Ribeirão quer comprar 30 mil doses da Coronavac e incluir profissionais da Educação na imunização

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O prefeito Clovis Volpi (PL), de Ribeirão Pires, enviou ao Instituto Butantã um ofício solicitando a compra de 30.000 doses da vacina CoronaVac, fabricada pela farmacêutica Sinovac, em parceria com o Instituto Butantã.

Veja também: Covid-19: Vacinação pode priorizar 1ª dose no maior número de pessoas, diz Pazuello

O objetivo do prefeito é aumentar a capacidade de imunização do Município, inclusive acrescentando ao grupo prioritário da vacina profissionais da educação.

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“A população de Ribeirão Pires terá uma imunização estratégica e solicitamos doses adicionais ao Butantã para que os profissionais da educação sejam vacinados e assim possamos retornar as aulas com total segurança”, declarou Volpi.

A cidade de Ribeirão Pires está inserida no Plano Estadual de imunização do Estado de São Paulo, com previsão para início das aplicações dia 25 de janeiro.

Fonte: Clique ABC

Mortes sobem 49% e covid tem maior avanço desde agosto em SP

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A pandemia do novo coronavírus acelerou na última semana no estado de São Paulo provocando aumentos nos números de casos, mortes e internações, elevando os índices para patamares que não se viam desde agosto.

A média diária de óbitos registrou crescimento de 49% e passou de 143 para 213. Já o número de casos avançou 63%, de 6,3 mil para 10,3 mil ocorrências, enquanto que as hospitalizações cresceram 15%, de 1.364 para 1.565.

Os números divulgados ontem pela secretaria da Saúde comparam a última semana epidemiológica do ano passado, a de número 53 (entre 27 de dezembro e 2 de janeiro), com a primeira deste ano (entre 3 e 9 de janeiro). Os dados já captam, portanto, parte do impacto das aglomerações que ocorreram no período de festas na evolução da pandemia.

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Hoje, 65% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para covid-19 estão ocupados. Em dezembro, a média foi de 40%.

Coordenador-executivo do centro de contingência, João Gabbardo classificou os dados como “impactantes”.

“Esse crescimento nos alerta para uma situação que está ficando mais grave. Mesmo na fase 3-amarela, a partir das 22h, as pessoas devem ficar em casa. Isso é fundamental para que tenhamos a redução do risco de aglomerações, principalmente nos eventos noturnos, que são os mais importantes para o aumento dos casos.”

Secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn disse que os números reforçam a necessidade de o país ter mais de uma vacina disponível. “Não podemos postergar mais.”

Índice geral sairá nesta terça

O governo de São Paulo promete divulgar nesta terça-feira o índice geral de eficácia da CoronaVac – imunizante chinês desenvolvido em parceria com o Instituto Butantan. Na semana passada, as autoridades anunciaram que a taxa de proteção era de 78% para os casos leves e de até 100% para os casos graves, mas não deram o índice geral – que deve estar acima de 50% para uma vacina ser aprovada. O estado disse ontem que já encaminhou toda a documentação à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a liberação do uso emergencial.

Fonte: Jornal Metro News

Covid-19: Vacinação pode priorizar 1ª dose no maior número de pessoas, diz Pazuello

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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse ontem (11) que o programa de vacinação contra a covid-19 a ser implementado pelo governo pode priorizar a aplicação da primeira dose no maior número possível de pessoas, antes que se inicie a aplicação de uma segunda dose.

Segundo o ministro, a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca, cuja produção será feita pela Fiocruz no Brasil, possui eficácia de 71% com a aplicação da primeira dose. “Com duas doses você vai a 90%”, disse Pazuello.

“Talvez o foco seja não na imunidade completa, mas na redução da contaminação”, afirmou o ministro, explicando que com uma primeira dose a ideia é de que a pandemia vá “diminuir muito”. Após essa redução nas contaminações é que se começaria a aplicação de uma segunda dose.

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As declarações foram dadas em Manaus, onde o ministro se reuniu com o governador do Amazonas, Wilson Lima, para discutir medidas de enfrentamento à pandemia diante do avanço da doença no Amazonas. Na média dos últimos 14 dias, houve alta de 72% nas contaminações e 80% nas mortes, segundo os dados do governo estadual.

Em todo o Amazonas, tanto a rede pública como a privada encontram-se com mais de 90% dos leitos ocupados, sejam normais ou de UTI.

