Medicamentos para intubação estão no limite em 30% dos hospitais privados do país

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Medicamentos para intubação – Levantamento da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) indica que 30% dos hospitais estão com baixo estoque de anestésico e ‘kit intubação’ no Brasil. A quantidade dos insumos é suficiente para atender apenas a demandas dos próximos cinco dias ou menos.

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No total, há 20 instituições sob risco de falta de anestésicos. Elas estão nas cidades de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Uberlândia (MG), Juiz de Fora (MG), São Paulo (SP), Atibaia (SP), Niterói (RJ), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Joao Pessoa (PB) e Salvador (BA).

O número de hospitais que relatam a falta do kit intubação chega a 22. Além dos citados acima, estão incluídos também os municípios de Cariacica e Serra, no Espírito Santo. O conjunto de remédios inclui anestésicos, sedativos e bloqueadores musculares, necessários para manutenção do tratamento.

:: Mortes por covid no Brasil aumentaram quase três vezes nos últimos dois meses ::

Sem essas substâncias, os riscos do procedimento e de retirada dos pacientes dos equipamentos de suporte respiratório aumentam. O processo se torna doloroso e pode causar sequelas.

Em dez instituições de saúde de Belém (PA), Brasília (DF), Cariacica (ES), Juiz de Fora (MG), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Joao Pessoa (PB), Salvador (BA), Serra (ES) e Uberlândia (MG) não há respiradores suficientes para a demanda.

Ainda de acordo com a pesquisa da Anahp há relatos também sobre baixo estoque de oxigênio em hospitais de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP).

:: Últimas notícias da vacina: quatro capitais suspendem vacinação por falta de doses ::

Em pelo menos nove casos o volume deve durar no máximo cinco dias. Outros 66,20% estão com o insumo para apenas uma semana.

A taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19, é superior a 85% nesses locais. Apesar de estar levemente abaixo do registrado na semana anterior (90,77%), o índice ainda é muito preocupante.

O tratamento dos pacientes com covid-19 tem alta taxa de permanência no leito e demanda intensa de suprimentos e cuidados intensivos.

Segundo a Anahp, as instituições tentam importar insumos da Índia. Essa possibilidade está em análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, por questões regulatórias, ainda não foi concretizada.

Fonte: Brasil de Fato

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Covid: 6 perguntas que CPI deve responder sobre conduta de Bolsonaro na pandemia

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Houve omissão do governo do presidente Jair Bolsonaro na aquisição de vacinas? E na crise de falta de oxigênio que levou Manaus ao colapso? E o governo federal pode responsabilizar Estados e municípios pela crise no Brasil?

Veja também: Frascos da CoronaVac têm quantidade insuficiente para 10 doses, dizem prefeituras na região de…

Apesar da tradicional falta de certeza sobre os rumos que uma investigação pode tomar no Congresso, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 pode conseguir responder a uma série de perguntas sobre a conduta do governo federal no combate à pandemia.

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A pressão pela investigação cresceu com a escalada de mortes causadas pela covid-19 no Brasil, ao mesmo tempo em que diversos países vivem uma melhora na situação. Dados do fim de março mostram que o Brasil concentrava um terço das mortes diárias por covid no mundo , mesmo com apenas 3% da população mundial.

A BBC News Brasil ouviu especialistas nas áreas da saúde, direito, gestão pública e economia, além do autor do pedido de criação da CPI, para apontar quais são as questões principais a serem avaliadas pelos parlamentares na investigação.

1. O governo federal foi omisso ou não na aquisição de vacinas?

A conduta do governo federal em relação à compra de vacinas deve ser um ponto central da análise da CPI.

O governo brasileiro recusou, em agosto de 2020, a oferta da farmacêutica Pfizer para compra de um lote de 70 milhões de doses de sua vacina contra a covid-19 , que seriam entregues em dezembro de 2020.

O argumento do governo federal foi o de que não concordava com as condições estabelecidas pelo laboratório e que a empresa não se responsabilizava por eventuais efeitos colaterais da vacina.

Foi ao comentar sobre a vacina da Pfizer que Bolsonaro falou a que se tornou sua mais conhecida fala contra a vacinação. ‘Lá no contrato da Pfizer, está bem claro: nós (a Pfizer) não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar um jacaré, é problema seu’, disse o presidente.

A microbiologista Natalia Pasternak diz que o Ministério da Saúde ‘esnobou’ doses de vacina que poderiam ter chegado ao país ainda no fim de 2020.

‘A questão da vacina passa pela desinformação sobre o tema e a negação da necessidade do planejamento, de comprar, de planejar campanhas. Perdemos uma janela de oportunidade de compra que não volta mais, e isso foi um erro muito grave do governo federal. Essa janela não poderia ter sido perdida.’

Reuters Conduta do governo federal em relação à compra de vacinas deve ser um ponto central da análise da CPIO senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento de criação da CPI, enumera questões sobre esse tema a serem respondidas.

‘O governo rejeitou ou não a oferta de 70 milhões de doses da Pfizer no ano passado? O governo se omitiu ou não no Consórcio Covax Facility, liderado pela OMS? O governo fez ou não campanha contra a Coronavac, que hoje responde pela maioria das doses? E, com isso, interferiu ou não para o atraso da vacinação?’, disse, em entrevista à BBC News Brasil.

