Com aval do governo, conta de luz ficará ainda mais cara

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, está defendendo novo aumento nos valores das bandeiras tarifárias na conta de luz, que variam entre 10,3% até 21,3%. Os percentuais estão em consulta pública até 7 de maio e, se aprovados, as contas de luz ficarão ainda mais caras, em um período em que os brasileiros veem o seu poder de compra desaparecer em meio à carestia dos preços dos alimentos.

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No final do ano passado, quando a pandemia já dava sinais de recrudescimento, o governo Bolsonaro permitiu que a Aneel acionasse a bandeira vermelha patamar 2 em dezembro. Segundo o IBGE, o IPCA, índice oficial da inflação, em dezembro do ano passado teve alta de 1,35% puxada pela conta de luz mais cara e fechou o ano em 4,52%, o maior índice desde 2016.

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Em janeiro, fevereiro e março a cobrança adicional foi mantida, mas no patamar amarelo, ainda alto o custo para 68,2 milhões de famílias que iniciaram o ano de 2021 sem a ajuda emergencial, com o desemprego em alta e a economia em recessão.

Diante disso, o governo Bolsonaro excluiu 22,6 milhões de brasileiros da nova rodada do programa emergencial. O novo auxílio, menor, para menos pessoas e por apenas quatro meses será em média de R$ 250 para 45,6 milhões de pessoas, que receberão entre R$ 150 a R$ 375. Os valores não cobrem uma cesta básica calculada em R$ 600 pelo Dieese.

Para o patamar 1 da bandeira vermelha, a Aneel propôs o aumento do adicional tarifário de R$ 4,169 para R$ 4,599, a cada 100 kilowatt-hora (kWh), uma alta de 10,3%. No patamar 2, o valor seria elevado de R$ 6,243 para R$ 7,571 a cada 100 kWh, uma alta de 21,3%.

A bandeira verde permanece sem alteração e, no caso da bandeira amarela, a proposta é de redução de R$ 1,343 para R$ 0,996 a cada 100 kWh consumidos, uma redução de 25,8% no valor. A bandeira para o mês de abril será divulgada na próxima sexta-feira (26).

Criado em 2015, o Sistema de Bandeiras Tarifárias determina se haverá ou não acréscimo no valor da energia a ser repassada ao consumidor final, em função das condições de geração de eletricidade. As bandeiras tarifárias são indicadas nas seguintes modalidades: verde, amarela e vermelha; e seus valores adicionais se somam aos reajustes das distribuidoras.

Fonte: Hora do Povo

Busca de testes para detectar covid-19 tem alta de mais de 100%

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A procura por testes de farmácia que detectam o novo coronavírus cresceu mais de 100% em Alagoas, nos três primeiros meses do ano. Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácia e Drogarias (Abrafarma), a demanda por este tipo de diagnóstico aumentou cerca de 250% de 2020 para 2021 em todo do país. Para o secretário geral do Conselho Regional de Farmácia/AL, Daniel Fortes, o crescimento deve-se ao aumento no número de casos no estado e, também, à eficácia dos testes realizados nos estabelecimentos. ‘A gente atribui isso, principalmente, pelo aumento no número de casos, onde as pessoas acabam procurando mais os serviços de saúde e encontram uma certa comodidade ao encontrarem esses testes nas farmácias, e, também, ao aumento da confiabilidade que esses testes de farmácia têm apresentado, com 98% ou 99% de eficácia. São valores próximos aos que são identificados em laboratórios’, explicou Daniel.

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Somente em uma farmácia localizada no bairro da Ponta Verde, a procura pela testagem cresceu 40%. ‘Se nós fazíamos uma base de 50 a 65 testes por semana, hoje fazemos de 115 a 125 testes. O aumento da positividade tem sido de 30 a 40%. Além do número de testes que aumentou, temos percebido um crescimento nos resultados positivos. Em uma escala de 20 testes, temos de 7 a 8 positivos’, afirma Ana Patrícia, farmacêutica.