Início da vacinação

Em sua fala durante o encontro com o governador do Amazonas, Pazuello voltou a afirmar que a vacinação terá início simultâneo em todas as unidades da federação, “no dia D e na hora H”. O ministro não deu data específica, mas disse que os brasileiros estarão sendo vacinados “três a quatro dias” após a aprovação do uso emergencial de qualquer vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ele convocou prefeitos a deixarem salas de imunização e depósitos refrigerados prontos para serem acionados logo após a aprovação de um imunizante. Pazuello acrescentou ainda que cada estado precisa ter um plano de imunização próprio preparado, devido às peculiaridades logísticas locais.

Assim como tinha feito na semana passada, o ministro apresentou três possíveis cronogramas. Em um panorama mais curto, a vacinação poderá começar até 20 de janeiro, segundo ele, caso haja liberação rápida da Anvisa. Nessa hipótese, já há 6 milhões de doses da CoronaVac, da empresa chinesa Sinovac, disponíveis para uso, que foram importadas pelo Instituto Butantan, de São Paulo.

Nesse caso, segundo ele, uma dificuldade é que a CoronaVac não possui autorização para uso emergencial nem mesmo na China, o que pode resultar em demora maior para a aprovação pela Anvisa. Ele afirmou que o ministério “tem todo interesse” na aprovação do imunizante.

Outras 2 milhões de doses da vacina da Astrazeneca/Oxford já foram compradas na Índia, onde já tiveram uso autorizado, disse o ministro. A chegada deve ocorrer dentro de dez dias, a depender de liberação pelo governo indiano.

Fonte: A Tribuna

Normalidade é miragem, dizem especialistas

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Apesar de, na última semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter começado a analizar duas vacinas para serem utilizadas em uso emergencial –– a CoronaVac, do Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac, e a da Fiocruz, em parceria com a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca ––, se os brasileiros pensam que voltarão à normalidade dos tempos pré-pandemia, devem se preparar para a decepção. Especialistas ouvidos pelo Correio são unânimes em afirmar que a sociedade ainda está longe disso.

De acordo com Eliana Bicudo, infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a vacinação é importantíssima, mas os cuidados devem continuar. “Se a gente imunizar um número grande de pessoas, o vírus tende a circular menos. Mais pessoas vão ter anticorpos e menos pessoas vão adoecer”, observou.

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O problema, segundo ela, é que ainda não se sabe quanto tempo de imunidade as vacinas garantirão. “Por exemplo, a vacina contra influenza perde eficácia entre oito e dez meses. Mas o que a gente sabe, hoje, é que a vacina realmente produz anticorpos importantes. Isso vai ter impacto para o segundo semestre, porque será capaz de diminuir a circulação de pessoa para pessoa”, afirmou, referindo-se à covid-19.

Para José David Urbaez, infectologista e diretor científico da SBI, a vacinação é uma estratégia que, para funcionar, exige imunização de boa parte da população e a consciência de cada um sobre cumprir as medidas de contenção do avanço do vírus durante esse período.

“O que sabemos é que em torno de 65 milhões a 70 milhões de doses estarão disponíveis ao longo de 2021, o que dá em torno de 30 milhões a 35 milhões de vacinados. Isso representa menos de 15% da população. Para garantir a eficácia, temos que vacinar 70% a 80%. É muito importante que as pessoas entendam que quando falamos de vacina, estamos falando de uma estratégia coletiva”, explicou.

Urbaez acredita, ainda, que a sociedade não deveria se perguntar sobre a volta à normalidade, mas reconhece que a angústia leva todos ao questionamento. “O que se conhece da história das pandemias é que elas colocam a humanidade inteira em novos padrões de comportamento. Eu não sei se, em algum momento, voltaremos a ser uma sociedade igual a antes da pandemia. Sem dúvida alguma, durante o ano de 2021, precisaremos manter as medidas de proteção e diminuir nossa mobilidade. Isso é muito importante, embora até hoje não tenham entendido isso muito por conta do negacionismo predominante no poder central”, criticou.

