Biotecnologia pode somar US$ 53 bi à economia brasileira

Biotecnologia – A Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) estima que, nos próximos 20 anos, a biotecnologia industrial pode somar cerca de US$ 53 bilhões à economia brasileira, se durante as duas décadas forem investidos US$ 132 bilhões anuais. O investimento traria cerca de 217 mil novos postos de trabalhos ao fim de duas décadas. E, se a biotecnologia alcançar esse rendimento estimado, a arrecadação de impostos seria de US$ 9,5 bilhões anuais.

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Contudo, para alcançar tais resultados, o Brasil deve inserir a bioeconomia como estratégia de crescimento. É o que preconiza o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. ‘Precisamos aproveitar esse momento para construir as bases para avançar, já que o Brasil é o país com maior potencial nessa agenda’. Ele aponta que a bioeconomia seria uma alternativa para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

‘A floresta em pé passa a gerar mais riquezas e, com isso, aumentar o seu valor frente às outras alternativas’, observou. O mesmo pensamento é compartilhado por de Ana Carolina Cagnoni, diretora de Propriedade Intelectual e Compliance da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma). ‘O setor passa por uma transformação de redução de uso de compostos químicos e aumento na inserção de materiais biológicos nos medicamentos, o que pode trazer uma vantagem para o Brasil, que tem a maior biodiversidade do mundo’, salientou.

Óleos essenciais

Um exemplo disso é o Grupo Centroflora, de São Paulo, que produz óleos essenciais e ativos isolados para a indústria farmacêutica. A empresa reuniu uma biblioteca inédita de produtos naturais com extratos da flora de quatro biomas brasileiros: Caatinga, Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica. O objetivo é coletar essas plantas e encontrar as substâncias ‘mais preciosas e reunir esse acervo no que pretende ser uma das maiores bibliotecas de produtos naturais do mundo’, explica Cristina Ropke, diretora de Inovação da empresa.

Mas o avanço da bioeconomia depende do aperfeiçoamento do sistema de inovação do Brasil. O professor Roberto Berlinck, do Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), ressalta que é necessária a liberação dos recursos para não interromper as pesquisas e explica que o investimento em estudos volta em forma de resultados para o país.

Atualmente Berlinck se dedica a pesquisar substâncias anti-cancerígenas da própolis vermelha, extraída de colmeias em Alagoas, que são mais raras que a própolis verde, amarela e marrom. ‘Tínhamos um conhecimento tradicional que relacionava o uso da própolis vermelha com a inibição de células cancerígenas. E isso se comprovou nas pesquisas, quando descobrimos substâncias isoladas da classe dos polifenóis (antioxidantes vegetais)’, revela.

Para obter o resultado e chamar atenção para a bioeconomia, o Instituto Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) de Inovação em Biossintéticos, em conjunto com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), estão com projeto de emenda parlamentar para desenvolver um estudo econométrico para ajudar o país a alavancar a bioeconomia. ‘A proposta é dividir esse estudo por partes, começando pelas grandes cadeias brasileiras, como cana-de-açúcar e celulose, com dados detalhados para avaliar a viabilidade econômica de produtos a partir dessas cadeias’, explica Paulo Coutinho, diretor do Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos.

Fonte: Brazil Amazônia Agora

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Anvisa envia técnicos à Índia para inspeção em fábrica da vacina Covaxin

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O objetivo é avaliar as condições de fabricação das vacinas e do insumo farmacêutico usado no processo A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) enviou um grupo de técnicos à Índia para fazer uma inspeção na fábrica da Bharat Biotech, empresa que produz a vacina Covaxin. O objetivo é avaliar as condições de fabricação das vacinas e do insumo farmacêutico usado no processo.

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Segundo a agência, a inspeção vai de segunda (1º) a sexta (5). Cinco servidores foram deslocados para a vistoria. A previsão é que eles cheguem à Índia nesta sexta (26).

O processo faz parte da avaliação para que a empresa possa obter um certificado de boas práticas de fabricação, um dos documentos exigidos pela Anvisa para avaliar pedidos de uso emergencial ou registro de imunizantes no país.

No processo, segundo a Anvisa, ‘são verificados os processos de trabalho, as estruturas físicas das áreas de produção, armazenamento e laboratórios de controle de qualidade, além de toda a documentação do sistema de garantia de qualidade da empresa’.

