Veto da Índia à exportação de doses da vacina de Oxford produzidas no país pode durar dois meses

O ano começou com uma grande expectativa pelo início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, principalmente depois do anúncio, feito no sábado (2), de que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) foi autorizada a importar 2 milhões de doses prontas do imunizante desenvolvido pelo laboratório AstraZeneca com a Universidade de Oxford (Reino Unido). Mas nesta segunda-feira (4) veio o banho de água fria. Primeiro, o governo da Índia vetou a exportação das doses que seriam enviadas à instituição brasileira. Em seguida, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que faltam dados para dar seguimento ao processo de autorização para o uso emergencial da vacina no país.

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A Índia vetou a exportação de doses da fórmula da AstraZeneca produzidas pelo Instituto Serum, maior fabricante de imunizantes do mundo, para assegurar a vacinação dos seus habitantes que são de grupos de risco para a doença, o que pode demorar dois meses. A medida foi comunicada pelo CEO do laboratório indiano, Adar Poonawalla, em entrevista à agencia Associated Press (AP), logo após o anúncio aqui de que a Fiocruz compraria doses da companhia. O contrato foi chancelado pela Anvisa. A expectativa era de que os primeiros lotes chegassem ao Brasil ainda neste mês.

A Fiocruz disse ao EXTRA que as negociações para a aquisição das doses estão a cargo do Ministério das Relações Exteriores. Procurada pela reportagem, a pasta informou que “as autoridades sanitárias de Brasil e Índia estão em contato para viabilizar a importação da vacina”.

O Serum também colabora com a Covax Facility, iniciativa coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para universalizar o acesso às vacinas. De acordo com a AP, a coalizão terá a entrega de doses defasadas por conta da decisão do governo indiano.

Na entrevista à AP, Poonawalla disse que a autorização do uso emergencial da vacina na Índia foi condicionada ao veto, de forma a garantir a imunização de todos os indianos que integram os grupos de risco para a Covid-19. O país tem mais de 1,3 bilhão de habitantes. À Reuters, o CEO afirmou que a exportação poderá ser autorizada depois de o governo indiano receber 100 milhões de doses do instituto.

A Fiocruz apresentou nesta segunda-feira dados sobre a vacina de Oxford à Anvisa, mas o procedimento não foi considerado suficiente para a aprovação emergencial do imunizante. A fundação ainda depende de dados que devem ser fornecidos pelo Instituto Serum, responsável pela fabricação.

O EXTRA apurou que a Fiocruz ainda não tem, por exemplo, parte dos dados da certificação de boas práticas de fabricação, documento exigido como um dos requisitos para obter o aval da Anvisa. A falta dessas informações pode interferir no prazo estimado pela fundação para solicitar a autorização emergencial de uso à agência reguladora.

Até o momento, nenhum fabricante solicitou autorização emergencial de uso ou registro de vacina contra a Covid-19 à Anvisa. A expectativa era de que a Fiocruz fizesse o pedido nesta semana. Após a reunião, a Anvisa divulgou nota reforçando que as doses da vacina de Oxford provenientes da Índia deverão seguir os mesmos parâmetros da que foi aprovada no Reino Unido para que obtenham o seu aval. A agência avaliará, por exemplo, se os métodos e materiais de produção são os mesmos. Caso contrário, terá que ser analisado qual o impacto dessa mudança no produto.

Em uso na Inglaterra

O Reino Unido, que já aplica desde o início de dezembro a vacina da Pfizer, tornou-se nesta segunda-feira o primeiro país a utilizar o imunizante de AstraZeneca/Oxford. O primeiro a receber a nova fórmula foi Brian Pinker, um aposentado de 82 anos que faz diálise no hospital da Universidade de Oxford.

“Estou muito feliz de receber esta vacina e muito orgulhoso que tenha sido desenvolvida em Oxford”, disse Pinker, segundo um comunicado divulgado pelo Serviço Nacional de Saúde (NHS) britânico

Fonte: Yahoo Finanças

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Indonésia iniciará vacinação com a CoronaVac no dia 13

A Indonésia anunciou nesta terça-feira (5) que iniciará a imunização em massa contra a Covid-19 no dia 13 com a CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech.

