Governo nega que veto afetará vacinas

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Os vetos do presidente Jair Bolsonaro a trechos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021 não afetarão a aquisição, o desenvolvimento ou a distribuição de “quaisquer” vacinas, inclusive contra a covid-19, disse o governo federal em nota.

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O texto foi divulgado ontem, dois dias depois de o presidente ter vetado um dispositivo que blindava de cortes e bloqueios as despesas relacionadas ao combate à covid-19 ou vinculadas à produção ou aquisição de vacinas contra a doença. O trecho havia sido incluído pelo Congresso Nacional na LDO.

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“Em relação aos vetos (…), cabe esclarecer que o governo federal abriu, no ano passado, um crédito extraordinário de R$ 20 bilhões destinados à compra de vacinas contra a covid-19 e à campanha de imunização da população, valor que ainda não foi utilizado e estará disponível para uso, na íntegra, no ano corrente”, afirma a nota, assinada pela Secretaria-Geral da Presidência da República e pelos ministérios das Comunicações e da Economia.

O governo ressalta, ainda, que não haverá suspensão de execução de recursos destinados para vacinas, pois a LDO já prevê que imunobiológicos para prevenção e controle de doenças constituem obrigações legais da União que não são passíveis de contingenciamento.

“Isso inclui todas as vacinas, para toda e qualquer doença contagiosa que integre o Programa Nacional de Imunizações previsto na Lei 6.259. Portanto, os vetos à LDO não afetarão a aquisição, o desenvolvimento ou a distribuição de vacinas, quaisquer que sejam, inclusive as contra a covid-19”, completa a nota.

Durante a votação da LDO, os parlamentares decidiram proteger algumas áreas de cortes, entre as quais “despesas relacionadas com o combate à pandemia da covid-19 e o combate à pobreza” e “despesas com ações vinculadas à produção e disponibilização de vacinas contra o coronavírus (covid-19) e a imunização da população brasileira”. O dispositivo, porém, foi vetado por Bolsonaro na sanção da lei.

De acordo com a nota do governo, essa blindagem era “redundante”, pois todas as vacinas já estão protegidas de contingenciamento na LDO. “A redundância de previsões em seções diversas, além de ser desnecessária, poderia dar origem a interpretações divergentes sobre a forma de tratamento orçamentário da campanha de vacinação da covid, pois incluía a vacina da covid na seção de despesas que não são legalmente obrigatórias”, emenda.

De acordo com o governo, o presidente sancionou 83 itens que não poderão ser contingenciados. “Esses itens ‘blindados’ não poderão ter sua execução restrita mesmo em caso de queda da arrecadação, seja por serem legalmente obrigatórios, seja por serem considerados estratégicos”, enfatiza.

A lista inclui alimentação escolar, piso da atenção básica à Saúde, benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), assistência farmacêutica e insumos estratégicos na atenção básica em Saúde, abono salarial, seguro-desemprego, aquisição de caças pela Aeronáutica (projeto FX2), novo Cargueiro Tático Militar da Embraer KC-390, programa de desenvolvimento de submarinos (PROSUB), programa nuclear da Marinha e outros. “No caso da Defesa, foram ressalvados aqueles programas considerados estratégicos. Os demais programas da Defesa também estão sujeitos a contingenciamento”, finaliza a nota.

293 mortes em 24 horas

O Brasil registrou, nas últimas 24 horas, 293 mortes em decorrência do novo coronavírus, elevando o total de vidas perdidas a 196.018. No mesmo intervalo, foram 17. 341 casos notificados, chegando a 7.733.746 infecções. Os dados são do Ministério da Saúde.

O país é o terceiro mais afetado pela covid-19 quando são levados em conta os números de casos — fica atrás dos Estados Unidos (20.346.372) e da Índia (10.323.965).

No mundo, o Brasil aparece em segundo lugar em número de mortes. Os EUA são os que mais vítimas têm: 349.246, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Ontem, os moradores do Rio de Janeiro receberam uma boa notícia. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, declarou que ainda aguarda uma definição de data, mas deixou escapar que “com certeza, nós começamos a vacinar este mês”. Questionado se a Prefeitura havia recebido essa garantia do Ministério da Saúde, Soranz sorriu e disse apenas que “nós temos a expectativa que comece assim que possível”.

Fonte: Correio Braziliense

Mochila que monitora o cérebro ajudará no estudo da epilepsia e outros males

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O cérebro é o órgão mais complexo do corpo humano, o que também faz dele um dos principais alvos de pesquisas científicas. Para decifrá-lo, cientistas têm buscado o auxílio de ferramentas tecnológicas. Com essa premissa, investigadores americanos desenvolveram uma mochila especial, equipada com um refinado sistema computacional, que consegue ler as ondas cerebrais do usuário. A solução dispensa o uso de fios, o que permite uma análise neural apurada durante a locomoção. Os testes iniciais com o novo dispositivo revelaram alguns segredos relacionados ao rastreamento de objetos e de outras pessoas. As descobertas foram publicadas na revista especializada Nature.