Ainda de acordo com a agência, o pedido de inspeção foi feito em 13 de fevereiro pelo laboratório, mas agendado para março em decisão conjunta com a empresa.

Na quinta (25), o Ministério da Saúde informou ter assinado um contrato para obter 20 milhões de doses da Covaxin.

O acordo foi fechado com o laboratório Precisa Medicamentos, que tem uma parceria com a Bharat Biotech e deve receber as doses importadas da Índia. Segundo a pasta, o investimento total é de R$ 1,6 bilhão.

Apesar do acordo, a vacina ainda não tem aval da Anvisa, necessário para que as doses sejam ofertadas à população.

Em nota divulgada hoje, a agência disse que não recebeu pedido até o momento para aval a estudos clínicos nem para autorização de uso emergencial da vacina Covaxin.

Ontem, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse, em reunião com secretários de saúde, que a previsão é que a empresa solicite esse aval nos próximos dias. A empresa, no entanto, ainda não terminou os estudos de fase 3, necessários para verificar a eficácia da vacina.

A ausência desses dados levou o Ministério Público do Tribunal de Contas da União a pedir ao TCU (Tribunal de Contas da União) que adote medida cautelar para que o governo federal suspenda a compra das doses.

‘A aquisição de vacinas ainda não testadas atrasa ainda mais a vacinação dos brasileiros e coloca em risco a vida de milhões, no momento em que enfrentamos a pior fase da doença, com o recorde de mortes diárias atingido recentemente’, afirmou o sub-procurador do órgão, Lucas Rocha Furtado.

Fonte: Amexx Fomento Mercantil

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Dermatite seborreica: 40% da população será acometida pela doença, diz pesquisa

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A dermatite seborreica é uma doença crônica que traz vermelhidão, descamação e inflamação à pele. Como o próprio nome indica, o problema costuma acometer áreas ricas em glândulas sebáceas. Entre eles, está o couro cabeludo. Também reconhecida como caspa, versão mais leve da doença, a dermatite seborreica pode acometer pessoas de diferentes idades.

Segundo dados indicados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, 40% de toda a população já teve problemas com caspas – ou apresenta picos esporádicos da doença, que, embora crônica, pode ser controlada.

Ainda citando a SBD, pode-se observar que as inflamações desencadeadas pela dermatite seborreica podem ser genéticas ou até mesmo desenvolvidas por gatilhos externos, que envolvem alergia, estresse, temperaturas baixas e excesso de oleosidade. Paralelamente a isso, a presença do fungo Pityrosporum Ovale também pode ser fator decisivo para o desenvolvimento e avanço do problema.

Desmistificando

A dermatite seborreica não é contagiosa, tampouco está relacionada à falta de higiene. Os cuidados a serem tomados são de uso tópico, conforme indicação e acompanhamento de um dermatologista. Dessa forma, é possível obter controle e, em alguns casos, até mesmo cessar os sintomas.

Ainda assim, a natureza tem muito a oferecer quando o assunto é tratamento complementar: a argila verde apresenta-se como ferramenta para isso. Ao menos é o que diz Kika Chammas, farmacêutica e sócia-fundadora da empresa de cosméticos Dermare.

‘A argila verde pode ser aplicada diretamente no couro cabeludo, a fim de realizar uma esfoliação. O processo removerá as células mortas, ativando a circulação e diminuindo a oleosidade’, indica Kika. Outra opção é misturar algumas colheres do pó no shampoo já utilizado.

Kika ressalta que o tratamento é apenas uma ferramenta, que não substitui o acompanhamento especializado. ‘Mesmo sendo natural, existem cuidados. O shampoo com argila verde pode ser utilizado até duas vezes por semana, antes da lavagem tradicional. Assim, será feito um detox capilar e, com a ação antioxidante, o problema tende a diminuir’, finaliza.