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O ministro da Saúde, Budi Gunadi Sadikin, informou que o presidente Joko Widodo será o primeiro cidadão que receberá a dose da vacina.

A Indonésia já recebeu 3 milhões de doses da CoronaVac e tem acordo também com as farmacêuticas Pfizer/BioNTech e AstraZeneca, que desenvolve um imunizante em parceria com a Universidade de Oxford. Ao todo, o país garantiu 329 milhões de doses de vacinas.

Além da Indonésia, quatro países preveem usar a CoronaVac: Chile, China, Turquia e Brasil, onde a vacina é testada em parceria com o Instituto Butantan. O governo de São Paulo anunciou no fim de dezembro que o imunizante é eficaz, mas adiou a divulgação dos resultados da terceira fase de testes.

Já a Turquia afirmou que a CoronaVac tem eficácia de 91,25% contra o coronavírus.

Quarto país mais populoso do mundo, com mais de 265 milhões de habitantes, a Indonésia é o mais atingido pela pandemia no sudeste asiático, com 22 mil mortes e 772 mil casos confirmados, de acordo com levantamento da Universidade Johns Hopkins.

Estratégia polêmica

O governo indonésio anunciou uma estratégia de imunização que recebeu críticas da comunidade científica internacional. Em vez de priorizar idosos, profissionais de saúde e pacientes de grupos de risco, o país decidiu iniciar a vacinação em pessoas de 18 a 59 anos.

O objetivo é impedir a disseminação do vírus pelo grupo que tem mais mobilidade e, segundo o governo, está mais exposto à contaminação. As autoridades de saúde alegam ainda que essa faixa etária também apresenta o maior número de pacientes assintomáticos.

A Indonésia vai na contramão das dezenas de países que começaram suas campanhas de vacinação e preferiram proteger o público mais vulnerável.

Fonte: G1

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Chance de imunizante chegar a clínicas privadas antes da vacinação pública é remota, diz advogado

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O advogado e diretor-executivo do Instituto Questão de Ciência (IQC), Paulo Almeida, que acompanha as negociações internacionais para a disponibilização de vacinas contra a Covid-19 ao Brasil, afirma que o governo federal não pode obrigar clínicas particulares a vacinar só grupos prioritários, como prevê o Plano Nacional de Imunização (PNI).

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A questão está sendo discutida desde que a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) anunciou que pretende pedir à Anvisa o uso emergencial do imunizante indiano Covaxin, desenvolvido pela Bharat Biotech. Uma delegação da associação está a caminho do país asiático para discutir um acordo. Nesta segunda, a empresa indiana informou à Anvisa que avalia tanto a condução de ensaios clínicos de fase três no país, necessários à permissão de uso emergencial, quanto o pedido de registro definitivo do imunizante.

Nas redes sociais, discute-se se qualquer usuário de convênio particular poderia vacinar-se antes de pacientes prioritários. Para Almeida, o setor privado pode atuar em conjunto com o governo visando ampliar a imunização.

Cabe ao Ministério da Saúde determinar que uma vacina adquirida por clínicas particulares seja ministrada primeiro a grupos prioritários e somente depois para o restante da população?

Pelas regras atuais, não. A legislação diz que a aprovação de uso emergencial está disponível apenas para grupos prioritários, não para a população ampla. Mas, veja bem, o emergencial. À parte questões morais e éticas sobre o interesse do tema para a coletividade, a Anvisa prevê a importação privada de qualquer vacina, desde que ela seja aprovada em processo de submissão contínua.

O que o Ministério da Saúde pode fazer é “sequestrar” essas doses para aplicá-las na população como quiser, mediante indenização às clínicas. Mas as chances de a vacinação começar em clínicas privadas antes do PNI são remotas.

Então o Ministério da Saúde pode reservar parte dos imunizantes importados pelas clínicas particulares para o SUS?

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Sim, até a totalidade deles. O governo tem mecanismos legais para fazer isso, o que não quer dizer que seja a melhor resposta. Se o governo fizer isso, significa na prática que não vai chegar mais nenhum lote privado para o país. Ninguém vai querer correr esse risco.

