Dólar inicia 2021 com maior alta em 3 semanas em meio a dia negativo no exterior

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O dólar iniciou 2021 em forte alta contra o real, ao fim de uma sessão em que a moeda oscilou entre ganhos e perdas de mais de 1%, captando a volatilidade dos mercados externos em meio a temores sobre a pandemia e seus efeitos sobre a recuperação econômica.

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O dólar à vista subiu 1,51%, a 5,2701 reais na venda. A cotação variou entre queda de 1,37%, a 5,1206 reais, logo no começo do pregão; e alta de 1,77%, para 5,2835 reais, ao longo da tarde.

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A valorização percentual desta segunda foi a maior desde 14 de dezembro passado, quando a divisa saltou 1,57%.

O comentário nas mesas de operações é que um grande banco estrangeiro dominou os negócios nesta sessão e puxou as compras de dólares. Do lado dos fluxos, pelo cronograma de vencimentos de títulos do Tesouro pouco mais de 104 bilhões de reais em NTN-F venceram no começo do mês. A NTN-F é um papel com tradicional demanda de investidores internacionais.

A virada do dólar ocorreu em sintonia com o fortalecimento da moeda no exterior, ao mesmo tempo que as bolsas de valores em Nova York abandonaram as pontuações recordes alcançadas mais cedo e passaram a cair em torno de 1,8%.

O Morgan Stanley alertou, em relatório, que a relação risco/retorno de comprar ações norte-americanas se deteriorou e que o mercado está pronto para uma correção de baixa. Uma forte queda em Wall Street pode afetar ativos de risco em todo o mundo, incluindo o real. Veja abaixo gráfico das cotações do real e do índice S&P 500 nesta segunda-feira:

O índice do dólar frente a uma cesta de rivais subia 0,15% no fim da tarde, após chegar a ceder 0,38% na mínima da sessão.

O sentimento geral mais arisco teve argumento em renovadas preocupações com o salto em casos de Covid-19, o desenrolar das vacinações e o resultado do segundo turno das eleições no Estado norte-americano da Geórgia, que pode definir a maioria no Senado do país.

Um ponto a que o mercado está atento é a evolução da Covid-19 após as festas de fim de ano, uma vez que uma reabertura estável da economia e a vacinação são vistas como cruciais para uma recuperação consistente da atividade.

“Se surgirem evidências concretas que as reuniões e festas do fim de ano impulsionaram a crise sanitária, o otimismo dos investidores pode encolher à medida que novos casos e a taxa de ocupação de hospitais cresce”, disse Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.

Fonte: Tribuna Hoje 

Médica prevê nova “explosão” de casos e mortes de Covid em MT em 15 dias

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A médica infectologista Marcia Hueb alertou que Mato Grosso deve viver uma nova “explosão” de casos e mortes por coronavírus a partir das próximas semanas. De acordo com a especialista, o aumento expressivo deve ser alavancado pelas aglomerações que ocorreram durante as confraternizações de Natal e Ano Novo.

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“A nossa perspectiva atual não é boa, no Brasil como todo e em Mato Grosso especialmente. Estamos vindo de festas e de datas comemorativas com aglomerações que são de risco extremo. Nós sabemos que não tem como adotar medidas de prevenção na aglomeração. Com isso, em 7 ou 15 dias devemos ter um número mais elevado do que já temos”, disse nesta segunda-feira (4), durante entrevista ao Bom Dia MT.

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De acordo com Hueb, as perspectivas são preocupantes para os próximos dias. Isso porque, mesmo com a pandemia e ações restritivas contra a propagação da Covid-19, diversas pessoas se reuniram para celebrar as festividades de fim de ano em Cuiabá e em outros municípios do Estado. Além disso, vale ressaltar que parte população viajou para outros Estados, onde a infecção está muito alta.

Só neste domingo (3), a Secretaria Estadual de Saúde confirmou 434 novos infectados pela doença. Mesmo diante dos dados, a médica pontua que algumas pessoas ainda acreditam na tese de que a pandemia está normalizada no Estado. “Nós acostumamos com um número muito alto de infectados e de óbitos. Isso não é nada normal. A gente percebe que alguns vivem como se estivesse em uma realidade paralela, mas não é, estávamos em plena ascensão”, complementou.

A especialista esclarece ainda que os aumentos registrados nos últimos dias não se trata de uma “segunda onda”, mas sim da “primeira onda” que nunca diminuiu. “A gente nunca saiu da primeira onda, nós não chegamos a ter uma queda no número de infecções e isso é bastante claro nas curvas quando comparado a outros países do mundo. No nosso caso, a gente apenas estabilizou em um patamar elevado que voltou a subir. Em alguns lugares, esse momento pode ser considerado até pior que o começo”, explicou.

