Miliciano Ecko usava empresas, farmácias e compra de cavalos para ‘lavar’ dinheiro que lucrava com crime

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A expansão das áreas de domínio do miliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto no último dia 12, contou com uma série de alianças com diferentes grupos criminosos, o que resultou em lucros vultosos para a quadrilha. A estimativa da Polícia Civil é de que os lucros orbitassem na casa dos R$ 10 milhões por mês. Para esconder o dinheiro ilícito, Ecko contava com um importante braço da quadrilha, o financeiro, capitaneado por seu irmão Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, um dos cotados para substituí-lo no comando do grupo. De acordo com investigações da polícia, para lavagem de dinheiro o grupo contava com duas empresas -uma de saibro e outra de locação de equipamentos – além de uma rede de farmácias e até mesmo a compra de cavalos.

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As movimentações financeiras de pessoas e empresas ligadas à quadrilha de Ecko foram o ponto de partida para as investigações da Polícia Civil, em 2017. Um dos principais alvos foi Zinho, sócio da Macla Extração de Comércio e Saibro, empresa de terraplanagem. Em 2016, o irmão de Ecko fez um saque de R$ 200 mil da conta da empresa com a justificativa de que o dinheiro seria usado para pagar funcionários.

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As movimentações totais ultrapassaram R$ 40 milhões em cinco anos. A Macla foi aberta em dezembro de 2014 e, desde então, era usada na lavagem de dinheiro da milícia. No site da Receita Federal, consta que a empresa está inapta por problemas de documentação, mas continua ativa. A polícia conseguiu, na Justiça, o bloqueio de bens e valores da Macla.

Em outubro de 2015, ao ser preso, Zinho se identificou como empresário e afirmou aos investigadores que era proprietário da Macla. Ele alegou ter cinco funcionários na empresa, que possui capital social de R$ 100 mil. O irmão de Ecko afirmou ainda que antes de abrir o negócio trabalhava como encarregado de obras.

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Na época da prisão, Zinho já era apontado como o principal operador financeiro da quadrilha. Ele foi solto cinco dias após ter sido capturado, ao conseguir um habeas corpus no Plantão Judiciário. Atualmente, há contra ele um mandado de prisão em aberto.

Além da Macla, as investigações da Polícia Civil colocaram sob suspeita a Hessel Locação de Equipamentos, que fez negócios com a empresa. Segundo as investigações, a negociação de uma retroescavadeira por R$ 100 mil foi fictícia, o que os sócios da Hessel negam. O dinheiro supostamente pago pela máquina foi sacado da conta da Macla.

Bens bloqueados

No site da Receita Federal, a Hessel consta como ativa e também teve bens bloqueados. No processo judicial no qual é acusado de lavagem de dinheiro e organização criminosa, o sócio da empresa nega qualquer relação com a milícia. Procurada, a advogada da empresa, Leonella Vieira, afirmou estar impedida de prestar esclarecimentos, uma vez que o processo está em segredo de Justiça. Leonella também atua como advogada de Wallace da Silva Braga, outro irmão de Ecko, preso desde o mês passado.

Nos últimos dois anos, segundo a polícia, Ecko passou a investir em outro ramo para lavar dinheiro- o de farmácias, presentes principalmente na Zona Oeste do Rio. Um inquérito em andamento na Delegacia do Consumidor (Decon) apura o uso das lojas pelo grupo. Em outubro do ano passado, em uma operação, oito farmácias foram interditadas e diversos documentos, apreendidos. A operação foi crucial para chegar ao paradeiro de Ecko. Os estabelecimentos, no entanto, já voltaram a funcionar, uma vez que os fechamentos ocorreram por questões burocráticas junto ao Conselho Regional de Farmácia do Rio. Por isso, após passarem por processo de regularização, elas foram reabertas.

Paixão por animais

A compra de cavalos pela quadrilha também está na mira da polícia desde 2019. Na ocasião, 15 animais mangalarga do miliciano Danilo Dias Lima, o Tandera, antigo comparsa de Ecko, foram bloqueados na Justiça. Agora, cavalos comprados por Ecko também estão em investigação. A polícia sabe que o miliciano tinha paixão pelos animais e costumava frequentar um rancho em Paciência, na Zona Oeste, área sob seu domínio.

Nos últimos anos, a expansão dos territórios de Ecko, encabeçada principalmente por Tandera, fez os lucros da quadrilha dispararem. Além do aumento dos domínios, com parcerias com outras milícias, os criminosos buscaram lucrar cada vez mais com seus negócios ilícitos. Considerado um dos principais comparsas de Ecko antes de ambos terem rompido, no fim do ano passado, Tandera costurou alianças importantes com outros paramilitares, principalmente na Baixada Fluminense.

Foi pela expansão na região que a quadrilha conseguiu chegar até a Costa Verde, passando por parcerias com as milícias de Itaguaí e de Coroa Grande. De lá, se expandiram para Mangaratiba, onde atualmente há registros de cobranças de taxas por paramilitares.

Tandera também é apontado pela Polícia Civil como um dos prováveis sucessores de Ecko. As movimentações da quadrilha são monitoradas. Dentro do presídio Bangu 9, no Complexo de Gericinó, onde ficam os presos milicianos, a direção impediu o contato entre detentos ligados e Ecko e os ligados a Tandera durante 48 horas. Sem maiores alterações, o banho de sol com todos juntos foi liberado na última quarta-feira.

Fonte: Extra online

Indústria farmacêutica de MG tem alta de 13,6% no faturamento

A pandemia provocou o crescimento da indústria farmacêutica em todo o País. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Farmacêuticos e Químicos para Fins Industriais do Estado de Minas Gerais (Sindusfarq), Carlos Mário de Moraes, em 2020, este segmento industrial cresceu 13% de janeiro a outubro, movimentando R$113,02 bilhões.