Fonte: Correio Braziliense

Vacinar para crescer

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Vacinação é dado essencial para qualquer previsão econômica, nacional ou global, neste momento, e só o presidente Jair Bolsonaro e seus ajudantes de ordens parecem desconhecer esse fato. “A vacinação vai começar no dia D e na hora H”, disse na segunda-feira o ministro da Saúde, intendente Eduardo Pazuello, recusando-se mais uma vez a falar seriamente sobre datas e critérios de um suposto plano federal de imunização contra a covid-19. Seu chefe continua a representar dois papéis. Um dia depois de assinar medida provisória para flexibilizar normas de aquisição de vacinas e insumos, o presidente reapareceu com sua face mais natural. “Vacina, sendo emergencial, não tem segurança ainda. Ninguém pode obrigar ninguém a tomar algo que (sic) você não tem certeza das consequências.” Esse mesmo presidente havia sido, como seu líder Donald Trump, um entusiasmado propagandista da cloroquina.

Dirigentes e economistas de instituições multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), analistas do mercado financeiro e técnicos de grandes consultorias condicionam suas projeções para 2021 – e para os três ou quatro anos seguintes – à evolução das condições sanitárias. A maior ameaça à recuperação econômica, por enquanto, é o surgimento de novas ondas de contaminação pelo coronavírus, já observado nos Estados Unidos e em vários países da Europa Ocidental. Em contrapartida, a esperança de uma retomada veloz e firme é relacionada a avanços médicos, especialmente ao rápido progresso da vacinação.

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“Progressos com vacinas e tratamentos, além de mudanças para reduzir a transmissão, nos locais de trabalho e no comportamento dos consumidores, poderão permitir um retorno aos níveis pré-pandêmicos mais veloz do que se havia projetado, sem deflagrar novas ondas de infecção”, de acordo com o FMI. “Pela primeira vez desde o início da pandemia, há esperança de um futuro mais brilhante”, segundo comentário divulgado pela Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE). As avaliações do FMI e da OCDE surgiram, em dezembro, depois de notícias sobre avanços na elaboração de vacinas.

Esperanças e temores em relação à economia continuam vinculados, neste começo de ano, à luta contra a covid-19. Os Barômetros Globais divulgados no Brasil pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) são exemplos de como as projeções dependem das expectativas sobre a doença. Esses barômetros, baseados em tendências pesquisadas em cerca de 50 países, incluem avaliações da economia atual e expectativas em relação aos seis meses seguintes.

Em janeiro o Barômetro Coincidente subiu de 93,9 pontos para 95, revertendo a queda registrada em dezembro e indicando pequena melhora na avaliação das condições presentes. Denotando maior otimismo, o Barômetro Antecedente variou 6,1 pontos e atingiu 11,6. Esse otimismo, segundo análise da FGV, pode ser reflexo do início da vacinação em vários países.

No caso do Barômetro Antecedente, no entanto, a região do hemisfério ocidental seguiu caminho oposto ao das demais, apresentando a única variação negativa. Essa trajetória é explicável, de acordo com o relatório, pela “morosidade da vacinação em alguns países” e pelo “cenário crítico da pandemia no Brasil e nos Estados Unidos”.

A importância econômica da pandemia – e da vacinação – também tem sido ressaltada nas projeções elaboradas no Brasil. Um claro exemplo é o documento do Banco Safra sobre as perspectivas de 2021. “O início da vacinação contra o vírus da covid-19” – assim começa o documento – “deu confiança ao consumidor e tem-se refletido na apreciação da maioria dos ativos globais, incluindo os brasileiros.”

No caso do Brasil, pressupõe-se ampla vacinação a partir de janeiro, uma das condições para um crescimento estimado em 4,2% (para a economia global a projeção é de 5,2%). Além de aparecer em várias passagens do relatório, a vacinação é tema de um box de três páginas, um décimo da extensão do documento. Com tanta coisa escrita, é difícil dizer se chegará a ser lido pelo presidente da República.

Fonte: MSN

Ministro sobre estratégia de adiar segunda dose da vacina contra a Covid-19: ‘Foco na redução da contaminação’

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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta segunda-feira (11) que o governo federal pretende priorizar a primeira dose da vacina contra a Covid-19 para atingir um maior número de pessoas. Somente depois dessa fase seria iniciada a segunda aplicação no país. Ele afirmou também que os estados receberão os lotes de imunizantes até quatro dias depois de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar o uso emergencial de alguma fórmula — por enquanto, apenas a Fiocruz e o Instituto Butantan fizeram esta solicitação.

