Por até R$ 36 mil, coquetel anticovid está distante do SUS, admite Queiroga

0

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira (21) que sua pasta está estudando a viabilidade do uso do coquetel contra a Covid-19 aprovado nesta semana pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O custo do medicamento pode ser o principal entrave.

Na terça-feira (20), a Anvisa aprovou o uso emergencial de dois medicamentos que, combinados, poderão ser usados para combater casos leves e moderados de pacientes de Covid-19.

O Regen-Cov é formado a partir da união de remédios da farmacêutica Roche e terá uso restrito em hospitais. O tratamento foi utilizado pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump após ele ser infectado com o coronavírus.

Nos Estados Unidos, onde é usado desde o ano passado, estima-se que o medicamento custe entre US$ 1.500 e US$ 6.500 (R$ 8.350 e R$ 36.200), segundo a emissora de TV CBS.

‘O presidente da República determinou que todas as inovações que pudessem trazer benefícios para os pacientes fossem analisadas, até mesmo para que o tratamento seja mais rápido. Por isso, vamos estudar’, disse Queiroga.

Segundo ele, o Ministério da Saúde vai analisar todas as medicações inovadoras que surgirem, começando pelo Regen-Cov, que ainda não está disponível nos hospitais brasileiros.

‘São novas perspectivas que precisam ser avaliadas dentro do que determina a legislação brasileira. Em relação a inovações, há uma comissão permanente no Ministério da Saúde chamada Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde), que faz essas análises quanto a segurança dos fármacos, quanto a efetividade, custo, impacto no orçamento. Isso tudo precisa ser bem visto.’

Queiroga comentou que o spray de Israel, que chegou a ser defendido pelo presidente Bolsonaro como um remédio promissor contra a Covid, ‘é uma perspectiva, mas não é tão concreta como é o coquetel que já tem registro na Anvisa‘.

O ministro desconversou quando foi questionado se Bolsonaro tomou ou não a vacina e se ele, como titular da Saúde, tem autoridade para orientar o presidente sobre esse tema.

‘O presidente me nomeou ministro de Estado da Saúde, então, eu tenho abertura pra conversar com ele sobre qualquer assunto. Mas essa questão de tomar a vacina é privada. Nossa Constituição assegura a todos a inviabilidade da vida privada, é preciso observar isso.’

Fonte: Notícias do Dia

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/16/covid-19-coquetel-freia-a-infeccao-dentro-de-casa-eficacia-chega-a-81/

Espanha doará 80 mil itens para kit intubação, diz ministro da Saúde

0

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira (21/4) que o que pode aliviar a crise nos hospitais diante da pandemia de Covid-19 é a chegada de insumos para o kit intubação – uma série de medicamentos que auxiliam no tratamento contra a doença. Segundo ele, a fase mais crítica desse problema está próxima de acabar. ‘Na próxima semana, chegarão 80 mil itens do kit doados pela Espanha’, assegurou, em entrevista coletiva.

Segundo o ministro, a Vale do Rio Doce também contribuiu e já chegou a doar 2 milhões de doses desses itens ao governo. ‘Na minha opinião pessoal, estamos muito próximos de vencer a fase mais crítica em relação a kits de intubação e oxigênio’, afirmou.

Apesar dos elogios, inclusive à indústria nacional, que em seu diagnóstico tem ajudado muito ao aumentar a produção de insumos, as ações não são suficientes para o abastecimento do mercado. ‘Adotamos, então, algumas medidas para a aquisição desses insumos, mas esse tipo de ação não é rápida e demora no mínimo 40 dias pra chegar’, disse.

Na coletiva, o ministro também afirmou que a vacinação dos grupos prioritários deve ser concluída somente em setembro. A previsão é quatro meses atrasada em relação ao que havia sido projetado pelo ex-ministro Eduardo Pazuello, o qual estimava que em maio a imunização dos grupos prioritários do Programa Nacional de Imunizações (PNI) seria concluída.

Questionado sobre a alteração, Queiroga justificou que não se devem ser contadas ‘doses de vacina’. Depois, ele explicou que atrasos nas entregas de fornecedores mudaram o cronograma.

