Localização, incentivos fiscais e tributários, infraestrutura e mão de obra qualificada são os grandes atrativos que fazem de Minas Gerais um dos principais polos farmacêuticos do país. De acordo com reportagem do Valor Econômico, o segmento de Ciência da Vida está em segundo lugar na indústria, com 23% de participação, depois de mineração.
São favorecidas a Região Metropolitana de Belo Horizonte, o sul, em torno de Pouso Alegre, e o norte, ao redor de Montes Claros, um dos 281 municípios, entre os 853 do Estado incluídos no escopo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) com redução de até 75% no Imposto de Renda.
A ACG, fornecedora indiana de soluções para a indústria farmacêutica, anunciou investimentos de R$ 300 milhões em Pouso Alegre para aumentar a produção em 120% em cinco anos. Outra potência mundial, o dinamarquês Novo Nordisk produz em Montes Claros 15% da insulina do planeta e 30% do que é fabricado pela empresa no mundo. Dos 45 mil funcionários da companhia, pouco mais de 1 mil estão na unidade, exportadora de talentos com 70 especialistas em outros mercados. A companhia tem orçamento aprovado de R$ 500 milhões para otimizar processos com tecnologias como robotização nos próximos três ou quatro anos.
Eurofarma e Cristália também investem na cidade. A primeira, quase R$ 1,2 bilhão em fábrica para antibióticos, fármacos sólidos e hormonais, agregando 120 milhões de unidades às 434 milhões produzidas anualmente e 600 empregos. A inauguração está prevista para 2022 e reforçará as exportações – a marca já está presente em 20 países da América Latina, com fábrica em seis.
O Cristália comprou em junho a fábrica onde funcionou a Santanense. O reforço deve alcançar R$ 500 milhões em três anos e gerar 700 empregos, com expectativa de inauguração em 2023. Em Pouso Alegre (Unidade VIII), investiu R$ 40 milhões entre 2020 e 2021, onde trouxeram equipamentos integrados para envase de injetáveis, com capacidade de 1,5 milhão de frascos por mês, o que quadruplicou a produção de anestésicos usados em intubação.
Pouso Alegre abriga, ainda, a União Química e a Biolab, de irmãos cujo pai era do ramo. A primeira tem nove fábricas, uma delas nos Estados Unidos. A de Pouso Alegre tem 1,3 mil empregados e deve faturar R$ 2,5 bilhões este ano, cerca de 50% do total da companhia. O principal centro de distribuição e o parque gráfico que produz as embalagens do grupo também ficam lá e um investimento de R$ 200 milhões para 2022 deve gerar mais de 300 novas vagas na cidade, explica o presidente Fernando de Castro Marques.
A Biolab investe R$ 500 milhões na cidade. Levou para lá o centro de distribuição e está construindo sua quarta fábrica, prevista para 2023, forma o CEO Cleiton de Castro Marques.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
Cadastre-se para receber os conteúdos também no WhatsApp e no Telegram
Jornalismo de qualidade e independente
O Panorama Farmacêutico tem o compromisso de disseminar notícias de relevância e credibilidade. Nossos conteúdos são abertos a todos mediante um cadastro gratuito, porque entendemos que a atualização de conhecimentos é uma necessidade de todos os profissionais ligados ao setor. Praticamos um jornalismo independente e nossas receitas são originárias, única e exclusivamente, do apoio dos anunciantes e parceiros. Obrigado por nos prestigiar!
Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/desmonte-ou-retomada-farmacia-popular/