Fonte:  

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/01/dermatite-seborreica-40-da-populacao-sera-acometida-pela-doenca-diz-pesquisa-2/

Pará é o 9º estado que mais vacinou no Brasil contra a Covid-19

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De acordo com dados levantados pelo consórcio de veículos de imprensa, que consolida números sobre a pandemia em todo o País, o Estado do Pará é a 9ª unidade federativa que mais vacinou entre os estados brasileiros contra a Covid-19 até o momento, ficando à frente de Rio Grande do Sul, que ocupa a 10ª posição. O número é proporcional as doses recebidas pelo Ministério da Saúde.

Ao todo, o Pará já executou 187.676 doses das vacinas contra o novo coronavírus, sendo 139.324 mil primeiras doses e 48.352 segundas doses. Somente nas últimas 24h mais 1.280 doses foram realizadas.

A taxa é de 59.46%. Abaixo de Rio Grande do Norte (73.07%), São Paulo (72.55%), Distrito Federal (72.36%), Sergipe (70,02%), Pernambuco (67,04%), Ceará (63.3%), Mato Grosso do Sul (61.43%) e Mato Grosso (60.57%).

Na última quarta-feira (24), o Estado do Pará recebeu 98.200 mil doses de vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde, e com o apoio do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), vinculado à Secretaria de Segurança Pública (Segup), distribuiu até este domingo (28) aos 13° Centros Regionais de Saúde e diretamente para os municípios da região da Calha Norte e Marajó.

Mais vacinas – O Pará deve receber 1,5 milhão de doses de vacinas contra a Covid-19 até o dia 30 de março. A informação foi repassada pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao governador Helder Barbalho, durante reunião na última semana, em Santarém, no oeste paraense.

O governador anunciou na terça-feira (23) que vai comprar 3 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 de laboratórios credenciados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de autorizar a aquisição de doses por estados e municípios.

Fonte: O Liberal – Belém

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/01/vacina-brasileira-contra-covid-19-termina-estudos-pre-clinicos-e-depende-de-mais-recursos/

Em meio a colapso, Bolsonaro posta que ‘saúde sempre teve problemas’

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou mais uma vez o fechamento de comércios, estabelecido por diversos governadores do Brasil por causa do colapso causado pela pandemia de covid-19. Ele minimizou a importância de os hospitais estarem lotados, alegando que “a saúde no Brasil sempre teve seus problemas”.

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Bolsonaro publicou a imagem de uma matéria de 2015, sobre problemas nos leitos de saúde, e replicou uma mensagem que já tinha sido feita antes no Twitter, com exatamente as mesmas palavras, por um usuário. O Secretário da Cultura, Mário Frias, também publicou a mesma mensagem, um pouco antes do presidente, assim como outros apoiadores.

“A saúde no Brasil sempre teve seus problemas. A falta de UTIs era um deles e certamente um dos piores. Hoje, ao fecharem o comércio e novamente te obrigar a ficar em casa, vem o desemprego em massa com consequências desastrosas para o país”, diz a mensagem que tem se espalhado nas redes sociais.

O Brasil registrou ontem a pior média móvel de mortes por covid-19 em toda a pandemia. Segundo dados divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, 1.180 brasileiros morreram, em média, nos últimos sete dias. Os dados reforçam que o país está em seu momento mais letal da pandemia, com média móvel acima de mil mortos desde 21 de janeiro, há 38 dias.

Apesar dessa situação, Bolsonaro tem apresentado um discurso negacionista desde o começo da pandemia de covid-19. Inicialmente, ele afirmou que era uma “gripezinha” e que mataria poucas pessoas. Depois, passou a discursar que era preciso priorizar a economia, sem adoção de medidas de restrição ou isolamento social.

Bolsonaro também insistiu em promover a utilização de medicamentos que nunca tiveram eficácia comprovada para prevenir ou combater a covid-19. O governo federal comprou e produziu cloroquina, além de divulgar que ivermectina teria efeito contra a doença. Mas até o laboratório que fabrica internacionalmente este último remédio admitiu que ele não tem utilidade para combater o coronavírus.

O presidente também criticou muito as vacinas contra covid-19. Chamou atenção por dizer que elas poderiam causar efeitos adversos e brincou que poderiam transformar alguém em jacaré.

Bolsonaro ainda entrou em conflito com o governador de São Paulo, João Doria, por causa da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan e pelo laboratório chinês SinoVac. Bolsonaro chegou a dizer que não ia comprar essa vacina, por desconfiar da China. Mas depois da aprovação da Anvisa para uso emergencial, o Ministério da Saúde adquiriu 130 milhões de doses, que estão sendo produzidas e aplicadas em todo o país.