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O crescimento no número dos casos em Alagoas tem feito com que empresas procurem as farmácias para testarem seus funcionários, para evitar uma contaminação em grupo. ‘Se tiver um funcionário contaminado, este é afastado e os demais são triados para que não haja contaminação em grupo. Tem que ter agendamento prévio, onde a gente segue todas as regras da vigilância sanitária, para que não tenha aglomeração dentro do estabelecimento’, explicou o farmacêutico Erison David.

TESTES NO BRASIL

De acordo o jornal O Globo, de 1º de janeiro até 14 de março deste ano, foram feitos 2.045.469 testes nas farmácias do país, contra 2.032.089 de abril até dezembro de 2020, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). Os números foram compilados em 3.516 farmácias. O aumento nos resultados positivos obtidos nas drogarias também tem chamado a atenção e preocupado. Eles subiram de 15% no ano passado para 23% neste ano. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a taxa de positividade esteja em 5% ou menos por 14 dias para relaxar medidas de distanciamento social.

Fonte: Gazeta de Alagoas

Criminosos estão vendendo certificados de vacinação e testes negativos falsos

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Enquanto as tentativas de fraude envolvendo a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) continuam apresentando os maiores índices de crescimento, a venda de certificados de vacinação ou resultados de testes falsos também começam a ganhar corpo entre os cibercriminosos. Os anúncios estão se proliferando na dark web e aparecem com cada vez mais frequência ao lado da já citada venda ilegal de vacinas.

COVIDAnvisa alerta sobre vacinas falsas vendidas na web e pede denúncias

Esquema de venda de vacinas falsas da COVID-19 é descoberto pela Interpol

Criminosos faturam mais de US$ 3 milhões com a venda da vacinas falsas na China

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De acordo com um levantamento da empresa de segurança Check Point Research, é possível obter um atestado de vacinação falso com facilidade, abaixo da superfície da web. Os cartões são semelhantes aos emitidos pelo CDC, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças do governo dos EUA, e trazem informações como a fabricante da vacina, lote e data de aplicação de uma ou duas doses do imunizante, além da assinatura de profissionais. Tais comprovantes são mais caros e custam, em média, US$ 200, ou cerca de R$ 1.110, com promessa de entrega em 24 horas.

Para quem não quer enfiar a mão no bolso tão profundamente, entretanto, também são vendidos testes falsos, com negativos para a presença do coronavírus no organismo. A promessa é de alta qualidade e, também, informações e design reais, com os dados sendo preenchidos pelo próprio comprador no ato da aquisição. Aqui, o preço é mais baixo, US$ 25, cerca de R$ 140, e a entrega é feita por e-mail, também por meio de endereços fraudados – até promoções de ‘leve três, pague dois’ são realizadas aqui, com o cliente podendo preencher datas diferentes nos exames de acordo com a própria necessidade.

Segundo a Check Point, a ideia dos criminosos é se aproveitar do negacionismo presente em uma parcela da população, da mesma forma que outros golpes usam a preocupação com a pandemia para se tornarem mais eficazes. Os anúncios são voltados para indivíduos que precisam viajar ou procurar emprego e não desejam receber doses do imunizante ou procuram evadir as restrições presentes em aeroportos ou empresas.

Certificados falsos de vacinação contra o coronavírus trazem informações reais, copiadas de postagens em redes sociais, enquanto comprovantes falsos de testes podem ser preenchidos online em sistemas dos próprios criminosos (Imagem: Reprodução/Check Point)

Os anúncios, claro, se unem à venda ilegal de vacinas, uma oferta que, segundo a Check Point, mais do que triplicou desde janeiro deste ano. Anúncios ofertam os principais imunizantes que estão sendo aplicados ou testados ao redor do mundo, como Johnson & Johnson, Sputnik, AstraZeneca e SinoPharm – os valores são de US$ 600 (aproximadamente R$ 3.300) para os dois primeiros e de US$ 500, ou pouco menos de R$ 2.800, pelos últimos.