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A nova tecnologia foi desenvolvida por cientistas do projeto Brain Initiative (BI), que pertence ao Instituto Nacional de Doenças Neurológicas e Derrame (NIH, em inglês), nos Estados Unidos. A iniciativa incentiva o desenvolvimento de dispositivos que auxiliem a compreensão da cognição humana. “Muitas das conquistas mais importantes nas pesquisas sobre o cérebro foram desencadeadas por avanços tecnológicos. É disso que se trata o BI. Ele desafia os pesquisadores a criar ferramentas e, em seguida, usar esses recursos para revolucionar nossa compreensão do cérebro e de distúrbios neurais”, afirma, em comunicado, John Ngai, diretor do projeto.

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Os pesquisadores do BI, em parceria com cientistas da Universidade da Califórnia (UCLA), desenvolveram uma mochila eletrônica para ser usada exclusivamente em pesquisas neurocientíficas. A nova ferramenta contém um sistema computacional robusto, que pode se conectar a eletrodos implantados cirurgicamente na cabeça de pacientes, sem a necessidade do uso de fios presos em uma base. Os especialistas explicam que essa característica é essencial para realizar experimentos mais complexos, em que o indivíduo analisado precisa se locomover.

“Até agora, as únicas maneiras de estudar diretamente a atividade do cérebro humano exigiam que o sujeito ficasse quieto, deitado em um enorme escâner cerebral ou ligado a um dispositivo elétrico de gravação”, detalha Nanthai Suthana, pesquisadora da UCLA e uma das desenvolvedoras da tecnologia. “A mochila liberta o paciente e permite estudar como o cérebro funciona durante a realização de movimentos naturais”, completa.

Nos primeiros testes, os pesquisadores observaram se o computador alocado na mochila conseguiria se conectar simultaneamente a vários outros dispositivos eletrônicos, como óculos de realidade virtual, rastreadores de olhos e monitores de coração, pele e respiração. As análises iniciais foram bastante positivas e abriram as portas para a segunda etapa de estudo, focada na investigação da atuação do cérebro enquanto uma pessoa se locomove.

Epilepsia

A equipe trabalhou com um grupo de participantes com epilepsia resistente a medicamentos (leia Para saber mais), com idade entre 31 e 52 anos, que receberam implantes neurais de eletrodos para controlar convulsões. “Esses dispositivos residem em um centro de memória no cérebro chamado lobo temporal médio, que descobrimos ser, em ratos, o responsável pelo controle da navegação. Sabemos também que a atividade neural das células presentes nessa área, chamada de ritmos teta, é o que ajuda os roedores a saberem onde eles e outros animais estão. Queríamos ver se o mesmo acontece em humanos”, explica Suthana.

Para examinar o papel que o lobo temporal médio desempenha na navegação humana, os pesquisadores pediram aos participantes do experimento que colocassem a mochila e entrassem em uma sala vazia. Cada parede era forrada com uma fileira de cinco placas coloridas e numeradas de um a cinco. Por meio de um alto-falante de teto, uma voz computadorizada pedia aos indivíduos que caminhassem até uma das placas. Assim que chegavam ao marcador, a voz pedia aos analisados que procurassem um ponto negro escondido em algum lugar da sala. Enquanto isso, a mochila registrava as ondas cerebrais e os movimentos dos olhos dos voluntários.

As gravações elétricas feitas pela mochila revelaram um padrão distinto na atividade cerebral: picos mais altos dos ritmos teta foram registrados quando os participantes buscavam a figura pedida, comparando aos momentos em que vagavam no meio da sala. “Esses resultados apoiam a ideia de que essa atividade neural específica ajuda o cérebro durante uma navegação espacial, principalmente quando estamos a procura de algo”, enfatiza Ngai.

Os cientistas observaram resultados semelhantes quando os participantes assistiam a outra pessoa procurarem o mesmo ponto na sala. “Vimos que nosso cérebro usa um código comum para buscar elementos específicos, como objetos, e também a localização de outras pessoas quando estamos em ambientes sociais. É algo fascinante”, frisa Matthias Stangl, pesquisador na UCLA e também autor do estudo. “Várias evidências indiretas já apontavam para esse papel do lobo temporal medial durante a realização desse tipo de tarefa, mas testar era difícil. Finalmente conseguimos dar validade às nossas suspeitas.” complementa.

Noção de espaço

A mochila tecnológica deverá ser usada pelos cientistas estadunidenses em estudos relacionados à locomoção humana. O principal objetivo do grupo é entender melhor como o cérebro de uma pessoa desenvolve a noção de espaço considerando a proximidade de outros indivíduos.

“As atividades cotidianas exigem que naveguemos constantemente em torno de diversos sujeitos que ocupam o mesmo lugar. Atividades como escolher a fila de segurança mais curta do aeroporto, procurar vaga em um estacionamento lotado ou evitar esbarrar em alguém na pista de dança, todas têm a mesma premissa neural, ao que nos parece. Agora, com a nossa mochila, temos como explorar a fundo essa questão sem nos limitar ao ambiente de laboratório”, diz Nanthai Suthana, pesquisadora da Universidade da Califórnia (UCLA).

Os cientistas também adiantaram que disponibilizarão essa nova ferramenta para outros estudiosos que desejarem aprender mais sobre o cérebro. Os especialistas acreditam que a mochila e outras tecnologias desenvolvidas com o mesmo objetivo proporcionarão diversos ganhos para a neurociência nos próximos anos.