‘O calendário é sujeito às entregas. Covax Facility é uma iniciativa da OMS. O que ocorre? Covax Facility não nos entrega o que foi acordado. Insumos que vêm de outros países, há uma carência nesses insumos. Isso não é uma questão do Brasil, é uma questão mundial. Não ter atingido a meta dos 78 milhões se deve a esses aspectos. Aos aspectos regulatórios. O Ministério da Saúde não vai colocar vacinas que não sejam aprovadas pela Anvisa‘, disse.

Pfizer

No início desta semana, o governo anunciou uma negociação de 100 milhões de doses de vacina da Pfizer. Caso esse contrato seja fechado, as doses chegarão apenas em 2022.

‘O que é concreto é que o Brasil é o quinto país que mais vacina. É importante. E em relação à população é o nono. E o Brasil é um dos países que produz vacina. Temos um contrato de transferência de tecnologia. Temos pontos muito positivos e isso que é importante. E vocês nos ajudam muito a tranquilizar nossa população’, ressaltou o ministro.

‘Temos duas indústrias nacionais, é um patrimônio de cada um dos brasileiros, que é Butantan e a Fiocruz. Vamos deixar de ver só problema, porque a gente está aqui para dar solução à nossa população. Não fica com essa coisa de contando dose de vacina, vamos vacinar a população brasileira’, completou.

Sem dar mais explicações, o ministro encerrou a coletiva sem responder sobre possíveis alternativas para resolver o problema do atraso na campanha de vacinação do país.

Fonte: Metrópoles

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/20/filantropicos-concretizam-primeira-importacao-do-kit-intubacao/

Plantio de maconha para fins medicinais tem parecer favorável

0

O Projeto de Lei (PL) 399 de 2015, que regulamenta o plantio de maconha para fins medicinais e a comercialização de medicamentos que contenham extratos, substratos, ou partes da planta recebeu parecer favorável do relator, deputado Luciano Ducci (PSB-PR). O texto ainda precisa ser aprovado na comissão especial criada para debater a matéria, antes de ser levado ao plenário.

A proposta, de autoria do deputado Fábio Mitidieri (PSD-SE), altera a Lei 11.343/06, que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas e que autoriza o plantio de vegetais como a maconha, denominada Cannabis sativa, para fins científicos ou medicinais, em local e prazo determinado, mediante fiscalização.

Segundo o relator, o projeto apenas regulamenta a legislação vigente e vai ajudar as famílias de pacientes que não responderam bem a outras terapias ou tiveram efeitos colaterais com medicamentos disponíveis no mercado.

Estudos indicam que os derivados da planta podem ser utilizados no tratamento de doenças como Alzheimer, Parkinson, glaucoma, depressão, autismo e epilepsia. Além disso, já existem evidências conclusivas da eficácia dos canabinoides contra dores crônicas e no tratamento de câncer, apresentando efeitos antitumoral e também contra enjoos causados pela quimioterapia e no tratamento da espasticidade causada pela esclerose múltipla.

Os canabinoides também demonstraram evidências moderadas de que são efetivos para o tratamento da fibromialgia; dos distúrbios do sono, como no para tratamento de síndrome da apneia obstrutiva do sono; para aumento do apetite e diminuição da perda de peso em pacientes com HIV; para a melhora nos sintomas de síndrome de Tourette; nos sintomas de ansiedade, e para a melhora nos sintomas de transtorno pós-traumático.

Ducci lembrou que, desde que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a autorizar a importação de medicamentos à base de Cannabis, em 2015, os pedidos de autorização aumentaram de maneira expressiva. Segundo ele, em 2015, foram 902 solicitações; em 2019, até o mês de outubro superaram as 5.300. No início do ano de 2020, havia cerca de 7.800 pacientes cadastrados para importar estas medicações.

‘Os produtos importados são, contudo, vendidos a preços proibitivos para a maioria da população brasileira. A caixa de Mevatyl® [um dos medicamentos autorizados e registrado na Anvisa] com três frascos de 10 ml custa por volta de R$3.000,00. Mesmo antes do seu registro, houve casos de pacientes que recorreram à judicialização para obter medicamentos canabinoides pelo Sistema Único de Saúde (SUS)’, ponderou.

Ducci destacou ter consciência de que o tema é ‘polêmico’, mas disse que o relatório foi baseado em evidências científicas sólidas e que o texto foi construído ouvindo a contribuição de familiares de pacientes, de cientistas e de profissionais como médicos, farmacêuticos, técnicos em vigilância sanitária, entre outros.

