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Natura: Lucro do 4º trimestre cai 94,2%, ante o 4º trimestre de 2018

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A fabricante de cosméticos Natura & Co, que reúne as marcas Natura, The Body Shop e Aesop, reportou forte queda no lucro líquido do quarto trimestre de 2019 perante igual período de 2018. O resultado recuou 94,2%, para R$ 22,3 milhões.

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Segundo a empresa, o resultado inclui o “impacto não recorrente, sem efeito caixa, de R$ 206,6 milhões em impostos relacionados à reestruturação societária, assim como custos não-recorrentes de aquisição da Avon de R$ 104,2 milhões”.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia somou R$ 913,88 milhões no último trimestre de 2019, uma alta de 27,8% na comparação anual.

O resultado financeiro do quarto trimestre de 2019 ficou negativo em R$ 251,7 milhões, uma alta de 134% em comparação aos R$ 107,6 milhões de igual período do ano anterior. De acordo com a empresa, a maior despesa financeira se deve aos custos de financiamento associados à compra da Avon.

A receita líquida da companhia no intervalo entre outubro e dezembro de 2019 somou R$ 4,652 bilhões, uma alta de 7,3% sobre o mesmo período de 2018.

No ano de 2019, o lucro da Natura&Co somou R$ 155,5 milhões, uma queda de 71,6% sobre 2018. O Ebitda do ano passado somou R$ 2 468 bilhões, uma alta de 33,7% sobre o ano anterior. Já a receita líquida chegou a R$ 14,444 bilhões ao final de 2019, alta de 7,8% sobre 2018.

Fonte: MSN

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Hermès entra no mercado de maquiagem com coleção de batons

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A Hermès lançou uma linha de batons, sua primeira investida em cosméticos coloridos. A coleção de batons Rouge Hermès foi lançada nesta quarta-feira, 4, em lojas e pontos de venda selecionados, em 35 países. Com embalagens que lembram os elementos metálicos das bolsas da marca, os batons estão disponíveis em 24 tonalidades, têm acabamento fosco e acetinado e são recarregáveis.

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A empresa informa que o lançamento marca o início de uma mudança ampla e gradual em sua atuação no mercado cosmético. “A Hermès Beauty será aprimorada com outros produtos, que serão apresentados a cada seis meses a partir de setembro de 2020, até que uma linha completa de maquiagem seja criada”, comunicou a companhia.

O desenvolvimento de linhas de maquiagem e de cuidados com a pele deve reforçar a unidade de perfumes, que atualmente representa apenas 5% dos cerca de 6 bilhões de euros em vendas anuais da marca.

Fonte: Cosmetics Online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/07/26/eudora-e-wappa-se-unem-para-distribuicao-de-batons-no-dia-do-batom/

Empreendedoras são maioria na área de farmácias de manipulação

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Autonomia e protagonismo na carreira são fatores determinantes. Segundo pesquisa divulgada pela Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), 71% das farmácias do setor pertencem ao público feminino.

O empreendedorismo feminino cresce exponencialmente no Brasil. E no setor de farmácias de manipulação, essa alta representatividade fica evidente, segundo dados apurados pelo Panorama Setorial Anfarmag 2018, que mostram que 71% das empresas são gerenciados por mulheres.

A farmacêutica e diretora da Anfarmag Regional SP, Ana Lucia Povreslo, atua como empresária há mais de 20 anos nesse segmento e reforça a importância de se ter o próprio negócio, mas garante que é preciso muita dedicação. “Precisamos ter uma rotina bem estabelecida para dar conta das diversas funções que exercemos. Nem por isso deixamos de ter satisfação em realizar nosso trabalho da melhor maneira possível” reitera.

farmácia de manipulação possibilita que a profissional utilize seus conhecimentos adquiridos na faculdade, além de perceber de forma muito próxima o impacto de sua atuação na vida dos clientes e pacientes. É importante observar que entre os graduados da formação em Farmácia, as mulheres representam 67,5% dos profissionais de acordo com a publicação “Perfil do Farmacêutico no Brasil”, do Conselho Federal de Farmácia.

“As farmacêuticas encontram no mercado de manipulação um campo fértil para se realizarem profissionalmente, financeiramente e, ao mesmo tempo, dispõem de horários menos rígidos”, avalia Ana Lucia. Entretanto, pondera que isso está longe de ser um motivo para trabalharem menos. “É apenas uma vantagem, caso saibamos como utilizá-la”, completa.