Mas é uma questão que ainda não tem uma resposta muito definitiva. De um lado, se falar que as clínicas particulares não podem importar nada, que isso fere a isonomia e que se estará privilegiando recursos que deveriam ser exclusivos do SUS leva a consequências ruins, pois no fim haverá menos vacinação. E se falar que o mercado privado pode trabalhar livremente, inclusive concorrendo com o setor público, isso pode levar a outros tipos de distorção também muito graves.

Quais seriam as saídas?

Decisões institucionais criativas para se chegar a uma solução de meio-termo. O governo poderia articular um acordo coletivo com as importadoras privadas para liberar a distribuição em clínicas particulares de vacinas que não tem interesse em negociar, como a Covaxin. Não existe previsão de o governo fechar um acordo com a Bharat Biotech.

Há uma saída inclusive para a ampliação da cobertura vacinal e para trabalharmos adicionando a quantidade de doses que chegam ao Brasil e não as subtraindo, nem as reservando para um setor específico da população, que tem recursos para pagar pelo imunizante.

No caso de negociação com fabricante que tenha interesse na rede pública de saúde, como a Janssen, ainda sem acordo fechado com o governo, podem ser combinadas tratativas extraordinárias, garantindo mais doses para o SUS além da quantidade prevista.

As principais fabricantes que negociam com o governo federal — SinoVac, Pfizer, Moderna, entre outras — já disseram que não vão disponibilizar vacinas para a rede privada.

O que esses contratos extraordinários poderiam prever? Uma repartição igualitária, metade das doses para a rede privada e metade para o SUS?

O governo ter prioridade de negociar quantas doses quiser e o setor privado comprar o excedente do total de vacinas importadas. E mesmo que essas doses em excesso sejam compradas pelas clínicas privadas, poderia acontecer de, para cada vacina aplicada na rede particular, uma outra ser doada à rede pública. Mas considero baixíssimo o risco de termos uma vacina em clínicas privadas antes de o PNI começar.

Fonte: Yahoo Brasil

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Fiocruz busca autorização para uso de vacina, mas falta de seringas ameaça imunização contra a covid-19

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O Brasil, laboratório de três vacinas contra o coronavírus, fica atrás na hora de aplicá-las, apesar de ter um dos programas de imunização mais ambiciosos do mundo. As primeiras injeções ainda vão demorar semanas porque nenhum imunizante foi autorizado até agora e até mesmo as milhões de seringas e agulhas necessárias para inocular a população estão em falta. É mais um exemplo da gestão caótica da pandemia e dos efeitos de ter um presidente, Jair Bolsonaro, que sabota metodicamente os esforços de outras autoridades políticas e de saúde para conter o vírus. A imunização esbarra também no veto da Índia à exportação de vacinas produzidas em seu território, como a AstraZeneca/Oxford, que está sendo testada no Brasil pela Fiocruz. Nesta segunda-feira, porém, autoridades da Fiocruz se reuniram com representantes Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tratar do uso emergencial do imunizante e informaram que a expectativa é de que o pedido seja realizado ainda esta semana.

Veja também: Governo deve zerar imposto de importação para seringas e agulhas

“Com o pedido protocolado e aprovado pela Agência, o início da vacinação poderá ocorrer ainda em janeiro”, afirmou a Fiocruz em nota. A Fundação afirma que está aguardando “a finalização das tratativas e o recebimento das informações necessárias para formalizar o pedido à Anvisa de autorização para seu uso emergencial”. Entre os documentos que devem ser apresentados à Anvisa estão “estudos de comparabilidade entre a vacina do estudo clínico, que é fabricada no Reino Unido, com a vacina produzida na Índia, bem como os dados de qualidade e condições de boas práticas de fabricação e controle”. No dia 31 de dezembro, a Anvisa autorizou a importação de 2 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca/Oxford, mas o Ministério da Saúde teme que o veto à exportação da Índia atrapalhe o processo.