Veja também: Uberaba muda a forma de divulgação do boletim epidemiológico da COVID-19

Durante a apresentação, em Manaus, de um plano para o combate à pandemia no Amazonas, que enfrenta uma segunda onda da doença, Pazuello afirmou que a hipótese de retardar a segunda dose se refere ao uso da fórmula desenvolvida pela AstraZeneca com a Universidade de Oxford, que no Brasil tem a parceria da Fiocruz. O ministro disse que a primeira dose desta vacina tem eficácia de 71%. Com as duas aplicações, o índice iria “para cerca de 90%”.

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— É uma estratégia que a SVS (Secretaria de Vigilância em Saúde) vai fazer para reduzir a pandemia. Talvez o foco não seja na imunidade completa, mas na redução da contaminação, e aí a pandemia diminui muito — afirmou Pazuello.

A Fiocruz afirmou ao site G1 que “a AstraZeneca recomenda um regime de vacinação com duas doses, considerando um intervalo de 4 a 12 semanas. No entanto, o regime de doses a ser adotado no país é uma definição do Ministério da Saúde”. Pazuello não mencionou qual seria o intervalo entre as doses.

Segundo dados divulgados por especialistas britânicos, 70% das pessoas vacinadas com a primeira dose da vacina de AstraZeneca/Oxford ficam protegidas após 21 dias. Quando a segunda dose é aplicada, 12 semanas depois da primeira, esse índice sobe para 80%.

Pazuello voltou a dizer que só a produção doméstica de vacinas possibilitará a imunização em massa da população. De acordo com ele, a análise de uso emergencial em andamento na Anvisa, após pedidos feitos na última sexta-feira (8), corresponde a 6 milhões de doses da CoronaVac importadas pelo Butantan da China e a 2 milhões de doses da vacina de Oxford que serão trazidas da Índia para a Fiocruz.

Fonte: Yahoo Brasil

OMS: sem imunidade de rebanho em 2021

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Apesar dos avanços das campanhas de vacinação contra a covid-19, uma proteção expressiva contra o novo coronavírus ainda está longe. A Organização Mundial da Saúde (OMS) não espera que cheguemos à chamada imunidade de rebanho nos próximos 12 meses. “Não vamos atingir nenhum nível de imunidade populacional ou imunidade coletiva em 2021”, disse, ontem, Soumya Swaminathan, cientista-chefe da OMS.

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Em seguida, ela insistiu na necessidade de manter as medidas de higiene e de distanciamento social, bem como o uso de máscara “pelo menos até o fim do ano”. Segundo Swaminathan,“as vacinas chegarão a todos os países”, mas esse é um processo que não será imediato. “Fizemos um progresso incrível. Há um ano, ninguém acreditava que teríamos mais de uma vacina sendo produzida. É uma comprovação sobre a eficiência dos cientistas do mundo, que trabalharam juntos. Mas produzir bilhões de doses demora. Precisamos ser pacientes. Não vamos conseguir proteger as pessoas do planeta inteiro de uma vez”, justificou.

Na semana passada, Bruce Aylward, consultor sênior da agência, já havia alertado que os resultados das imunizações não serão sentidos agora. “A vacina salvará vidas de pessoas mais vulneráveis, mas vai demorar ao menos seis meses para diminuir a transmissão”, previu. No mesmo dia, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse estar preocupado com o risco de “as pessoas se tornarem complacentes quando as vacinas começarem a ser distribuídas” de forma mais generalizada e passarem a desrespeitar as recomendações protetivas.

Na China

Também ontem, a OMS enfatizou que a missão que vai investigar as origens da pandemia na China não tem a intenção de buscar culpados. “Trata-se de encontrar respostas científicas para a interação entre o homem e o animal. É uma necessidade absoluta. O que procuramos são respostas, não culpados ou acusados”, afirmou Michael Ryan, diretor de Questões Emergenciais de saúde da agência.

Pequim divulgou que os integrantes da equipe devem chegar ao país nesta quinta-feira, uma semana após o adiamento da viagem. O grupo é formado por 10 especialistas de diferentes países — Dinamarca, Reino Unido, Holanda, Austrália, Rússia, Vietnã, Alemanha, Estados Unidos, Catar e Japão. A visita é um tema muito sensível ao regime chinês, preocupado em não ser considerado responsável pela crise sanitária.

Fonte: Correio Braziliense

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Vacina brasileira contra Covid-19 só deve concluir testes a partir de 2022

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Uma vacina contra a Covid-19 desenvolvida no Brasil só deve chegar à última fase de testes em 2022.