O médico e advogado sanitarista Daniel A. Dourado diz que o Brasil ‘foi um dos últimos países a entrar no Covax Facility’, aliança internacional ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS), que tem o objetivo de difundir a distribuição justa e igualitária das vacinas contra a covid-19.

Quando a data limite para adesão se aproximava, o governo brasileiro informou que estudava ‘criteriosamente’ a participação do Brasil na Covax Facility. No fim de setembro, o Palácio do Planalto editou medida provisória que permitia a adesão ao consórcio.

Pesquisador do Centro de Pesquisa em Direito Sanitário da Universidade de São Paulo (Cepedisa-USP) e do Institut Droit et Santé da Universidade de Paris, Dourado diz que o governo ‘achava que era possível formar imunidade coletiva sem vacina’.

No início da pandemia, a lógica da imunidade coletiva foi uma aposta de outros governantes no mundo, como o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, muito criticado pela postura diante da covid no começo de 2020. Com o avanço da pandemia e maior conhecimento sobre o vírus, no entanto, houve mudança na postura de diversos líderes.

No momento em que o Reino Unido deixa aos poucos o terceiro lockdown, Johnson teve destaque ao dizer, em abril de 2021, que lockdown foi o principal responsável pela queda de casos e mortes por covid.

Diferente de outros países, o que aconteceu no Brasil, segundo Dourado, é que a postura inicial de uma aposta em imunidade coletiva continuou, apesar dos avanços da ciência e do vírus.

‘O governo brasileiro dobrou a aposta, quadruplicou a aposta nisso’, diz. ‘Eles recusaram propostas de vacina com desculpas fajutas. Parece que eles não queriam gastar dinheiro com a vacina da Pfizer.’

2. Houve omissão do governo federal na crise de falta de oxigênio que levou Manaus a colapso?

O pedido de abertura da CPI, do início deste ano, menciona a crise em Manaus, que enfrentou colapso diante da falta de equipamentos e de cilindros de oxigênio para tratar pacientes com covid-19 .

O texto diz que houve ‘caos’ no sistema de saúde da cidade e que a crise no início de 2021 repetiu a situação de 2020 e resultou na morte de diversos pacientes. E pergunta: ‘O governo federal não teve condições de se preparar com a devida antecedência para que esse cenário não se repetisse, evitando mortes de diversos manauaras? Outros estados e cidades se encaminham para o mesmo destino?’

Getty ImagesA Polícia Federal abriu inquérito para investigar se a conduta do então ministro Eduardo Pazuello contribuiu para aumentar o número de mortos pelo novo coronavírus em ManausDurante a crise em Manaus, foi noticiado que o Ministério da Saúde foi avisado sobre a escassez de oxigênio em Manaus por integrantes do governo do Amazonas e pela empresa que fornece o produto.

E em janeiro, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar se a conduta do então ministro Eduardo Pazuello contribuiu para aumentar o número de mortos pelo novo coronavírus em Manaus.

Em entrevista coletiva, Pazuello confirmou que em 8 de janeiro soube, a partir de uma carta da empresa White Martins, que poderia haver falta de oxigênio se não houvesse ações para mitigar o problema.

Depois, no entanto, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que Pazuello mudou a versão em depoimento à Polícia Federal e disse que não soube do colapso no fornecimento de oxigênio a Manaus no dia 8.

O advogado especialista em gestão pública Paulo Almeida, diretor do Instituto Questão de Ciência, defende que a postura do governo federal diante da crise em Manaus é um ponto crucial a ser apurado pela CPI.

‘Há informações bem claras de que o governo federal tinha sido informado de que a gente ia ter uma crise de insumos lá e não agiu adequadamente para resolver o problema’, diz.

Colapso no sistema de Saúde de Manaus foi citado no pedido de abertura da CPI3. O governo Bolsonaro colocou a população em risco ao estimular ‘tratamento precoce’ mesmo sem eficácia comprovada?

A defesa de medicamentos sem eficácia comprovada ou já comprovadamente ineficazes para a covid-19 por parte do presidente Bolsonaro é um ‘discurso perfeito’ para estimular as pessoas a saírem e viverem normalmente no meio da pandemia, segundo Dourado.

‘Esse discurso cumpriu muito o papel de incentivar a população a se expor ao vírus’, diz o médico e advogado, que é autor de um pedido de impeachment contra o presidente, assinado junto com o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão e o ex-presidente da Anvisa Gonzalo Vecina.

‘Ele incentivou as pessoas a se exporem ao vírus e fez com que muita gente tomasse remédio sem precisar’, disse.

Nesse quesito, um importante fato para ser analisado pela CPI, segundo os especialistas ouvidos pela reportagem, é o aplicativo TrateCOV, lançado pelo Ministério da Saúde.

O programa sugere a prescrição de hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina e doxiciclina, a partir de uma pontuação definida pelos sintomas do paciente após o diagnóstico de covid-19. Foi revelado que o programa recomenda hidroxicloroquina em qualquer idade, inclusive para bebês.

O lançamento do aplicativo foi inclusive feito em Manaus, em janeiro de 2021, quando os casos de covid escalavam na cidade.