Essa flexibilidade permite que as mulheres se dediquem as demais funções que ainda possuem, além do trabalho. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE indicou que as mulheres trabalham, em média, cinco horas por semana a mais que os homens, quando somada a ocupação remunerada com o trabalho realizado em casa.

Sendo assim, características como empatia e espírito de equipe são valorizadas pelo mercado. “Estamos num momento interessante de reconhecimento do trabalho feminino e da importância das mulheres no universo corporativo”, conclui a empresária.

Sobre a profissional: Ana Lucia Povreslo é farmaceutica e diretora da regional São Paulo da Anfarmag (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais). A empresária com mais de 20 ano de experiencia é formada pelas Faculdades Oswaldo Cruz 1989), colaboradora dos conteúdos técnicos divulgados pela entidade, Especialista em Atenção Farmacêutica, Homeopatia e Manipulação Magistral Alopática. Professora de farmacotécnica da Pós graduação em manipulação magistral alopática do Instituto Racine. Atua com desenvolvimento em cosmetologia, suporte farmacotécnico para neonatologia e geriatria, formação de RH técnico eficiente e otimização de processos magistrais.

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Fonte: Dois mais Farma

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/11/21/walgreens-atinge-grande-marco-em-vacinacao-na-colaboracao-da-onu/

Não há ‘evidências’ de falta de medicamentos no Brasil por novo coronavírus, diz Anvisa

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Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que não há “evidências” de que os estoques de medicamentos no Brasil estejam sob risco “iminente” de desabastecimento por prejuízos causados pelo novo coronavírus na cadeia produtiva da indústria farmacêutica.

Coronavírus: veja notícias e saiba como se prevenir

O órgão afirma que está em contato com empresas que detêm registros de medicamentos no Brasil. A ideia é agir rapidamente em casos de possíveis desabastecimentos, diz a agência. “Todas as associações representativas da indústria farmacêutica já foram contatadas pela Anvisa para o envio de dados sobre estoque de medicamentos e eventuais riscos de desabastecimento”, declara a Anvisa em nota enviada nesta quinta-feira, 5.

O avanço do novo coronavírus ligou o alerta na indústria e em governos por possíveis interrupções do fornecimento de medicamentos ou de insumos para a produção de remédios, especialmente vindos da China e Índia. Mais de 90% dos Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) usados no Brasil são importados, sendo boa parte destes países.

A Anvisa se reuniu na quarta-feira, 4, com representantes da indústria farmacêutica para confirmar que não há risco “iminente” de falta de medicamento. “Como encaminhamento, foi definido que as associações manterão canal aberto com a Anvisa sobre a real situação dos estoques das empresas, a fim de evitarmos um potencial risco de desabastecimento de medicamentos no Brasil”, afirma a agência.

O órgão afirma que, se preciso, adotará medidas de para atender casos específicos de falta de medicamentos ou insumos para a produção. “Portanto, a Anvisa adotará medidas de otimização regulatória para atender casos específicos, mantendo a qualidade, segurança e eficácia dos produtos, e, em eventual hipótese de desabastecimento em razão da epidemia de Coronavírus, poderá tomar as devidas providências.”

A agência definiu ainda que editará uma resolução para “racionalizar” certificações exigidas para registros de medicamentos e produtos para a saúde no Brasil, prevendo demanda pelo novo coronavírus.

Como o Estadão/Broadcast mostrou, a indústria de medicamentos afirma que não teve a cadeia produtiva impactada pelo novo coronavírus, mas a situação “preocupa”. As entidades dizem ter ligado o alerta para a possibilidade de insumos para produção ou pressão sobre preços.

“As nossas associadas, e quase todas as empresas do setor, estão obviamente fazendo mapeamento dos seus estoques e checando como o fornecimento pode ser afetado. É lógico que a preocupação é grande, mas não posso dizer pontualmente quais seriam os ativos (prejudicados)”, disse a presidente da ProGenéricos, Telma Salles.

“O que preocupa é uma corrida às farmácias por notícias de suposto desabastecimento. Aí vai ter mesmo uma falta de medicamentos”, afirma o presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), Nelson Mussolini.