Por fim, a infectologista enfatizou ainda que a situação é mais preocupante diante das indefinições para o inicio da vacinação no Brasil. “Ainda temos um longo ano onde as precauções precisarão ser tomadas. Mesmo tendo a vacina, temos que lembrar que enquanto pequenas parcelas da população ainda não estiverem imunizadas nós não vamos estar liberados para não usar máscaras ou para aglomerar”, concluiu.

Fonte: Folha Max

Indústria de vidro para perfumaria e cosméticos realiza parceria para oferecer embalagem com acabamento antiviral

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O Grupo Wheaton, líder nacional no fornecimento de embalagens de vidro para os segmentos de perfumaria, cosméticos e farmacêuticos, realizou uma parceria para utilizar um acabamento antiviral em suas embalagens. A tecnologia inativa até 99% do Adenovírus humano-5 e cepa murina de Coronavírus utilizados como modelos virais para o desenvolvimento. A novidade é inédita no setor brasileiro.

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O acabamento antiviral é uma tecnologia que foi testada e aprovada por laboratório de virologia aplicada e pesquisa, preconizado pela ISO 21702-20195.

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Renato Massara Júnior, diretor Comercial e de Marketing da Wheaton, explica que o acabamento poderá ser aplicado em toda e qualquer embalagem. Ele defende que a tecnologia é uma grande solução para o mercado.

“A Wheaton sempre pensou em seus produtos a partir da inovação e sustentabilidade como guias. Por isso, uma das ideias é adicionar essa tecnologia a testers e demonstradores de lojas, que são manipulados de forma intensa pelos clientes. Levar mais essa camada de segurança para as pessoas é um motivo de bastante orgulho e uma ótima notícia”, afirma.

“Essa é uma solução tão importante, que a partir da nossa aplicação em embalagens é possível que ela chegue em outros setores que também utilizam o vidro. É possível imaginar que no futuro próximo, por causa da experiência que tivemos com a pandemia em 2020, a utilização de soluções como essa acabe virando um padrão”, complementa.

Como funciona

Kleber Von Dentz, diretor da Glass Coating (fabricante de tintas e vernizes), empresa parceira da Wheaton e responsável pelo fornecimento do produto que utiliza nanotecnologia com partículas sólidas para combater os vírus, explica que o acabamento antiviral inativa inclusive a família do coronavírus.

“Nós nos aprofundamos e realizamos uma pesquisa que durou cerca de quatro meses em relação a esta tecnologia. O produto funcionou nos testes, recebeu certificação e por isso já pode ser utilizado no mercado. A nossa intenção nesse momento é viabilizá-lo para o maior número possível de produtos, já que o benefício para a saúde pública é incalculável”, salienta.

O executivo pontua que o acabamento aplicado sobre as embalagens funcionará como uma camada de segurança para as pessoas que manipularem o objeto que receberá o acabamento.

Ele comenta que a ação antiviral já está sendo utilizada em outros setores, como o hospitalar. Contudo, para o segmento de perfumaria e cosméticos essa é uma novidade que pode ser considerada “revolucionária”.

Kleber explica ainda, que as possibilidades de uso desta tecnologia no vidro são enormes, já que pode ser utilizada tanto em produtos coloridos como em produtos flints (incolores).

“A nossa expectativa é bastante alta porque os benefícios que esta inovação pode proporcionar são muitos. Depois deste trabalho árduo estamos satisfeitos por estarmos contribuindo de alguma maneira para ajudar o mundo a sair desta situação difícil que ainda está vivendo”, finaliza.

Fonte: Over BR 

Governo Federal avalia ‘dia D’ de vacinação em 23 de janeiro

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O Governo Federal passou a avaliar a possibilidade de realizar um “dia D” de vacinação contra a Covid-19 em todo o país em 23 de janeiro. A informação foi repercutida pela CNN Brasil.

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Segundo relatos feitos à CNN, esse cenário otimista leva em conta a possibilidade de 2 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela farmacêutica britânica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford chegarem à Fiocruz entre os dias 15 e 20 deste mês. Este primeiro lote viria do Serium Institute, da Índia, responsável pela fabricação do produto.

A CNN apurou que a ideia que vem sendo discutida no Ministério da Saúde é a de começar a vacinação por abrigos de idosos em todo o país no mesmo dia.

A expectativa do governo é a de também receber os insumos da vacina de Oxford até o dia 15. Assim, a Fiocruz poderia começar a produção no país ainda neste mês.

Fonte: Mídia PB

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Estados iniciam negociação independente com a Pfizer para compra de vacinas

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Alguns estados estão fazendo negociações paralelas com a farmacêutica Pfizer para a compra de vacinas contra a Covid-19, em função da demora do Ministério da Saúde para determinar o início da campanha de vacinação.

As informações foram dadas por Carlos Lula, Secretário de Saúde do Maranhão e presidente do CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), à CBN.