Até janeiro, o governo federal já havia gastado quase R$ 90 milhões com a compra de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da covid-19, como cloroquina e azitromicina .

Você viu?

O uso de medicamentos sem eficácia comprovada ou já comprovadamente ineficazes para a covid-19 foi tão popularizado no Brasil que até empresas brasileiras passaram a distribuir a funcionários o ‘kit covid’, como revelou a BBC News Brasil .

Bolsonaro também defendeu o uso de nebulização de hidroxicloroquina, que não tem comprovação científica. Há relatos de mortes de pacientes submetidos a esse procedimento.

ReutersBolsonaro defendeu uso de nebulização de hidroxicloroquina, que não tem comprovação científicaPara Almeida, a questão do suposto tratamento precoce é o principal ponto a ser investigado pela CPI. ‘O oferecimento e a defesa do tratamento precoce foram vistos como solução alternativa ao seguimento das melhores práticas internacionais’, diz, mencionando que Bolsonaro fez transmissões ao vivo com caixa de hidroxicloroquina em cima da mesa.

‘Isso tudo é gravíssimo porque, além de ser uma omissão em relação ao tratamento ideal, ele é indicação de tratamento sem comprovação. Isso dentro de um Ministério da Saúde de um país comparativamente bem desenvolvido como o Brasil é, é completamente inaceitável. Caso essa CPI se instale de forma adequada e tenha atuação correta, de averiguar responsabilidades, não tem como não identificar problemas muito sérios.’

O advogado avalia que a propaganda de um medicamento que supostamente resolveria o problema ‘foi proposto em função do interesse do governo de manter o país funcionando como se não houvesse pandemia, muito mais por critérios ideológicos do que por critérios técnicos’.

4. O presidente pode ser responsabilizado por estimular aglomerações e vetar trecho de lei que obrigava uso de máscaras?

Em mais de um ano de pandemia, Bolsonaro foi visto repetidamente estimulando aglomerações e desestimulando o uso de máscaras .

O exemplo dele, por si só, já tem muito peso, como aponta Pasternak.

‘Ele é o presidente da República, foi eleito pela maioria da população, e isso quer dizer que, para muita gente, ele dá um exemplo’, diz. ‘Por isso que vimos tantos chefes de estado fazendo questão de, quando chegou a vez deles, serem vacinados em público, aparecer sempre de máscara, falar sobre a importância das medidas. As pessoas vão se espelhar no que eles falam e no que eles fazem.’

Presidente é criticado por participar e promover aglomerações durante a pandemia, como neste ato contra quarentenas em abril de 2020No entanto, embora a postura seja importante e deva fazer parte da investigação, também há uma importante decisão relativa a uma lei nesse quesito.

Em julho de 2020, Bolsonaro sancionou lei que obriga o uso de máscaras em espaços públicos e transportes públicos, mas vetou a obrigatoriedade do uso de máscaras em órgãos e entidades públicos e em estabelecimentos comerciais, industriais, templos religiosos e demais locais fechados em que haja reunião de pessoas. O argumento do presidente foi de que o trecho ‘incorre em possível violação de domicílio’.

‘Se por um lado ele promoveu tratamentos que não têm comprovação científica e situações em que as pessoas se aglomeraram, ele deixou de fazer tudo que a ciência indica para combater a pandemia – desincentivou o uso de máscara, que sabemos que funciona, desincentivou lockdown e distanciamento social’, disse Almeida.

‘Todas as medidas indicadas pela OMS e adotadas por países que conseguiram ter trânsito mais tranquilo com a pandemia foram solenemente ignoradas pelo governo federal – e não foram ignoradas em silêncio, mas com falas muito agressivas contra cada uma delas. Então essas omissões terão peso forte, porque existe registro oficial.’

5. Qual foi a influência da interrupção do auxílio emergencial na crise sanitária?

O pagamento do auxílio emergencial para compensar as perdas financeiras dos trabalhadores também é um assunto que deve ser olhado pela CPI, segundo os especialistas. Isso porque, especialmente para a população mais pobre, só o suporte financeiro permite a redução da exposição diária ao vírus.

Getty Images’Interrupção do auxílio emergencial forçou as pessoas a irem buscar o que comer, a se aglomerarem’, disse o senador Randolfe Rodrigues à BBC News BrasilO problema é que o pagamento do auxílio emergencial foi interrompido em janeiro de 2021 e só foi retomado (em valor mais baixo que os R$ 600 mensais pagos inicialmente) em abril – ou seja, beneficiários passaram três meses sem a ajuda do governo.

As novas parcelas do auxílio têm um valor que varia de R$ 150 a R$ 350 , dependendo do perfil de cada família.

‘A interrupção do auxílio emergencial forçou as pessoas a irem buscar o que comer, a se aglomerarem. Elas têm que colocar comida em casa. Houve um equívoco muito grave. Não sei quem teve a ideia genial de que virada do calendário do ano representava o fim do vírus’, disse o senador Randolfe Rodrigues. ‘Isso cai na conta de subestimar o poder do vírus e as consequências sociais e sanitárias da pandemia.’