Fonte: MSN

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/01/27/industria-farmaceutica-oferece-cuidado-ampliado-ao-paciente/

Por que o real é a moeda que mais perdeu em relação ao dólar em 2020

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Embora a alta do dólar observada este ano tenha muito reflexo das preocupações globais — principalmente em torno do avanço do coronavírus, o desempenho da moeda brasileira em relação à americana tem se mostrado pior que o de outras moedas de países emergentes, comparáveis ao Brasil.

Em 2020, enquanto o real já caiu mais de 15% em relação ao dólar, outros países acumulam perdas menores na mesma comparação. A perda em relação a moeda dos EUA foi de 4,98% na moeda do México (peso mexicano), 9,40% da África do Sul (rand), e 12,75% da Turquia (lira turca).

Desde o Carnaval, o dólar subiu 6% em relação ao real.

Mas, fora o coronavírus, que fatores influenciam essa desvalorização ainda mais forte da moeda brasileira diante das turbulências globais? “Tem uma parte aí dessa desvalorização do câmbio que é um movimento global: tem um monte de gente querendo saber sobre o coronavírus, como isso vai afetar o crescimento global. e tem impacto sobre várias moedas, não só o real”, explica Julia Gottlieb, economista do Itaú Unibanco, que acrescenta que, no caso brasileiro, há também o impacto de algumas questões domésticas, como juros, crescimento baixo e preço de commodities.

A BBC News Brasil ouviu economistas e analistas do mercado financeiro para responder a esta pergunta.

Nunca juros tão baixos, com economia fraca

A primeira peculiaridade do cenário brasileiro a jogar para cima as cotações do dólar é, sem dúvida, o longo ciclo de retração dos juros básicos da economia. A redução sucessiva da Selic a patamares mínimos históricos— a taxa está atualmente em 4,25% ao ano — tornou alguns rendimentos baseados na taxa de juros brasileira menos atraentes para o investidor estrangeiro, o que recentemente prejudicou o desempenho do real.

Desde meados do ano passado, a moeda americana já vinha escalando para se firmar em patamares mais próximos aos R$ 4. Cotado a R$ 4,20 em setembro, o dólar chegou a fechar 2019 cotado a R$ 4,03.

Fim do atrativo

Na prática, o mercado brasileiro nunca viveu juros tão baixos; historicamente, o país era atrativo para investidores que tomavam dinheiro emprestado no exterior e aplicavam no Brasil, de olho na diferença entre as taxas de juros. Na nova realidade, a perspectiva é que menos dólares entrem no Brasil, o que, pela lei da oferta, valoriza o preço da moeda americana.

Dados do fluxo cambial, divulgados pelo Banco Central, mostraram saída de US$ 4,8 bilhões do país em janeiro e fevereiro, resultado de déficit na conta financeira de US$ 10,8 bilhões e superávit de US$ 6 bilhões na comercial.

Na terça-feira (3), o Banco Central afirmou em nota sobre o surto de coronavírus que, diante do risco de “desaceleração adicional do crescimento global”, a autoridade monetária monitorará atentamente os efeitos do surto sobre a inflação nas próximas duas semanas.

Recado que, na avaliação do banco Fibra, sinalizou intenção de baixar ainda mais a Selic. A projeção do Fibra agora é que o Comitê de Política Monetária promova novos cortes na taxa Selic nas próximas três reuniões do comitê, levando a Selic a 3,25% ao ano.

Para Cristiano Oliveira, economista-chefe do Fibra, o Brasil poderia voltar a atrair investidores mesmo com os juros baixos, caso a economia apresentasse crescimento expressivo. “Quando começou o corte de juros, o Brasil começou a se tornar um país mais ‘normal’. No mundo ideal, o que deveria ter substiuído isso? Crescimento. Um país que cresce atrai capital, mas o crescimento não está vindo”, afirma o economista, que reduziu a estimativa para a taxa de crescimento do PIB em 2020 de 2,6% para 1,8%.

Parcela significativa da redução na expectativa deve-se à esperada desaceleração da economia chinesa e global, por conta do coronavírus.

“O que eu tenho dito é que o real vai ser uma moeda estruturalmente fraca por um período grande, provavelmente anos. Enquanto não houver taxas de crescimento mais expressivas o país não vai atrair capital”.