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Ainda conforme o presidente do Sindusfarq, em 2019, a indústria cresceu 11,50%. ‘A expectativa para o ano de 2021 é manter os dois dígitos de crescimento’, afirmou Moraes.

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Em Minas, o crescimento da indústria farmacêutica foi um pouco maior que o nacional, chegando a 13,6%. Com a tendência de crescimento da indústria farmacêutica no Estado de Minas, a previsão é gerar cerca de 2.800 novos empregos diretos até 2022.

Moraes acredita que um dos maiores desafios desta indústria em Minas seja conseguir incentivos do governo estadual para investir no crescimento deste setor. ‘Precisamos conseguir dos bancos juros menores para inovação e modernização dos parques industriais, através de políticas estaduais, principalmente tributárias, como acontece em outros estados da União’, avaliou.

Sem pesquisa

A alta do dólar é outro problema que está sendo enfrentado pela indústria durante a pandemia, pois aumenta o custo da fabricação, afetando diretamente o preço de venda dos medicamentos, que, apesar de controlados pelo governo, atingem o consumidor.

‘Isso faz com que este setor diminua sua capacidade de reinvestimento em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e produtos para o mercado’, disse Moraes.

Hipolabor

A maior empresa de produção de medicamentos genéricos injetáveis para hospitais de Minas Gerais, a Hipolabor, produziu, no ano passado, 150 milhões de anestésicos que compõem o chamado ‘Kit Covid-19’. Refletindo a boa fase que a indústria farmacêutica passa em todo o País, essa indústria, segundo seu presidente, Renato Alves, em 2020, teve um crescimento no faturamento de 72% em relação ao ano de 2019.

Com duas fábricas funcionando, uma em Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte, e outra inaugurada em 2019, em Montes Claros, no Norte do Estado, Alves tem a expectativa de que a Hipolabor repita os bons resultados observados em 2020, crescendo outros 70% em 2021, produzindo 200 milhões de anestésicos para os hospitais de todo o País.

Com o crescimento da demanda, a empresa, que já tinha inaugurado a fábrica em Montes Claros em 2019, devido ao aumento dos pedidos por medicamentos injetáveis genéricos, gerou cerca de 300 empregos só no ano passado para essa unidade do Norte de Minas. ‘E ainda faltam 100 a serem preenchidos para a unidade de Montes Claros, pois vamos ter que trabalhar em dois turnos para conseguirmos atender a todos os pedidos’, afirmou.

A maior demanda foi pela produção de anestésicos usados não só no Kit Covid-19, para a intubação, mas para procedimentos cirúrgicos e tratamentos nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs). Na última quarta-feira (16), a Hipolabor recebeu da Anvisa autorização para produzir o genérico da cetamina, outro anestésico importante para o Kit-Covid-19.

Alves lamenta o fato de o crescimento ter sido fruto desta pandemia que tantos óbitos causou em todo o mundo. De acordo com ele, como a Hipolabor produz genéricos, é preciso que a patente das marcas de referência já tenha vencido. Foi o que aconteceu com a Cetamina.

Desafios

Um dos desafios a se vencer, de acordo com Renato Alves, é a ruptura da dependência de insumos internacionais necessários à produção de medicamentos pelas indústrias brasileiras.

‘De 1999 para cá, a indústria farmacêutica em todo o País teve um crescimento. Mas as indústrias farmoquímicas não cresceram no mesmo ritmo, deixando-nos dependentes de insumos internacionais. Esta dependência de insumos acaba vinculando o preço de nossos medicamentos ao dólar. Dessa forma, os medicamentos tiveram que ser reajustados. Como vendemos para os hospitais, para viabilizarmos a compra, reduzimos o número de descontos que eles tinham na compra de nossos produtos. Se tinham 50% de desconto, passaram a ter 10% de desconto’, informou.

Drogaria Araujo vai expandir no interior

Se você está entre os consumidores que têm a impressão de que o número de Drogarias Araujo não para de crescer em Belo Horizonte, prepare-se para uma surpresa. Em breve os moradores do interior de Minas também terão a mesma sensação. Em um cenário de pandemia, em que as farmácias estão entre os segmentos comerciais que não fecharam por causa do coronavírus, esta rede deve atingir este ano 300 lojas em toda Minas Gerais.

A informação é do diretor de estratégia digital da Drogaria Araujo, André Giffoni. Ele disse que devem ser abertas este ano mais 50 lojas no interior mineiro, atingindo 300 lojas no Estado, o que deve garantir um faturamento de R$ 3 bilhões para este grupo. ‘A meta de crescimento da rede Araujo, neste ano, é de cerca de 18% em relação a 2020, com projeção ainda maior para o e-commerce, que deve ter 77,14% de aumento’, afirmou.

Novos empregos

O crescimento da rede tem impacto direto na geração de empregos não só na Capital, mas também nas cidades do interior onde estão sendo implantadas novas lojas. Conforme Giffoni, foram gerados 1.500 novos postos de trabalho. Segundo Giffoni, os interessados em trabalhar na Araujo devem cadastrar o seu currículo no site www.trabalhenaaraujo.com.br.

Fonte: Diário do Comércio MG

Brasil chega a 500 mil mortes por Covid

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O Brasil chega à marca de meio milhão de mortos pela Covid-19 neste sábado (19), segundo registros oficiais das secretarias de Saúde dos estados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. O número real, porém, deve ser ainda maior, já que nem todos os infectados fazem o exame para detectar a presença do coronavírus.

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Às 14h15 deste sábado, o país contou 1.401 mortes e 20.483 novos casos da doença, elevando o total de óbitos para 500.022, e o de casos, para 17.822.659.