Recentemente Bolsonaro tem criticado as restrições e até o uso de máscaras. No dia em que o Brasil completou 250 mil mortes, ele afirmou, sem apresentar estudos concretos sobre o assunto, que as máscaras podiam até fazer mal. Mas os principais órgãos de saúde recomendam a utilização desse produto como forma de prevenção. Já na sexta-feira, o presidente ameaçou governadores que estabelecem medidas de restrição a pagaram o auxílio emergencial, responsabilidade do governo federal.

Fonte: UOL

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Ex-ministros da Saúde recomendam lockdown para evitar colapso do país diante da nova escalada da Covid-19

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José Serra (1998-2002), José Gomes Temporão (2007-2011), Alexandre Padilha (2011-2014) e Luiz Henrique Mandetta (2019-2020) comandaram o Ministério da Saúde e, à frente do cargo, conheceram os principais desafios do SUS e os esforços para criar campanhas de alcance nacional, como a vacinação. Agora, porém, veem o país caminhar a passos largos para um colapso diante da disseminação do coronavírus, que já provocou mais de 250 mil mortes desde sua chegada ao Brasil, em março do ano passado.

Serra, Temporão, Padilha e Mandetta, ministros de quatro governos distintos, defendem medidas em comum, como a necessidade de divulgar medidas de distanciamento social e fechar estabelecimentos comerciais, ao menos nas próximas semanas, para evitar um aumento descontrolado no número de internações e óbitos.

Da mesma forma, condenam o presidente Jair Bolsonaro, que ainda menospreza os efeitos da pandemia e parece mais preocupado em alardear factoides, e o atual ocupante do ministério, Eduardo Pazuello, por não contestar os desmandos do Palácio do Planalto e falhar na logística da campanha da vacinação.

O agravamento da pandemia está levando os sistemas hospitalares de diversos estados ao colapso, assim como o SUS. O que é preciso fazer para evitar a paralisação da saúde no país?

José Serra: O Ministério da Saúde deveria estar muito mais ativo, com campanhas de conscientização, alertando a população 24 horas por dia a respeito do momento crítico e de altíssimo risco para todos. Os brasileiros sempre responderam ao chamado do Estado com responsabilidade, como na época do apagão ou da crise hídrica. Mas o Ministério parece distante e perdido. Por isso mesmo não vejo outro caminho diferente de um lockdown total de 14 dias, ao menos, para que se avalie, a partir daí, os resultados.

José Gomes Temporão: As pessoas não estão se protegendo, o distanciamento caiu drasticamente, novas cepas surgiram, as pessoas não usam máscara e se aglomeram, autoridades se omitem. A capacidade de atendimento é limitada, e se o profissional não é experiente a taxa de letalidade aumenta. Então tem que ir na raiz do problema, a circulação do vírus. Como resolve? Fechando tudo, por três semanas. Restringir horários não adianta. Todas as medidas têm que ser cumpridas: lockdown, máscara, higiene das mãos e vacinação, ampliar drasticamente o ritmo.

Alexandre Padilha: O mais importante é acelerar a vacinação, não faz sentido o Brasil estar com esse número de mortes e o sistema de saúde privado e público colapsado e o governo federal não estar acelerando as vacinas. Em segundo lugar, o ministério precisa coordenar as restrições, adaptando às realidades regionais. Não dá para adotar uma decisão única de fechamento num país heterogêneo assim. Mas, em algumas regiões, ou se faz lockdown ou será insustentável o colapso do sistema de saúde em duas semanas. E as decisões têm que ser regionais.

Luiz Henrique Mandetta: Primeiro é preciso colocar o SUS no centro da solução, ter liderança em saúde, senão vai continuar essa terra de ninguém. O segundo passo é estabelecer a velocidade de contaminação da nova cepa e simular para ver se as capitais aguentam. Se não aguentar, tem que criar mais leito, mais equipe, mais oxigênio. E vai ter que ter mais afastamento. Em alguns lugares vai ter que botar lockdown absoluto mesmo.