Na avaliação de Oliveira, os ruídos políticos gerados pelo próprio governo atrasam a perspectiva de que mais reformas importantes para a economia sejam realizadas, o que piora as projeções econômicas.

“São diversos fatores conspirando contra a nossa moeda. PIB potencial baixo; a agenda de reformas está parada. Poderíamos estar aumentando a produtividade do país se as reformas estivessem andando. O ambiente político também tem peso, com certeza”.

Menos comércio, preço menor de commodities

Com a economia da China crescendo menos em razão de todos os entraves ao comércio e à atividade das empresas em razão do coronavírus, outro efeito que se vê na economia é a queda no preço das commodities, que afeta em especial a economia brasileira, exportadora de matérias-primas.

Atualmente, a China é o principal parceiro comercial do Brasil, sendo o destino de 28,1% das exportações brasileiras, com as vendas especialmente de soja, petróleo bruto, minério de ferro, carne bovina.

“Tem uma parte aí dessa desvalorização do câmbio que é um movimento global: tem um monte de gente querendo saber sobre o coronavírus, como isso vai afetar o crescimento global. E tem questões mais domésticas. Essa questão de coronavírus afeta preço de commodities e, toda vez que o preço das commodities cai ele tem impacto na moeda brasileira, que acaba sendo muito ligada a esse preço”, afirma Julia Gottlieb, economista do Itaú Unibanco.

Na quinta-feira, diante da valorização da moeda, o Banco Central realizou três leilões de swaps cambiais (novos) ao longo do dia, colocando US$ 3 bilhões no mercado. A oferta de dólares, contudo, teve pouco efeito sobre a cotação do dólar, que atingiu R$ 4,66 na máxima do dia. A economista do Itaú destaca que o BC não atua para controlar a taxa de câmbio, que é flutuante, mas apenas para atingir metas de inflação.

“O que a gente trabalha é com um câmbio, no final do ano, mais apreciado, a R$ 4,15. A gente acha que à medida que o choque global for se dissipando e o crescimento retornando o capital vai retornar ao país. No curto prazo deve continuar depreciado, mas o fundamento é de uma moeda mais apreciada”.

Para o chefe de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem, a perspectiva de que o BC baixe ainda mais os juros favorece ainda mais o cenário de alta do dólar. Ele diz que, aliado aos efeitos do coronavírus sobre o mercado financeiro, tal sinalização do BC é prejudicial ao cenário.

O fato de a cotação do dólar não haver baixado após os leilões do BC, torna mais evidente que o comportamento da moeda americana reflete a preocupação do mercado com o coronavírus, e não se trata apenas de especulação.

“O dólar mudou de patamar, não vai voltar mais aos R$ 4. Se o quadro se reverter e houver muita notícia boa: vacina, cura, pode chegar a R$ 4,10, R$ 4,15”.

Na visão do economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, o Banco Central deve seguir o sistema de câmbio flutuante e, diante dos movimentos globais, deixar a cotação do dólar variar.

“Se a desvalorização do câmbio é um movimento global de moedas emergentes em relação ao dólar, o Banco Central não pode ir na contramão. Deve começar dizendo que o regime é de metas de inflação e não de metas de câmbio”, afirma, em relatório divulgado na quinta (5).

O ministro Paulo Guedes afirmou em evento da Fiesp que o regime é de câmbio flutuante e que o modelo econômico mudou, pois os juros são baixos. Afirmou também que acredita que não há fuga de capital e reiterou que o impacto do coronavírus no Brasil deve ser limitado, pois o país é uma economia fechada.

Fonte: MSN

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/03/17/dolar-fecha-acima-de-r-5-pela-primeira-vez-na-historia/

Aprovada consulta pública sobre suplementos alimentares

A Diretoria Colegiada (Dicol) da Anvisa aprovou, na última terça-feira, dia 3, uma consulta pública sobre as listas de constituintes, limites de uso, alegações e rotulagem complementar dos suplementos alimentares. Serão inclusos 28 novos constituintes, entre fontes de nutrientes e substâncias bioativas.

Veja também: Casos de dengue em SC sobe para 156

Também serão debatidas questões relativas ao limite de uso de novas substâncias bioativas e probióticos, alegações para o colágeno tipo II e requisitos para embalagem e rótulos. Outros 35 constituintes autorizados terão suas restrições excluídas.  A população poderá participar da consulta por 45 dias após a abertura do processo.