‘Esse projeto trata de saúde, de reconhecer as propriedades terapêuticas desta planta, que já foram comprovadas cientificamente e que visa ajudar as pessoas, atuando no tratamento de suas dores, crises convulsivas, efeitos adversos de tumores agressivos e de doenças crônicas ainda incuráveis. O nosso único objetivo é proporcionar bem estar aos brasileiros’, disse.

O deputado criticou ainda o que classificou como críticas ‘mal intencionadas e desprovidas de fundamento’, as afirmações de que o foco do projeto estaria na legalização da maconha. Ducci disse que as posturas nesse sentido são baseadas em concepções ideológicas.

‘É importante deixar claro que com o trabalho que desenvolvemos não temos a menor intenção de viciar pacientes, nem contribuir para a destruição da família brasileira, muito menos fomentar o tráfico de drogas, prova disso é que vedamos de maneira expressa a fabricação e a comercialização de produtos fumígenos à base de Cannabis’, disse.

Comercialização

O texto apresentado pelo relator prevê que medicamentos canabinoides poderão ser produzidos e comercializados em qualquer forma farmacêutica permitida (sólida, líquida, gasosa e semi-sólida) e sem restrição quanto aos critérios para sua prescrição.

Pela proposta, a prescrição do medicamento será de acordo com a opção do médico e de comum acordo com o paciente, sem a necessidade que sejam esgotadas todas as alternativas terapêuticas, para somente então se prescrever os medicamentos canabinoides.

Plantio

O projeto determina que o cultivo de plantas de Cannabis para fins medicinais será feito exclusivamente por pessoa jurídica, ‘previamente autorizadas pelo poder público’. As sementes ou mudas usadas deverão ter certificação e só poderá ser feita em local fechado, como uma estufa ou outra estrutura adequada ao plantio.

Os locais também deverão ser planejados para impedir o acesso de pessoas não autorizadas, bem como garantir a contenção e a não disseminação das plantas no meio ambiente. Eles deverão contar com sistema de videomonitoramento, restrição de acesso, sistema de alarme de segurança e cercas elétricas.

O texto também diz que os cultivos terão uma cota pré-definida que deverá constar do requerimento de autorização. Além disso, as plantas de Cannabis destinadas ao uso medicinal serão classificadas como psicoativas (aquelas com teor de THC superior a 1%), e como não-psicoativas (aquelas com teor de THC igual ou inferior a 1%).

Os cultivos terão ainda que obedecer a requisitos de controle, tais como: rastreabilidade da produção, desde a aquisição da semente até o processamento final e o seu descarte; plano de segurança para a prevenção de desvios; presença de um responsável técnico, que se responsabilizará pelo controle dos teores de THC, constantes das plantas.

O projeto também permite que o cultivo de Cannabis e produção de produtos contendo canabinoides possa ser realizado pelas farmácias vivas do Sistema Único de Saúde (SUS), que, atualmente são responsáveis pelo cultivo, coleta, processamento e armazenamento de plantas medicinais, usadas em tratamentos medicinais e fitoterápicos. Segundo Ducci, as farmácias vivas podem ser outra maneira de melhorar o acesso dos pacientes ao medicamento.

Cânhamo

O texto trata ainda do chamado de uso industrial da Cannabis, pela comercialização de produtos derivados do cânhamo, uma versão da Cannabis que não não tem condições de causar efeitos alucinógenos devido à baixa concentração de THC encontrada na planta.

De acordo com Ducci, o uso industrial da planta pode resultar na produção ‘desde a fibra, a celulose, a resina, passando pelos cosméticos, produtos de higiene pessoal, até suplementos e gêneros alimentícios’.

‘Entendemos que o cânhamo industrial tem o potencial de abrir um novo segmento comercial no Brasil e se tornar uma nova matriz agrícola, uma vez que ele faz parte de um mercado mundial multibilionário devido à sua versatilidade e visto que vários países no mundo já estão em estágio avançado nesse aspecto’, disse.

Fonte: Jornal Primeira Página

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/22/plantio-de-maconha-para-fins-medicinais-tem-parecer-favoravel/

Johnson publica dados de vacina em revista científica

A vacina do laboratório Janssen, do grupo Johnson, teve 66% de eficácia em prevenir casos moderados e graves de Covid-19, 28 dias após a aplicação. Os dados, preliminares, já haviam sido divulgados em janeiro, mas só foram publicados em revista nesta quarta-feira (21), na “New England Journal of Medicine”.