“A Pfizer procurou estados e o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, e a maioria dos estados demonstraram interesse. A gente sabe que o PNI (Plano Nacional de Imunização) é fundamental, queremos que o Ministério da Saúde coordene o processo, mas não vamos ficar de braços cruzados”, disse o secretário.

O presidente do Conass informou que, por falta de entendimento entre as partes, a negociação do Ministério da Saúde com a Pfizer “vai fracassar”, e, por isso, a farmacêutica fez um aceno aos estados, que iniciaram negociações.

Carlos Lula ainda criticou os entraves colocados pelo Ministério da Saúde devido a algumas cláusulas contratuais apresentadas pela farmacêutica. “É muito preciosismo. A Pfizer colocou essa cláusula para todo o mundo, nos EUA, na Inglaterra, por que seria diferente no Brasil?”, questionou.

Segundo o secretário, o custo das vacinas ficariam com os estados, “a não ser que o ministério possa dar ajuda” financeira aos estados.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Consumo de vitaminas cresce 29% em um ano

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Vitaminas – O consumo de suplementos vitamínicos para o reforço do sistema imunológico, prescritos para beneficiários de planos de medicamentos, cresceu 29% em um ano. É o que aponta um estudo da ePharma, health tech com foco em assistência farmacêutica, gestão de saúde populacional e auxílio a programas de suporte ao paciente.

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De acordo com a pesquisa, 20.622 unidades foram comercializadas entre janeiro e agosto de 2020, contra 16.037 no mesmo período do ano passado. Os estados do Sudeste concentram 68% do montante total, mas os maiores aumentos percentuais ocorreram nas regiões Norte e Sul – 47% e 40%, respectivamente. O levantamento indicou também que o número de usuários cobertos por planos de benefício de medicamentos no período foi de 8.222.

Entre os remédios dessa classe terapêutica, cinco grupos de princípios ativos estão entre os mais prescritos. São eles: Vitamina C/Ácido Ascórbico (11.895 unidades – avanço de 87,06% sobre 2018), Polivitamínicos (2.565), Polivitamínicos e sais minerais (1.735), Arginina e Vitamina C (799) e Vitamina C combinada com Zinco (593).

Fonte: PFarma 

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Métodos ágeis na vacina contra Covid-19

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Pela primeira vez na história, a produção de uma vacina que demoraria dez anos, levou apenas dez meses, mesmo sem cortes nas etapas de testes e fabricação. Estudos publicados pela Oxford confirmam que a vacina é de fato altamente eficaz em interromper a evolução da Covid-19. Parece um milagre, mas na realidade, essa é uma tendência do mundo moderno: a aplicação da chamada filosofia ágil.

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Depois de cases de fracasso, como o surto de ebola entre os anos de 2014 e 2016, quando a resposta lenta da ciência ao problema acabou levando à morte de mais de 11 mil pessoas, desta vez, a história foi diferente. Cientistas ao redor do mundo assumiram uma postura proativa, e antes mesmo que a pandemia explodisse, já realizavam pesquisas sobre o possível surgimento de um novo vírus e, felizmente, a “família” coronavírus era um objeto de estudo entre eles. Nesse contexto, já no dia 11 de janeiro, cientistas compartilhavam com o mundo o código genético do coronavírus para o desenvolvimento da futura vacina.

A novidade no processo foi a adoção da filosofia ágil, uma herança das indústrias automotiva e de tecnologia da informação, que propõe o abandono da tradicional gestão de projetos, com o objetivo de aprimorar o processo de desenvolvimento de um produto ou serviço. Para isso, o projeto é dividido em pequenas etapas e são feitas entregas com maior rapidez e frequência, mirando a obtenção de um resultado ágil e eficaz.

A elaboração de outras vacinas exigia poucas interações, o que fazia com que as devolutivas demorassem mais e, consequentemente, o resultado final também. Já para a produção da vacina contra a Covid-19, os pesquisadores se dividiram em pequenas equipes com diferentes funções cada, e conforme algum progresso era feito ou qualquer informação nova era descoberta, as novidades eram comunicadas aos órgãos reguladores.

Eventualmente, caso algo desse errado, as equipes trabalhavam rapidamente no problema para que o resultado retornasse aos órgãos reguladores para análise, o que encurtou significativamente o desenvolvimento do imunizante. Por isso, os planos de aprovação e fabricação da vacina também foram dramaticamente acelerados, uma vez que os reguladores, que normalmente esperariam até que os testes fossem concluídos, foram envolvidos desde o início.

Sendo assim, mesmo com toda a agilidade na produção da vacina, o cuidado com o processo foi mantido; o que mudou foi o modus operandi. Os testes só começaram a ser realizados depois que os cientistas tivessem certeza de que ela era segura, e ela passou por todos os estágios de testes que normalmente seriam realizados. O que não aconteceu foram anos de espera entre cada fase.