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Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

O que emperra o crescimento do PIB

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Mais um ano de frustração e de baixo crescimento da economia brasileira, que avançou apenas 1,1% em 2019, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), levaram economistas a apontarem os motivos pelos quais o País não sai do lugar. Quatro especialistas em macroeconomia ouvidos pelo Estado indicaram nove razões que, na sua avaliação, resultaram no fraco desempenho.

1- Incerteza elevada

Desde 2014, o nível de incerteza na economia está muito elevado, afirma o economista da Tendências Consultoria Integrada, Thiago Xavier, lembrando das eleições, impeachment, greve dos caminhoneiros e, mais recentemente, a incerteza da economia global por conta da disputa geopolítica entre Estados Unidos e China, e agora a epidemia de coronavírus. “A incerteza muito alta reduz a potência da política monetária”, diz Xavier, fazendo menção à pequena reação da atividade em resposta à queda da taxa básica de juros, a Selic, que está hoje no piso histórico.

2- Baixo crescimento global

O baixo crescimento da economia global, em especial da Argentina, que é o principal comprador de produtos industrializados brasileiros, limita o crescimento da economia brasileira, aponta o economista Gesner Oliveira, sócio da GO Associados.

Hoje, a economia global não ajuda, afirma Thiago Xavier, da Tendências. Segundo ele, o avanço das importações sobre as exportações retira Produto Interno Bruto (PIB).

3- Mudança na política fiscal

É consenso entre os economistas que a situação fiscal do País, que gastava mais do arrecadava, era insustentável e que era necessário mudar a política fiscal. No entanto, o corte de gastos do governo tem efeitos sobre o crescimentos da economia. “Antes a política fiscal tinha reflexos no ritmo de crescimento e agora não gera crescimento”, observa Thiago Xavier, da Tendências. Na opinião de Gesner Oliveira, da GO Associados, a situação fiscal melhorou, mas perdeu a potência para recuperar a demanda agregada.

4- Lentidão das reformas

As reformas tributária e administrativa não se materializaram. Elas não foram aprovadas e há dúvidas se elas passarão. “A reforma tributária é uma coisa fraquinha, estão juntando alguns impostos e s, diz o economista Roberto Luís Troster. Na sua opinião, essas reformas são tímidas, muito aquém do potencial da equipe do governo e do País.

5- Lentidão na agenda da infraestrutura

Economistas acreditam que a agenda para destravar a infraestrutura poderia ajudar a alavancar o crescimento da economia, pois é um setor que envolve grandes obras de construção civil. No entanto, os projetos não estão andando e essa alternativa não está sendo usada para turbinar o crescimento.

6- Endividamento elevado das famílias e das empresas

O nível de endividamento de boa parte das empresas e, especialmente das famílias, está elevado. Gesner Oliveira, da GO Associados, explica que recessão de 2015 e 2016 deixou sequelas, como o grande número de desempregados que ainda não conseguiram se recolocar. Isso tem efeitos sobre o endividamento das famílias e das empresas. É bem verdade que o mercado de crédito andou bem o ano passado. Mas, segundo Thiago Xavier, da Tendências, o consumidor não pega crédito só porque os juros estão baixos, mas considera se vai conseguir quitar o financiamento. O economista Roberto Troster observa que governo focou muito na adimplência da União e dos estados e esqueceu do setor privado. “Quem produz PIB (Produto Interno Bruto) é o setor privado”, diz Troster.

7- Baixa competitividade da indústria

A falta de competitividade da indústria brasileira não permite a geração de emprego de qualidade e de massa salarial em escala crescente, avalia o economista Fabio Silveira, sócio da MacroSector. Para ele, a falta de competitividade da indústria é o principal motivo do baixo crescimento. “O emprego industrial é o mais qualificado e que gera renda familiar relevante, não a renda de motoboy”, diz Silveira.

8 – Câmbio instável

Taxa de câmbio elevada ajuda a exportação, quando está baixa ajuda a estabilizar preços no mercado interno e comprar insumos. Mas câmbio oscilante paralisa todo mundo, adverte o economista Roberto Luís Troster.

