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Instituto Butantan identifica 40 variantes do coronavírus durante projeto realizado em Lab Móvel no estado de SP

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O Instituto Butantan identificou 40 variantes do coronavírus durante um projeto de sequenciamento genético e testagem de Covid realizado no estado de São Paulo. Segundo anúncio do instituto nesta quarta-fe9ra (27), todas são classificadas como “circulantes”, ou seja, nenhuma delas tem capacidade de se tornar predominante às já conhecidas, como a delta e a ômicron, que são as chamadas “variantes de atenção”.

A identificação foi realizada no laboratório móvel do Butantan. Finalizado em março deste ano, o projeto itinerante Lab Móvel começou em agosto de 2021, com o objetivo de realizar exames de diagnósticos (PCR) e também sequenciamentos genômicos de amostras positivas de Covid-19 nas cidades do interior paulista. O sistema é uma forma de identificar com agilidade casos da doença e ajudar a “desafogar” o sistema de saúde com parte das testagens nas regiões mais críticas de cada Departamento Regional de Saúde (DRS).

O Lab Móvel recebia os testes de PCR e fazia a análise, gerando um resultado em até 24h. A partir daí, algumas das que davam positivo eram sequenciadas num prazo de três a 12 dias.

Nestes cerca de sete meses rodando pelo estado de São Paulo, o Lab Móvel percorreu mais de 30 mil quilômetros e passou por 12 DRS, obtendo amostras de 122 cidades paulistas.

Ao todo, foram realizados mais de 38,4 mil testes PCR, dos quais 9,9 mil deram positivo e, desses, 2,1 mil foram sequenciados.

Com a finalização do projeto, a unidade está passando por modernizações e será destinada ao aprimoramento de vacinas produzidas pelo Instituto Butantan, não apenas contra Covid, mas de combate a outras doenças virais também.

“O que a gente fez foi absorver o que a gente fez diariamente pra Covid ser uma realidade dentro da instituição quando se para pra pensar em todas as cepas que devem ser pensadas para as nossas vacinas”, explicou Sandra Coccuzzo, diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Butantan.

“O que a gente fez foi absorver o que a gente fez diariamente pra Covid ser uma realidade dentro da instituição quando se para pra pensar em todas as cepas que devem ser pensadas para as nossas vacinas”, explicou Sandra Coccuzzo, diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Butantan.

A expectativa da diretora é de que em até seis meses o Lab Móvel consiga enviar os dados necessários para obter a aprovação da Anvisa para operar como um laboratório voltado para estudos de soroneutralização, ou seja, de medir a capacidade de neutralização dos vírus estudados. Isso ocorrendo, o Instituto poderá ser o primeiro do país a ter autorização do órgão de vigilância sanitária para realizar este tipo de trabalho.

Segundo o Butantan, o laboratório passou por adequações estruturais de automação que poderão acelerar o tempo de análise de amostras recebidas pelos centros parceiros que ajudam nos ensaios clínicos.

‘Associando a velocidade do robô com o processo, na prática, quer dizer que não teremos o limite de, por exemplo, 300 análises por dia, agora poderemos fazer três mil’, comenta Sandra.

Fonte: G1.Globo

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