O ministro Pazuello (Saúde) reconheceu a piora da situação. Não caberia ao ministério organizar uma campanha nacional de conscientização, para que os cidadãos evitem circular e, com isso, reduzir as chances de contraírem a Covid?

Serra: Se ele fosse um ministro com autonomia e tivesse liberdade para tomar as decisões necessárias e urgentes, sim. Até o momento, infelizmente, ele tem seguido o roteiro do presidente, que, já sabemos, não é o aceitável para o combate à pandemia.

Temporão: Tudo teria que vir acompanhado de uma campanha de comunicação, porque as pessoas estão perdidas. A conduta do presidente é permanente, ele tem um projeto, não se trata de omissão, ele está executando um enfrentamento da doença que levou a 250 mil mortes, e o ministro participa por omissão. As próximas semanas serão terríveis. Vai ter que vacinar todo mundo, chegar a 80% da população brasileira. São necessárias 352 milhões de doses de vacina. O cenário é o pior possível, não vamos dispor disso em prazo curto.

Padilha: Tem que constituir um gabinete de crise com técnicos para estabelecer um conjunto de ações, como destravar o problema da testagem e fazer uma campanha de comunicação. É preciso envolver as equipes de saúde da família, que têm sido desprezadas pelo governo.

Mandetta: Tinha que fazer uma campanha transparente: temos uma ameaça nova, não aglomere, use máscara, o sistema de saúde não aguenta. Tinha que ter uma fala do presidente, do ministro. Propaganda nacional, com mea culpa.

Especialistas defendem que os governos estaduais criem uma comissão para encontrar soluções para o problema. É um caminho viável?

Serra: É viável e ajudaria. Mas de nada adiantará se continuarmos tentando equilibrar saúde e economia. É prioridade absoluta para a saúde.

Padilha: Defendo um comitê nacional de crise, que pode ser convocado pelo Congresso, com secretarias municipais, estaduais, o governo federal. É preciso ter uniformidade nas decisões, mas reconhecidas as diferenças regionais. É necessária participação do Judiciário, porque vão chegar ações contra o lockdown. Tem que haver mobilização nacional pela vida.

Temporão: Politicamente é pouco provável que a ideia prospere. O que realmente funcionaria seria o afastamento do presidente e a instituição de um governo de salvação nacional.

Mandetta: Para se defender da morte pode surgir um comando informal paralelo, mas que não vai ter os instrumentos que o governo legítimo tem. É perigoso ter um duplo comando nacional, e seria extremamente complexo. No final de tudo isso tem o povo, que se pergunta: escuto quem? Teremos 60, 90 dias extremamente duros, uma megaepidemia de Norte a Sul.

Existe alternativa de curto prazo para acelerar a vacinação?

Serra: Sim. Precisaríamos de mudança radical na posição do governo federal, que deve buscar comprar vacinas sem criar entraves burocráticos! Só a vacina nos tirará desse caos. Já são mais de 250 mil brasileiros mortos. O governo não pode continuar indiferente.

Padilha: Há três alternativas: aquisição imediata de vacinas da Pfizer e Janssen; autorização emergencial para incorporação da Sputnik 5; e fazer uma solicitação emergencial para ampliar sua cota de vacinas da Covax junto à OMS, passando de 10% a 30% da população.

Temporão: A Anvisa tem que ser respeitada, mas a decisão do Supremo de que governos e municípios possam adquirir vacinas, se for feita de forma articulada, poderia funcionar.

Mandetta: Estamos vacinando aos soluços porque a estratégia foi errada. Só em agosto vamos ter boa quantidade de vacina. Até lá, é liderar, explicar, dar segurança. Temos 340 mil agentes de saúde, tem que trazer esse povo pro seu lado. Tem que verificar geladeira, capacitar pessoal, trazer quem tem visibilidade nacional, abrir igrejas para vacinar, todo mundo tem que participar. O vírus está de Ferrari, e nós de carroça. Em junho teremos um Fusca.

Fonte: Época Negócios

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Vacina brasileira contra Covid-19 termina estudos pré-clínicos e depende de mais recursos

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Uma vacina contra a Covid-19 produzida pelo Centro de Tecnologia em Vacinas (CT-Vacinas), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), deve começar a ser aplicada em voluntários humanos em março e depende da continuidade de recursos para o desenvolvimento dos testes. As informações são do portal UOL.