9- Muita burocracia

O Brasil é um dos países com muita burocracia. Esse fator, na opinião do economista Roberto Luís Troster, tira a competitividade da economia brasileira, inibe novos negócios e reduz o ritmo de crescimento.

Fonte: MSN

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/02/03/retomada-do-crescimento-da-economia-sem-ameaca-de-apagao/

Produtividade cai 1% em 2019, diz FGV

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economia vai mal não só porque está praticamente estagnada nos últimos três anos, com crescimento anual próximo de 1,0% desde que saiu da recessão, mas também porque a produtividade do trabalho encolheu 1,0% em 2019, após ficar estagnada em 2018, com alta de 0,1%, apontou um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), obtido com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo.

A queda é surpreendente. Em condições normais, quando uma economia cresce e gera empregos – situação que, apesar da lentidão, vem ocorrendo no Brasil -, a produtividade avança. “Não temos recessão. Cair a produtividade com a economia crescendo é estranho”, disse Silvia Matos, pesquisadora do Ibre/FGV e coautora do estudo, ao lado de Fernando Veloso e Paulo Peruchetti, que será apresentado hoje em São Paulo.

Para a economista, a queda pode ser explicada pela lentidão da retomada dos investimentos e a elevada informalidade no mercado de trabalho, somados à “secular” baixa produtividade do Brasil.

Fonte: Exame

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/03/25/ems-doa-r-1-milhao-para-o-governo-de-sao-paulo/

‘O Brasil pode ser um porto para o capital mundial’, diz presidente do conselho do Bradesco

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Em um movimento para aproximar o governo da iniciativa privada, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) reuniu na quinta, 5, o presidente Jair Bolsonaro e seus principais ministros, entre eles, Paulo Guedes, da Economia, para discutir uma agenda de propostas para o País.

“Tivemos a primeira reunião formal, que foi num formato dinâmico e funcional para manter os canais de diálogo vivos, não obstruídos”, disse Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Conselho de Administração do Bradesco. O grupo vai se reunir em torno do recém-criado Conselho Superior de Diálogo pelo Brasil. Para Trabuco, apesar dos efeitos da crise global aberta pelo coronavírus, o Brasil teria instrumentos para “transformá-la em oportunidade”. “O Brasil pode ser um porto de segurança e rentabilidade para o capital mundial.”

A seguir, os principais trechos da entrevista:

A Fiesp está criando um canal de interlocução dos empresários com o governo. Como avalia essa primeira reunião?

Ficou muito claro que há uma disponibilidade do governo pelo diálogo para troca de ideias. Houve muita disposição para ouvir e debater.

Quais foram as principais pautas desta reunião?

A reunião foi uma convergência pelo Brasil. Independentemente dos problemas conjunturais, a gente reafirma a fé pelo Brasil. Há pouco mais de um ano, com as eleições e a posse, estávamos num clima forte de esperança. E essa esperança, com as reformas da Previdência, trabalhista e na microeconomia, com o início da revisão da taxa de juros, foi criando condição para que evoluísse para a confiança.

A iniciativa privada está mais confiante?

A esperança migrou para a confiança. Agora, para 2020, reafirmar a confiança depende das âncoras para sustentar isso. A confiança é um clima, um estado de espírito. E essas âncoras são as reformas – tributária e administrativa –, além de avançar nas privatizações. A gente tem de fortalecer a confiança.

E o diálogo com o governo foi propositivo?

Sim. Empresários de diversos segmentos foram dando sugestões de simplificações tributárias, que podem ser feitas de diversas formas para simplificar o Brasil. Eu avancei neste raciocínio. O mundo está passando por uma crise. Olha agora o coronavírus, que veio sucedendo à guerra comercial que ainda existe entre EUA e China, os conflitos no Oriente Médio. Essa crise está instalada. E o mundo está marchando por uma política monetária extremamente frouxa. Isto é, o quantitative easing (injeção de dinheiro na economia por meio do banco central) que vimos em 2008 vai ser aumentado. Se pegarmos a taxa do quantitative easing americano versus a taxa agora, se vê que o mundo não está dando retorno para capital. E onde está a oportunidade do Brasil? Nós temos um portfólio de investimento, principalmente em infraestrutura, que dará maior taxa interna de retorno do que qualquer projeto no mundo.

Mas há ambiente para isso?