Tal metodologia sugere uma abordagem inovadora da gestão de projetos para, com um maior número de interações ao longo do processo, agilizar o fluxo de trabalho e promover mais assertividade. O que tiramos de lição desse acontecimento revolucionário é que, se essa forma de pensar pode ser aplicada até mesmo na indústria farmacêutica, um setor de muitos regulamentos e legislações, por que não adotá-la em outros segmentos ou até mesmo no nosso dia a dia? Dá para imaginar os benefícios que poderíamos conquistar na produção nacional como um todo.

Sem dúvida, a adoção de metodologias ágeis na gestão de projetos deve ser um bom legado deixado pela Covid-19. Cabe às empresas, de todos os portes e segmentos, desenvolver essa mentalidade para aumentar a eficiência e assertividade na criação de produtos ou serviços.

Fonte: Saúde Business

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Vacina estimulará economia em 2021

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Vacina – Chegamos ao fim de 2020 com um feito admirável que confirma a extraordinária capacidade do ser humano para superar as mais severas adversidades. Os cientistas e a indústria farmacêutica se mobilizaram e desenvolveram não uma, mas várias vacinas contra a Covid-19, em tempo recorde. Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Rússia já estão imunizando suas populações.

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Tudo indica que, em pouco tempo, as vacinas começarão a ser distribuídas no Brasil e nas demais nações. À medida em que a vacinação for avançando, as incertezas econômicas, políticas e sociais relacionadas à pandemia se dissiparão. Afastado o risco da doença, as pessoas e as empresas se sentirão mais seguras para retomar plenamente suas atividades. A confiança trará novo fôlego ao consumo e à produção, o que acelerará a recuperação das perdas deixadas por essa que é uma das mais graves crises sanitária e econômica enfrentadas pela humanidade.

Com isso, poderemos concentrar esforços nas ações necessárias para iniciarmos um ciclo de crescimento sustentado. Projeções da CNI indicam que, depois de uma queda estimada em 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, o Brasil deverá crescer 4%, e a indústria terá uma expansão de 4,4% em 2021. Mesmo assim, a taxa de desemprego continuará elevada, podendo ficar próxima de 15%. Para reverter esse quadro, é preciso criar um ambiente que favoreça a atração de novos investimentos.

Economia brasileira deve crescer 4% em 2021, e PIB industrial, 4,4%

Um dos grandes desafios do país para 2021 é o reequilíbrio das contas públicas e a manutenção do teto de gastos. O ajuste fiscal ajudaria a elevar a confiança dos investidores e a reduzir as pressões sobre os juros, além de aumentar a capacidade do Estado de investir. Um passo decisivo nessa direção seria a aprovação de uma reforma administrativa, que racionalize os gastos públicos e melhore a qualidade dos serviços prestados à população.

Também é fundamental buscar a redução efetiva do custo Brasil. Isso requer, sobretudo, a realização de uma reforma tributária ampla. Felizmente, ao longo deste ano, cresceu a percepção de que não podemos mais adiar essas mudanças. A implantação de um sistema de arrecadação de impostos mais simples, eficiente, sem cumulatividade e alinhado às boas práticas internacionais aumentará a competitividade das empresas e estimulará investimentos na produção.

É preciso, ainda, que se busquem alternativas para que tenhamos uma Justiça mais ágil e que dê segurança jurídica para a sociedade e para o setor privado. A modernização dos marcos regulatórios e a adoção de regras claras e estáveis, por exemplo, são fundamentais para incentivar a participação da iniciativa privada nas obras de infraestrutura. Um avanço considerável nessa área foi a aprovação, neste ano, do novo marco legal do saneamento básico.

Também está em estágio bastante avançado no Congresso Nacional a tramitação da Nova Lei do Gás. Investimentos em saneamento, transportes, energia e telecomunicações produzem efeitos positivos imediatos sobre a economia e o emprego.

Além disso, é indispensável ampliar a inserção internacional do Brasil, por meio da negociação de acordos comerciais equilibrados que resultem em ganhos econômicos e estabeleçam condições e prazos compatíveis à adaptação do setor produtivo ao novo ambiente de concorrência.

O aumento dos investimentos em ciência, tecnologia e inovação é outra premissa crucial para o país se conectar à economia global no contexto da indústria 4.0, que está revolucionando processos de produção e modelos de negócios em todo o mundo.

A agenda do Brasil é muito complexa, mas devemos manter o otimismo. A exemplo do que fez a ciência, que encontrou rapidamente formas de combater o coronavírus, também temos capacidade para enfrentar, e vencer, os diversos obstáculos que historicamente atravancam o desenvolvimento econômico e social do país.

Com foco, persistência e união, poderemos construir em 2021 um país melhor para todos os brasileiros.

*O artigo foi publicado no jornal Folha de S. Paulo no dia 30/12/2020.