Com a primeira etapa da pesquisa concluída, o teste em humanos ocorre em três fases, durante 12 a 14 meses. Segundo a coordenadora do CT-Vacinas, Ana Paula Fernandes, as duas primeiras etapas – nas quais o imunizante será avaliado em um grupo de 40 pessoas – têm custo de R$ 30 milhões. Nessas etapas, também é necessário que os laboratórios da Fundação Ezequiel Dias (Funed) sejam otimizados para a produção da vacina em escala industrial.

Na terceira fase de testes, 20 mil voluntários receberão a vacina, possibilitando a análise da resposta imune contra o coronavírus. Conforme Fernandes, o investimento para a fase 3 deve superar R$ 100 milhões. Dessa forma, é necessário pelo menos R$ 130 milhões para que os testes sejam realizados. A cientista afirma que o montante é menor que aqueles feitos para a transferência das tecnologias de imunizantes produzidos no exterior.

Ana Paula ressalta que, como o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) é completamente produzido no Brasil, a vacina deve ser muito importante para o País. “Esse processo vai ser um marco histórico, que será replicado a outros processos, para que o Brasil tenha independência nessa área estratégica, que é a vacinação da população”, afirmou a coordenadora.

Imunizante brasileiro

O imunizante da UFMG usa vetores virais capazes de codificar proteínas do coronavírus, estimulando a produção de resposta imune sem causar a doença. A tecnologia é semelhante à da vacina de Oxford. O desenvolvimento teve início em fevereiro de 2020, logo com o início da pandemia do país. Já foram investidos R$ 5 milhões no estudo, recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Trinta profissionais da UFMG estão envolvidos na pesquisa, que também tem apoio de pesquisadores da Fundeb, da Friocruz e da Universidade de São Paulo (USP).

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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A cada 100 testes de Covid-19 realizados em farmácias do Ceará, 25 deram positivo em fevereiro

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Entre os dias 1º e 21 de fevereiro deste ano, 25 a cada 100 testes rápidos para detectar o novo coronavírus em farmácias do Ceará tiveram o resultado positivo. Ao todo, 12.558 das 52.943 análises apontaram a presença de anticorpos da doença, de acordo com dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).

Os exames foram coletados em 182 estabelecimentos. Desde junho de 2020 até o último dia 21, foram 192.041 testagens em farmácias do Ceará. Desse total, 39.993 confirmaram a infecção pelo novo coronavírus.

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Os testes, nestes estabelecimentos, foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 28 de abril de 2020. Até então, poderiam ser realizados somente em hospitais e clínicas. No mesmo mês, começaram a ser comercializados na Capital, com custo inicial de R$ 190 a R$ 273.

Atualmente, os valores do procedimento variam de R$ 79,90 a R$ 149,90, a depender do exame escolhido. Há, porém, relatos de consumidores que pagaram até R$ 180.

Notificações

Essa semana, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) emitiu nota técnica às farmácias e drogarias para a notificação dos resultados positivos em até 24 horas. Os dados já eram contabilizados, mas o objetivo é orientar as empresas sobre novas metodologias de testes e reforçar a necessidade das informações diante da segunda onda de Covid-19.

De acordo com a Abrafarma, todos os resultados (sintomáticos e assintomáticos) são repassados ao sistema do Ministério da Saúde (e-SUS) diariamente, logo após realizado o exame.

Quais as categorias de testes e quando fazer

Segundo a Abrafarma, o teste rápido utilizado como padrão é o imunocromatográfico para a detecção qualitativa de presença de anticorpos. Neste caso, identifica-se o IgM (que aponta se houve contato recente do organismo com o vírus) e o IgG (contato anterior com o vírus, ou seja, quando já se desenvolveu anticorpos de memória).

Para o IGM, o recomendado é ser realizado a partir do sétimo dia de sintomas. Já o IgG deve ser feito a partir de 11 dias de sinais da doença. Em algumas farmácias, também há o exame de antígeno para detecção do antígeno SARS-CoV-2 (Covid-19) na nasofaringe humana. Nesse modelo, é utilizado um tipo de cotonete que o profissional farmacêutico utiliza para colher amostra nasal do paciente. A indicação é realizá-lo entre o 3º e 7º dias de sintomas.