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Com isso, o Brasil torna-se o segundo país a ultrapassar os 500 mil mortos. Antes dele, os Estados Unidos superaram essa cifra e, no dia 15 de junho, passaram de 600 mil óbitos. A diferença é que, por lá, mais de 148 milhões de norte-americanos (45% da população) estão imunizados; por aqui, são cerca de 24 milhões de brasileiros (11% da população).

Com vacinação ainda lenta, o vírus se alastra por todas as regiões do Brasil. Na última semana, houve média de cerca de 2.000 mortos por dia pelo coronavírus Sars-CoV-2. A média diária de novos casos está em torno de 70 mil, o que deixa o atual momento entre os piores da pandemia.

Desde o primeiro registro da doença no país, em fevereiro de 2020, mais de 17,8 milhões de pessoas já foram infectadas pelo Sars-CoV-2 no Brasil -número que provavelmente também está subdimensionado.

Os dados comparativos mostram que as autoridades brasileiras erraram na condução do país em meio à pandemia. Quando se considera a taxa de mortos por 100 mil habitantes, por exemplo, o Brasil é o 9º país com mais óbitos, ostentando 235 mortes/100 mil habitantes. Apenas países de população bem menor estão à sua frente.

Entre as maiores economias do mundo, o Brasil é o país que acumula mais mortes por 100 mil habitantes.

Apesar de todas as evidências científicas disponíveis, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mantém o negacionismo que expressou desde o primeiro momento. Ele já subestimou o perigo que a doença representa quando a chamou de gripezinha, lançou desconfiança sobre as vacinas que comprovadamente podem diminuir os riscos de morte e não segue as medidas de proteção contra o vírus, como uso de máscara e distanciamento social.

Pressionado pelo número elevado de mortes, Bolsonaro até apareceu em rede nacional para celebrar a distribuição de 100 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aos estados e municípios, mas ao mesmo tempo não dá sinais de que ele mesmo deve se vacinar. Outros líderes mundiais tomaram a injeção no braço em público como maneira de estimular a população e dissipar qualquer receio provocado por notícias falsas.

Em suas falas, as imprecisões e as expressões próprias de um movimento político que se opõe à ciência servem para lançar desconfianças infundadas sobre as vacinas e o uso das máscaras, que ele diz ser um símbolo contra a liberdade individual.

Suas crenças se refletiram nas ações do governo federal, que se empenhou mais na defesa e na distribuição de remédios como a hidroxicloroquina, ineficaz contra a Covid, e menos na compra das vacinas.

Mesmo após mais de um ano de realização de estudos científicos padronizados com a hidroxicloroquina e outros medicamentos do chamado “kit Covid” que não encontraram benefícios no uso dos remédios pelos doentes, o presidente segue propagandeando esses medicamentos como a solução.

O resultado: cerca de um quarto da população brasileira fez uso de algum medicamento para tratar precocemente ou prevenir a Covid-19, de acordo com uma pesquisa do Datafolha -entre os que declaram voto em Bolsonaro nas eleições de 2022, o índice sobe para 37%. Mas o tratamento ainda não existe, e os números de mortes ajudam a confirmar isso.

Enquanto isso, a CPI da Covid instalada no Senado expõe a inoperância do governo federal e alimenta críticas às ações das autoridades sanitárias e de Bolsonaro no período. Para agravar o quadro econômico ruim, aumenta também o isolamento do Brasil no cenário internacional, acompanhado de fortes críticas à gestão da crise na saúde.

A comissão parlamentar ajudou a evidenciar a omissão do presidente e de seu ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no colapso de Manaus no começo deste ano, quando hospitais ficaram sem oxigênio para fornecer aos doentes internados.

O comportamento errático do governo também se evidencia nas trocas na pasta mais relevante para o enfrentamento da pandemia. Desde o começo da crise, quatro ministros da Saúde tentaram conduzir a reação do país. Dois deles -Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich- saíram do posto por divergências com Bolsonaro. O terceiro, Pazuello, mais alinhado ao presidente, ficou quase um ano no cargo. Saiu pela má gestão e como um dos investigados na CPI da Covid-19.

Cabe agora ao médico paraibano Marcelo Queiroga, o quarto ministro, conter a múltipla crise. Com discurso mais modulado, ele reafirma seu apreço à ciência, mas está dentro de um governo que, como também mostrou a CPI, ignorou durante meses a oferta de vacinas feita pela Pfizer ainda no ano passado.

E a Pfizer nem foi a única vacina esnobada. Importantes nomes do governo atacaram a Coronavac, por sua origem chinesa. Bolsonaro, Paulo Guedes (ministro da Economia) e Ernesto Araújo (ex-chanceler) fortaleceram esse discurso.

Nas redes sociais, sobretudo entre bolsonaristas, circulam mentiras que afastam a população dos imunizantes. Algumas delas sugerem que as vacinas carregam algum tipo de chip ou que causem efeito magnético. O objetivo é disseminar o pânico e a descrença naquilo que é a melhor ferramenta para combater a pandemia.

As vacinas contra a Covid-19, desenvolvidas em tempo recorde e algumas delas com eficácias extraordinárias, têm seus dados de segurança continuamente revisados por autoridades sanitárias, como a Anvisa. Países que escolheram o caminho da vacinação em massa, como os Estados Unidos e Israel, colhem os bons frutos dos imunizantes agora.

No Brasil, mesmo com uma vacinação abaixo do desejado, os imunizantes já teriam evitado a morte de 43 mil pessoas acima de 70 anos, segundo estudo do Centro de Pesquisas Epidemiológicas da UFPel (Universidade Federal de Pelotas) em parceria com a Universidade Harvard e o Ministério da Saúde.

Já o uso de máscara é uma medida simples e barata para conter a disseminação do Sars-CoV-2 e outros vírus respiratórios. Sabiam disso desde o início os médicos e os países asiáticos que melhor lidaram com a pandemia. Elas ainda são necessárias e devem seguir essenciais por um bom tempo no Brasil, onde o vírus tem alta circulação e a vacinação anda lentamente, afirmam os especialistas.