São cerca de 1.200 anúncios prometendo, apenas, a entrega de doses, sem nenhum tipo de autenticação ou garantia de recebimento ou legitimidade. A promessa, também, é de envio em 24 horas, mas nem é preciso dizer que a venda é ilegal, assim como a compra das vacinas por indivíduos.

‘Os cibercriminosos tentam capitalizar o interesse tanto do público que anseia pela vacina como daqueles que procuram evita-la, [mas, na verdade] estão buscando informações pessoais. Realizar qualquer transação desse tipo é extremamente arriscado’, explica Oded Vanunu, chefe de pesquisa de vulnerabilidades de produtos da Check Point. Ele recomenda que os usuários de redes sociais não compartilhem fotos de seus comprovantes de vacinação ou testes negativos, já que esse é o caminho usado para obtenção de informações e designs oficiais pelos bandidos.

Além disso, a recomendação maior é para as autoridades, que devem compartilhar informações entre controles aduaneiros e agências de saúde para verificação de vacinados, enquanto utilizam chaves criptográficas únicas para garantir a autenticidade dos certificados. Aos oficiais, ainda, vale a pena prestar atenção em falhas de impressão ou erros de terminologia, que também podem entregar falsificações como as citadas, enquanto governos também podem optar pelo uso de sistemas antifraude nos cartões e comprovantes.

Fonte: Canaltech

Indústria farmacêutica aumenta produção de embalagens para vacina e medicamentos contra a Covid-19

ACG Films & Foils participa ativamente do fornecimento de soluções em embalagem nesta pandemia e desde que chegaram os insumos da vacina foram mais de 100 toneladas de embalagens destinadas ao combate do vírus

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A indústria farmacêutica está acompanhando de perto os desafios impostos pela pandemia de Covid-19 e está ciente de seu importante papel no momento. Mesmo diante deste cenário, a ACG Films & Foils, localizada no município de Cotia (SP), está otimista em relação ao crescimento da unidade fabril e projeta um crescimento de 20% ao longo de 2021, além da contratação de 30 novos colaboradores até o fim do ano.

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Parte desse crescimento diz respeito aos suprimentos direcionados para tratamento da Covid-19. Desde a chegada das IFAs (Insumo Farmacêutico Ativo) para fabricação de vacinas contra a Covid-19, esta unidade fabril vendeu mais de 100 toneladas de materiais de embalagem destinados a fabricação de vacinas e medicamentos contra Covid-19. Um de seus maiores clientes, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), iniciou recentemente o envase dos primeiros lotes de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina.

A ACG Films & Foils Brasil também tem fornecido em grande escala, materiais de embalagem de média e alta complexidade funcional, e forneceu, em 2020, dezenas de toneladas de Cold-Formin-Blister (CFB) para fabricação de Hidroxicloroquina, medicamento de uso controlado para tratar doenças autoimunes, que após avaliação médica, é usado no tratamento de alguns casos de Covid-19.

‘Estamos otimistas em relação ao crescimento de 2021 e 2022. Investimos constantemente em pesquisas e tecnologias para que possamos fornecer ao mercado farmacêutico embalagens que atendam a todas as demandas. Além disso, um dos nossos grandes diferenciais é usar a solução de Brandshield, um filme de embalagens anti-falsificação, que garante segurança para os fabricantes de medicamentos e proteção para os usuários da medicação, endossando a qualidade de nossos produtos’, comenta Daniel Aymard, CEO da ACG Films & Foils Brasil.

Fonte: 2A+ Farma

Marca é condenada por comparar trans a ‘pirataria’ em anúncio

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Uma marca de cosméticos foi condenada pela 36ª Vara Civil Central da Capital, em São Paulo, a pagar R$ 100 mil por danos morais coletivos ao vincular uma propaganda que comparava a população transexual a “pirataria”. O valor da indenização será destinado ao fundo municipal da população transexual ou, caso não houver, ao Fundo Municipal de Reparação de Interesses Difusos e Coletivos Lesados.

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O requerente do processo é a ABCD’s (Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual) que entendeu como ofensiva a “propaganda” vinculada em redes sociais e dois outdoors localizados em avenidas movimentadas de Santo André, na região metropolitana de São Paulo.