Segurança ao realizar o exame

O Diário do Nordeste questionou à Abrafarma como é assegurada a proteção de pacientes que vão realizar os testes para não ocorrer contato com os demais durante o exame. A entidade afirmou que as empresas utilizam um sistema de agendamento para garantir uma janela segura entre um cliente e outro

‘O paciente deve seguir todo o protocolo de proteção. Do mesmo modo, a farmácia utiliza um protocolo próprio de segurança para o profissional farmacêutico que realiza o teste, bem como para o paciente, incluindo limpeza constante do local, descarte correto dos insumos e outros. O protocolo, desenvolvido pela Abrafarma, segue diretivas do Ministério da Saúde e da Anvisa‘, informou.

Onde fazer

O Diário do Nordeste consultou três redes de farmácias que realizam os exames. Todos, segundo as empresas, devem ser realizados mediante agendamento em razão do protocolo de segurança.

Rede Drograsil

Tipos de testes realizados: exame de antígeno custa R$120,00 e o resultado pode ser acessado em 15 minutos. O segundo teste é o de sorologia e custa R$ 79,90 e o resultado fica pronto em cerca de 20 minutos.

Tempo para o resultado: O de antígeno pode ser acessado em 15 minutos e o de sorologia em cerca de 20 minutos

Atendimento domiciliar: não dispõe

Onde fazer: A lista completa com os endereços pode ser conferida no link: www.drogasil.com.br/agendamento/covid19

Rede Pague Menos

Tipos e valores: O teste rápido de anticorpos é realizado a partir de R$ 79,90; e o teste de antígeno SWAB, a partir de R$ 99,90. O teste por escarro salivar é feito por R$ 129,00. Enquanto o teste PCR-Lamp da meuDNA sai por R$ 179,00 em Fortaleza. O combo de testes rápidos anticorpo + SWAB custa R$ 149,90.

Tempo para o resultado: os testes rápidos têm seus resultados prontos entre cinco minutos e meia hora. Já o PCR-Lamp, após a coleta, tem a amostra enviada para o laboratório, e o paciente recebe seus resultados de maneira online em até 48 horas.

Agendamento: o consumidor pode ligar diretamente para a unidade da Pague Menos que optar para fazer o exame. A relação com o número de telefone das lojas está disponível no site www.paguemenos.com.br.

Opção de teste familiar: sim. A taxa é de R$ 39, somada ao valor do teste escolhido.

Rede Extrafarma

Tipos e valores: teste Rápido Antígeno de Covid-19 por R$ 99,00 e teste de anticorpos (IgG e IgM) de Covid-19 por R$ 79,00

Tempo para o resultado: teste Rápido Antígeno de Covid-19: resultado em até 15 minutos / Teste de anticorpos (IgG e IgM) o resultado sai em 10 minutos.

Opção de teste familiar: não dispõe

Agendamento nos telefones e endereços:

Fortaleza

Aldeota

Avenida Desembargador Moreira, 17

Telefone: (85) 99112-789241

Rua Visconde de Mauá, 1205

Telefone: (85) 99230-6843

Avenida Santos Dumont, 3181

Telefone: (85) 99139-5993

Benfica

Avenida 13 de Maio, 2022

Telefone: (85) 99187-6031

Cambeba

Avenida Viena Weyne, 255

Telefone: (85) 99185-7269

Fátima

Avenida Treze de Maio, 927

Telefone: (85) 99179-7913

Maraponga

Avenida Godofredo Maciel, 2435

Telefone: (85) 99144-8683

Meireles

Avenida Barão de Studart, 600

Telefone: (85) 99148-3630

Avenida Virgílio Tavora, 840

Telefone: (85) 99156-5007

Russas

Avenida Dom Lino, 1038 – Centro

Telefone: (88) 99212-0975

Juazeiro do Norte

Avenida Ailton Gomes, 1573 – Pirajá

Telefone: (88) 99222-1800

Crato

Rua Dr. João Pessoa, 266 – Centro

Telefone: (88) 99366-7231

Fonte: Diário do Nordeste Online

Fiocruz aguarda insumo para 12 milhões de doses

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Uma carga com Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) suficiente para fabricar 12,2 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 é aguardada para este sábado (27) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A remessa foi embarcada nesta sexta-feira (26) em Xangai, na China, e tem chegada prevista para as 17h50 no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. As informações foram divulgadas pela Fiocruz. (leia mais abaixo)