A economista Monica de Bolle, que pesquisa intersecção entre economia, saúde pública e biomédicas, defende que o auxílio emergencial é uma medida de saúde pública.

‘Sem ele, é impossível reduzir a circulação de pessoas em um país tão desigual. O governo sabe disso, (o ministro da Economia, Paulo) Guedes sabe disso, mas optou por fazer o mínimo, que é igual a nada, com essa ‘renovação’ – depois de passar meses dizendo que nada faria. A política econômica é cúmplice da mortandade brasileira, mas a mídia local, os economistas tradicionais, o empresariado a poupa. Portanto, as questões da CPI não se resumem a Bolsonaro. Elas abrangem todos os que facilitaram o discurso de que o auxílio continuado levaria o país ao colapso fiscal.’

Para Dourado, a postura do governo federal diante da pandemia se junta ao que ele chama de ‘uma agenda da austeridade acima de tudo’. ‘Eles colocam isso acima de qualquer outro valor’, diz.

Almeida afirma que a lei do teto de gastos representa uma ‘defesa técnica possível’ para a redução no valor do benefício, já que ‘não dá pra gastar indefinidamente porque o impacto de longo prazo de não respeitar teto de gastos pode ser complicado também pro país’. No entanto, afirma que há outras nuances a serem analisadas.

‘Isso não pode ser analisado sem colocar à luz a questão de que só há necessidade de auxílio emergencial, um ano depois do início da pandemia, porque não se utilizou recursos para melhorar a situação do país em menor tempo, criando mecanismos mais efetivos pra gente não precisar chegar nesta situação.’

Getty ImagesApós aumento considerável de pessoas em situação de rua em meio à pandemia do coronavírus, município de São Paulo entrega cerca de 7.500 almoços por dia a quem não tem o que comer 6. Governo federal pode responsabilizar E stados e municípios pela crise?

O tema original da CPI foi ampliado, com a inclusão de outro requerimento de criação de CPI, do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), para investigar a aplicação de recursos federais por estados e municípios no combate à pandemia.

A inclusão dos governos estaduais e municipais foi defendida por Bolsonaro e, segundo críticos do governo, essa ampliação do escopo da CPI tem objetivo de dividir o desgaste do presidente com outras autoridades, assim como dificultar o andamento da investigação, devido ao grande volume de temas a serem apurados.

Já os defensores da ampliação do tema da comissão argumentaram que a CPI não deve ter ‘viés partidário’ , apurando todas as responsabilidades sobre o enfrentamento da pandemia.

Para Dourado, a tentativa de ‘empurrar a responsabilidade para governos estaduais e municipais’ é central na estratégia de Bolsonaro.

‘Pode ser que tenha (recurso mal aplicado) nos governos estaduais, mas não é esse o foco, não é esse governador sozinho que vai resolver’, diz ele.

A Constituição Federal diz que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar de forma concorrente sobre a defesa da saúde.

‘Isso quer dizer que tanto União quanto Estados e municípios têm que agir em conjunto, cada um na sua esfera, para promoção dos ideais de saúde’, explica Almeida.

Dourado dá o exemplo do que considera uma divisão dos papéis dos entes em relação à política de lockdown: caberia à União, segundo ele, criar parâmetros técnicos para avaliação do momento de decretar confinamentos, que seriam determinados pelos governos locais.

Medidas restritivas como o lockdown vêm sendo repetidamente criticadas por Bolsonaro, que tentou, em um pedido negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, derrubar os decretos dos Estados da Bahia, Rio Grande do Sul e Distrito Federal sobre medidas restritivas para evitar a proliferação da covid-19.

Com a decisão, os Estados puderam continuar restringindo a abertura do comércio a atividades essenciais, além de restringir a circulação de pessoas à noite e durante a madrugada.

Fonte:

Pelo menos 11 Estados relatam estoque crítico de remédios do kit intubação

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Pelo menos onze Estados admitem que estão com os estoques dos chamados kits intubação em níveis críticos ou abaixo dos patamares recomendáveis para a medicação e tratamento de pacientes graves de covid-19. Na maioria dos casos, a previsão é de que os itens armazenados durem mais quatro a cinco dias, de acordo com o consumo. Por causa da escassez, hospitais de Minas estão paralisando atendimentos, o que também tem ocorrido em cidades paulistas. No Sul, as unidades estão se organizando para importar os remédios sem depender do governo federal.

Esses remédios garantem que o paciente seja intubado sem sentir dor e sem tentar arrancar o tubo em reação involuntária. Os Estados com maior risco de falta de medicamentos são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio, Minas, Rondônia, Roraima, Pernambuco, Tocantins, Acre e Amapá. Ainda não há falta total dos remédios, mas os níveis estão longe do ideal. “Os estoques são críticos, todavia, não há desabastecimento”, explica a Secretaria de Saúde do Tocantins.

Em Minas, das nove cidades da região metropolitana de Belo Horizonte que têm UTIs, cinco enfrentam escassez ou já não têm mais medicamentos necessários. O Hospital São José, em Ituiutaba, suspendeu temporariamente as internações de pacientes graves. Dos cinco remédios necessários, a unidade que atende parte do Triângulo Mineiro recebeu apenas um. “As dificuldades vêm desde o mês de fevereiro. O problema se agravou porque os fornecedores não têm os medicamentos“, diz a farmacêutica do hospital Kátia Ferreira.