“Só em 2020, mais de 175 grupos de pesquisa receberam financiamento do governo americano para desenvolver ferramentas semelhantes a nossa. Acreditamos que o mapeamento dos circuitos neurais e o estudo do seu funcionamento contribuirão imensamente para avanços médicos, como na recuperação do movimento de pessoas paralisadas por lesões na medula espinhal”, justifica Matthias Stangl, também da UCLA. “É muito provável que, no futuro, programas de computador ajudem na estimulação de neurônios, e isso é impressionante.”

Para saber mais: Terapia com eletrodos

A epilepsia é uma desordem neurológica que gera crises recorrentes de convulsão e perda temporária de consciência. Para tratar esse problema de saúde, são usados medicamentos antiepilépticos, mas as drogas não geram efeitos em cerca de um terço das pessoas que sofrem com a enfermidade. Para ajudar esse grupo de pacientes, especialistas da área médica recorreram à estimulação elétrica.

Nessa abordagem, primeiro, foram utilizados eletrodos posicionados em cima do couro cabeludo. Eles emitem as descargas e estimulam áreas neurais específicas dos epiléticos, obtendo o resultado esperado. Recentemente, foram iniciados testes com o implante neural das pequenas peças, com o objetivo de aumentar a força do tratamento. Os resultados obtidos foram positivos, mas estudiosos ressaltam que essa alternativa deve ser explorada apenas em casos graves da enfermidade.

Fonte: Correio Braziliense Online

Laboratório indiano Bharat Biotech inicia aprovação de vacina junto à Anvisa

O laboratório indiano Bharat Biotech entrou em contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa )para dar início ao processo de aprovação da vacina Covaxin contra aCovid-19.

A Índia deu autorização para uso emergencial da Covaxin no sábado (2) e agora o imunizante precisa ser aprovado pela Anvisa. Segundo o comunicado da autarquia, o primeiro passo, neste domingo (3), foi iniciar o chamado procedimento de submissão contínua, “que é quando os dados de estudos de uma vacina são apresentados aos poucos para análise da agência reguladora”.

Esse processo normalmente é restrito a medicamentos que estão na fase 3, do ensaio clínico, em território brasileiro. O que não é o caso da vacina do Bharat Biotech. Com isso, a Anvisa deve fazer uma reunião com representantes da farmacêutica para esclarecimentos e também obter informações junto à autoridade sanitária da Índia.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Médica sofre reações graves após receber vacina da Pfizer no México

O México apresentou o primeiro caso de reação grave pela aplicação da vacina do coronavírus. Uma médica de 32 anos no Estado de Coahuila (norte) sofreu sintomas de encefalomielite 30 minutos depois de receber a dose do fármaco da Pfizer e BioNTech, segundo a Secretaria de Saúde do país. A profissional sofreu um episódio de convulsões e erupções cutâneas, perda de força muscular e dificuldade respiratória. Foi levada a uma UTI, onde é tratada pela inflamação cerebral. Este é o primeiro caso de encefalite conhecido no México em decorrência da administração do antígeno.

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A médica recebeu a vacina em 30 de dezembro num hospital do Instituto Mexicano do Seguro Social (IMSS) na cidade de Monclova (Coahuila), e diante da gravidade dos seus sintomas foi levada a uma clínica especializada no vizinho Estado de Nuevo León. A Secretaria de Saúde informa que a médica tinha como antecedente uma alergia a trimetoprima com sulfametoxazol, um antibiótico usado principalmente para as infecções em vias urinárias. “Será seguido um tratamento especializado intensivo com base em esteroides e anticonvulsivos para diminuir o risco de que apresente sequelas”, informou o Governo mexicano sobre a paciente, que se encontra em estado grave.

O México iniciou a aplicação da vacina do coronavírus em 24 de dezembro, com um primeiro envio do laboratório Pfizer. O Governo colocou como primeiro grupo receptor do antígeno os profissionais que atendem pacientes de coronavírus. O IMSS informou na quarta-feira que, dos quase 20.000 trabalhadores da saúde que foram vacinados, 23 apresentaram reações alérgicas adversas leves, com sintomas como enjoos e palpitações. Só uma pessoa tinha tido dificuldade para respirar após receber a dose, mas em nenhum desses episódios foi necessária a hospitalização dos receptores do antígeno.

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Estima-se que ao longo deste mês o país receberá 1,4 milhão de doses da vacina da Pfizer, que servirão para dar uma segunda dose aos profissionais sanitários já vacinados. O México estima que imunizará 750.000 trabalhadores da saúde e que no final deste mês começará a inocular a vacina em idosos. Até agora, 1,4 milhão de pessoas foram contagiadas com a covid-19 no México, e 126.500 morreram por causa da doença, segundo dados oficiais. De acordo com a Secretaria da Saúde, até agora não se conheciam casos de encefalite relacionados com o fármaco da empresa norte-americana.