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Enquanto o Brasil ainda discute a autorização emergencial da vacina, o Reino Unido, que iniciou a imunização dos grupos prioritários da população no início de dezembro, decretou um novo confinamento rígido para evitar o colapso dos hospitais. Não há sinais de que o Governo Federal, Estados e municípios adotem medidas desse tipo, apesar do aumento do número de casos e mortes desde o início de novembro. Ainda nesta segunda, o Brasil registrou 543 novos óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 196.561 mortes desde o início da pandemia, segundo o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. A pasta também registrou 20.006 novos contágios, totalizando 7.753.752 infecções. Os ainda refletem a subnotificação dos dias de feriado de Ano Novo e o fim de semana, quando os laboratórios de diagnóstico fizeram menos análises.

Vacina, nova vítima da polarização

Bolsonaro age de costas para uma realidade que pode ser resumida em um punhado de dados: o Brasil acumula 10% das mortes por coronavírus no mundo, apesar de abrigar menos de 3% da população mundial, e o desemprego bate recordes, com 14,6%. São 14 milhões de pessoas sem trabalho, uma catástrofe social mitigada por um auxílio emergencial de 600 reais que chegou ao fim para milhões de brasileiros. Além disso, a variante britânica do vírus já chegou ao país, embora desde quarta-feira o Brasil exija de todo viajante um teste de PCR negativo. O Governo do Estado de São Paulo confirmou nesta segunda que ao menos duas pessoas já foram infectadas com a nova cepa do vírus, que é 56% mais contagiosa.

A vacina é vítima da polarização política no Brasil, como antes foram as máscaras e o distanciamento social. Bolsonaro insiste que não pretende vacinar-se enquanto semeia dúvidas sobre a eficácia da vacinação, encorajando os mais céticos e temerosos neste país infestado de notícias falsas e com milhões de pessoas com baixa escolaridade.

Para piorar, a escassez de seringas e agulhas, que soa como uma piada de mau gosto depois de mais de um ano dos primeiros contágios na China, é um problema real. O Governo Federal fez uma licitação no dia 30 para comprar 331 milhões de seringas para aplicar as vacinas, mas só conseguiu oito milhões porque o preço oferecido é bem inferior ao dos fabricantes. O Brasil tem 210 milhões de habitantes e as vacinas exigem pelo menos duas doses.

O salve-se quem puder que tem marcado a gestão brasileira também tem seu reflexo nas injeções. O Estado mais rico, São Paulo, já possui 50 milhões de seringas.

As lacunas são ainda mais marcantes quando se considera que o Brasil se orgulha de ser modelo em vacinação. É um dos países que mais oferecem vacinas gratuitas. São 15 no caso das crianças e chegam às cidades mais remotas por via terrestre, fluvial e aérea. Um esforço de décadas que conseguiu eliminar a poliomielite, a rubéola e reduzir significativamente outras doenças vacináveis. De todo modo, o movimento antivacinas está avançando.

A microbiologista e comunicadora científica Natalia Pasternak resume assim a situação em matéria publicada neste sábado no jornal O Globo: “O Brasil, que tinha tudo para ser exemplo, como sempre, nas campanhas de vacinação, fica para trás, com poucas perspectivas reais para o início do ano. Temos duas vacinas candidatas fortes para atender à demanda em 2021, mas, infelizmente, ambas têm obstáculos”. São as da AstraZeneca/Oxford, patrocinada pelo Governo Bolsonaro, e a chinesa Sinovac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan —a principal aposta do governador de São Paulo, João Doria, para se candidatar à presidência.

Algumas UTIs, como as do Rio de Janeiro, estão à beira do colapso. Manaus, capital da Amazônia e a cidade mais atingida no início da pandemia, está cavando novas sepulturas por causa do aumento de casos de contágio e vítimas, o que definitivamente enterraria a hipótese, sugerida em um estudo acadêmico, de que foi a primeira do mundo a alcançar a imunidade de rebanho. Números oficiais, prejudicados pela subnotificação decorrente da escassez de testes, indicam que o vírus matou proporcionalmente menos aqui do que em outros 16 países, incluindo Espanha, Peru e Estados Unidos. Do 1,8 milhão de mortes por coronavírus em todo o planeta, mais de 195.000 eram brasileiros.