No Paraná, Rogê Costa, superintendente administrativo do Hospital Angelina Caron, afirma que os principais itens dos protocolos para intubação e manutenção dos pacientes em ventilação mecânica estão zerados. Os substitutos vão durar 5 ou 7 dias. “Não existe previsão de abastecimento por parte dos laboratórios e distribuidores, que colocam os pedidos em fila de espera”, diz o executivo do hospital que possui 77 leitos no total para covid, 51 de UTI e 26 de enfermaria. “Quando recebem as medicações, eles nos encaminham o que for possível”, revela.

O desabastecimento dos medicamentos do kit intubação tem de ser dividido em duas frentes, opina o médico Márcio Sommer Bittencourt, que atua no centro de pesquisa clínica e epidemiológica do Hospital Universitário da USP. “No desabastecimento relativo, quando acabam as drogas mais usadas, como, por exemplo, o Midazolam, a gente substitui por uma droga parecida, como o Diazepam. É uma readequação das medicações, uma mudança de protocolo, que tem um impacto clínico mais limitado. Na prática, a gente pode demorar mais para extubar o paciente, por exemplo”, explica.

Exemplos dessa prática estão no Brasil todo. No Ceará, a Unimed Fortaleza afirma que vem trabalhando “com o uso de medicações alternativas e realizando um esforço conjunto entre a equipe de intensivistas e de anestesistas na definição do esquema de sedação mais adequado a cada paciente, respeitando o perfil clínico de cada um”.

O segundo problema, continua Bittencourt, é a falta absoluta dos medicamentos. “Isso acontece quando temos de usar drogas de terceira ou quarta escolha. Nesses casos, você pode não conseguir sedar, intubar ou ventilar o paciente. Isso pode aumentar a mortalidade e diminuir a qualidade da assistência. O paciente vai ficar com dor e sofrer no processo. Acho que ainda não temos o desabastecimento absoluto nos Estados”, diz o especialista.

Em maior ou menor grau, a escassez de medicamentos traz inúmeros reflexos, dentro e fora dos hospitais. O Hospital Nossa Senhora das Graças, no Paraná, interrompeu o processo de ampliação dos leitos de covid – hoje são 32 de enfermaria e 50 de UTI. “Nossa última ampliação foi em março, com mais sete leitos no pronto-socorro. Depois, tivemos de parar por conta da dificuldade de adquirir medicamentos“, diz o diretor Flaviano Ventorim.

Em Minas, cirurgias eletivas, tanto na rede pública quanto na particular, estão suspensas desde a metade março para um controle mais efetivo do estoque de medicamentos para o tratamento da covid.

De maneira quase unânime, os Estados afirmam que o avanço da segunda onda da covid-19 no Brasil aumentou o consumo de insumos hospitalares e remédios como os anestésicos, relaxantes musculares e neurobloqueadores. Na opinião dos médicos, esse aumento do consumo está relacionado ao novo perfil dos pacientes acometidos pela covid. Pacientes mais jovens, entre 40 e 50 dias, demoram mais a procurar atendimento médico e, por isso, chegam num estado mais grave, exigindo maior tempo de internação e mais medicamentos.

Importação

O Ministério da Saúde está com dificuldades para refazer a reserva técnica de remédios do kit intubação. O Estadão mostrou que o governo tentou comprar doses para seis meses, mas só conseguiu 17% do planejado. Os Estados reclamam que o Ministério da Saúde vem fazendo requisições administrativas para as fábricas destinarem o excedente de sua produção para o órgão desde o mês de março. A partir daí, a pasta faz a redistribuição das drogas para os estados, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O processo ficou mais lento.

“É preciso que haja mais empenho do governo federal para adquirir e distribuir medicamentos sedativos para todo Brasil, sob risco de colapso da rede nacional, sobretudo, atingindo os municípios e filantrópicos, que são as unidades mais vulneráveis às oscilações de preço e que tem menor poder de negociação com os fornecedores”, cobrou a secretaria estadual da Bahia.

Para fugir dessas dificuldades, os hospitais filantrópicos do Rio Grande do Sul decidiram se unir para fazer a importação direta. Assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a importação, 81 unidades da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos se organizaram para fazer cotações internacionais.

O administrador Cassiano dos Santos Macedo, que atua na área de Saúde Suplementar da Federação, afirma que as melhores condições – preço e disponibilidade – foram oferecidas pela Índia. Depois do orçamento na mesa, 57 hospitais decidiram fazer o investimento. A primeira compra – 1 milhão de ampolas de Atracúrio, Fentanila e Midazolam – deve ser concluída na semana que vem. O estoque vai durar entre 30 ou 60 dias.

A iniciativa privada também está ajudando. Um grupo de empresas se uniu para comprar 3,4 milhões de unidades de remédios. Todos os medicamentos serão doados ao Ministério da Saúde em quantidade suficiente para a gestão de 500 leitos pelo período de um mês e meio. A ação conta com o apoio da Engie, Itaú Unibanco, Klabin, Petrobras, Raízen e TAG, além da Vale, que deu início a essa mobilização há três semanas.

