Aluguel – Ficar em casa, a medida mais básica de prevenção na pandemia, está cada vez mais caro. Inquilinos têm percebido isso da forma mais dura, como ocorreu na semana passada, com a divulgação do IGP-M, índice mais comumente usado para a correção dos contratos de aluguel. Nos últimos 12 meses, a alta acumulada é de 31,1%, o que vai pesar de imediato nos bolsos daqueles que têm a renovação prevista para abril.
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Se repassado integralmente, o IGP-M representará que um aluguel de R$ 2.000, por exemplo, passará para R$ 2.620 – diferença duas vezes maior que a média do benefício emergencial que começará a ser pago nesta semana no país.
Um impacto desse tamanho no orçamento doméstico leva muitos a buscarem alternativas. Uma delas é a revisão contratual, que tem sido acatada por algumas cortes pelo país sob a argumentação da ‘onerosidade excessiva’ – situação na qual o acordo traz vantagem muito maior para apenas um dos lados.
Outro recurso é a negociação direta. Um tradicional serviço de locação de imóveis por meio da internet divulgou no fim do mês passado que, em 35% dos seus contratos ativos, a taxa de correção migrou do IGP-M para o IPCA. A má notícia é que, ainda que menor, este último (usado como índice oficial de inflação pelo governo) está em franca aceleração e, segundo projeções da Fundação Getulio Vargas, deve passar de 7% em 12 meses ainda neste semestre.
Preços abusivos de aluguéis não são um problema individual. Eles minam a capacidade de consumo das famílias e forçam mudanças de endereço neste momento de pandemia, em que os deslocamentos são mais perigosos. Assim, o ideal é que bom senso e acordo prevaleçam nas negociações entre locatários e locadores para evitar que todos percam no fim.
Fonte: O Tempo online
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