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Na imagem, uma mulher negra transexual urinava no mictório de um banheiro masculino com a frase “pirataria é crime”. O anúncio oferecia produtos da marca para o Dia Internacional da Mulher.

Segundo o site do Tribunal de Justiça Estado de São Paulo, a juíza Thania Pereira Teixeira de Carvalho entendeu que “houve claro excesso à liberdade de expressão em detrimento à liberdade de gênero” no anúncio. A magistrada destacou que relacionar uma mulher transexual com um produto pirata, falsificado, atua como um “reforço negativo no incremento do preconceito” contra a população trans.

Na sentença, a magistrada ainda acrescentou: “A forma como o humano se coloca frente ao mundo encontra-se protegida pelo direito à liberdade e à autodeterminação, tendo como consectários os direitos à igualdade, à liberdade de expressão e à não-discriminação, ancorada, sobretudo, na dignidade da pessoa humana, a sinalizar, ao lado da proteção recebida pelos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, que o direito à liberdade de gênero constitui princípio fundamental da República”.

Fonte: 24 Brasil

Renda básica de R$ 100 começa a ser paga nesta quinta (25) em SP

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Começa nesta quinta-feira (25) o pagamento da renda básica emergencial da cidade de São Paulo.

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Três parcelas de R$ 100 mensais vão beneficiar mais de 480 mil famílias inscritas no Programa Bolsa Família até de 30 de setembro do ano passado. Pessoas com deficiência, independente de idade, receberão um benefício no valor de R$ 200 por mês. A medida, no entanto, não vale para quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

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O benefício também se destina a famílias de trabalhadores ambulantes informais que atendam aos critérios do Programa Bolsa Família e que possuam TPU (Termo de Permissão de Uso) vigente ou tenham cadastro no Sistema Tô Legal para o comércio ou prestação de serviços ambulantes.

Ao todo, serão beneficiadas 1.287.422 pessoas com um investimento de R$ 398 milhões, segundo a prefeitura.

A prorrogação do benefício foi aprovada pela Lei 17.553, de 26 de fevereiro. Os critérios são os da Lei 17.504 de 2020, que instituiu o benefício para reduzir os efeitos da pandemia causada pelo novo coronavírus.

O benefício será gerado automaticamente para as famílias que atendam aos critérios do programa. A prefeitura esclarece que não é necessário ir aos CRAS (Centros de Referência de Assistência Social), aos postos do Descomplica SP ou a agências da CAIXA para fazer cadastro ou abrir conta.

Para tirar dúvidas, o beneficiário pode procurar a Central 156.

Calendário

O calendário de pagamento será de acordo com o final do número do NIS. As datas de abril e maio ainda não foram divulgadas.

Confira as datas de março:

Final do NIS: 1 e 2

Data do crédito: 25/03

Final do NIS: 3 e 4

Data do crédito: 26/03

Final do NIS: 5 e 6

Data do crédito: 29/03

Final do NIS: 7 e 8

Data do crédito : 30/03

Final do NIS: 9 e 0

Data do crédito: 31/03

Fonte: R7 Notícias

Ernesto diz que Brasil terá insumos para 32 milhões de doses até 6ª feira

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O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse nesta 4ª feira (24.mar.2021) ao Senado que espera até 6ª feira (26.mar) mais carregamentos importados de insumos para a produção de vacinas contra a covid-19 no Brasil. Com esses recursos, ele declarou que o Brasil terá garantida a fabricação de 32 milhões de doses.

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‘Hoje começam a chegar novos carregamentos do insumo, do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), provenientes da China para a produção na Fiocruz da vacina AstraZeneca. No primeiro carregamento, chegaram 90 litros; agora está chegando, entre hoje, amanhã e depois de amanhã, em 3 voos um carregamento de 1.024 litros do IFA que permite a fabricação de cerca de 32 milhões de doses. Então, isso já vai acrescentar, mais do que dobrar a capacidade de vacinação que nós já temos neste momento.’