Fonte: MSN

Holanda antecipa início da vacinação contra o coronavírus para 6 de janeiro

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O Ministério da Saúde da Holanda anunciou nesta 2ª feira (4.jan.2021) que antecipou a data de início da campanha de vacinação contra o coronavírus no país para 4ª feira (6.jan). Antes, o governo local considerava que a imunização só seria possível a partir do dia 18 de janeiro

Veja também: Covid-19: EUA estudam aplicar metade da dose de vacina para acelerar imunização

O país é o único da União Europeia que ainda não iniciou a imunização contra a covid-19 mesmo depois de autorizado o uso emergencial da vacina da Pfizer-BioNTech, motivo que gerou críticas ao governo holandês.

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A campanha vai priorizar a vacinação dos profissionais de saúde que atuam no combate à doença e funcionários que trabalham em casas de repouso para idosos.

O órgão informou que o programa começará em um posto de vacinação na cidade de Veghel, a 120 quilômetros de Amsterdã. Depois, as vacinas serão distribuídas por toda a Holanda.

Fonte: MSN

México aprova vacina de Oxford para uso emergencial contra a Covid-19

A informação foi divulgada pelo vice-secretário de saúde Hugo López-Gatell, em tuíte na noite desta segunda-feira (4).

Veja também: Vacina indiana ainda depende de aprovação e pode ter barreiras para uso em clínicas privadas

É a segunda vacina contra o novo coronavírus aprovada no país, depois do produto da Pfizer, que o México autorizou e começou a aplicar na população em dezembro.

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O ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, saudou a notícia da segunda autorização de vacina de emergência e escreveu no Twitter que “a produção começará em breve no México”. (CNN)

Fonte: Bahia na Política 

Vacina indiana ainda depende de aprovação e pode ter barreiras para uso em clínicas privadas

A Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (Abcvac) anunciou, no último domingo (3), que negocia a compra de cinco milhões de doses da Covaxin, imunizante contra a Covid-19 fabricado na Índia pela farmacêutica Bharat Biotech. Também no último domingo, o governo indiano aprovou o uso dessa vacina no país.

Membros da Abcvac viajam hoje para a cidade de Hyderabad, capital do estado de Telangana, no sul da Índia, para conhecer a fábrica da farmacêutica, que tem capacidade de produzir 300 milhões de doses. A associação representa 200 clínicas particulares no Brasil, que equivalem a 70% do mercado privado nacional e terão prioridade na aquisição da vacina.

É importante ressaltar que o governo federal já havia demonstrado interesse na vacina indiana, já que a Covaxin faz parte do Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19 no Brasil. No documento, o governo diz ter firmado um memorando de entendimento com o laboratório indiano para demonstrar a intenção de compra da vacina.

Nesta segunda-feira (4), o Ministério da Saúde afirmou que a rede privada também deve seguir a ordem de vacinação de grupos prioritários prevista no plano nacional. Por isso, mesmo que as clínicas possam vender o produto, elas deverão priorizar idosos e profissionais de grupos específicos.

Para entender melhor os detalhes da vacina indiana, o InfoMoney compilou dados e informações sobre o imunizante e conversou com especialistas para compreender se ação da Abcvac tem respaldo legal ou não. Confira.

Covaxin, a vacina da Índia

Apoiada pelo governo indiano, a Covaxin está sendo desenvolvida pela farmacêutica indiana Bharat Biotech em parceria com o Conselho Indiano de Pesquisa Médica, órgão ligado ao governo da Índia.

A vacina tem a previsão de ser lançada no mercado em fevereiro, meses antes da previsão inicial dos desenvolvedores, para julho deste ano.

Em artigo publicado pela própria farmacêutica em versão pré-print (sem revisão de pares científicos), na plataforma medRxiv, os pesquisadores concluem que as fases 1 e 2 de testes clínicos da Covaxin mostraram que o perfil de segurança da vacina é “tolerável” e superior ao de outros imunizantes. Também afirmaram que não houve registro de evento adverso grave entre os participantes.

Vacina depende de aprovação no Brasil

Mesmo com aprovada para uso emergencial na Índia e com possíveis contratos de aquisição de doses em andamento, a vacina indiana está no centro de críticas da comunidade científica pela insuficiência de informações para aprovar o medicamento.