Fonte: Diário de Cuiabá

Anvisa autoriza estudo sobre dose de reforço da vacina da Pfizer contra covid-19

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta sexta-feira, 18, a realização de um estudo clínico para testar a possibilidade de uma dose de reforço da vacina contra covid-19 desenvolvida pela Pfizer.

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Segundo o órgão, o objetivo do estudo com a terceira dose da vacina é avaliar a segurança,resposta imune e a eficácia de estratégias de reforço em diferentes populações de participantes que receberam previamente duas doses do imunizante no estudo inicial.

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De acordo com a Anvisa, 443 participantes deverão ser recrutados no centro clínico do Hospital Santo Antônio da Associação Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador (BA) e outras 442 virão do CEPIC, Centro Paulista de Investigação Clínica e Serviços Médicos, em São Paulo.

No estudo, serão incluídos participantes com 16 ou mais anos de idade, do sexo masculino e feminino, que tomaram as duas doses da vacina BNT162b2 há pelo menos seis meses no Brasil.

Ainda de acordo com a agência, a Pfizer definirá a data de início dos testes.

Vacina

Em fevereiro de 2021, a Anvisa concedeu o registro definitivo à vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNtech.

O registro estabeleceu o uso da vacina na população acima ou igual de 16 anos de idade, com esquema de 2 doses com intervalo de 21 dias entre as doses. Foi o primeiro imunizante a receber o registro de uso definitivo no Brasil com base nos estudos de Fase 3.

Segundo a Pfizer Brasil, a vacina apresentou eficácia global de 95% em toda população do estudo, incluindo análise em diferentes grupos étnicos, e pacientes com condições clínicas de risco, sendo observada ainda uma eficácia de 94% em indivíduos acima de 65 anos.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Bolsonaro fez “apelo” ao governo indiano por insumo da cloroquina

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A história do combate à covid-19 no governo Bolsonaro é repleta de contradições. Vão desde a defesa intransigente de medicamentos como a cloroquina, que não tem eficácia comprovada contra a doença, até a crítica a vacinas ainda sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), enquanto, nos bastidores, o próprio presidente tentava adquirir um imunizante reprovado pela agência por falta de condições higiênicas nos laboratórios. Ajudam a contar essa história os e-mails trocados por embaixadores do Brasil com a Índia e com os Estados Unidos e, até, a crise do oxigênio no Amazonas, onde integrantes da CPI da Covid investigam se houve um experimento do Executivo local e federal de imunidade de rebanho.

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Se, no contexto de busca e negociação com vacinas promissoras, a CPI da Covid-19 indica que o governo federal se omitiu, em relação à demanda por exportação de cloroquina, o mesmo não ocorreu. Telegramas, transcrições de telefonemas e e-mails enviados à CPI em caráter sigiloso, e obtidos pelo Correio, mostram que Jair Bolsonaro fez ‘apelo’ ao governo indiano para a exportação do insumo, alegando ‘questões humanitárias’ e reivindicando em prol de duas empresas brasileiras privadas que produzem o medicamento.

A CPI acumula, até agora, 23 sessões, 19 depoimentos e 1,6 terabyte de documentos resultantes de pedidos de informação e quebras de sigilo. Senadores reclassificaram um terço desse material, que estava sob sigilo, mesmo que pudessem ser encontrados no Portal da Transparência, por exemplo. Ao todo, a comissão reclassificou 2,2 mil arquivos, sendo 1.636 documentos do Ministério das Relações Exteriores, 97 do Ministério da Saúde, 445 a respeito da crise de oxigênio ocorrida em Manaus e quatro contratos da Fiocruz. Mas o conto negacionista que os e-mails do Itamaraty revelam têm a busca por cloroquina como principal matéria-prima.

Em 18 de abril de 2020, por exemplo, Jair Bolsonaro ligou para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. O assunto era o medicamento. Afirmava que o país tinha ‘resultados animadores no uso da hidroxicloroquina em pacientes com covid-19’. Eram os primeiros meses de pandemia no Brasil. Bolsonaro pedia a liberação de insumos da droga. ‘Precisamos, por uma questão humanitária, dos insumos farmacêuticos – em particular, de sulfato de hidroxicloroquina. O sucesso da hidroxicloroquina para tratar a covid-19 nos faz ter muito interesse na remessa indiana’, disse. Havia 530kg de insumos para a fabricação do medicamento, que seria destinado à empresa EMS e à farmacêutica Apsen, que pertence ao empresário bolsonarista Renato Spallicci.

Posteriormente, em 15 de maio, por telegrama, segundo os requerimentos de informação da CPI, ‘a embaixada do Brasil agradece a governo da Índia pela autorização para exportação de 530kg de HCQ (hidroxicloroquina) da EMS, em 8 de abril, e 1.000kg para a Apsen em 9 de maio’. No mesmo documento, o governo solicita uma nova liberação da droga.

Empresa admite que faturou mais em 2020

Ao Correio, a Apsen admitiu que houve um crescimento de receita líquida em 2020, se comparado ao ano anterior, de 18,1%, ‘totalizando R$ 816 milhões’. No entanto, disse que, desse montante, ‘apenas 3,6% está relacionado à receita líquida de Reuquinol (sulfato de hidroxicloroquina)’. Isso significa, no entanto, quase R$ 30 milhões em razão da medicação.

A Apsen também informou que a venda do medicamento, em 2020, correspondeu a 10,1% da receita líquida da empresa. No ano anterior, esse percentual foi de 8,2%. ‘O crescimento da receita em 2020 se deveu, em grande parte, a lançamentos dos últimos cinco anos’, justifica.