Se estivermos em sintonia e coerência, eu diria que a gente pode aproveitar a crise e transformá-la em oportunidade. O risco país está em um dos seus mais baixos patamares histórico. Então, o Brasil pode ser um porto de segurança e rentabilidade para o capital mundial, que tem necessidade de retorno. Pode parecer bem paradoxal, mas a crise dá ao Brasil oportunidade.

Mas há fatores externos, como o coronavírus, que estão provocando uma instabilidade global e que ameaçam o PIB nacional…

O coronavírus chegou na economia e foi uma espoleta para jogar o mundo numa recessão. Isto é evidente com que aconteceu com as bolsas mundiais. E, com esta ameaça de recessão, qual foi a resposta que os bancos centrais deram? Redução na taxa de juros, que já era baixa. Esse tipo de comportamento não dá oportunidade. Então, esse foi o grande cenário discutido pelo grupo (de empresários) na reunião.

E quais foram suas diretrizes?

Também falei da política monetária no Brasil. Com juros extremamente baixos, ela ainda não deu a resposta máxima no nível da atividade. O que significa? Que nós temos um potencial de ela impactar no crescimento do PIB. Pontuei que o crescimento do crédito acima de 10% em todos os bancos significa que está contratado uma resposta no crescimento do PIB. Ninguém tomaria crédito se não fosse para investir no seu negócio para modernização. Então, independentemente do crescimento do PIB, o crédito está cimentando a contratação do crescimento futuro da economia.

Essas colocações foram bem recebidas? Como o governo se dispôs a discutir essa turbulência dos mercados?

Foi mais uma discussão, uma reflexão sobre a realidade. Sobre o câmbio, evidente que ele mudou de patamar, seja pela queda da taxa de juros ou por conta desse cenário internacional. Mas uma coisa que deve ser observada, embora o câmbio tenha mudado de patamar, é que o CDS (taxa de risco) do Brasil não teve o mesmo comportamento. Olhando para os próximos dois anos, teremos uma mudança muito favorável ao Pais, tendo em mente a confiança ancorada nas reformas que visam a modernizar a economia. A prioridade é no fiscal. Melhorou, mas tem de continuar melhorando.

O empresariado discutiu o calendário de aprovação das reformas?

O governo e o ministro da Economia, Paulo Guedes, estão em sintonia com essa necessidade, independentemente do cenário, de tornar o Estado mais eficiente. Esse é um compromisso. Por isso, a reunião foi um momento construtivo para debater. O importante é ancorar a agenda. Quem vai gerar emprego é a iniciativa privada. Quem vai fazer o PIB crescer são as pessoas e as empresas.

Recentemente, o governo entrou em rota de colisão com o Congresso. Manifestações estão sendo marcadas para o dia 15. O que o governo disse sobre isso?

Este assunto não foi discutido.

Fonte: MSN

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/03/25/panelaco-volta-a-acontecer-em-sao-paulo-durante-pronunciamento-de-jair-bolsonaro/

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A movimentação de Davi Alcolumbre na crise com o Executivo

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O senador Davi Alcolumbre se isolou durante seis dias para refletir sobre o que fazer diante do impasse entre o governo e o Congresso sobre as novas regras do Orçamento. Alguns parlamentares cobravam dele uma postura enérgica em relação ao incentivo do presidente Jair Bolsonaro às manifestações convocadas para protestar contra os congressistas, que passariam a ter o controle sobre 30 bilhões de reais. Os mais exaltados vislumbraram uma ameaça à democracia no fato de um auxiliar do presidente chamar deputados e senadores de chantagistas. Durante o autoisolamento, Alcolumbre foi alvo de memes, sua família sofreu agressões pelas redes sociais e ele recebeu até uma ameaça de morte caso se concretizasse a derrubada dos vetos do governo que impediam a transferência dos recursos para os parlamentares — o ponto de origem da crise. Na quarta-feira 4, depois de uma longa negociação política liderada por Alcolumbre, os vetos foram mantidos como o governo queria. Mas isso não quer dizer que o presidente do Congresso capitulou diante da pressão nem que foi necessariamente derrotado. Muito pelo contrário.