Veja também: Ações da Blau Farmacêutica encerram em alta de mais de 2% na B3

Considerados apenas os casos graves, o nível de proteção chegou a 85,4%. Nenhuma pessoa vacinada morreu de Covid.

Siga nosso Instagram

Entre os imunizantes em uso no mundo, é da Johnson é o único aplicado em uma só dose. Ele foi aprovado para uso emergencial pela Anvisa no final de março, mas o Brasil ainda não tem a vacina à disposição. Também em março, o governo disse que comprou 38 milhões de doses do imunizante, que devem ser entregues no 3º e no 4º trimestre de 2021.

Veja os principais pontos do anúncio:

Mais de 40 mil voluntários receberam vacina ou placebo.

Considerando todos os ensaios de fase 3 – em 8 países, incluindo Estados Unidos, Brasil e África do Sul – a vacina teve 66,9% de eficácia contra casos moderados e graves de Covid 14 dias após a vacinação. Após 28 dias, a eficácia ficou em 66%.

Considerados apenas os casos graves, em todas as regiões, a eficácia da vacina chegou a 85,4% após 28 dias. Depois de 14 dias, a eficácia ficou em 77%.

A proteção começou 14 dias após a vacinação.

A eficácia da vacina aumentou com o passar do tempo: não houve nenhum caso grave de Covid nos participantes vacinados 49 dias após a aplicação da vacina. A vacina garantiu 100% de proteção contra hospitalização e morte por Covid 28 dias depois da vacinação. Após essa data, ninguém foi hospitalizado ou morreu de Covid.

A proteção foi, de forma geral, “consistente” em todos os participantes, independentemente da raça ou idade – inclusive em adultos acima de 60 anos.

A vacina pode ser armazenada por pelo menos 3 meses em temperaturas de 2ºC a 8ºC – o que é compatível com a rede de frio de vacinação usada no Brasil hoje. Em temperaturas de -20ºC, ela fica estável por dois anos, estima a Johnson.

Na América Latina, além do Brasil, os testes foram realizados na Argentina, no Chile, na Colômbia, no México e no Peru.

Fonte: G1

Arrecadação federal sobe 18,5% e bate recorde para meses de março

0

A recuperação da economia no início do ano e recolhimentos atípicos de impostos fizeram a arrecadação federal bater recorde para meses de março. No mês passado, o governo federal arrecadou R$ 137,932 bilhões em impostos, contribuições e demais receitas, com alta de 18,49% acima da inflação em relação a março do ano passado.

Segundo a Receita Federal, este é o maior valor arrecadado da série histórica para meses de março, com início em 1995. No primeiro trimestre, a arrecadação federal somou R$ 445,9 bilhões, com alta de R$ 5,64% acima da inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em relação a março do ano passado. O resultado para os três primeiros meses do ano também é recorde.

A arrecadação federal ainda não sentiu os efeitos da segunda onda da pandemia de covid-19. Isso ocorre porque a arrecadação do mês passado reflete os fatos geradores de fevereiro. Como os reflexos da atividade econômica na arrecadação levam pelo menos um mês para serem sentidos, o agravamento da pandemia, que ocorreu a partir de março, deverá impactar as receitas do governo a partir de abril.

Segundo dados da Receita Federal, apenas em março, houve o recolhimento atípico de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de cerca de R$ 4 bilhões por algumas grandes empresas de diversos setores econômicos. Nos três primeiros meses do ano, esse tipo de recolhimento somou R$ 10,5 bilhões, contra R$ 2,8 bilhões no mesmo período do ano passado.

A arrecadação total de IRPJ e da CSLL subiu 44,84% acima do IPCA em março na comparação com o mesmo mês do ano passado. Além do recolhimento atípico dos cerca de R$ 4 bilhões, a alta foi influenciada pela melhora nos lucros de algumas grandes empresas, que haviam estimado ganhos menores no início deste ano e tiveram de fazer a retificação na declaração de ajuste. Para as médias empresas, que declaram pelo lucro presumido, a arrecadação também aumentou.

A arrecadação do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) subiu 27,75% acima da inflação. Apesar de as vendas de bens terem caído 1,9% e as de serviço terem recuado 2% em março, a alta de preços de produtos importados e a redução de compensações tributárias (quando o empresário compensa prejuízos com o abatimento dos tributos) mantiveram as receitas em alta.