‘A Apsen fabrica o Reuquinol há 18 anos. Com o aumento da demanda, a produção foi ajustada para organizar o abastecimento do mercado e prover o medicamento aos pacientes crônicos que fazem uso contínuo do medicamento’, justifica a empresa, que disse ter escalonado ‘ao Ministério das Relações Exteriores o risco de desabastecimento da matéria-prima para a produção do medicamento para os pacientes crônicos de uso contínuo da hidroxicloroquina’, após ter recebido dos fornecedores indianos um ofício sobre as restrições de importação.

Segundo a empresa, ‘todas as interações da companhia em âmbito governamental se dão por meios legais e dentro das normas estabelecidas pelo setor, sempre atuando com lisura e em conformidade com a legislação do país’. ‘Somos uma empresa apartidária que não apoia ou financia nenhum partido ou figura política.’

Movimento semelhante diz ter feito a EMS que, em nota enviada ao Correio, afirmou ter feito o pedido de compra de insumos para a produção de hidroxicloroquina em dezembro de 2019, com todo o pagamento já adiantado. A empresa diz ter reivindicado a liberação diretamente ao governo indiano e, um dia depois, acionado o governo brasileiro. ‘Os pedidos de apoio da EMS para liberar a carga de insumos seguiram todos os preceitos legais. No dia 12 de abril, a EMS recebeu parte da mercadoria solicitada.’

‘Cabe destacar que, à época, havia uma intensa disputa internacional por insumos médicos o que levou governantes de todo mundo a se envolverem para apoiar os interesses das indústrias de seus países com as informações que possuíam até aquele momento’, justifica.

Diferentemente da Apsen, a EMS produz a hidroxicloroquina desde setembro de 2019 e teve o primeiro registro de venda dois meses depois, faturando pouco mais de R$ 1 milhão em dezembro de 2020. ‘No ano passado, as vendas de hidroxicloroquina representaram 0,2% do faturamento total da empresa e 11,6% do mercado total desse medicamento.’

Sem informar o faturamento com o boom da cloroquina, a EMS apenas reforçou ‘que os dados de vendas espelham um cenário de mercado fortemente marcado pela pandemia de covid-19, a partir de março de 2020’ e que houve ‘uma forte procura espontânea pela hidroxicloroquina, o que impactou todo o setor farmacêutico no Brasil’.

‘A empresa apoiou dois dos principais estudos clínicos no país para verificar a eficácia e segurança do uso do medicamento contra a covid, realizados pela Coalizão Covid-19 Brasil, que apontaram a ineficácia do produto’, esclarece.

Insistência

Foram mais de 50 mensagens trocadas, inclusive fora do horário de expediente e em fins de semana. Mesmo sem nenhuma eficácia comprovada contra a doença, a cloroquina foi disseminada como medicação para tratar covid-19 por Bolsonaro, que buscou ativamente fortalecer a indústria do fármaco e sua produção no Brasil. As negociações para liberação ocorreram no primeiro semestre de 2020. À época, a ineficácia da cloroquina contra o novo coronavírus ainda era estudada, mas já havia pareceres que alertavam sobre a promoção do medicamento sem as devidas comprovações.

No início de abril, por exemplo, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) deliberou sobre o assunto, diante da popularidade do medicamento. ‘Ouvindo especialistas na área, de dentro e de fora da instituição, e amplamente amparada por estudos científicos sobre o tema, corrobora as recomendações dos órgãos sanitários e da comunidade médico-científica mundial de que não há, até o momento, evidência científica suficiente baseada em ensaios clínicos com humanos sobre a eficácia desses medicamentos para o tratamento da doença causada pelo novo coronavírus’, já alertava.

O governo federal, por outro lado, procurou se abastecer de informações em defesa ao uso da cloroquina. Em maio, há o icônico aviso do embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Foster, onde ele comemora a liberação do medicamento durante o governo de Donald Trump. ‘Habemus cloroquina‘, escreve o diplomata. As trocas de mensagens com a Índia, por sua vez, continuaram em junho e julho.

Na última semana, no colegiado, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que a mensagem de Foster ‘é uma vergonha’. ‘Vai explicar isso para quem perdeu um irmão, como eu, para quem perdeu amigos, para quem ficou órfão, perdeu pai e mãe, está jogado à sorte. É isso que estamos atrás. Não é crucificar e fazer prejulgamento’, criticou. ‘Se um embaixador escreve isso dessa forma, não dá pra levar a sério. Eu não acreditei que fosse verdade o palavreado do embaixador. A Comissão de Relações Exteriores (CRE) tem que tomar providência em relação a esse tipo de linguajar. Vamos chegar a 500 mil mortos. Meio milhão. Cidades inteiras se foram’, afirmou. (BL, ST e LC)

Tratativas para a compra de Covaxin

E à medida que o fim de 2020 se aproximava, começaram as tratativas, também, para a compra da Covaxin. Integrantes da CPI estranharam a negociação da vacina produzida na Índia, pois, na época, Bolsonaro já havia ignorado e-mails da Pfizer. Além disso, no mesmo período, o presidente interrompeu as negociações do Ministério da Saúde com o Butantan para compra da CoronaVac e abriu mão de ser o segundo país no mundo a iniciar a vacinação. Entre os argumentos de Bolsonaro, ele afirmava que não compraria nenhuma vacina que não fosse aprovada pela Anvisa. Porém demonstrava interesse na vacina indiana, que seria vendida ao governo brasileiro pela empresa Precisa. Há requerimento para que um de seus sócios, o empresário Francisco Maximiniano, vá depor à comissão.