Os projetos da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que é vinculada ao Ministério da Saúde, acabam de começar os testes em hamsters e ainda partirão para provas em primatas não humanos.

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O Instituto Butantan, vinculado ao governo de São Paulo, tem projetos em fase pré-clínica e outros em etapas anteriores.

Para cientistas brasileiros, a falta de investimento e de empenho do governo em promover um imunizante 100% nacional prejudica o combate à pandemia no país, mesmo após o início da imunização com vacinas de origem estrangeira, como está previsto para ocorrer com a chinesa Coronavac e a vacina inglesa da Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca.

Segundo relatório do Ministério da Saúde, atualizado em 30 de novembro de 2020, há 16 projetos de pesquisa para o desenvolvimento de uma vacina em andamento no país –todos em fase pré-clínica, quando testes são realizados em células ou animais. É o relatório mais recente da pasta sobre o tema.

Na lista de vacinas em desenvolvimento da OMS (Organização Mundial da Saúde), porém, apenas três projetos brasileiros foram registrados até a sexta-feira (8).

Segundo a pasta, oito iniciativas nacionais recebem apoio financeiro do Ministério da Saúde, do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

Desde 22 de dezembro, o MCTI propõe ao Ministério da Economia uma MP (medida provisória) para liberar R$ 390 milhões em caráter emergencial para financiar até três projetos na fase 1 dos ensaios clínicos e pelo menos um projeto na fase 3, a última antes da liberação da vacina.

Até a noite de sexta (8), 17 dias depois, não havia uma resposta da pasta de Paulo Guedes ao ofício do MCTI.

Técnicos do MCTI registraram nos documentos que embasam o pedido os riscos existentes para o país caso não seja liberado o dinheiro e o Brasil fique sem vacina própria. O principal deles é a evolução do vírus, que pode caminhar para mutações com características próprias na região.

“Seria imprevisível se fôssemos acometidos por mutações no vírus Sars-CoV-2 que levassem o vírus a se tornar resistente às vacinas existentes. Certamente, o domínio de uma tecnologia nacional mitigaria essa imprevisibilidade”, afirma um documento usado para embasar a liberação extra de R$ 390 milhões.

O mesmo documento diz que, “caso a linhagem resistente seja endêmica no Brasil, teríamos muita dificuldade em adaptar vacinas existentes sem o domínio da tecnologia em território nacional”.

A nota técnica é do mesmo dia do pedido de edição da MP. O MCTI não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre ter pedido os recursos somente no fim de 2020.

A reportagem procurou todas as instituições responsáveis por pesquisas com uma vacina brasileira, para saber o estágio dos estudos e a dependência da liberação de recursos públicos. A maioria planeja testes em humanos somente em 2022 –em boa parte dos institutos, falta dinheiro para essa fase, a mais cara do processo.

A USP está envolvida em sete projetos de pesquisa para criação de um imunizante. O Instituto Butantan e a Fiocruz, por meio de Bio-Manguinhos no Rio de Janeiro e da Fiocruz Minas, aparecem na sequência, com três iniciativas em cada instituição.

Os métodos das vacinas em desenvolvimento variam, e vão desde técnicas mais conhecidas e utilizadas, como a de vírus inativado, até mecanismos mais modernos, como o uso de DNA e nanopartículas para induzir uma resposta imunológica.

Todas as vacinas carregam de alguma forma um antígeno, uma pequena porção do patógeno que tem a identidade reconhecida pelo corpo e ativa a resposta imunológica.

Um dos projetos mais avançados no país é desenvolvido pelo Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP). Ali, os pesquisadores esperam que a formulação em teste entre em estudos clínicos ainda neste ano.

Segundo o imunologista Jorge Kalil, que é ex-diretor do Instituto Butantan e coordena a iniciativa, os testes em humanos têm financiamento garantido de R$ 10,5 milhões, fornecidos pelo MCTI.

A pesquisa fez, inicialmente, uma análise da resposta imunológica do corpo ao entrar em contato com o Sars-CoV-2. Depois, os pesquisadores selecionaram os melhores antígenos para uma vacina, que atualmente passa por estudos pré-clínicos.

De acordo com Kalil, o objetivo é criar um imunizante para ser usado nas mucosas orais ou nasais. “Isso facilitaria muito a aplicação, que não dependeria de seringas e agulhas”, afirma.

A compra dos equipamentos é outro fator que preocupa e pode atrapalhar um plano de imunização nacional.