Pesquisadores tentam entender como a vacina já foi aprovada sem a conclusão dos estudos sobre a fase três dos testes clínicos, última etapa de testes, que determina a eficácia do imunizante. O imbróglio envolvendo a Covaxin é semelhante ao que ocorreu com a vacina russa Sputinik V, aprovada para uso na Rússia sem antes finalizar a última etapa de testes, o que levantou apontamentos de diversos cientistas ao redor do globo e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ainda em andamento, a fase três de testes clínicos da Covaxin teve início recentemente, no dia 16 de novembro, e é o maior teste conduzido para vacinas na Índia, reunindo mais de 23 mil voluntários.

Embora tenha divulgado alguns dados sobre segurança e um comunicado dizendo que a Covaxin “produz respostas imunológicas de longo prazo contra múltiplas proteínas virais, não apenas a proteína spike e capacidade neutralizante que pode reduzir ou eliminar mutações”, a farmacêutica não detalhou informações sobre segurança e eficácia e não publicou os dados completos em algum periódico científico para que outros pesquisadores avaliem os resultados – passo essencial para que uma vacina possa ser considerada eficaz pela comunidade internacional.

Apesar de ter aprovado o uso emergencial do imunizante, a Organização Central de Controle de Medicamentos da Índia, órgão regulador de medicamentos do país, ainda não se pronunciou sobre a eficácia da Covaxin. De acordo com uma fonte da agência de notícias Reuters, o imunizante teria mais de 60% de eficácia, com um regime de aplicação de duas doses.

Ainda de acordo com o órgão regulador, a Covaxin foi aprovada “para uso restrito em situação de emergência, por interesse público e como precaução, ainda em testes clínicos, especialmente no contexto de infecções por mutações da cepa [do vírus]”.

Uma rede independente de fiscalização da saúde pública na Índia, a All India Drug Action Network (Aidan), divulgou um comunicado solicitando mais informações sobre o os testes clínicos e os números de segurança e eficácia. A Aidan disse estar “perplexa” e afirmou que busca entender “qual lógica científica” motivou os especialistas a autorizar o imunizante ainda em testes clínicos, em um post no Twitter.

Uso da vacina em clínicas privadas

A movimentação do setor das clínicas particulares para aquisição de vacinas é legal, mas esbarra no mesmo problema que o setor público tem com os imunizantes: regulamentação, segundo explicou Marina Zago, advogada do escritório Demarest e especialista em direito sanitário e direito administrativo, ao InfoMoney.

“Independentemente do setor, público ou privado, a vacina precisará seguir todos os ritos legais para a sua regularização no Brasil, já que as normas da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] são aplicáveis para todos os setores”, diz Marina.

A vacina indiana, porém, pode ter dois problemas adicionais: a falta de dados de segurança e eficácia e a ausência de testes clínicos realizados em solo nacional. A vacina de Oxford, por exemplo, já divulgou seus resultados finais de eficácia e já terminou seus ensaios clínicos no Brasil.

“É um contato preliminar, de interesse, por parte das clínicas, já que estamos falando de uma vacina sem dados publicados. Mesmo assim, eu entendo que precisa existir um alinhamento entre as clínicas privadas e o governo para que isso não se torne um problema lá na frente”, acrescenta.

Para Marina, a movimentação do setor privado demonstra um claro interesse no mercado dos imunizantes, mas se as clínicas realmente quiserem vender suas doses, isso não pode afetar o cronograma do governo federal. O oferecimento de doses na rede privada precisa ser um complemento ao programa do Ministério da Saúde e não concorrente.

“Sempre foi permitido às clínicas particulares buscar formas de complementação e apoio ao setor público. O que preocupa nessa situação da Covid é que o Ministério da Saúde precisa ter uma quantidade enorme de vacinas para imunizar boa parte da população, então as clínicas não podem atrapalhar o plano governamental”, explica Marina. Em caso de prejuízo ao plano nacional, o governo pode entrar com sanções aos laboratórios, por exemplo restringindo a importação da vacina.