A alta do dólar, que se reflete em preços mais altos em reais, também ajudou a impulsionar em 50,92% acima da inflação o recolhimento do Imposto de Importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para mercadorias do exterior em março na comparação com março do ano passado. Mesmo o valor em dólar das importações tendo caído 5,16%, na mesma comparação, a desvalorização do câmbio elevou a arrecadação em reais.

Ainda sem refletir o agravamento da pandemia, a arrecadação do IPI sobre produtos nacionais subiu 26,99% acima da inflação em março em relação ao mesmo mês de 2020. Isso ocorreu porque, em fevereiro (mês do fato gerador da arrecadação de março), a produção industrial tinha subido 1,27% em relação a fevereiro de 2020.

Fonte:  

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/23/arrecadacao-federal-bate-recorde-para-meses-de-fevereiro/

Recusa de Bolsonaro à vacina da Pfizer é ponto central na CPI da Covid

0

O âncora do Salve, Salve, BandNews! comentou a tentativa do Ministério da Saúde de comprar mais 100 milhões de doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19. O Brasil já tem um contrato com a farmacêutica americana, mas os primeiros imunizantes ainda não chegaram. A vacina da Pfizer já ganhou o registro definitivo para uso no Brasil, diferentemente da russa Sputnik V, que não tem nem sequer a autorização emergencial da Anvisa. A agência reguladora pediu ao Supremo Tribunal Federal para suspender o prazo dado de até o fim do mês para decidir se autoriza a importação de doses.

Fonte: BOL

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/22/anvisa-atualiza-exigencias-para-armazenamento-de-vacina-da-pfizer/

Covid-19: imunização de grupos prioritários deve terminar em setembro

0

O Ministério da Saúde vai lançar um novo pregão para solucionar o desabastecimento do kit intubação nos hospitais. Esses medicamentos são usados em pacientes com a covid-19 internados em UTIs.

O ministro Marcelo Queiroga afirmou, nesta quarta-feira (21), que o pregão será nacional e internacional, sem fixação de preço.

O governo federal ainda aguarda para a próxima semana a chegada de 1 milhão de medicamentos do kit intubação doados pela empresa Vale. O Ministério da Saúde reforçou que houve aquisição junto à Organização Pan Americana de Saúde (Opas), mas ainda sem previsão de entrega.

O ministro Marcelo Queiroga espera a vacinação de todos os grupos prioritários, pelo Programa Nacional de Imunização, até setembro. 17 milhões de pessoas abaixo de 60 anos com comorbidades devem começar a serem vacinadas em maio.

Marcelo Queiroga também disse que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do Ministério da Saúde ainda vai analisar tecnicamente a incorporação do coquetel de remédios contra covid-19 da farmacêutica Roche, aprovado pela Anvisa.

O Governo Federal ainda negocia com o laboratório Pfizer a compra de novos lotes da vacina contra a covid-19.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


Cadastre-se para receber os conteúdos também no WhatsApp  e no Telegram

Jornalismo de qualidade e independente
Panorama Farmacêutico tem o compromisso de disseminar notícias de relevância e credibilidade. Nossos conteúdos são abertos a todos mediante um cadastro gratuito, porque entendemos que a atualização de conhecimentos é uma necessidade de todos os profissionais ligados ao setor. Praticamos um jornalismo independente e nossas receitas são originárias, única e exclusivamente, do apoio dos anunciantes e parceiros. Obrigado por nos prestigiar!

Leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/20/mercado-farmaceutico-cresce-10-com-maior-pulverizacao/

Alta internação de jovens por Covid faz subir procura por pulmão artificial

0

Era 8 de janeiro quando o professor Robert Gessner Junior, 31, acordou no hospital. Para ele, havia se passado apenas um dia desde que fora intubado para tratar a Covid-19, em 21 de dezembro. Mas, o cuidado excessivo dos médicos o alertou para o que só descobriria mais tarde: a doença se agravou a tal ponto que seu pulmão fora “desligado” por 11 dias.

Assim como o ator Paulo Gustavo, 42, Robert utilizou a ECMO (Membrana de Oxigenação Extracorpórea), espécie de pulmão artificial que oxigena o sangue fora do corpo, substituindo temporariamente o órgão comprometido de maneira severa.

“A primeira coisa que pensei quando acordei foi: passei Natal e Ano Novo longe de todos”, contou o professor que perdeu 32 quilos durante o tratamento. Obeso, pré-diabético e hipertenso, ele ainda guarda sequelas da doença, como dificuldades para caminhar, falta de movimento na mão esquerda e uma síndrome que provoca fraqueza muscular.