Outro projeto entre os mais adiantados é realizado pela empresa de biotecnologia brasileira Farmacore, em parceria com a americana PDS Biotech e a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP).

A vacina em desenvolvimento ali é baseada em nanopartículas e proteínas recombinantes, pequenas partes do vírus produzidas por bactérias ou células que recebem informação genética do patógeno. A pesquisa passa pela fase final de estudos pré-clínicos.

Segundo Helena Faccioli, diretora da Farmacore, a previsão é de que os ensaios clínicos comecem em maio deste ano.

A executiva estima que serão necessários cerca de US$ 100 milhões (cerca de R$ 540 milhões) para a fase 3 dos testes em humanos e diz que a empresa busca parcerias e financiamento.

No Instituto de Biociências da USP, quatro projetos são realizados sob coordenação do biólogo Luís Carlos de Souza Ferreira, diretor da unidade.

Entre as plataformas investigadas estão vacinas com base em DNA e nanopartículas, e outros dois projetos para desenvolver imunizantes baseados em proteínas recombinantes. Segundo Ferreira, todos os projetos estão na fase pré-clínica.

Em Bio-Manguinhos, unidade produtora de imunobiológicos da Fiocruz, dois projetos estão em andamento com recursos próprios e de captação externa, de acordo com Márcia Arissawa, assessora de Desenvolvimento Tecnológico da unidade.

Uma das vacinas em teste na instituição usa a técnica de subunidade, ou seja, um pequeno pedaço do vírus capaz de induzir resposta imune no corpo. A outra usa peptídeos sintéticos que correspondem a pequenas porções de proteínas do vírus. Segundo Arissawa, os projetos estão na fase de testes em animais.

Na lista do Ministério da Saúde, o Instituto Butantan aparece com três pesquisas em andamento na fase pré-clínica. A instituição, porém, não detalhou os estudos a pedido da reportagem e diz que não faltam recursos para as pesquisas.

Alguns cientistas reorientaram seus projetos em busca de uma solução. É o caso de pesquisadores da UFPR (Universidade Federal do Paraná) que desenvolvem uma vacina que usa como vetor um polímero de origem bacteriana capaz de carregar o antígeno do Sars-CoV-2 para o corpo. Inicialmente, os estudos com o polímero eram voltados para o desenvolvimento de materiais.

O grupo recebeu financiamento no ano passado do CNPq e realiza testes em camundongos. Segundo Breno Castello Branco Beirão, professor do Departamento de Patologia Básica da instituição, os pesquisadores buscam parcerias que permitam avançar para a próxima fase de estudo.

Outros cientistas tentam adaptar vacinas que já são bem conhecidas. A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Butantan, testa a possibilidade de usar a BCG, vacina usada contra a tuberculose –baseada em uma bactéria atenuada– para gerar imunidade contra a Covid-19.

Os pesquisadores tentam fazer com que a bactéria contida na BCG passe a produzir as proteínas do coronavírus, segundo Sérgio Costa, pesquisador do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG e coordenador da pesquisa. O estudo ainda não chegou aos testes em animais.

Na avaliação de cientistas brasileiros, ainda é tempo de buscar uma vacina própria. “É uma questão de soberania nacional não depender de tecnologia estrangeira”, diz Costa.

“Não tem vacina para todos no momento, e essa situação pode se estender até o fim do ano ou pelo próximo ano. Se tivermos opções nacionais nas mãos, nos tornamos independentes”, completa.

“As vacinas disponíveis não são definitivas; vacinas são aprimoradas. Pode ser que tenhamos uma vacina brasileira igual ou melhor do que uma estrangeira, e ainda vai ser mais barato para o país”, afirma Kalil.

China, Índia e Rússia, países em desenvolvimento como o Brasil, já possuem vacinas próprias aprovadas para uso emergencial.

Para Ferreira, da USP, falta maior atuação do Ministério da Saúde, com investimento e fomento de parcerias.

“Nenhuma dessas pesquisas nacionais vai competir com as vacinas já disponíveis. Então, o caminho é gastar bilhões de reais para licenciar os imunizantes estrangeiros e aplicá-los. O investimento é fundamental para que isso não se repita”, diz.

De acordo com o pesquisador, ficou clara a falta de competência nacional para criar um imunizante. “Temos duas grandes empresas públicas que fabricam vacinas, mas não temos autonomia. Estamos praticamente de joelhos esperando pelos fabricantes do exterior. O Brasil não se preparou”, diz.