“O setor privado precisa adquirir as doses excedentes daquelas que o Ministério está para encomendar. Essas doses funcionarão como doses de apoio. As clínicas precisam se organizar para mostrar um cronograma quantitativo ao governo, para explicar que eles não estão interferindo no plano do governo”, acrescenta.

Marina ainda lembra que, no caso das vacinas que estão sendo testadas no Brasil, como a de Oxford, a da Sinovac e a da Moderna, as farmacêuticas possuem duas alternativas que podem ser mais ágeis em relação ao registro definitivo pela Anvisa: a aprovação de uso emergencial via “Lei Covid” (saiba mais sobre essa lei), ou pela submissão contínua de resultados.

Em nota, a Anvisa confirmou que o laboratório Bharat Biotech fez um primeiro contato para iniciar o procedimento de submissão contínua, “que é quando os dados de estudos de uma vacina são apresentados aos poucos para análise da agência reguladora”, mas esse procedimento é restrito a empresas que possuem ensaio clínico em condução no Brasil, o que não é o caso da Covaxin.

Entretanto, nada impede que as clínicas particulares procurem um laboratório interessado em patrocinar o estudo clínico por aqui. Para Marina, a movimentação do setor privado pode acabar pressionando o governo federal, já que o Ministério da Saúde ainda não possui uma data exata para o começo da campanha de vacinação no Brasil e a Anvisa ainda não aprovou nenhum medicamento.

“Quando uma associação ou uma clínica particular especifica começa a ir atrás de uma vacina para utilizar na rede privada, isso coloca em perspectiva o quanto os governos precisam agilizar o processo. É uma declaração de interesse incipiente, mas demonstra que o setor privado está se empenhando fortemente para trazer as doses”, conclui Marina.

Técnica de produção da Covaxin

O método de produção escolhido pela Bharat Biotech para confeccionar a sua vacina é a mesma técnica que está sendo utilizada para produzir a CoronaVac, a vacina da farmacêutica china Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo.

A vacina Covaxin é feita a partir do vírus inativado. O procedimento consiste em injetar o vírus inativo por agentes químicos ou físicos no organismo, fazendo com que o sistema imunológico identifique o invasor e produza defesas contra ele.

Assim, quando o corpo entrar em contato com o vírus real, o sistema imune já terá criado as defesas necessárias para combater a doença. Segundo o Instituto Butantan, que fornece mais de 70% das vacinas utilizadas no Brasil, a estratégia de trabalhar com o vírus inativo já foi utilizada para o desenvolvimento de várias outros imunizantes conhecidos, como a vacina contra a pólio e contra o vírus do sarampo, por exemplo.

Fonte: Jornais Virtuais

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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/01/04/laboratorio-indiano-inicia-aprovacao-de-vacina-junto-a-anvisa/

Covid-19: EUA estudam aplicar metade da dose de vacina para acelerar imunização

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O governo dos Estados Unidos estuda a possibilidade de aplicar metade da dose da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Moderna em algumas pessoas, com objetivo de acelerar o processo de imunização. A informação foi confirmada neste domingo (3) pelo cientista Moncef Slaoui, que integra a força-tarefa da Casa Branca no combate à doença.

Em entrevista à CBS, Slaoui explicou que há evidências de que, para indivíduos entre 18 e 55 anos, a aplicação de metade da dose duas vezes induz “resposta imune idêntica” à da dose recomendada de 100 microgramas. “No fim, essa é uma decisão que caberá à Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês”, ponderou.

Fonte: O Povo Online

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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/06/08/no-dia-nacional-da-imunizacao-sanofi-pasteur-lembra-a-importancia-das-vacinas-na-prevencao-de-doencas/

Governo deve zerar imposto de importação para seringas e agulhas

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O governo deverá zerar nesta terça-feira, 5, o imposto de importação incidente sobre seringas e agulhas. Apesar de ter reduzido tarifas para a compra do exterior de diversos produtos ligados à pandemia, como máscaras e álcool em gel, os materiais necessários para a vacinação da população contra a covid-19 só serão contemplados agora.

