As autorizações para a importação de medicamentos derivados de Cannabis (a planta da maconha) tiveram crescimento de 1.350% desde 2018 no Brasil e Goiás é o sexto em quantidade, com o total de 2.131 autorizações neste ano, 5% do total no País. Proporcionalmente (população), é terceiro nacionalmente, com 14 autorizações por 100 mil habitantes. A média nacional é de 9 autorizações por 100 mil habitantes. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Canabinoides (BRCann) com informações da Anvisa.
Desde 2019, a Anvisa libera a venda de produtos à base de Cannabis em farmácias do país. No entanto, estabelece que a venda será restrita à prescrição médica e retenção de receita, e só poderá ser realizada em farmácias e drogarias, vetada em farmácias de manipulação. O plantio de Cannabis para pesquisa e produção de medicamentos foi barrado.
Em 2018, a demanda no Brasil foi de 2.288 autorizações para a importação de medicamentos à base de cannabis. Em 2020, 15.566 autorizações. Neste ano, até novembro, já foram 33.193. É a maior taxa desde o início da série histórica iniciada em 2015, quando foram apenas 781.
São Paulo tem a maior taxa de pacientes em números absolutos autorizados a importar a Cannabis medicinal, com 37% do total do País, seguido pelo Rio de Janeiro (17,8%) e Minas Gerais (7,5%). Isto porque muitas vezes são os Estados que têm mais médicos e universidades aptas ao estudo da cannabis medicinal. O Distrito Federal aparece na frente com 35 pacientes no rol de concessões da Anvisa quando se analisa o número de pessoas a cada 100 mil habitantes.
A BRCann estima que o mercado de Cannabis Medicinal tenha movimentado de R$ 100 milhões a R$ 150 milhões 2020, a partir da demanda dos 25 mil pacientes que usam produtos da categoria no Brasil. A demanda crescente, a chegada de novas empresas do setor ao país, além de novas atualizações regulatórias da ANVISA – como as RDC’s 327/2019, que regulamenta a fabricação, comercialização e importação de produtos de cannabis para fins terapêuticos, e a RDC 335/2020, que atualiza o modelo de importação individual – criou-se um ambiente de maior segurança jurídica para a chegada de projetos e investimentos.
Fonte: Folha do Sudoeste
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