A expectativa é de que até o final deste mês os sedativos, neurobloqueadores musculares e analgésicos opioides sejam doados ao governo federal, que cuidará também da distribuição pelos Estados por meio do SUS. Os itens, que foram adquiridos na China.

Outro lado

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas afirma que o Ministério da Saúde mudou o procedimento para a requisição administrativa desses insumos e não consegue distribuir em tempo hábil para todos os Estados. A expectativa é que esta semana uma nova remessa de 3 mil ampolas de brometo de rocurônio será disponibilizada para 25 unidades de atendimento a pacientes com covid, direcionadas a hospitais da rede pública que estão com menos de dois dias de cobertura e que não receberam medicamentos na última remessa, em 10/4.

A Secretaria de Saúde do Paraná afirma que a entrega dos medicamentos tem ocorrido de forma fracionada pelos fornecedores. Assim, o envio dos medicamentos tem ocorrido de forma semanal aos hospitais do plano de contingência, o que não permite manutenção de estoques superiores a 30 dias. Ainda segundo o órgão, o Paraná tem várias aquisições já finalizadas aguardando entrega e aquisições em andamento, além do pedido constante de envio de medicamentos ao ministério.

A Secretaria da Saúde do Ceará afirma que, mesmo com os altos índices de internações, o “planejamento feito está garantindo o abastecimento dos medicamentos do “kit intubação” e que segue monitorando, orientando e colaborando continuamente com os municípios cearenses e hospitais privados quando solicitado”.

Fonte: Terra

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/23/laboratorios-fecham-acordo-com-o-governo-sobre-kits-de-intubacao/

Brasil recebe 2,3 milhões de kits de intubação vindos da China

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Chegou ao Brasil na noite dessa 5ª feira (15.abr.2021), no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), um lote de 2,3 milhões de kits de intubação para pacientes com covid-19. Os medicamentos foram fabricados em Lianyungang, na China.

Os kits são compostos de sedativos, neurobloqueadores musculares e analgésicos opioides – insumos básicos para realizar a intubação.

Os medicamentos foram trazidos ao Brasil e serão doados ao SUS (Sistema Único de Saúde) por um grupo de empresas formado pela Engie, Itaú Unibanco, Klabin, Petrobras, Raízen e TAG, além da Vale, que deu início a ação há duas semanas.

Os 2,3 milhões de kits são um 1º lote de um total de 3,4 milhões que devem chegar ao Brasil até o final do mês. No total, os medicamentos têm capacidade para serem utilizados em 500 leitos pelo período de 1 mês e meio. Os itens possuem autorização para importação emitida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Segundo o grupo de empresas, a ação foi motivada pelo recrudescimento da pandemia de covid-19 no Brasil e pela escassez de insumos para o atendimento a pacientes em UTIs (unidades de terapia intensiva).

Na 3ª feira (13.abr), a Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo) fez um alerta sobre o desabastecimento de anestésicos e medicamentos do kit intubação e considerou o cenário ‘gravíssimo’.

Os cerca de 160 hospitais que responderam ao levantamento apontaram que os estoques de anestésicos, sedativos e relaxantes musculares tinham, então, em média, de 3 a 5 dias de duração e que os antibióticos também começaram a ficar escassos.

Ministério da Saúde

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a ação vai reforçar a assistência ao SUS.

‘A obrigação de adquirir esses medicamentos é de estados e municípios. Todavia, estamos em uma emergência pública internacional e nós temos que tomar as providências necessárias para assegurar o abastecimento em todo o país, principalmente em municípios menores que não têm condições de compra’, falou Queiroga.

Segundo o Ministério da Saúde, os medicamentos serão enviados para todos os Estados e ao Distrito Federal. ‘Com base em experiências anteriores, a expectativa é de que em menos de 48 horas os medicamentos sejam distribuídos para todos os Estados’, declarou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.

Fonte:  

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/23/laboratorios-fecham-acordo-com-o-governo-sobre-kits-de-intubacao/

Ação na Justiça tenta alterar índice para correção de aluguéis

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A Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos protocolou no Supremo Tribunal Federal uma ação visando substituir o Índice Geral de Preços (IGP) pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como parâmetro referencial nos contratos de aluguéis comerciais e residenciais.

Por conta de sua composição, o acumulado do IGP-M nos últimos 12 meses passou de 30%.

O empresário Érico Feitosa (foto), presidente do Secovi-Paraíba (corretores de imóveis), alertou dias atrás, durante entrevista à Rádio Caturité FM (104.1) para o cuidado (e estudo prévio) com propostas desse tipo, porque eventuais mudanças poderão ter oportunamente um efeito contrário ao que é desejado – correções de preços mais realistas.

Fonte: Paraíba Online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/10/15/preco-de-novos-alugueis-no-pais-caem-pelo-quarto-mes-consecutivo/

Frascos da CoronaVac têm quantidade insuficiente para 10 doses, dizem prefeituras na região de Ribeirão Preto

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Profissionais de saúde envolvidos na vacinação contra a Covid-19 em Cravinhos (SP) e em Batatais (SP) afirmam que o conteúdo nos frascos da CoronaVac são suficientes para a aplicação de nove doses, e não dez como estabelece o Instituto Butantan, responsável pela fabricação do imunizante no Brasil.