‘Esses e-mails contam a história da negação em relação à vacina. Nas omissões criminosas que o governo cometeu não adquirindo vacinas. Isso ficou patente em relação à Pfizer e outros imunizantes. Traz indícios também que o presidente da República pode ter atuado com crime de advocacia administrativa em favor de alguns laboratórios nacionais, quando requisita a importação de insumos para a cloroquina, e em relação a uma empresa brasileira especificamente, quando ele se reporta por volta do dia 8 de janeiro, advogando com o primeiro-ministro da Índia por uma vacina para uma empresa brasileira’, afirma o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirma que ‘houve um esforço do Itamaraty, enquanto diplomacia, para trazer insumos para o tratamento precoce, importar cloroquina‘. ‘Coisas feitas à luz do dia, que nós não acreditávamos que pudesse alguém naquela cadeira baixar o nível de uma relação diplomática internacional’, comenta.

Terror no Amazonas

Para o parlamentar, a história se encontra com outra troca de e-mails importantes durante a pandemia. A da empresa White Martins com a Secretaria de Saúde do Amazonas e o Ministério da Saúde, às vésperas da crise do oxigênio e do colapso do sistema hospitalar do estado no início da segunda onda da pandemia no Brasil. A empresa avisou a secretaria de estado do aumento no consumo de oxigênio por duas vezes durante o ano de 2020 e pediu socorro em 7 de janeiro, quando enfrentou a primeira emergência logística e precisava trazer oxigênio do Pará.

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Em mais de uma ocasião, nos depoimentos da CPI, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) destacou a gravidade do colapso do sistema de saúde amazonense. À época, o estado perdeu, em um único mês, mais de 3,5 mil pessoas vítimas da covid-19. Em alguns dias, o estado chegou a perder mais de 200 vidas para o coronavírus. Eram frequentes as cenas de famílias carregando cilindros de oxigênio pelas ruas e fazendo longas filas em busca de abastecer os recipientes enquanto os parentes sufocavam nos hospitais.

‘Ocorreu o aviso antecipado sobre a tragédia que iria ocorrer em Manaus e não tiveram providências tomadas no devido momento. São histórias que se complementam. Temos elementos para acreditar que Manaus foi utilizada como uma espécie de laboratório da hidroxicloroquina. Os manauaras foram usados como cobaia para o enfrentamento do governo, baseado na cloroquina e imunidade coletiva. Todos os elementos que temos com os depoimentos do secretário de Saúde do Amazonas, Pazuello e autoridades que o acompanharam e documentos nos dão certeza disso’, garante Randolfe Rodrigues. (BL, ST e LC)

Fonte: Correio Braziliense Online

Plano de saúde indenizará paciente por recusa na importação de óleo de cânhamo

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A 3ª câmara de Direito Privado do TJ/SP determinou que a Unimed indenize paciente após recursar a importação de óleo de cânhamo necessário a seu tratamento médico. Para o colegiado, a negativa colocou em risco o objeto do contrato e a situação de aflição psicológica e de angústia aumenta o risco à sua saúde e integridade física.

O paciente alegou que é portador de ansiedade generalizada e precisa fazer uso do medicamento Óleo de Cânhamo de Alto Grau – NuLeaf, de acordo com recomendação médica. Diante disso, requereu que a Unimed importe o medicamento receitado.

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O juízo de primeiro grau indeferiu o pedido. Para a magistrada, ainda que medicamentos à base de canabidiol sejam importáveis mediante autorização especial da Anvisa, isso não significa dizer que todos os medicamentos à base de canabidiol estão registrados na agência, como no caso do NuLeaf.

Ao analisar apelação, o relator, desembargador Beretta da Silveira, ressaltou que atenta aos estudos científicos e aos debates das sociedades médicas acerca das propriedades da planta cannabis app, a Anvisa editou a Resolução 335, sobre importação e utilização de medicamentos à base do componente.

Para o magistrado, a autorização dada pela resolução tem o mesmo caráter de registro, desde que sejam atendidas todas as condições nela previstas.

O magistrado salientou que o contrato entre o paciente e o plano de saúde prevê a prestação de assistência médico-hospitalar e, havendo expressa indicação médica, a negativa de custeio dos medicamentos necessários ao tratamento coloca em risco o objeto do contrato.

“O STJ já assentou o entendimento de que a recusa indevida à cobertura médica é causa de danos morais, já que agrava a situação de aflição psicológica e de angústia no estado de espírito do segurado e aumenta o risco à sua saúde e integridade física.”

Diante disso, deu provimento ao recurso e fixou danos morais em R$ 10 mil.

O advogado Rubens Amaral Bergamini, do escritório Rubens Amaral Bergamini Sociedade de Advogados, atua na causa.

Fonte:  

CPI da Covid: Brasil enviou 84 telegramas sobre cloroquina ao exterior

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A CPI da Covid já coletou mais de mil documentos, colheu 21 depoimentos e aprovou 29 quebras de sigilos bancários e telefônicos. em quase dois meses, de acordo com informações de O Globo.

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A investigação começa a destrinchar três caminhos que levaram o Brasil a atingir a marca de 500 mil mortos pela pandemia: a aposta em medicamentos sem eficácia, a lentidão na compra de vacinas e a crença na tese da ‘imunização de rebanho’.

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O material colhido demonstra, por exemplo, o empenho do governo Bolsonaro em transformar um conjunto de medicamentos sem comprovação científica contra a Covid-19 em uma de suas principais políticas públicas de combate à doença.

Levantamento feito pelo jornal O Globo com base em telegramas diplomáticos enviados à comissão revela que o Itamaraty atuou pelo menos 84 vezes no exterior para garantir o abastecimento de cloroquina.

A maior parte das comunicações foi envidada à Índia. Os telegramas mostram um dos exemplos, como o que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) telefonou ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, para pedir a liberação de insumos para a fabricação de cloroquina por empresas privadas brasileiras.

Um documento enviado pelo Ministério da Saúde à CPI mostra que o governo distribuiu mais de 6 milhões de comprimidos de cloroquina e hidroxicloroquina entre março de 2020 e abril de 2021 para combater a Covid-19.