Até hoje, o importador tem que pagar 16% sobre a compra de seringas e agulhas. Nesta terça-feira, haverá uma reunião extraordinária do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex), convocada apenas para analisar o pedido de redução da tarifa, feito pelo Ministério da Saúde.

Segundo o Estadão/Broadcast apurou, a tendência é que a alíquota seja zerada. O grupo é formado por ministros da Economia, Relações Exteriores, Agricultura e outros representantes dessas pastas e da Presidência da República.

Neste domingo, 3, o governo restringiu a exportação de seringas e agulhas do Brasil. Uma portaria da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) determinou que a venda destes produtos para outros países precisará de uma “licença especial”. Respiradores pulmonares, máscaras, luvas e outros equipamentos usados na resposta à pandemia já exigiam este tipo de aval do governo para serem exportados.

Zerar o imposto de importação terá um efeito muito mais significativo do que a restrição de exportações. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior, em 2020, o Brasil importou US$ 49,531 milhões em agulhas e seringas como as que devem ter a alíquota agora zerada. Foram US$ 61,932 milhões comprados em 2019.

Já as exportações são bem menos significativas: foram US$ 4,373 milhões em 2020 e US$ 4,641 milhões em 2019.

Enquanto outros países já iniciaram a vacinação contra a covid-19, o Brasil ainda tenta garantir os insumos necessários para a campanha. Como revelou o Estadão, a Saúde só conseguiu encaminhar o contrato de 7,9 milhões dos 331 milhões de conjuntos destes produtos, procurados por meio de pregão eletrônico feito no último dia 29. O número corresponde a cerca de 2,4% do total de unidades que a pasta desejava adquirir.

No pregão, o ministério buscava ofertas para conjuntos de seringas e agulhas de diferentes tipos. Dos 4 itens procurados pela pasta, 3 não tiveram propostas válidas. Nestes casos, os preços oferecidos podem ter superado valores fixados pelo ministério ou as empresas não apresentaram a documentação necessária. O quarto item teve lance válido apenas para parte do que era ofertado.

Em nota enviada na ocasião, o Ministério da Saúde afirmou que “o pregão para compra de seringas e agulhas ocorreu dentro do trâmite legal”.

Desde o início da pandemia, o governo já reduziu a tarifa de importação de 480 produtos relacionados ao combate ao novo coronavírus, como medicamentos, álcool em gel, máscaras e luvas.

Compra costuma ser feita por Estados e municípios

A compra de seringas e agulhas costuma ser feita por Estados e municípios. Durante a pandemia, porém, o ministério decidiu centralizar estes insumos.

No último dia 30, o governo do Estado de São Paulo informou que adquiriu, em 2020, 71 milhões de seringas e agulhas para aplicação da vacina contra covid-19. O número representa 71% da previsão inicial do governador João Doria (PSDB), que afirmou que seriam adquiridas o total de 100 milhões.

O governo estadual prevê começar a vacinação no dia 25 de janeiro. Na primeira fase, está prevista a imunização de 9 milhões de pessoas dos grupos prioritários: profissionais de saúde, idosos, moradores de casas asilares, indígenas e quilombolas.

Fonte: Terra

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Falta de medicamento para transplante de medula preocupa pacientes

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A falta de um medicamento fundamental para o transplante de medula óssea está preocupando médicos e pacientes brasileiros. Na maioria dos casos, antes de fazer o transplante, o paciente precisa tomar um remédio chamado Bussulfano,  que destrói as células doentes, preparando o organismo para receber as células saudáveis da medula do doador.

O laboratório francês, Pierre Fabre, o único que comercializa esse produto no Brasil, anunciou, em novembro, que vai parar a distribuição porque a fábrica, a única aprovada pela Anvisa, encerrou as atividades. Por isso, o laboratório afirmou que busca uma outra opção de fornecimento para o mercado brasileiro.

A Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia alertou para o prejuízo no tratamento caso a distribuição seja interrompida.  Já a Anvisa disse que, por causa da importância do medicamento, estuda ações e medidas que possam favorecer o acesso a produtos similares.

O Ministério da Saúde diz que não foi notificado da decisão e declarou que o Instituto Nacional do Câncer, o Inca, tem estoques do medicamento para apenas mais três meses.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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