“Não reclamo de absolutamente nada, tenho esperanças de que consiga logo me recuperar para trabalhar”, disse Robert, que atribui a cura à ajuda extra da ECMO.

As diferentes cepas do novo coronavírus, algumas mais infecciosas e severas em pacientes jovens e sem comorbidades, têm levado ao aumento da procura pelo aparelho, que ainda continua praticamente inacessível à maioria dos doentes.

O equipamento não é usado no tratamento da Covid-19, mas serve como suporte para que os pulmões “descansem” enquanto o organismo combate a infecção. “É como uma hemodiálise, mas nos pulmões”, explicou o médico Jarbas da Silva Motta Junior, coordenador das UTIs do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba, onde Robert foi tratado.

Segundo Gustavo Calado, diretor da Elso (Organização para Suporte Vital Extracorpóreo), instituição que regulamenta o uso e as diretrizes para a ECMO no mundo, antes da pandemia, eram de 150 a 200 implantes por ano no Brasil, grande parte por problemas cardíacos. Agora, a demanda já passa de 800, sendo que 85% dos procedimentos estão relacionados à Covid-19.

Ele conta que a tecnologia existe há mais de 40 anos, mas só se difundiu no auxílio ao tratamento de problemas respiratórios a partir da pandemia de H1N1, entre 2009 e 2010. Também foi utilizada em vítimas do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 2013.

Calado ressalta, no entanto, que o doente deve atender a uma série de pré-requisitos para utilizar a máquina. O primeiro é esgotar todas as alternativas para recuperar os pulmões, como uso de ventilação mecânica e da manobra de prona, em que a pessoa é colocada de bruços.

“Em idosos com comorbidades, por exemplo, não há indicação, pois só aumenta o sofrimento”, explicou.

Outro fator que restringe o acesso é o número de centros aptos a operar o equipamento. No Brasil, são apenas 28 credenciados.

Antes da pandemia, o Marcelino Champagnat, uma das unidades de referência, instalava no máximo dois aparelhos por ano. Já entre 2020 e 2021, foram 11.

A demanda também cresceu entre as fabricantes. Em março, a Braile Biomédica se tornou a única empresa do hemisfério Sul a obter a certificação da Anvisa para fornecer ECMOs de tempo prolongado a hospitais do país.

“Existe uma demanda maior do que a oferta de produtos até porque os demais fabricantes são multinacionais que acabam focando no mercado interno, como Japão e Estados Unidos”, contou o CEO da empresa, Rafael Braile. Desde março, a fabricante já instalou 23 equipamentos.

As especificidades da ECMO levaram a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) a barrar a cobertura da tecnologia no SUS, em 2015. O comitê se baseou em um estudo que leva em conta o valor de implantação do recurso e o retorno efetivo ao paciente.

Apesar disso, o equipamento pode ser acessado por pacientes internados nos poucos centros de referência credenciados para atender o setor público, como no Incor de São Paulo.

Braile lembra que o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu o uso da ECMO pelo SUS enquanto presidia a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Atualmente, há novas discussões para ressubmissão dos estudos de economia e saúde junto à Conitec.

Já os planos de saúde têm decisões discrepantes sobre a cobertura do uso da ECMO.

Segundo a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), a ECMO “é ainda muito restrita e não consta no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar [ANS]”. Já a ANS afirmou que, quando realizada pela via torácica e com objetivo de prestar assistência mecânica circulatória prolongada, deve haver, sim, pagamento pelos planos.

Diferentemente de Robert, que conseguiu liberação do seguro para usar a máquina, o fisiculturista e empresário curitibano Kaique Barbanti, 28, teve que arcar com os custos do tratamento, que, só com o equipamento, giraram em torno de R$ 150 mil.

Kaique ficou 62 dias internado, sendo 23 deles ligado à ECMO (a média é de sete a dez dias). Ele já estava curado da Covid-19, mas teve que deixar o pulmão “descansando” para curar uma trombose causada pela doença.

“Se a ECMO não me salvou, me deu sobrevida para o corpo reagir e me proporcionou uma recuperação acima da média”, afirmou Barbanti.