Os depoimentos do ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta e do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, mostraram que o governo quis alterar a bula da cloroquina para adicionar uma recomendação de uso do medicamento contra a Covid-19, o que não foi concretizado.

A demora na compra das vacinas contra a Covid-19 foi um dos assuntos que mais chamou a atenção no início da CPI.

Fonte: A Tarde Online

Adolescentes com comorbidades são incluídos na lista de prioridade da vacinação contra a Covid-19

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A inclusão da vacinação contra a Covid-19 em adolescentes a partir dos 12 anos de idade foi aprovada na na última reunião extraordinária da Comissão Intergestores Bipartite-CIB, realizada entre o Cosems /MS e a SES. Com a decisão, podem se imunizar adolescentes que sejam portadores de alguma das comorbidades descritas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19.

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A decisão foi proferida pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde e pelo Secretário de Estado.

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Maria Cristina Rodrigues, mãe do João Antônio, de 12 anos portador de síndrome de down, morador da cidade de Douradina relata sua emoção ao ver o filho se vacinando.

‘Esperávamos muito por este momento, estamos muito felizes, agora João vai poder voltar para as terapias, que são fundamentais para o desenvolvimento dele’, disse.

A Secretária do Município, Ângela Marques conta ele foi a primeira pessoa deste público a ser vacinada em Douradina. ‘É uma enorme satisfação ver a felicidade do João e de sua família, e de todos que estão sendo imunizados, mas ainda devemos manter os cuidados de biossegurança’, afirmou.

O Presidente do Conselho, Rogério Leite fala sobre o que foi pactuado. ‘O governo federal contemplou mais de 50 atividades essenciais, como salões de beleza e barbearias, serviço de call center; unidades lotéricas, atividades de segurança privada, serviços de radiodifusão de sons e imagens, são trabalhadores importantes para nosso País, cada um na sua competência, mas que não foram contemplados do Plano de Operacionalização da Vacinação’, comentou.

‘O avanço por idade contempla a todos, é a forma mais democrática haja vista que todos os trabalhadores, que sustentam sua família, sejam de forma autônoma ou estatutários são importantes’, continuou.

Na reunião foi aprovado a vacinação de adolescentes acima de 12 anos com comorbidades, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar a indicação da vacina Comirnaty, da Pfizer, incluindo na bula da vacina a nova faixa etária. A ampliação foi aprovada após a apresentação de estudos desenvolvidos pelo laboratório que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela Anvisa.

Fonte: A Crítica de Campo Grande

Conta de luz deve continuar subindo

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O Brasil é um país com enormes possibilidades energéticas, mas ainda está refém das chuvas e das usinas termoelétricas, que geram energia mais cara. Quem paga a conta é o consumidor, que ainda deverá arcar com um reajuste de cerca de 20% no valor das bandeiras tarifárias que será definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), até o fim deste mês em função do baixo nível dos reservatórios.

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A crise hídrica,que entrou no radar com falta de chuva nas regiões responsáveis pelo abastecimento da energia hidráulica, já está doendo no bolso do brasileiro. Um terço da alta histórica de 0,83% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, por exemplo, ocorreu devido aos reajustes da energia elétrica. E, para piorar, essa fatura subirá ainda mais com a sinalização da Aneel.

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Essa queda dos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas devido à estiagem já era esperada por todos que atuam no setor desde 2014, mas, de acordo com especialistas, faltaram investimentos, seja em térmicas, seja em energias alternativas (solar, eólica e biomassa) para evitar o cenário atual. Com isso, o país corre o risco de reviver o ano de 2001, quando a população e as empresas foram obrigadas a diminuir o consumo em 20% para evitar apagões. Para a maioria dos analistas, neste ano, há risco de racionamento, mas não de apagões. O problema maior, no entanto, será em 2022.

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em 2001, o Brasil não tinha um sistema interligado de energia elétrica como hoje. “Nossa matriz elétrica, em 2001, era muito mais dependente de hidrelétricas, cerca de 85%. Hoje, é diferente. A dependência reduziu para cerca de 65% da geração hidráulica”, afirma o ministro. Ele conta que, para esclarecer a população, o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) lançaram a cartilha Escassez Hídrica e o Fornecimento de Energia Elétrica no Brasil, na qual compara a matriz elétrica e a evolução das linhas de transmissão no Brasil, “que duplicou de extensão entre 2001 e 2020”.

Jerson Kelman, ex-diretor-geral da Aneel, alerta que o setor não está preparado para a pior crise em 91 anos, mas também não aceita a comparação com 2001. “No passado, não construíram usinas suficientes e chegamos com insuficiente água em estoque e poucas térmicas para fazer frente ao consumo médio. Não é essa a situação, de hoje, graças, em grande parte, à entrada de novas gerações: eólica, solar e térmicas”, afirma. Para ele, ainda dá tempo de tomar medidas para evitar uma grave crise hídrica.

Mas a falta de energia em horários de pico, segundo Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, pode ter sérios impactos, não somente no bolso do consumidor, mas no crescimento econômico. Sales avalia que eventuais alterações na energia podem forçar as empresas a mudar a rotina ou reduzir a capacidade de produção. “Qualquer mudança forçada significa uma certa perda”, acrescenta.

Níveis históricosO nível dos reservatórios no Brasil poderá atingir o pior da série histórica, iniciada em 1931, em novembro, pelas informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Atualmente, as represas das hidrelétricas na regiões  Sudeste e Centro-Oeste — responsáveis por mais da metade da energia brasileira — estão com cerca de 30% da capacidade,  o pior patamar dos últimos 20 anos.