Há duas semanas, o secretário de Saúde de Ribeirão Preto (SP), Sandro Scarpelini, levou o assunto a uma reunião com o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.

Na ocasião, Scarpelini afirmou que a quantidade menor nos frascos reduz o alcance das pessoas vacinadas, e solicitou o envio de mais 22 mil doses da CoronaVac ao estado para finalizar a campanha que abrange profissionais de saúde.

Agora, além das cidades paulistas, municípios de 12 estados relataram o mesmo problema.

Diferenças

Nesta quinta-feira (15), a EPTV, afiliada da TV Globo, acompanhou a vacinação em um posto de saúde em Cravinhos. Cada dose aplicada contém 0,5 mil do imunizante. Foram preparadas nove seringas com a quantidade indicada, mas faltaram 0,2 ml para completar a décima.

‘Cada frasco que a gente abre, a gente vai contando e vai marcando a hora que termina no frasco a quantidade aspirada daquela vacina. Às vezes acontece de 10 e muitas vezes de 9’, segundo a enfermeira chefe do posto de vacinação, Mariana Bernardes.

Segundo a enfermeira, a orientação dos órgãos competentes é que as 10 doses sejam retiradas exclusivamente de um único frasco. É proibido juntar restos de vidros diferentes. O procedimento todo precisa ser documentado.

‘A dose correta é 0,5. Agora, eu volto para o frasco [a quantidade que sobrou], identifico que foram feitas nove seringas e que restaram 0,3. Fica guardado’, explica Mariana.

Menos doses, menos vacinados

Em março, a pedido do próprio Instituto Butantan, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a alteração do volume do frasco da CoronaVac de 6,2 ml para 5,2 ml, para evitar desperdício.

Atualmente, a bula do imunizante alerta que o aplicador precisa se certificar de que o volume aspirado na seringa é de 0,5 ml, necessários para a dose da vacina.

Em Cravinhos, a Secretaria da Saúde avalia que a diferença nos frascos já causou um déficit de 300 doses aplicadas. Quando se confronta o numero de doses calculadas nos lotes e o numero de pessoas que deveriam ser vacinadas, o resultado é menor.

‘A gente não consegue vacinar 100% de um público-alvo. Se a gente pegar a população de 70 a 72 anos até agora, já está chegando a segunda dose para a gente fazer nessa população só que a gente não conseguiu vacinar 100% ainda do número real de pessoas no município dessa faixa etária’, diz a secretária de Saúde, Roberta Meneghetti.

Em Batatais, a Secretaria de Saúde também registrou diferenças, de acordo com a secretária Bruna Tonetti.

‘Nesta semana, nós identificamos sete frascos com um volume equivalente a nove doses ao invés de renderem dez doses. Nós temos reforçado a notificação desses frascos para que as providencias sejam tomadas, considerando que Muitos municípios não estão conseguindo atingir suas populações que precisam neste momento.’

Controle rigoroso

Nesta quinta-feira, o Instituto Butantan divulgou um vídeo sobre o envasamento da vacina. Segundo o diretor de qualidade, Lucas Moura, o processo é à prova de falhas.

‘Para liberar cada lote de CoronaVac, o controle de qualidade realiza testes também de volume para avaliar que tem, no mínimo, 5,7 ml dentro do frasco e dez doses extraídas. São dois testes – de volume total e volume extraído. Nós vamos atualizar a bula para incluir explicações mais detalhadas sobre como extrair as doses, nós vamos colocar fotos, vídeo e o descritivo. O objetivo é facilitar a extração das doses de cada frasco”, diz Moura.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/14/butantan-explica-o-que-pode-mudar-na-bula-da-coronavac-apos-queixa-sobre-a-quantidade-de-doses/

Sputnik V deverá imunizar dois milhões de pernambucanos

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A vacinação contra o coronavírus em Pernambuco atende atualmente idosos, deficientes abrigados em instituições, trabalhadores de saúde e segurança, indígenas e quilombolas. Mas a eventual chegada das vacinas russas Sputnik V, que poderá acontecer em maio, deve permitir uma considerável ampliação na população imunizada e beneficiar mais dois milhões de pessoas no estado. Até o momento, Pernambuco aplicou cerca de 1,5 milhão de doses da CoronaVac e da AstraZeneca em sua população.

Durante coletiva de imprensa ontem, o secretário estadual de Saúde, André Longo, demonstrou expectativa com relação ao envio mais breve possível das quatro milhões de doses da Sputnik V que caberiam a Pernambuco, entre as 35 milhões adquiridas pelo Consórcio Nordeste, entidade que une os estados da região. Na quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal determinou que a Anvisa decida em até 30 dias sobre a importação do imunizante, o que pode acelerar a chegada das doses ao país.

‘A vacina Sputnik V já está sendo usada por mais de 60 países e tem eficácia comprovada superior a 90%’, lembrou o secretário. Ele destacou ainda que, quando forem autorizadas e enviadas ao país, as doses serão encaminhadas pelo Consórcio ao Programa Nacional de Imunizações, gerido pelo Ministério da Saúde, a quem caberá a imunização.