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Durante os ensaios clínicos da Pfizer, 20.000 pessoas receberam o antígeno em sua etapa experimental, e apenas 0,6% sofreram reações alérgicas adversas graves. No Reino Unido, o primeiro país a iniciar a vacinação, as autoridades sanitárias advertiram que alguns pacientes com antecedentes de alergias a medicamentos, outras vacinas e alimentos poderiam sofrer reações adversas, e pediram que este grupo de pessoas evitasse receber a vacina por enquanto.

Fonte: Agora Notícias Brasil

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Novo mediador pode potencializar anti-inflamatórios e eliminar risco de danos gastrointestinais

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Muito eficiente contra dor e inflamação e sem efeitos colaterais, o ATB352 pode ser um bom candidato para substituir anti-inflamatórios não esteroides clássicos e analgésicos opioides.

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Um composto estudado pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) mostrou melhor desempenho que os anti-inflamatórios não-esteroides clássicos e sem efeitos gastrointestinais. Trata-se do ATB352, derivado do anti-inflamatório cetoprofeno, que contém uma porção da molécula capaz de doar sulfeto de hidrogênio (H2S). O estudo foi capa da revista Antioxidants & Redox Signaling em novembro e foi coordenado por Soraia K. P. Costa e Marcelo Muscará, em parceria com o pesquisador John L. Wallace da Antibe Therapeutics (Canadá). Contou ainda com a participação de outros integrantes do ICB, como o professor Gilberto de Nucci e os alunos de pós-graduação em Farmacologia Larissa Gonzaga Santos e Jorge Luiz Dallazen.

Apesar de ser um anti-inflamatório e analgésico potente, o cetoprofeno pode provocar lesões e até sangramento no trato gastrointestinal, mesmo quando usado por um curto período. Os cientistas testaram o ATB352 em animais no modelo de dor pós-operatória, que causa o fenômeno de hiperalgesia – sensibilidade aumentada nas terminações nervosas, gerando uma resposta dolorosa a estímulos que normalmente não provocam dor. O resultado foi uma ação analgésica mais eficiente do que o cetoprofeno, com uma dose baixa, além de uma redução da toxicidade gastrointestinal, revelando os aspectos benéficos da porção liberadora de H2S tanto no tratamento da dor como na proteção da mucosa gástrica.

Como explicação para esses efeitos, os pesquisadores identificaram uma nova via de atuação do composto: a potencialização dos endocanabinoides pela inibição da sua degradação enzimática. Os endocanabinoides são moléculas do sistema nervoso que se ligam aos receptores canabinoides, desempenhando funções importantes no organismo, como regulação do sono, metabolismo, humor, dor etc.

Para confirmar o envolvimento desses mediadores, os cientistas administraram o ATB352 de forma conjunta com um antagonista CB1 para bloquear o receptor canabinoide. Com isso, os benefícios foram perdidos. “Nós observamos não só um efeito local de bloqueio da dor, mas também um efeito sistêmico relacionado aos endocanabinoides. A nossa hipótese é que o ATB352 seria um bom substituto dos analgésicos opioides, porque poderia agir em outros níveis, incluindo o sistema nervoso central”, afirma Marcelo Muscará.

Saúde pública – A busca por soluções terapêuticas que possam substituir os medicamentos opioides se justifica pela crise de saúde pública relacionada ao seu uso indiscriminado, principalmente nos Estados Unidos. Embora os opioides sejam muito eficazes no tratamento da dor, pois agem em receptores do sistema nervoso central, eles também podem causar dependência. “Conforme são administradas doses repetidas, o efeito terapêutico vai se perdendo, tornando necessário aumentar a dose”, explica Soraia Costa.

Outra aplicação importante do ATB352 seria no controle da dor pós-operatória. Muitas vezes, esse tratamento é feito com anti-inflamatórios não esteroides clássicos, como o cetoprofeno. “O que acontece é que o paciente acaba parando de tomar o medicamento antes do tempo devido ao desconforto gastrointestinal. Se a dor não é tratada corretamente, ela pode se tornar crônica”, acrescenta.

Próximos passos – Os pesquisadores estão testando a molécula em outros modelos animais de dor, como dor orofacial e visceral. Até então, o grupo tem observado os mesmos resultados. Outra molécula que está sendo estudada pelos parceiros da Antibe Therapeutics já está sendo testada em pacientes e a expectativa é que a ATB352 siga o mesmo caminho.

A Antibe Therapeutics é uma empresa de biotecnologia canadense que busca novos fármacos para tratar dor e inflamação com base na tecnologia de liberação do mediador gasoso H2S. No ICB-USP, Soraia K. P. Costa e Marcelo Muscará trabalham com inflamação e já testaram diferentes moléculas doadoras de H2S em modelos como artrite, psoríase, dermatite, asma e doenças inflamatórias em geral.

Fonte: Dois mais Farma

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Planos de saúde abrem temporada de reajustes

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Todo início de ano é marcado por despesas com itens como reajuste de mensalidades escolares, taxas de matrícula, material de ensino e pagamento de impostos como o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e o Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU). Além disso, esses gastos normalmente se somam às contas das festas de fim de ano, férias e outras despesas periódicas. Em 2021, o orçamento das famílias vai sofrer um novo e duro golpe: o reajuste dos planos de saúde, que começa a ser cobrado já a partir deste mês e pode ficar entre 20% e 25%, segundo estimativas de técnicos da Fundação Getulio Vargas (FGV).