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Em sua exposição inicial, o ministro também citou dificuldades de conseguir importar vacinas da Índia, que está priorizando seu próprio país, e dos Estados Unidos, que tem legislação própria que tornaria o processo mais complexo.

‘Os Estados Unidos estão começando a ter um estoque exportável, de acordo com a sua própria legislação, mas ainda muito baixo? Mas nós estamos tentando, com os Estados Unidos, fazer parte dessa exportação, claro, porque qualquer milhão de doses ajuda a fazer a diferença.

O chanceler também disse que não há um excedente mundial de vacinas, e que essa impressão é causada pela diferença de vacinas disponíveis e vacinas contratadas.

Araújo defendeu o PNI (Plano Nacional de Imunização) e do ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello. Disse que há planejamento, mesmo que lento, de vacinação e que trabalham para adiantá-lo o máximo possível.

‘Já existe o planejamento. Isso faz parte de uma estratégia. Isso é o resultado de uma estratégia que começou a ser montada no ano passado, centralizada no Ministério da Saúde. E aqui gostaria de fazer uma referência especial ao trabalho do então Ministro Eduardo Pazuello, com quem trabalhei muito junto nessa área. Acho que foi um trabalho magnífico na montagem dessa estratégia.’

Pazuello foi trocado pelo médico Marcelo Queiroga enquanto a pressão sobre o presidente Jair Bolsonaro por respostas mais efetivas de combate à pandemia e aceleração de vacinação.

O ministro Araújo declarou que o governo está com tudo pronto para ter também vacinas da Índia e da Rússia, mas que aguardam a liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Depois de sua exposição inicial, o ministro foi questionado pelo 1º grupo de senadores. Entre eles, a presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Kátia Abreu (PP-TO) e o autor do convite a Araújo, Fabiano Contarato (Rede-ES).

Eles, junto com o senadores Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Daniela Ribeiro (PP-PB), foram duros nas perguntas. Questionaram se as atitudes ideológicas do chanceler não prejudicaram o Brasil na diplomacia por vacinas e se ele era capaz de estar no ministério nesse momento.

‘O senhor se sente à vontade para ter sucesso nessa empreitada, que é a maior que nós temos hoje? Nós precisamos vacinar um terço da população, nós precisamos vacinar 70 milhões de brasileiros para conter a desgraça que nós estamos vivendo. Nós teremos essa vacina, sr. chanceler? Esse é o seu grande desafio’, perguntou Kátia Abreu.

Durante sua resposta, Araújo se emocionou e disse que tem feito tudo que pode pelo Brasil, que acredita fazer parte de um projeto de mudança profunda no país para acabar com a indignidade, corrupção e o atraso: ‘Tenho um amor profundo pelo povo brasileiro, isso eu garanto para o sr, e não admito que ninguém questione. Como não questiono os seus motivos ou de ninguém.’

As respostas, entretanto, não agradaram os congressistas, que pediram que ele deixe o Itamaraty.

‘Com todo o respeito, o senhor faria bem para a diplomacia brasileira, o senhor faria muito bem para o Itamaraty, que tem um corpo diplomático maravilhoso, que eu quero aqui parabenizar, o senhor faria muito se deixasse esse posto, para que esse Itamaraty volte, efetivamente, a funcionar, porque os meus questionamentos foram pontuais e objetivos, e a resposta não foi nada satisfatória, e acredito que as dadas aos meus colegas também’, disse Contarato.

Fonte: Poder 360 

Médicos de MG contradizem entidade nacional que pede banimento do ‘Kit Covid’

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A Associação Médica de Minas Gerais (AMMG) emitiu um comunicado nesta quarta-feira (24) que vai contra a orientação da Associação Médica Brasileira (AMB) de banir o uso de remédios como hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina – que não possuem eficácia científica comprovada – na prevenção ou tratamento de qualquer fase da Covid-19. A recomendação da AMB foi divulgada na terça-feira (23) por meio do boletim do Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 (CEM COVID AMB).

