas lojas foram erguidas nas cidades goianas de Goiatuba e Itumbiara.

“A Farmarcas mudou a forma como gerenciamos e organizamos nossas farmácias. Hoje temos pontos atrativos, com melhores preços e um custo operacional mais acessível”, comemora. As 16 farmácias associativistas sob sua liderança movimentam, em média, R$ 420 mil por mês cada.

Expansão não para

Até o fim do ano, o gestor de farmácias projeta três novos PDVs sob sua tutela, localizados em Uberlândia e Cidade do Prata, em Minas Gerais; e Itumbiara (GO). Com as unidades, o objetivo é chegar a um faturamento total de R$ 8 milhões por mês. “Temos também a perspectiva de dobrar a receita das lojas atuais em dois anos. Isso seria viável a partir da ampliação do nosso mix, que saltaria de 6 mil para 12 mil SKUs, seguindo uma dinâmica que outros associados à Farmarcas já implementaram com sucesso”, pontua.

Para continuar avançando, Beatriz e o marido têm uma brincadeira que traduz bem a realidade. “A Beatriz sempre comenta que, se o Edison aconselha virar à esquerda, você vira. A Farmarcas é formada por especialistas capacitados para nos guiar na direção de nossos sonhos”, reforça.

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