A falta de investimentos é a tônica de qualquer lado que se consulte, seja entre os representantes das usinas térmicas, seja dos alinhados ao vento e ao sol. Roberto D’Araujo, diretor do Instituto Ilumina, explica que não houve mudanças no sistema de produção e transmissão de energia desde a década de 1990, e as térmicas têm lucrado, prejudicando a natureza e o bolso do consumidor. “No governo de Fernando Henrique Cardoso, foi criado um plano prioritário para as térmicas. Quando elas são desligadas, vão ao mercado livre e vendem, na verdade, a energia das hídricas. O mercado brasileiro é diferente do da maioria do mundo. Não há ligação direta entre oferta e demanda”, lamenta.

E esse privilégio às térmicas poluentes, segundo ele, tende a se perpetuar com a Medida Provisória que trata sobre a privatização da Eletrobras, a MP 1031/2021. “Foi colocado um jabuti (emenda não relacionada ao tema principal da matéria) na proposta da privatização que apoia essas usinas em detrimento de energias alternativas”, critica.  Aprovada na semana passada no Senado Federal, a MP precisa ser votada até amanhã (22), pela Câmara dos Deputados, caso contrário, perderá a validade. “E não adianta privatizar a Eletrobras pensando que os empresários vão investir em hidrelétricas. Não vão. O setor privado só constrói usinas quando tem o governo como sócio”, afirma D’Araujo.

Larissa Rodrigues, gerente de Projetos e Produtos do Instituto Escolhas, concorda que, nos últimos anos, o país deixou de investir em fontes de energia renováveis. “Hoje, grande parte da energia elétrica do país ainda vem de usinas hidrelétricas, mais de 60% do total. Solar, eólica e biomassa são pouco mais de 19%. Por isso, a gente fica preso nas hidrelétricas e termelétricas. Quando tem mais chuva, se aciona as hidrelétricas e, menos chuvas, as termoelétricas. E a conta do consumidor acaba subindo. Por isso, existem bandeiras tarifárias. Quando ela chega à cor vermelha, estamos acionando mais as térmicas”, resume Larissa, que também critica a MP Eletrobras e os jabutis que devem onerar o consumidor, deixando a conta mais cara.

Fonte: Correio Braziliense

13 milhões de mulheres sobrevivem com R$ 375

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O sustento da casa com R$ 375 mensais é a realidade de, pelo menos, 13 milhões de brasileiras chefes de família que tentam sobreviver com o novo auxílio emergencial, que começou a ser pago pelo governo federal em abril.

Uma das contempladas é Érica Maria Abreu, de 37 anos, moradora da Samambaia e mãe de dois filhos, de 17 e 9 anos, que mal consegue equilibrar as finanças domésticas por conta da redução do valor do benefício para praticamente metade do último valor recebido em 2020.

O auxílio emergencial destinado aos mais vulneráveis durante a pandemia foi recriado neste ano por quatro meses, mas poderá ser prorrogado até outubro. No ano passado, as famílias monoparentais recebiam em dobro, e o valor chegou a R$ 1,2 mil por mês, entre abril e agosto. Depois, com a prorrogação, passou para R$ 600 de setembro a dezembro.

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Érica trabalhava em uma loja de conveniência, mas como a empresa fechou em abril do ano passado, ficou sem emprego após a chegada da covid-19 ao país. Naquela época, conseguiu cadastrar-se no programa de auxílio emergencial e começou a receber o benefício. Hoje, conta que os R$ 375 que recebe atualmente não dá para abastecer a casa diante da alta dos preços de tudo.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 12 meses registrou alta de pouco mais de 8,06% até maio, mas os alimentos e bebidas acumulam valorização de 14% no mesmo período, a maior alta desde 2002, quando subiu 19,47%. Os principais itens da cesta básica subiram muito mais, como óleo de soja (86,87%), arroz (51,83%), carne vermelha (38%) e  botijão de gás (24,05%).

“Com o auxílio de R$ 1,2 mil eu conseguia manter as contas e botar comida em casa. Agora, só consigo pagar água e luz, pois tudo está muito caro”, conta. “É triste, hoje mal estou botando comida dentro de casa. Às vezes parece que vou entrar em depressão”, desabafa. Segundo, ela o que tem ajudado a complementar a renda são as ajudas da igreja, que doa cesta básica, e os bicos que ela faz como faxineira “quando consegue oportunidade”.

De acordo com dados do Ministério da Cidadania, as chefes de família representam 8,6 milhões dos que recebem o auxílio emergencial fora do programa Bolsa Família, e, entre os 9,77 milhões grupos familiares do Bolsa que recebem o benefício, as mães solos são pouco mais 50%. Com isso, o número de unidades familiares chefiadas por mulheres pode chegar a 13,48 milhões.

Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos, explica que o atual quadro inflacionário do Brasil torna o auxílio emergencial um benefício “para custeio de subsistência”. “É complicado pensar que o auxílio desse valor é suficiente para suprir os gastos com a alta nos preços de alimentação, energia, gás de cozinha, água e esgoto. É preciso rever a política assistencialista para uma aplicação de maneira eficiente”, afirma Abdelmalack.

A economista-chefe da Reag Investimentos, Simone Pasianotto, também critica a insuficiência do auxílio para garantir o básico às mães que criam os filhos sozinhas e lembra que o total de famílias em extrema pobreza identificadas no Cadastro Único (CadUnico) vem crescendo de forma expressiva. “Uma mãe de família não consegue sustentar a si e aos filhos com o auxílio emergencial. Assim como o nome diz, é um auxílio e não uma renda que permita ao cidadão garantir o seu sustento”, enfatiza a especialista.

Assim como Érica, 125,6 milhões de brasileiros vivem em situação de insegurança alimentar nesta pandemia, segundo estudo do Grupo de Pesquisa Alimento para Justiça. Apesar da alta inflação no preço dos alimentos, o presidente Jair Bolsonaro disse que não vai interferir no preço dos alimentos, mas anunciou que pretende reajustar o valor do Bolsa Família, cujo valor médio é de R$ 191, para R$ 300.

Fonte: Correio Braziliense