Em nota, a AMMG afirma que segue as orientações do Conselho Federal de Medicina (CFM) e acredita que o princípio que deve, obrigatoriamente, nortear o tratamento de pacientes com diagnóstico de Covid-19 é ‘a autonomia do médico, sendo necessário que todas as orientações sobre o tratamento escolhido sejam esclarecidas ao paciente’.

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O diretor científico da AMMG, Agnaldo Soares Lima, justifica que o posicionamento da associação é uma carta-resposta à AMB que incluiu o nome da entidade médica mineira no documento sem consultá-la. ‘Essa nota foi para deixar claro aos nossos associados que não somos signatários de uma recomendação na qual não fomos consultados. Se a associação tivesse sido consultada nos manifestaríamos por uma melhor adequação do texto’, diz.

Ele ainda afirma que não se trata da associação médica mineira dizer que é a favor desses medicamentos no tratamento da Covid. ‘Discordamos de que os medicamentos deveriam ser banidos da prescrição médica. A nossa convicção é a mesma do CFM, de que médico tem autonomia para decidir sobre a prescrição de medicamentos que não estejam consagrados para uso de determinada doença, desde que ele explique ao paciente e este esteja de acordo’.

A infectologista Raquel Stucchi, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e professora da Unicamp, diz que o documento da AMB não proíbe ninguém de prescrever nenhum medicamento, somente reafirma que não existe comprovação científica para o uso dessas drogas. ‘Não vejo muito sentido nesse comunicado da associação médica de Minas. A AMB não proíbe nenhum médico de prescrever nada. O documento vem em consonância com especialistas tanto nacionais como de comunidades internacionais, na área de infectologia e pneumologia, que são as que mais lidam e tem experiência com esses pacientes no dia-a-dia, e são contra o uso desses remédios que não tem eficácia cientificamente comprovada’, afirma.

Entenda

No boletim da Associação Médica Brasileira, a entidade faz diversos alertas, separados em 13 tópicos, sobre falta de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para internação, escassez de remédios para intubação de pacientes com Covid e o número de mortes no Brasil, que entre os dias 15 a 21 de março representaram 25% das mortes mundiais e nesta quarta-feira ultrapassou a marca de 300 mil óbitos. Em um dos tópicos, a AMB é enfática ao reafirmar que ‘infelizmente, medicações como hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina, entre outras drogas, não possuem eficácia científica comprovada de benefício no tratamento ou prevenção da COVID-19, quer seja na prevenção, na fase inicial ou nas fases avançadas dessa doença, sendo que, portanto, a utilização desses fármacos deve ser banida’.

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), em um comunicado assinado em conjunto com a AMB, sobre a vacinação e tratamento farmacológico preventivo contra o coronavírus afirma que as melhores evidências científicas demonstram que nenhuma medicação tem eficácia na prevenção ou no ‘tratamento precoce’ para a COVID-19 até o presente momento. ‘Pesquisas clínicas com medicações antigas indicadas para outras doenças e novos medicamentos estão em pesquisa. Atualmente, as principais sociedades médicas e organismos internacionais de saúde pública não recomendam o tratamento preventivo ou precoce com medicamentos, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), entidade reguladora vinculada ao Ministério da Saúde do Brasil’, esclarece.

Fonte: O Tempo online

OAB pede à PGR denuncia contra Bolsonaro por crimes na pandemia

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O Conselho Federal da OAB solicitou, em ofício encaminhado ao procurador-geral da República, Augusto Aras, o envio de denúncia ao Supremo Tribunal Federal contra o presidente Jair Bolsonaro, por crimes cometidos durante e em decorrência da epidemia do coronavírus.

Segundo a OAB, as ações do presidente se enquadram nos artigos 132 (Perigo para a vida ou saúde de outrem), 268 (Infração de medida sanitária preventiva), 315 (Emprego irregular de verbas ou rendas públicas) e 319 (Prevaricação) do Código Penal e devem receber resposta diante da ‘péssima gestão da pandemia pelo governo federal’.