Fonte: Diário de Cuiabá

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Após liberação da Anvisa, vacinas contra a COVID-19 devem chegar em até 4 dias

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Nesta segunda-feira (11), diretamente de Manaus, cidade que vem registrando um número alto de casos de coronavírus, Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, afirmou que os estados brasileiros irão receber as vacinas contra a COVID-19 em três ou quatro dias após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovar o seu uso.

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A declaração de Pazuello, no entanto, não garantiu a confirmação da previsão da data: “A vacina vai começar no Dia D, na Hora H, no Brasil”, disse o ministro. “No primeiro dia que chegar a vacina, ou que a autorização for feita, a partir do terceiro ou quarto dia já estará nos estados e municípios para começar a vacinação no Brasil. A prioridade está dada, é o Brasil todo. Vamos fazer como exemplo para o mundo”, completou.

Ainda de acordo com o ministro, caso as vacinas sejam aprovadas pela Anvisa dentro do prazo previsto de 10 dias, a vacinação deve iniciar no Brasil no dia 20 de janeiro. Além disso, Pazuello afirmou que cada estado conta com o seu próprio programa de vacinação e que a responsabilidade dos municípios é deixar as salas prontas para o momento da imunização.

O Ministério da Saúde, no último sábado (9), havia comunicado que todas as doses da vacina do combate ao coronavírus seriam distribuídas pelo Sistema Único de Saúde, o SUS, de forma exclusiva e para todos os estados do país simultaneamente. Pazuello chegou a reforçar, inclusive, que a opção pela não será obrigatória. O Brasil fez o pedido de 354 milhões de doses e a previsão é que, ainda em janeiro, sejam aplicadas seis milhões de vacinas do Butantan e duas milhões da FioCruz.

Fonte: Canaltech

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Eficácia geral de CoronaVac fica abaixo de 60%, mas dentro do aceitável, diz site

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CoronaVac – A taxa de eficácia geral da CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ficou abaixo dos 60%, mas acima de 50%, que é o mínimo determinado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aprovação do imunizante. É o que diz uma reportagem exclusiva do UOL.

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De acordo com duas fontes que possuem acesso ao estudo do Butantan, o índice da vacina, que deve ser apresentado nesta terça-feira (12) no instituto, mostra que o imunizante é eficaz para atingir imunidade coletiva e está dentro dos padrões da OMS (Organização Mundial de Saúde).

Conforme relataram ao UOL, quem tomar a vacina criará anticorpos contra o novo coronavírus e, mesmo que seja contaminado, terá apenas sintomas leves, como dor de cabeça, que poderão ser tratados com medicamentos leves também.

Na semana passada, o governo João Doria (PSDB) anunciou que a taxa de eficácia clínica (capacidade de prevenção da doença em casos mais leves) é de 78%.

Para os casos com sintomas mais graves, a taxa de eficácia foi de 100%, ou seja, ninguém desenvolveu a forma mais grande do coronavírus.

O índice de eficácia geral também é calculado ao final da fase 3 de testes em seres humanos. Nessa etapa, parte de um grupo toma o imunizante e a outra parte toma placebo. Pesquisadores acompanham quantos participantes, ao todo, desenvolveram a doença, seja de forma leve, moderada ou grave.

A eficácia geral é calculada comparando a proporção de casos entre vacinados e não vacinados. Pelo critério da Anvisa, a taxa de incidência da doença no grupo vacinado tem que ser menos que a metade da taxa de incidência no grupo que recebeu placebo. Se a taxa de incidência no grupo que recebeu o imunizante for metade da taxa de incidência dos que receberam placebo, a vacina é considerada 50% eficaz.

O Instituto Butantan divulgou uma nova em que reafirma que os novos casos sobre a CoronaVac serão apresentados nesta terça, na sede do Instituto.

“O Instituto Butantan esclarece que qualquer informações sobre a eficácia da vacina contra o coronavírus que não sejam as apresentadas pela instituição na última semana são meramente especulativas. Novos dados serão divulgados em coletiva de imprensa nesta terça-feira, às 12h45, na sede do instituto. O Butantan é a única instituição biofarmacêutica do país que promove entrevistas coletivas semanais sobre a vacina, testes clínicos, registro na Anvisa, chegada de novas doses e outras informações relevantes”, diz a nota.

Fonte: IstoÉ

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