Motta, um dos responsáveis pelo atendimento aos dois pacientes, exaltou a função da máquina. “Há possibilidade muito grande de não terem sobrevivido [sem a ECMO] e, se tivessem, teriam bem mais sequelas pulmonares.”

Como explica o médico, além de facilitar o tratamento de casos graves da Covid-19, a ECMO permite melhor resposta a intervenções invasivas às vezes necessárias.

É o que ocorreu com Paulo Gustavo, que passou por procedimentos para corrigir problemas de coagulação e na passagem de ar entre os brônquios e a membrana que reveste os pulmões. Em último boletim médico divulgado pela assessoria do ator, na quinta-feira (15), o estado de saúde dele ainda foi considerado crítico.

A Folha consultou cinco das maiores operadoras de planos de saúde do Brasil, mas todas se recusaram a oferecer dados de pedidos de liberação do uso da tecnologia em pacientes. A ANS informou não possuir essas informações e o Ministério da Saúde não retornou o contato.

Fonte: A Gazeta Online ES

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/22/com-incentivo-de-bolsonaro-e-pazuello-farmacias-venderam-52-milhoes-de-comprimidos-do-kit-covid-na-pandemia/

Compra de 28 milhões de doses da Sputnik V é esperança para ampliar vacinação

0

Sputnik V – O Consórcio Brasil Central – Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão e Rondônia – assinou um acordo com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) e está perto de comprar 28 milhões de doses da vacina Sputnik V. A eficácia do imunizante russo, que exige a aplicação de duas doses, é de 91,6%, segundo dados publicados na revista científica “The Lancet”.

Siga nosso instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

‘Essa compra é muito importante porque avança, assim que chegar essas doses, a quantidade de pessoas imunizadas em Mato Grosso do Sul e em todos os estados que fazem parte do Brasil Central’, explicou o governador Reinaldo Azambuja

A intenção é que a vacina comece a chegar ao País ainda neste semestre. O imunizante contra Covid-19 ainda precisa de aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicado no Brasil.

Na semana passada, o governador Reinaldo Azambuja visitou a fábrica da Farmacêutica União Química, em Brasília, onde será produzida e fabricada a vacina russa. Acompanhado do secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, e do Procurador-Geral de Justiça, Alexandre Magno Benites, o governador destacou que a nova opção de vacina é um grande avanço no combate à pandemia do coronavírus.

Fonte: A Crítica de Campo Grande

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/

Saúde vai avaliar coquetel

0

Apesar de aprovado por unanimidade pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o uso emergencial do coquetel contra a covid-19 nos hospitais públicos brasileiros ainda não está certo. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, explicou que o medicamento será avaliado pela pasta antes de ser incluído no Sistema Único de Saúde (SUS).

“A Anvisa é um tipo de avaliação, é a avaliação de ingresso. A avaliação de incorporação é outro tipo. São escopos distintos”, esclareceu Queiroga. “É um medicamento novo, ainda precisamos saber mais”, disse. Segundo o ministro, mesmo com o uso emergencial aprovado pela Anvisa, o coquetel antiviral precisa passar pelo crivo da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

O ministro ressaltou que, apesar de estudos indicarem que a aplicação do coquetel na fase inicial da covid-19 reduz em 70% o risco de internação e óbito, sobretudo de pacientes com comorbidades, ainda há questionamentos sobre a eficácia do medicamento. Segundo Marcelo Queiroga, há dúvidas, por exemplo, se o coquetel pode contribuir com o desenvolvimento de novas cepas do coronavírus.

Além disso, a Conitec deve avaliar o impacto orçamentário do coquetel. O medicamento chega a custar US$ 3 mil. “Precisa haver um estudo entre o preço colocado, o resultado que é prometido e o resultado que é obtido. Se não, não tem sustentabilidade”, frisou o ministro.

A Conitec tem uma reunião marcada para o próximo dia 5 e pode levar até 180 dias para avaliar a incorporação de um medicamento no SUS. Queiroga disse, no entanto, que esses prazos podem ser encurtados.

Ele garantiu ainda que, se tiver a aprovação da Conitec, o coquetel poderá ser incorporado ao SUS bem como à rede de saúde suplementar. Contudo, a farmacêutica Roche, fabricante do coquetel, sinalizou que vai priorizar o governo federal nas vendas do medicamento.

Fonte: Correio Braziliense

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/22/por-ate-r-36-mil-coquetel-anticovid-esta-distante-do-sus-admite-queiroga/