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A peça é assinada pelo presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, e pelo conselheiro Juliano Breda, entre outros. Antes, a entidade já havia acionado o STF a omissão do governo na divulgação de dados durante a epidemia, para autorizar a compra de vacinas independentemente de registro na Anvisa e contra omissão na compra delas, diante do parco plano de vacinação nacional.

O crime mais abrangente que a OAB imputa a Bolsonaro é o do artigo 132 do CP: perigo para a vida ou saúde de outrem, cometido pelo incentivo ao uso da hidroxicloroquina, remédio sem eficácia comprovada contra a Covid-19, e também ao deixar de oferecer aparelhos de oxigênio ao Estado do Amazonas, que colapsou em janeiro.

Fonte: O Povo Online

Para senadores, falta de diplomacia do governo prejudica a aquisição de vacinas – Senado Notícias

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Em sessão remota nesta quarta-feira (24), senadores apontaram a responsabilidade do Itamaraty pelo atraso no acesso a vacinas e insumos vindos de outros países para o Brasil. Eles cobraram do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, gestões diplomáticas para acelerar a obtenção de imunizantes contra a covid-19 e pediram a renúncia do ministro.

Autor do requerimento para a sessão, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) apontou diversas falhas na condução da política externa durante a pandemia, com declarações ofensivas contra outros países por parte de integrantes do governo. Ele questionou o ministro sobre o motivo de descumprir seu papel constitucional e atuar contra interesses do Brasil ‘com viés ideológico e contrário às recomendações diplomáticas e da ciência’.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/24/entidades-criam-movimento-contra-extensao-de-patentes/

– Perdoem-me por ter sido, talvez, contaminado com a emoção, mas quando se fala de vida, estou falando de história, de relações, de famílias dilaceradas pela covid-19, mas que tem a digital inegável do presidente da República, do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Saúde – lamentou o senador.

A presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), senadora Kátia Abreu (PDT-TO), classificou o quadro diplomático como ‘desastroso’. Ela apontou recorrentes problemas com parceiros comerciais relevantes do país, como China e Estados Unidos, e tratamento descortês com o presidente da Organização Mundial de Saúde (OMS), que estaria impedindo o acesso do Brasil um excedente de vacinas controlado pela organização.

– Esse é o meu questionamento: o senhor se sente à vontade para ter sucesso nessa empreitada, que é a maior que nós temos hoje? Nós precisamos vacinar um terço da população, nós precisamos vacinar 70 milhões de brasileiros para conter a desgraça que estamos vivendo. Nós teremos essa vacina, senhor chanceler? – questionou a senadora.

Mal entendido

Em resposta aos senadores, o chanceler negou ter hostilizado representantes de outros países e afirmou que o Brasil não tem problemas diplomáticos que estejam dificultando a obtenção de imunizantes. Ele destacou conversas com Estados Unidos, Reino Unido e Índia para a aquisição de diferentes vacinas.

Segundo o ministro, somente a partir da estratégia traçada pelo Ministério da Saúde, o Itamaraty entra para participar das negociações internacionais. Ernesto Araújo disse que nenhuma questão política está impedindo a importação de vacinas e de insumos.

– Vossas Excelências estão alegando que há uma deficiência no trabalho do Itamaraty na questão das vacinas, isso é absolutamente improcedente. Tenho aqui todos os elementos para mostrar que nós temos conseguido obter tudo aquilo que está dentro da estratégia do plano de vacinação brasileiro. Como eu digo, novamente reitero, nós somos um braço de relacionamento externo desse programa de vacinação. O Itamaraty não define o programa de vacinação, o Itamaraty não define as vacinas a serem compradas – disse o ministro.

Patentes

Ao abrir a sessão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que a Casa não poderia se furtar de discutir temas como o posicionamento do Brasil em fóruns internacionais, inclusive na questão das patentes.

– Todos sabemos que essa tem sido uma das mais relevantes questões nas negociações multilaterais no que concerne à pandemia – lembrou

O ministro foi questionado por senadores sobre a posição contrária do Itamaraty à quebra de patentes das vacinas apoiada por outros países emergentes, como a Índia e a África do Sul. Os defensores da medida alegam que, com as patentes suspensas temporariamente, os imunizantes seriam produzidos em sua versão genérica em larga escala, possibilitando o acesso de maneira mais rápida e com custo menor para os governos.