As mensalidades dos planos ficarão mais caras porque serão aplicados a partir deste mês os reajustes retroativos dos aumentos de 2020, que foram congelados devido à pandemia da covid-19. A suspensão dos reajustes foi determinada em agosto passado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e alcançou todos os tipos de convênio médico: individuais, familiares, coletivos e empresariais, por um período de 120 dias.

Em novembro, a ANS determinou que o reajuste represado de 2020 fosse aplicado de forma diluída durante 12 meses, contados a partir de janeiro de 2021. No entanto, esse aumento deverá se somar ao reajuste anual regular deste ano, explicam os técnicos. Por isso, o impacto nas mensalidades será dobrado. Além disso, pode ocorrer, ainda, correção dos valores por conta da recomposição da mensalidade devido à mudança de faixa etária do beneficiário (veja na arte).

O reajuste efetivo vai depender do tipo de contrato de cada cliente dos planos. No caso dos convênios individuais e familiares — que têm as mensalidades controladas pela ANS — o reajuste suspenso no ano passado foi de 8,14%. De acordo com a agência, as operadoras de plano de saúde deverão esclarecer os valores cobrados nos boletos que serão cobrados a partir deste mês. A regra é que fique bem claro os valores da mensalidade e do reajuste aplicado, bem como quantas parcelas serão cobradas como adicional.

Ano atípico

om a taxa de desemprego cada vez mais alta devido à pandemia de 2020 e ao baixo ritmo da atividade econômica, o impacto dos gastos extras com planos de saúde, taxas, impostos e mensalidades escolares pode ter um efeito severo no orçamento das famílias.

A secretaria-executiva Mariana Fontele, 41 anos, afirma que, com os reajustes esperados na mensalidade escolar , não sabe se vai manter os filhos na escola particular em 2021, “Considerando que as aulas continuarão on-line ou seguindo o chamado ensino híbrido (que engloba ensino à distância e presencial), acho injustos os reajustes. Como justificar um aumento nos custos da instituição de ensino quando 90% do corpo discente e docente não usufruem da infraestrutura local?”, questiona.

“Entendo que os reajustes anuais são importantes. Porém, precisam ser justificáveis”, acrescenta Mariana. “O ano de 2020 foi atípico, diferente de tudo o que já vivemos. Portanto, acredito que seria bom avaliar a real necessidade de se reajustar esta ou aquela taxa, tendo em vista o desemprego e a recessão provocados pela pandemia. Quem sabe um exercício de empatia… Será utopia?”, diz Mariana.

O economista Marcel Pereira observa que a maior parte das famílias ainda está fragilizada devido à crise econômica, ao desemprego e à queda da renda. “Muitos ainda estão tentando cobrir as contas que ficaram em aberto e haverá dificuldade em pagar todos os compromissos já em janeiro. Pensionistas e aposentados terão uma ajuda a mais em virtude do adiantamento do décimo-terceiro para fevereiro, mas a maior parte dos trabalhadores não tem reserva de emergência”, comenta.

Pereira ressalta a importância da educação financeira, sobretudo num período de aperto financeiro, como o atualmente vivido pela maioria dos brasileiros. “É necessário controlar todas as contas em planilhas ou aplicativos, em vez de tentar guardar tudo de cabeça. Ter um controle com projeção anual, além de reserva de emergência, é imprescindível para lidar com situações como essa”, explica. Para o economista, é preciso considerar também a inflação esperada para 2021, que, provavelmente, será maior que a de 2020. “Os reajustes dos planos de saúde se inserem nesse contexto de alta de preços”, afirma.

Planeje eus gastos

O economista e educador financeiro Francisco Rodrigues explica que planejamento e organização são os principais passos para alcançar a tão sonhada estabilidade nas finanças. “É importante que as pessoas conheçam suas dívidas e entendam seu orçamento, principalmente porque 2021 será um ano desafiador do ponto de vista financeiro para muitas famílias, que têm um acumulado de dívidas decorrentes das dificuldades de 2020”, alerta.

Rodrigues sugere planejamentos de curto prazo, com metas mês a mês, para que seja possível chegar a um equilíbrio nos gastos. “Também é válido estabelecer uma estimativa de gasto um pouco acima da estritamente necessária. Por exemplo, se a pessoa precisa de um orçamento de R$ 1.000 por mês, ela pode colocar no planejamento R$1.050 ou até mesmo R$1.100, pois, dessa forma, caso ocorra imprevistos, ela terá como cobri-los e o que sobrar pode ser guardado”, afirma.

O especialista ressalta que é fundamental priorizar as contas obrigatórias — aquelas que, caso não sejam pagas, podem prejudicar a sobrevivência da família. “Medicamentos, moradia e alimentos são alguns gastos essenciais que precisam ter destaque no planejamento. E claro, sempre combater os desperdícios e ser mais consciente financeiramente”, finaliza.