Robson Braga de Andrade é o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

REPRODUÇÃO DO ARTIGO – Os artigos publicados pela Agência CNI de Notícias têm entre 4 e 5 mil caracteres e podem ser reproduzidos na íntegra ou parcialmente, desde que a fonte seja citada. Possíveis alterações para veiculação devem ser consultadas, previamente, pelo e-mail imprensa@cni.com.br. As opiniões aqui veiculadas são de responsabilidade do autor.

Fonte: Agência de Notícias CNI

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Governo do ES autoriza negociação para comprar vacina direto de laboratório

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O governador Renato Casagrande autorizou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) a retomar a negociação com a indústria farmacêutica para aquisição de doses de vacina para a prevenção da Covid-19. Com pouco avanço do governo federal para a compra do imunizante para a distribuição no país, a estratégia é tratar diretamente com as fabricantes e, assim, iniciar a vacinação da população capixaba.

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O Espírito Santo já dispõe de um plano estadual de vacinação, bem como adquiriu os insumos necessários para imunizar – 6 milhões de seringas foram compradas. O Ministério da Saúde, por sua vez, ainda não conseguiu comprar para atender a demanda. No planejamento da Sesa, foram definidos os grupos prioritários seguindo a referência nacional, e que seriam atendidos em três fases. O início, entretanto, vai depender de como vão avançar as negociações do governo do Estado com a indústria – disponibilidade de doses e valores – de modo a consolidar a operação.

FASES DA VACINAÇÃO

As três etapas deverão atender a cerca de 1,1 milhão pessoas, estimativa do público-alvo de vacinação no Espírito Santo, que inclui idosos, profissionais de saúde e a população que apresenta comorbidades, tais como diabetes, hipertensão grave (sem controle), câncer e anemia falciforme. Para a imunização ser efetiva, serão necessárias duas doses, ou seja, para atender somente os grupos prioritários o governo vai precisar de pelo menos 2,2 milhões de doses.

O secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, se manifestou sobre o assunto em suas redes sociais no feriado, ressaltando que “se a União falhar, compraremos vacinas para imunizar todo o povo”, indicando que a intenção do Estado é assumir o controle da imunização da população no Espírito Santo, caso o plano nacional não seja implementado em um curto prazo. Para Nésio, falhar é não garantir a imunização de toda a população em 2021, e o início precisa ser precoce, segundo o secretário tem afirmado reiteradamente.

O Estado tem, inclusive, condições de fazer a aquisição da vacina, mesmo que não haja registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador do país, depois que Casagrande sancionou a lei aprovada na Assembleia Legislativa para esse fim. Se o imunizante tiver reconhecimento de agências internacionais parcerias do Brasil, o Espírito Santo terá autonomia para fazer a compra e distribuir para os municípios promoverem a vacinação. Mesmo assim, o governador tem declarado que a expectativa ainda é a de que o Ministério a Saúde faça a coordenação nacional da imunização.

A Pfizer era a fabricante com a qual a Sesa tinha avançado mais nas negociações, mas que foram interrompidas quando o governo federal anunciou o Plano Nacional de Imunização (PNI) no início de dezembro, uma vez que caberia à União conduzir a vacinação da população contra a Covid-19, assim como tem sido feito em relação a outras doenças. Quase um mês depois do anúncio, e sem uma previsão concreta para começar a vacinação maciça no Brasil, o Espírito Santo volta a discutir com a indústria, não apenas com a Pfizer, mas também com outras farmacêuticas que apresentaram um vacina segura e eficaz.

Neste final de semana, a Anvisa autorizou a Fiocruz a importar 2 milhões de doses de vacina, porém o volume é muito aquém da necessidade do país – essa quantidade não vacinaria nem o público-alvo no Espírito Santo. O próprio Ministério da Saúde, no PNI, apontava a negociação para adquirir 350 milhões de doses para iniciar a vacinação dos grupos prioritários.

Fonte: Gazeta Online ES

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“As healthtech têm vindo a ser (e serão) um grande motor de inovação no setor da saúde”

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“Uma empresa que procura transformar indivíduos em equipas, integrar o talento com a tecnologia e promover uma atitude positiva em relação à mudança”. A descrição é de Gonçalo Luís, Innovation Manager no Hospital da Luz Learning Health, que ao Link To Leaders falou do percurso de cinco anos deste projeto “que quase nasceu como uma start-up, embora incluída num grande grupo”.

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Desde que começou a dar os primeiros passos em 2015, que o Hospital da Luz Learning Health se posicionou como um early adopter e um potenciador de inovação. Tem feito da tecnologia e da inovação ao serviço dos cuidados de saúde, o fator de diferenciação no seu setor de atividade, procurando criar um ecossistema de inovação aberta e de partilha de conhecimento, como frisou Gonçalo Gonçalo Luís, responsável de Inovação do Hospital da Luz Learning Health.