Zenaide Maia (Pros-RN) e Paulo Paim (PT-RS) defenderam a suspensão da propriedade intelectual como forma de produzir vacinas em número suficiente para ajudar a diminuir a crise humanitária em todo o mundo. Para Paim, há um ‘apartheid de vacinas’ no mundo.

– Enquanto falamos, o povo está morrendo. Sabemos que a vacinação para todos é a única solução na guerra contra o vírus, cada vez mais letal. Há quase 130 países, onde vivem em torno de 2,5 bilhões de pessoas, praticamente nenhuma vacina chegou. Essa é uma pandemia global. Precisamos de uma resposta global, que inclua a vacinação em todo o planeta – alertou Paim.

Em resposta aos senadores, o ministro afirmou não ter nada contra a proposta de quebra feita pela Índia, mas disse acreditar que a medida não é necessária porque o sistema de propriedade intelectual tem flexibilidade e já permite a quebra de patentes para a produção local. Ele disse, ainda, que o Brasil não teria condições de produzir algumas das vacinas.

– A nossa ideia é a de que isso não resolveria, necessariamente, o problema agora e poderia criar problemas depois, para a pesquisa e desenvolvimento de novas vacinas que virão a ser necessárias para novas variantes ou para outras pandemias no futuro – disse o chanceler. Ele afirmou estar disposto a trabalhar junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) em defesa do que chamou de uma ‘terceira via’ na questão das patentes.

Israel

Os senadores Daniella Ribeiro (PP-PB) e Marcelo Castro (MDB-PI), ex-ministro da Saúde, questionaram Ernesto Araújo sobre a ida de uma comitiva brasileira chefiada por ele a Israel. O objetivo era fazer um acordo sobre o spray nasal EXO-CD24, ainda sem eficácia comprovada. De acordo com a senadora, o acordo assinado pelo ministro obriga o Brasil a testar o medicamento.

– Esse documento está classificado como reservado, mas o Senado tem condições de solicitar. O documento obriga que os brasileiros sejam testados sem que haja, por parte da ‘Anvisa de Israel’, nenhuma certificação de que esse medicamento tenha comprovação científica – acusou a senadora.

Também ex-ministro da Saúde, o senador Humberto Costa (PT-PE) citou a denúncia de que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, teria feito pressão para que o Brasil não comprasse a vacina Sputnik V, da Rússia. O ministro disse não ter conhecimento desse fato.

Demissão

Vários senadores se disseram insatisfeitos com as respostas do ministro. Alguns deles se dirigiram ao chanceler pedindo que ele renuncie ao cargo. Foi o caso Tasso Jereissati, que classificou o chanceler de “dificultador” da relação do Brasil com outros países e fez um apelo para que ele se afaste.

– Esse momento seu é ruim para o país. Em nome do país e desses que podem morrer daqui para lá, renuncie e bote um diplomata – peça ao seu amigo presidente – que tenha acesso fácil, que tenham uma visão difícil, que tem amizades até em todas essas instâncias internacionais.

A senadora Simone Tebet, por sua vez, disse que o gesto da exoneração do ministro seria uma redenção do Brasil perante a China e os Estados Unidos, o que facilitaria a obtenção de vacinas desses dois países.

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Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Rose de Freitas (MDB-ES) e Mara Gabrilli (PSDB-SP) pediram consciência por parte de Ernesto Araújo da importância do cargo que ocupa. Para eles, a questão não é pessoal e o ministro precisa pensar nas vidas que estão sendo perdidas.

– Por favor, chanceler, ponha a cabeça no travesseiro, pense com consciência, se não valeria a pena o senhor abrir mão desse cargo. (…) Eu tenho certeza de que agora, para o Brasil, é melhor sem o senhor. Peça para sair e durma com a consciência tranquila, que o senhor vai ajudar a salvar vidas – pediu Mara Gabrilli.

Fonte: Jornal do Senado