Rigor

O representante comercial Kenno Valois, morador de Santa Maria, 42 anos, conta que tem expectativas positivas para 2021, mas que vai continuar adotando um planejamento rigoroso em suas finanças. “Graças a Deus, tenho a expectativa de que este ano seja melhor do que 2020. Por agora, já aproveitei o dinheiro do 13° salário e das férias para adiantar alguns gastos e equilibrar as contas”, revela.

Kenno diz que resolveu adiantar, principalmente, a mensalidade escolar do filho Davi, de 7 anos, aluno de um colégio particular. “Já fiz o pagamento de alguns materiais escolares e dos livros didáticos, que sempre são bem caros”, pontua.

“Tenho o hábito de planejar com minha esposa todos os gastos para não cairmos em dívidas. Além disso, procuramos, sempre que possível, guardar alguma quantia todo mês, pois, como temos um filho pequeno, os gastos sempre são imprevisíveis e não podemos contar com a sorte”, ressalta.

Preparem o bolso!

O ano começa com uma série de reajustes e, claro, todas as contas

tradicionais que pesam no orçamento das famílias

Planos de saúde

Veja como será o aumento das mensalidades

*A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu suspender todos os aumentos dos convênios previstos para setembro a dezembro de 2020. Motivo: a pandemia do novo coronavírus, que afetou a renda de muita gente.

*Ficou acertado que esse reajuste suspenso será pago em 12 parcelas ao longo de 2021, a partir de janeiro. Ou seja, em todos os meses do ano, a mensalidade ficará maior.

*Além desse reajuste retido, os planos individuais terão correção de 8,14%. Esse índice é válido para o período de maio de 2020 a abril de 2021, com a cobrança sendo iniciada a partir de janeiro de 2021, assim como a recomposição dos reajustes suspensos.

*Para os planos individuais não regulamentados, a ANS definiu reajustes diferenciados, que serão repassados aos consumidores a partir de janeiro. Veja os aumentos por plano:

— Amil: 8,56%

— Bradesco: 9,26%

— Sulamérica: 9,26%

— Itauseg: 9,26%

*Os consumidores devem ficar atentos pois há casos em que poderão coincidir a cobrança de percentual relativo à recomposição da mensalidade por mudança de faixa etária e o índice relativo à variação de custos. No caso da variação por mudança de faixa etária, existem 10 faixas e o período de suspensão varia entre um e quatro meses. No caso dos reajustes anuais por variação de custos, o período de suspensão pode variar de um mês, no caso dos contratos com aniversário em dezembro de 2020, a oito meses, no caso dos contratos individuais que tiveram aniversário em maio de 2020

*Para esclarecer todas as dúvidas dos consumidores, os boletos deverão conter as seguintes informações:

» Valor da mensalidade

» Valor da parcela relativa à recomposição

» Informação de que parcela é (exemplo: parcela x/12)

*Pelos cálculos da Fundação Getulio Vargas, os aumentos totais dos planos vão variar entre 20% e 25%. Mas não se surpreenda se os reajustes superarem esses índices, porque há liberdade para correção nos planos coletivos.

Mas não é só

Muitas contas devem ter aumentos nos próximos meses

» Mensalidades escolares: de 3% a 11%, segundo a Associação de Pais e Alunos.

» Materiais escolares: a estimativa é de alta média de 5%, mas é importante lembrar que, como não houve aulas em quase todo o ano passado, muita coisa será aproveitada em 2021.

» IPTU: o reajuste do imposto sobre propriedades no Distrito de 2,94%.

» IPVA: o contribuinte deve consultar o valor do veículo previsto na tabela Fipe de 2020. No ano passado, a alíquota para veículos de quatro rodas foi de 3% sobre o preço do automóvel. Já para motocicletas, ciclomotores, motonetas, quadriciclos e triciclos, o índice ficou em 2%.

Controle das contas

Veja as dicas para manter as finanças equilibradas

» Recorra a planilhas e aplicativos para controlar os gastos: anote tudo, pois, no fim do mês, é possível saber o que foi despesa supérflua e eliminá-la.

» Tenha o hábito de guardar dinheiro para emergências: poupar sempre é importante. As sobras de caixa evitam recorrer a empréstimos bancários, que são caríssimos.

» Negocie as dívidas com os credores: caso os débitos estejam saindo do controle e não caibam mais no orçamento, tente reduzir os juros e estender os prazos de pagamento, para que as prestações fiquem menores.

» Entenda o orçamento familiar: é muito importante saber de onde vem a renda da família e como o dinheiro está sendo gasto. Esse choque de realidade ajuda na busca do equilíbrio orçamentário.

» Tenha consciência financeira e evite desperdícios: esse não é o momento para sair comprando tudo e ficar se endividando. O país está em crise e o desemprego, altíssimo. Todo cuidado é pouco.

» Planeje gastos e estabeleça metas: pode parecer maçante, mas quando se tem planejamento e metas, sempre sobra dinheiro no fim do mês para investir. Com dinheiro, não se brinca.

Fonte; Correio Braziliense

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Após três dias em Fase Vermelha, estado de SP volta à Amarela

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Após três dias na Fase 1-Vermelha do Plano São Paulo, onde somente podiam ser abertos os serviços considerados essenciais, a maior parte do estado de São Paulo volta, a partir de hoje (4), para a Fase 3-Amarela. A exceção é para a região de Presidente Prudente, que vai permanecer na Fase 1-Vermelha.