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Integrados numa das principais redes nacionais de hospitais privados e com acionistas internacionais, o Hospital da Luz Learning Health colabora ativamente com vários parceiros a nível mundial, desde as principais universidades e institutos de investigação nacionais e internacionais, a sociedades científicas, indústria farmacêutica ou start-ups.

Em entrevista ao Link To Leaders, Gonçalo Gonçalo Luís falou do percurso do projeto, de como a pandemia obrigou a reorganizar processos de trabalho, e ainda dos planos futuros. Destacou ainda a importância da health tech como motor de inovação bem como a atenção que dão ao trabalho desenvolvido pelas start-ups nacionais, nas quais, aliás, têm vindo a investir nos últimos anos.

O Hospital da Luz Learning Health dedica-se à formação profissional, investigação e inovação na área da saúde. Como surgiu este projeto?

O Grupo Luz Saúde, desde a sua criação em 2000, sempre procurou alcançar os melhores resultados de saúde na perspetiva dos doentes através de um diagnóstico e tratamento rápido e eficaz, pela prática de uma medicina de excelência. Para isso, desde o início da sua atividade posicionou-se no setor da saúde como sendo um dos primeiros a adotar alta tecnologia, inovadora e diferenciadora na prestação de cuidados de saúde. Em 2015, numa perspetiva de se posicionar não só como um early adopter de inovação, mas também como um potenciador de inovação, nasceu o Hospital da Luz Learning Health. Uma empresa que procura transformar indivíduos em equipas, integrar o talento com a tecnologia e promover uma atitude positiva em relação à mudança.

Alguma destas vertentes assume especial prioridade nos dias de hoje?

A formação, investigação e inovação caminham lado a lado e, inevitavelmente, estão dependentes entre si. Estes são os nossos pilares de atuação que se encontram assentes num Centro de Simulação localizado no Hospital da Luz Lisboa. Todas estas vertentes são importantes e necessárias para conseguirmos pôr em prática a nossa missão. Não consideramos prioritário algum destes pilares individualmente, mas sim o desafio de conseguirmos interligar todos entre si. Apenas assim acreditamos que conseguiremos marcar a diferença e preparar os profissionais de saúde para o futuro da medicina.

“(…) conseguimos financiamento para um grande projeto (…) que pretende desenvolver soluções de Inteligência Artificial para suporte à decisão médica em doentes com comorbidades.”

Quais foram até agora as maiores conquistas nas vossas três áreas de aposta?

Nos últimos cinco anos temos feito o nosso caminho e já conseguimos várias conquistas das quais nos orgulhamos muito. A primeira, e que serviu também de motor de arranque para este projeto, foi o financiamento de um PT2020 para a construção do Centro de Simulação num incentivo que ultrapassou 1 milhão de euros. O centro neste momento já se encontra funcional e totalmente equipado com mais de 125 simuladores.

Outra grande conquista que destaco foi o primeiro investimento da Luz Saúde na UpHill, uma start-up que neste momento é um dos nossos maiores parceiros em todas as nossas áreas de atuação.

Mais recentemente, já no ano de 2020, conseguimos financiamento para um grande projeto em parceria com várias instituições portuguesas e estrangeiras de referência, que pretende desenvolver soluções de Inteligência Artificial para suporte à decisão médica em doentes com comorbidades. Entre outros projetos para os quais conseguimos também financiamento externo.

Qual pode ser o contributo do Hospital da Luz Learning Health para colocar a inovação portuguesa em saúde no panorama internacional?

A nossa visão assenta num modelo de partilha de conhecimento e trabalho em rede com diversos parceiros. Estamos integrados numa das maiores redes de hospitais privados do país e com acionistas internacionais. Colaboramos ativamente com vários parceiros a nível mundial capazes de referenciar o Hospital da Luz Learning Health como potenciador de inovação, desde as melhores universidades e institutos de investigação nacionais e internacionais, sociedades científicas, indústria farmacêutica ou start-ups. O Grupo Luz Saúde é parceiro com a Universidade Católica e Universidade de Maastricht num curso de medicina muito prático e com treino simulado desde o 1.º ano, onde o nosso centro de simulação terá um papel muito importante na formação dos futuros médicos. O nosso conceito é altamente diferenciador, capaz de despertar o interesse em qualquer parte do mundo.

“Neste espaço [Innovation Lab] não há limites e as paredes são invisíveis, não há certo e errado, boas e más ideias ou opiniões válidas e inválidas”.

E qual o papel do vosso Innovation Lab neste processo?