Segundo a fundação, a nova remessa, da vacina Oxford-AstraZeneca, complementa a quantidade de insumos necessários para a produção das 15 milhões de doses da vacina previstas para o mês de março. O primeiro lote de IFA chegou à Fiocruz no último dia 6, suficiente para 2,8 milhões de doses, que já estão sendo processadas. (leia mais abaixo)

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‘As vacinas serão entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) após o deferimento do registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cuja análise tem seguido de forma paralela à produção. Até junho, a fundação vai receber lotes de IFA para totalizar a produção de 100,4 milhões de doses da vacina‘, informou a Fiocruz.

Após a chegada do IFA na Fiocruz, amostras serão enviadas para o controle de qualidade. Em seguida, serão realizados o descongelamento e o processamento final, que oacorre em quatro etapas: formulação, envase e recravação, inspeção e rotulagem e embalagem. Na formulação, o IFA é descongelado e diluído para receber estabilizadores, que garantem a integridade e preservação do princípio ativo.

Durante o processamento da vacina, são retiradas amostras de todos os lotes, que são encaminhadas para um rígido controle de qualidade interno a fim de garantir sua segurança e eficácia. Após o resultado, as vacinas são liberadas para entrega a todos os estados brasileiros.

Fonte:  

MP pede suspensão de compra da Covaxin

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O Ministério Público do Tribunal de Contas da União pediu que o Tribunal de Contas da União (TCU) suspenda, por meio de medida cautelar, a aquisição pelo governo federal de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, produzida pela farmacêutica indiana Bharat Biotech. Isso porque o imunizante ainda não passou pela fase 3 dos testes necessários para ter o seu uso emergencial aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitrária (Anvisa).

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A compra foi anunciada na última quinta-feira pelo Ministério da Saúde, que desembolsou R$ 1,6 bilhão pelas doses. Segundo a pasta, “as primeiras 8 milhões de doses do imunizante devem começar a chegar no mês de março, em dois lotes de 4 milhões a serem entregues entre 20 e 30 dias após a assinatura do contrato”. A nota divulgada informando a compra da Covaxin acrescenta que “em abril, o governo federal espera receber outras 8 milhões de doses de imunizantes importados da Índia, no prazo de 45 e 60 dias após oficialização da compra. Em maio, é esperado o último lote de doses, com 4 milhões de unidades”.

Mas, segundo a representação apresentada pelo subprocurador Lucas Rocha Furtado, “a aquisição de vacinas não testadas atrasa ainda mais a vacinação dos brasileiros e coloca em risco da vida de milhões, no momento em que enfrentamos a pior fase da doença, com o recorde de mortes diárias atingido recentemente”. E prossegue: “a situação se mostra mais alarmante quando o governo federal critica a aquisição de vacinas já aprovadas para uso no Brasil e que já passaram por todas as fases de testes e agora opta pela aquisição de vacina sem eficácia comprovada, mesmo com opções comprovadamente eficazes disponíveis no mercado”.

Mais 12 milhões

Se, por um lado, a Covaxin virou tema de polêmica, por outro o Brasil recebe, hoje, o segundo lote de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da Covishield, desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca. A remessa será suficiente para produzir mais 12 milhões de doses do imunizante. A finalização dos medicamentos está a cargo do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O processo de finalização nacional da vacina, a partir da importação do IFA, começou este mês, com a chegada do primeiro lote da matéria-prima para produção de 2,8 milhões de doses. No entanto, estes imunizantes ainda passam por análise e revisão interna e por parte dos órgãos reguladores. Por enquanto a Fiocruz só distribuiu os fármacos importados da Índia ao governo federal, totalizando 4 milhões de unidades incorporadas ao Programa Nacional de Imunização. (Com BL e MEC)

Fonte: Correio Braziliense

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/18/basf-cria-plataforma-para-pequenas-farmaceuticas/