A medida vale, pelo menos, até o dia 7 de janeiro, quando o governo estadual deve anunciar uma nova classificação do Plano São Paulo. O governo já anunciou que nenhuma região do estado vai evoluir para a Fase 4-Verde em janeiro.

Restrições

Por causa do grande aumento no número de casos, internações e mortes provocadas pelo novo coronavírus no mês de dezembro, o governo de São Paulo determinou que todos os 645 municípios do estado voltassem para a Fase Vermelha, a mais restritiva, entre os dias 25 e 27 de dezembro e entre os dias 1º e 3 de janeiro. Mas nem todos os municípios do estado respeitaram a determinação, permitindo a abertura do comércio e de serviços considerados não essenciais. Além disso, parte da população do estado também não respeitou a regra e promoveu ou participou de aglomerações em praias e até festas clandestinas no período.

Na Fase 1-Vermelha do Plano São Paulo só podem funcionar os serviços considerados essenciais nas áreas de abastecimento, segurança, transporte e saúde, como mercados, farmácias, postos de combustível, padarias e lavanderias. Já a Fase Amarela permite a reabertura de shoppings, bares, comércio de rua, academias, restaurantes, concessionárias, escritórios, eventos culturais e salões de beleza, mas com limite de 40% de sua capacidade e com horário de funcionamento restrito.

O Plano São Paulo é dividido em cinco fases, que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (Vermelho) a etapas identificadas como controle (Laranja), flexibilização (Amarelo), abertura parcial (Verde) e normal controlado (Azul). O plano divide o estado em regiões e cada uma delas é classificada em uma fase, dependendo de fatores como a capacidade do sistema de saúde e a evolução da epidemia.

Fonte: IstoÉ 

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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/12/23/sao-paulo-volta-para-a-fase-vermelha-nos-feriados-do-fim-do-ano/

Manaus bate novo recorde e tem maior nº de internações pela covid-19

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Em menos de uma semana, Manaus voltou a bater o recorde de internações pelo novo coronavírus em um único dia desde o início da pandemia no Amazonas. Neste domingo, 3, foram registradas 159 hospitalizações na capital – maior número desde o período de ápice da doença que colapsou o sistema de saúde. Já na rede estadual, o número de internados chegou a 163 apenas neste domingo.

Segundo boletim da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), foram confirmados 546 novos casos de coronavírus nesta domingo, totalizando 202.413 casos da doença no Estado. Desses, 963 pacientes estão internados, sendo 591 em leitos, 341 em UTI, e 31 em sala vermelha (estrutura de assistência temporária para estabilizar pacientes críticos/graves). O total de mortos no Amazonas já chega a 5.345. A capital registra o maior número de óbitos, com 3.427; já no interior foram registrados 1.918.

Na noite de sábado, 2, o Tribunal de Justiça do Amazonas determinou a suspensão imediata dos serviços não essenciais no Amazonas por 15 dias para frear o aumento de casos. A decisão do juiz plantonista Leoney Figliuolo Harraquian atende ao pedido do Ministério Público estadual. Segundo o magistrado, devem ser mantidos só as atividades essenciais, como supermercados e farmácias.

Em nota, o governador Wilson Lima (PSC) informou que foi notificado da decisão no fim da tarde deste domingo e que os órgãos que compõem o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 vão definir as ações que serão executadas. Nesta segunda-feira, 4, uma comitiva do Ministério da Saúde viaja a Manaus e deve se reunir com o governador para estabelecer medidas que possam conter o avanço da covid-19 no Estado. Na semana passada, o Estado chegou a tentar fechar o comércio no Amazonas. O governador recuou após um dia de protestos contra o decreto e anunciou, no último dia 27, a revogação da medida.

Por causa da explosão de casos, o governo do Amazonas tem travado uma corrida contra o tempo para aumentar o número de leitos na rede pública de saúde. Nos últimos dez dias, foram abertos 409 leitos, além do remanejamento de pacientes de outras doenças para abrir espaço para os infectados pelo novo coronavírus. Os principais hospitais da rede privada já anunciaram que estão com 100% dos leitos ocupados.

Câmaras frigoríficas voltaram a ser instaladas nos hospitais de Manaus após o aumento de casos de coronavírus, nos últimos dias. A medida tinha sido adotada durante o ápice da pandemia na capital, em abril, que levou o sistema de saúde ao colapso. Os cemitérios de Manaus também têm trabalhado para aumentar sua capacidade.

Parte dos cientistas chegou a indicar a possibilidade de o Amazonas ter atingido imunidade de rebanho, diante do alto índice de infecções entre março e maio. A disparada de doentes nas últimas semanas, porém, levantou novas dúvidas. Pesquisadores já reportaram casos de reinfecção, mas ainda não se sabe quais as chances de nova contaminação e por quanto tempo o corpo fica protegido do vírus após se infectar uma vez.