O Innovation Lab foi um conceito que surgiu com o intuito de ser um espaço onde podemos explorar novos conceitos e ideias, incubar novos produtos, testar novas soluções e por fim, mas não menos importante, atrair e reter talento. Neste espaço não há limites e as paredes são invisíveis, não há certo e errado, boas e más ideias ou opiniões válidas e inválidas. Em inovação existe brainstorming, design thinking e problem solving e é isso que queremos recriar neste ambiente. Muitas vezes temos decisões para tomar e vamos para este espaço discutir ideias, partilhar opiniões. É assim que acreditamos que se trabalha em equipa e que conseguiremos chegar aos melhores resultados. Queremos envolver mais colaboradores da Luz Saúde, parceiros, clientes, para criarmos um ecossistema de inovação onde se possa trazer valor para o setor da saúde e para os que dele fazem parte.

O Hospital da Luz Learning Health trabalha com diversos parceiros, desde a indústria farmacêutica a universidades, sociedades científicas, empresas de formação…. Quais as sinergias mais relevantes destas parcerias?

Como organização acreditamos que não podemos fazer o nosso percurso sozinhos. Por isso temos, ao longo dos anos, criado várias parcerias que nos permitem potenciar o melhor de nós e dos nossos parceiros. Procuramos criar um ecossistema de inovação aberta, de partilha de conhecimento, que permita elevar a qualidade dos resultados. Que permita que cada um de nós aprenda e cresça enquanto indivíduo em particular ou inserido numa organização. Este é o caminho que queremos seguir para conseguirmos atingir a excelência que procuramos em tudo o que fazemos. É um desafio muito grande e que eleva em muito a nossa responsabilidade. Criar estas ligações permite-nos tirar o melhor partido em todos os projetos que realizamos pela relação que estabelecemos com os nossos parceiros.

“Já participámos em seis programas de aceleração, analisámos mais de 120 start-ups e fizemos sete estudos piloto”.

Mantêm uma relação de proximidade com o universo de start-ups. Quais foram até agora os vossos principais investimentos neste setor?

Já participámos em seis programas de aceleração, analisámos mais de 120 start-ups e fizemos sete estudos piloto. Neste momento, alguns dos estudos pilotos que estamos a realizar passarão possivelmente a ser integrados na nossa estrutura. Este é um processo bastante complexo e que envolve muitos recursos da nossa rede. Para além de alguns elementos do Hospital da Luz Learning Health temos sempre colaboradores da Luz Saúde, das áreas de negociação, operações ou clínicas, a avaliar connosco as start-ups.

O primeiro contacto das start-ups é tipicamente feito por nós em que fazemos uma avaliação tecnológica da solução, mas a análise em termos de negócio de um produto/serviço novo é realizada pela equipa de Novos Negócios da Luz Saúde. O investimento em start-ups implica que a solução que apresentam seja altamente estratégica para o grupo, diferenciadora e disruptiva. Foi o que aconteceu com a UpHill, a primeira start-up em que a Luz Saúde investiu e que mantém uma relação muito próxima connosco em todas as nossas áreas de atuação.

O Luz Learning Health também participa em programas de aceleração como o Protechting. O que procuram neste tipo de colaboração?

O sector da saúde está em constante evolução e as mudanças ocorrem em ritmos muito elevados. As parcerias em programas de aceleração ajudam-nos a perceber as tendências futuras no setor. Para onde estão a caminhar os jovens empreendedores? Quais as soluções que estão a desenvolver? Quais são os novos unicórnios?

Fazemos o nosso trabalho de casa e procuramos estar sempre atualizados e na linha da frente, mas nem sempre nos é possível acompanhar estas evoluções ao ritmo que elas acontecem. Estes programas ajudam-nos a perceber quais são as tendências e, mais uma vez a alavancar sinergias, entre todas as partes. Nós enquanto organização inserida numa rede de hospitais, facilitamos a testagem de soluções e os estudos pilotos. Por outro lado, as aceleradoras têm know how para ajudar as start-ups nas mais diversas vertentes incluídas num processo de criação de uma start-up. Isto facilitará não só o trabalho de scouting e gestão de start-ups, que estas entidades fazem tão bem, mas também para nós próprios sermos cada vez mais criteriosos na nossa análise.

“É importante trazer estas start-ups junto dos profissionais, envolver na tomada de decisão e, inevitavelmente, concluírem que caminharão, de braços dados, com estas tecnologias na construção do futuro da medicina”.

Na sua opinião, qual o papel que as start-ups, com destaque para as healthtech, podem desempenhar na criação de novos conceitos e soluções em saúde, na evolução da medicina?

O papel das start-ups é cada vez mais importante. Segundo o que temos investigado, das start-ups que temos avaliado e para onde apontam as tendências, as healthtech têm vindo a ser (e serão) um grande motor de inovação no setor da saúde. Estas soluções são normalmente geradoras de grandes quantidades de dados com informação clínica proveniente, por exemplo, dos Electronic Health Records (EHR) ou dos Personal Health Records (PER). A extração e tratamento destes dados podem ser potenciadoras de várias soluções e evolução na medicina no sentido em que nos devolve informação importante nos campos do diagnóstico precoce através de algoritmos de Machine Learning, por exemplo.