Para evitar a derrubada dos vetos, Alcolumbre convenceu os mais exaltados de que uma radicalização do Congresso poderia levar a uma crise de consequências imprevisíveis, o que, aí sim, ameaçaria a democracia. Aos que cobraram uma posição mais dura diante do impasse, disse que a resposta a Bolsonaro foi dada à altura. Aliados do senador contaram que ele se reuniu com o presidente, que, num primeiro momento, não podia recebê-lo. Alcolumbre insistiu até ser atendido. Foi uma conversa dura. O senador teria dito que não aceitaria mais calado os ataques contra o Congresso e que, se algo semelhante ocorresse outra vez, haveria uma ruptura entre os poderes. O parlamentar ainda o teria advertido de que ele era o último elo entre o Legislativo e o governo, já que a Câmara havia declarado guerra ao Planalto. Além disso, pediu a Bolsonaro que demitisse o ministro Augusto Heleno, flagrado chamando o Congresso de chantagista e concluindo o diálogo com um sonoro “foda-se!”. Na defensiva, o presidente da República teria tentado apaziguar a situação e explicado que tudo — a mensagem de WhatsApp, as agressões aos parlamentares e o palavrão do ministro — não havia passado de um grande mal-entendido.

Um parlamentar que acompanhou toda a negociação narra uma versão um pouco mais branda da mesma reunião e de seus desdobramentos. O encontro com o presidente teria sido acertado no dia anterior. Em tom mais ameno, Alcolumbre reclamou genericamente das agressões ao Congresso que circulam nas redes, sem citar a mensagem do presidente. Na agenda oficial do Planalto, consta que a reunião durou 55 minutos e que dela também participaram os ministros Paulo Guedes, da Economia, e Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação política. Fechado o acordo, os detalhes foram acertados na casa do senador. “Não houve qualquer negociação em cima dos 30 bilhões. A proposta orçamentária original do governo foi cem por cento mantida”, disse Bolsonaro em sua versão publicada nas redes sociais. Com a declaração, o presidente quis negar o inegável: ele e o Congresso fecharam um acordo que, na prática, significou o rateio da verba pública entre os dois poderes. Um acordo que deve produzir bons dividendos ao próprio Alcolumbre.

Ao impedir que o veto do presidente fosse derrubado, o senador marcou pontos com Bolsonaro, que pode ser decisivo para o sucesso do seu plano de se reeleger presidente do Senado. Pela Constituição, Alcolumbre não pode disputar um novo mandato em 2021, mas seus aliados tentam encontrar uma solução jurídica que contorne esse obstáculo legal. Por meio de suas lideranças, o presidente sinalizou que não vai interferir nessa questão, que o senador quer ver resolvida até meados do ano. Ao atuar como bombeiro, Alcolumbre também agradou aos senadores, justamente aqueles que podem reconduzi-lo ao cargo. Seus colegas não concordavam com a regra segundo a qual a destinação dos 30 bilhões de reais fosse feita pelo relator da lei orçamentária, que é um deputado. Exigiam que pelo menos parte do valor ficasse a cargo deles. Assim foi feito.

Pelo acerto entre os chefes dos poderes, a Presidência ficará com 15 bilhões de reais, a Câmara, com 10 bilhões de reais, e o Senado, com 5 bilhões de reais. Além de tratar da questão orçamentária, Alcolumbre vem cuidando de outro ponto da agenda dos senadores. Ele transmitiu ao presidente o descontentamento da Casa com o ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, que estaria se recusando a aceitar indicações políticas. Historicamente, esse ministério sempre foi loteado entre senadores. Desde o início do governo Bolsonaro, fala-se muito sobre o protagonismo do Congresso, atribuindo-o quase sempre à figura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. A negociação do acordo sobre o Orçamento deu a Alcolumbre a oportunidade de trocar a condição de coadjuvante pela de protagonista. Pelo menos nesse caso, Maia preferiu a moderação. Uma pesquisa encomendada por políticos de centro explica tal postura. Segundo o levantamento, a popularidade do governo Bolsonaro nas redes sociais cresce quando ele ataca o Congresso. No dia 20, quando o general Augusto Heleno acusou o Parlamento de chantagem, a avaliação positiva chegou a 53 pontos. Sabendo que seria bombardeado se entrasse na discussão, Maia foi às redes sociais para, em tom pacificador, pregar o diálogo. Mesmo sem querer, pavimentou o caminho para que Alcolumbre assumisse a ribalta.

Fonte: Veja

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