Fonte: MSN

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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/09/23/com-66-da-populacao-infectada-estudo-sugere-que-manaus-pode-ter-atingido-imunidade-de-rebanho/

Cremers está ao lado dos médicos na pandemia

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O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) atua constantemente para beneficiar a classe médica e, deste modo, as suas ações favorecem diariamente a sociedade. Um destaque para a criação, em abril do ano passado, de uma plataforma de emissão e autenticação de receituários e atestados médicos a distância. Desde que foi instituída a ferramenta, que foi planejada e implementada em parceria com o Conselho Regional de Farmácia (CRF-RS), já emitiu 132.440 receitas comuns, 354.636 receitas de controle especial (tipo antibiótico – receita branca – aquela que possui duas vias) e 49.642 atestados.

De acordo como presidente do Cremers, o médico ginecologista e obstetra, Carlos Isaia Filho, a ferramenta ajuda o trabalho dos médicos e traz uma solução para os pacientes durante a pandemia da Covid-19. “Muitos pacientes não tinham a oportunidade de ir até o seu médico, em função de manter o resguardo. Muitos dependem mensalmente das receitas. E tem aqueles que apresentam doenças crônicas e a ida ao consultório torna-se um risco. Isso viabilizou uma ação extremamente eficaz, mas que visou no fundo a população. E não esquecendo que a relação médico/paciente é um grande pilar da medicina e da assistência médica”, argumenta. Isaia Filho diz que agora o próximo passo será viabilizar as receitas controladas.

Outra iniciativa do Cremers é voltada atualização dos médicos. O dirigente lembra que foi criada uma plataforma na internet com o objetivo de ajudar na promoção do aprimoramento médico.

“A classe médica está sembre em busca de acesso ao que existe de mais atual, como novas condutas e novos tratamentos para diferentes diagnósticos. A gente sempre diz que médico, no momento em que passa no vestibular, ele começa a estudar e só termina quando para de trabalhar. A pesquisa na área da saúde e na área médica está em constante ebulição”, comenta.

Ele também salienta que, dentro desta preocupante realidade que foi imposta pela pandemia, a classe médica do Rio Grande do Sul tem trabalhado com muita eficácia junto aos pacientes graves acometidos pela Covid-19. E sobre o aspecto voltado à atualização médica, Isaia Filho comenta que, embora isto não seja uma atividade especifica do Cremers, a entidade sempre procura oportunizar um número maior de ações, que venham beneficiar o aprimoramento médico.

Isaia Filho, formado há mais de 40 anos, também lembra da criação de uma plataforma para promover a educação médica continuada. “A gente quer reativar e o objetivo é trazer ainda mais informações”, destaca. Esta plataforma, segundo ele, pode ser acessada também pela internet e há, inclusive, um amplo material disponível para consulta, além de muitas videoaulas. Isaia Filho aguarda com expectativa o momento de retomar outras atividades.

Fonte: Jornal do Comércio

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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/09/22/cremers-e-crf-rs-juntam-se-a-cevs-para-viabilizar-a-emissao-eletronica-de-receitas-controladas/

Pandemia derrubou todas as previsões de economistas para 2020

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A pandemia de covid-19 derrubou a economia brasileira em 2020. A crise fez evaporar todas as previsões de crescimento do Produto Interno Bruto e outros indicadores no ano passado.

O Poder360 elaborou 1 levantamento com as projeções realizadas em 2019 –por mercado, organizações, Banco Central e instituições financeiras– para os principais indicadores econômicos em 2020.

Economistas de dentro e de fora do governo estavam otimistas em relação ao desempenho de grande parte dos setores econômicos no final de 2019. A expectativa em dezembro daquele ano era que 2020 terminasse com alta do PIB de 2,6% em relação a 2019.

Outros indicadores ficaram fora do que seria confirmado nos meses seguintes. A inflação, medida pelo IPCA, deve registrar 4,4% em 2020 ante projeção de 3,6% da mediana do mercado.

A Selic, taxa básica de juros, terminou 2020 em 2% ao ano, o menor patamar da história. Era esperado percentual de 4,5%.

O desemprego, que já estava alto para o patamar brasileiro, disparou. Deve fechar o ano com mais de 15% de desocupação. A projeção era uma taxa na faixa de 11%.

O câmbio disparou com a redução dos juros a aversão do mercado ao risco. Bilhões de dólares foram retirados do Brasil. A moeda-norte americana atingiu o recorde nominal de R$ 5,90 em 13 de maio. Houve recuo nas últimas semanas. Atualmente, é negociada a R$ 5,189 –crescimento de 29,33% no ano passado. Em dezembro de 2019, algumas instituições esperavam o câmbio abaixo de R$ 4 no final de 2020.

A balança comercial terá um resultado melhor que o esperado. O saldo projetado pelos economistas consultados pelo Boletim Focus, do Banco Central, era de US$ 39,4 bilhões. Com o dólar alto e forte demanda da Ásia por commodities, o saldo deve fechar positivo em US$ 55 bilhões.

O coronavírus também desarranjou as contas públicas. Por causa dos gastos para conter os efeitos da pandemia, o setor público deve ter deficit de 11,7% do PIB. Ou seja, 11,7% de tudo que é produzido pela economia em 1 ano. Será o pior resultado da série histórica, iniciada em 1997.

Fonte: Poder 360

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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/05/25/para-economistas-crise-causada-pela-pandemia-deve-levar-a-alta-de-impostos/