No entanto, este é um caminho que ainda estamos a começar a percorrer. As barreiras que encontramos têm sido algumas, quer no que diz respeito à complexidade dos dados que são extraídos, bem como a aceitação e o envolvimento dos profissionais de saúde nestas temáticas. É importante trazer estas start-ups junto dos profissionais, envolver na tomada de decisão e, inevitavelmente, concluírem que caminharão, de braços dados, com estas tecnologias na construção do futuro da medicina.

Como se enquadra aqui o Prémio Luz Inovação?

O Prémio Luz Inovação permitiu que todos os colaboradores identificassem problemas e criassem soluções. O objetivo primordial era que toda a nossa rede entrasse connosco no espírito de inovação que queremos trazer para o Grupo Luz Saúde. Como já referi, não podemos fazê-lo sozinhos, cada um de nós individualmente ao contribuir com alguma ideia vai fazer com que o global seja muito melhor. Com o Prémio Luz Inovação conseguiu-se isso mesmo, novas ideias alinhadas em projetos estratégicos da Luz Saúde de forma a promover ainda mais a evolução de uma medicina de excelência. Não podíamos estar mais satisfeitos, a recetividade foi incrível, com cerca de 500 ideias submetidas logo na 1.ª edição. Foi o meu primeiro grande projeto na Luz Saúde e no qual sinto um orgulho enorme por ter feito parte.

“Nos momentos iniciais da pandemia tivemos de gerir situações que fugiam ao que estávamos habituados porque surgiram de forma inesperada”.

Enquanto Innovation Manager quais são os seus maiores desafios nos dias de hoje, numa altura em que pandemia domina a agenda e em que a saúde, com a inevitável procura de soluções e de constante inovação, é a preocupação dominante dos portugueses?

Os desafios foram e continuam a ser muitos. Nos momentos iniciais da pandemia tivemos de gerir situações que fugiam ao que estávamos habituados porque surgiram de forma inesperada. Tivemos de ser rápidos, trazer soluções para cima da mesa que eram pouco ou nada utilizadas, mas que se tornaram essenciais nessa altura. Foi necessário reorganizar equipas e até hospitais, adaptar metodologias de trabalho, estabelecer novas prioridades. Começaram a surgir muitas soluções, umas mais promissoras do que outras, algumas mais práticas que outras, mas tínhamos de ser pragmáticos, rápidos na decisão e convictos do que era melhor para ajudar os profissionais de saúde. Hoje em dia, o desafio não diminui. Com a pandemia a dominar a agenda, a inovação na medicina ficou muito centrada nesse tema. Soluções que estavam a ser desenvolvidas para determinada patologia passaram a ser adaptáveis e a ter o foco na Covid-19. Neste momento é crucial retomar a procura de soluções para as restantes patologias. É necessário encontrar um equilíbrio.

“É necessário termos organizações e equipas preparadas para colocar soluções no terreno de um dia para o outro e capazes de agir rápida e pragmaticamente”.

Atualmente, os temas saúde e inovação vivem de mãos dadas. Que tendências antevê para esta relação?

A tendência será as coisas continuarem a acontecer muito rapidamente. É o que temos vindo a observar ao longo dos anos, e que este ano em particular se intensificou. O que é hoje, amanhã pode não ser, e acho que todos ficámos mais sensíveis a isso depois do ano de 2020. É necessário termos organizações e equipas preparadas para colocar soluções no terreno de um dia para o outro e capazes de agir rápida e pragmaticamente. Estas soluções têm de ir ao encontro do que os doentes precisam. O doente tem de estar sempre no centro e envolvido em profissionais de saúde ágeis e capazes de agir com rapidez e em equipa, suportados em tecnologias inovadoras que lhes permitam fornecer o melhor diagnóstico e tratamento, assim como, assegurar a melhor monitorização e gestão da sua própria doença.

Que concretizações gostaria de ver o Hospital da Luz Learning Health alcançar?

De imediato gostaria que todos os que temos feito parte deste percurso consigamos olhar para trás e estar orgulhosos do que construímos. Sabemos que temos em mãos um projeto bastante ambicioso, com muitos desafios que nos têm dado muita luta e vontade de querer sempre ir mais além. Nós quase nascemos como uma start-up, embora incluída num grande grupo como a Luz Saúde, e é muito gratificante ver o nosso crescimento e as conquistas alcançadas ao longo dos últimos anos. No futuro, gostaria que nos vissem como uma referência internacional em formação avançada, investigação e inovação no sector da saúde. Uma organização capaz de criar e partilhar conhecimento, capaz de fazer diferente, de disseminar a sua visão por todos os profissionais de saúde, e acima de tudo, criar valor para os doentes.

Fonte: Link to Leaders