Fonte: Diário de Pernambuco

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/12/a-anvisa-comeca-esta-semana-a-inspecao-de-fabricas-da-sputnik-v-na-russia/

Espanha vai doar medicamentos do kit intubação ao Brasil

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O Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, emitiu um comunicado nesta quarta-feira (15) para agradecer a doação, por parte do governo da Espanha, de medicamentos do kit intubação, usado no tratamento de pacientes graves internados com covid-19. As informações são da Agência Brasil.

De acordo com a pasta, a doação será efetivada por meio da Direção-Geral de Proteção Civil e Operações Europeias de Ajuda Humanitária do governo espanhol e atende a uma solicitação do Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Madri e da Missão do Brasil junto à União Europeia.

“O governo brasileiro agradece a generosidade do governo da Espanha, que anunciou a doação de medicamentos do chamado ‘kit intubação’ para abastecer os estoques dos hospitais brasileiros na linha de frente do combate à covid-19”, diz a nota.

A previsão é que os medicamentos saiam da Espanha no final da próxima semana com destino ao Brasil.

Ontem (14), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou a liberação de importação direta de insumos para acelerar o acesso a medicamentos do kit intubação. A medida autoriza o registro e importação de medicamentos anestésicos, sedativos, bloqueadores neuromusculares e de outros fármacos hospitalares usados no tratamento da covid-19 de empresas que ainda estão sem registro.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/11/seis-em-cada-dez-leitores-defendem-lockdown-nacional/

Rio de Janeiro autoriza uso de capacete que substitui intubação

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O uso do capacete Elmo no tratamento de pacientes em hospitais estaduais e de campanha do Rio de Janeiro foi autorizado, nesta quinta-feira, pelo governador em exercício, Cláudio Castro. Ele sancionou a lei que permite a utilização desse equipamento. As informações são da Agência Brasil.

O capacete é um mecanismo de respiração artificial que pode reduzir em até 60% a necessidade de intubação em leitos de Unidades de Terapia Intensiva.

A tecnologia, criada e produzida por pesquisadores do Ceará, tem aprovação da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Além do Ceará, o Elmo vem sendo utilizado em Manaus, capital amazonense.

O idealizador do capacete, o superintendente da Escola de Saúde Pública do Ceará, Marcelo Alcântara Holanda, explica como a ferramenta está ajudando os pacientes com covid-19.

O capacete Elmo é um equipamento não invasivo destinado aos pacientes considerados de baixa e média complexidades. Com isso, além de desafogar os leitos de UTI, evita efeitos decorrentes da intubação, como a sedação por longo tempo e o uso de medicamentos que prolongam o período de recuperação dos pacientes.

A utilização do capacete ficará a critério do profissional de saúde responsável pelo paciente.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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A Crítica de Campo Grande

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Em resposta às denúncias de municípios de 15 Estados e o Distrito Federal sobre uma suposta entrega de frascos da vacina contra a covid-19 com menor quantia de doses, o Instituto Butantan atribuiu o problema ao preparo das equipes que fazem a aplicação do imunizante, além dos materiais utilizados. “É importante que os profissionais de saúde estejam capacitados para a aspiração correta de cada frasco-ampola, além de usar seringas e agulhas adequadas, para não haver desperdício”, apontou.

Veja também: Insumos, Anvisa e contratos entravam promessa federal de acelerar vacinação

O instituto alega ter investigado as notificações recebidas até o momento, e que todas envolvem “prática incorreta na extração das doses nos serviços de vacinação”. “Reforçamos que todas as investigações pertinentes foram feitas e todos os controles realizados nos lotes liberados foram avaliados”, declarou. Ele destacou que as ampolas têm 5,7 ml, volume que seria suficiente para as 10 aplicações prometidas.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apura as denúncias. “A conclusão encontrada, e já dividida com a Vigilância Sanitária, é de que não se trata de falha nos processos de produção ou liberação dos lotes por parte do Instituto Butantan. Na verdade, trata-se de uma prática incorreta no momento do uso das doses”, salientou a fabricante da Coronavac.

Segundo a instituição, seringas de volumes considerados “superiores”, como de 3 e 5 ml, dificultam a visualização do volume aspirado, “uma vez que podem não possuir as graduações necessárias”. “Outro fator decisivo é a posição correta do frasco e da seringa no momento da aspiração”, apontou. “O Instituto Butantan vem atuando juntamente aos gestores envolvidos na campanha de vacinação no intuito de orientar cada vez mais os profissionais responsáveis pelas aplicações das doses.”

Após as reclamações, as bulas serão modificadas. “O Butantan irá revisar a bula da vacina Coronavac, no intuito de promover de forma ainda mais clara as informações relacionadas à forma correta de se realizar a aspiração das doses, adicionando inclusive um QR Code que irá direcionar para um vídeo demonstrativo do procedimento.”

Já a Fiocruz, responsável pela produção da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a Astrazeneca no País, emitiu um comunicado em que afirma que o material passa por um “rígido processo de controle de qualidade”. “Mesmo antes disto, os volumes de frascos são medidos, em etapa anterior à rotulagem e embalagem. Além disso, cada frasco contém o chamado overfill – introdução de volume adicional de 1 dose – para evitar perda em sua utilização no campo.

Fonte: A Crítica de Campo Grande