Sentimento positivo no geral, mas com muitas incertezas e a pandemia no radar!

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Os mercados globalmente buscam construir um sentimento positivo para 2021, mas realidades presentes pontificam a absoluta necessidade de haver serenidade nas reações, visto que existem muitos fatores incertos no cenário, com ênfase à própria desenvoltura do repique da pandemia do coronavírus, a despeito da disponibilização em grande parte do mundo das vacinas.

Os Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia apresentam dados que evidenciam a intensificação da pandemia do coronavírus, com aumento expressivo das infecções e mortalidade, e isto pode ter impactos regressivos nas perspectivas de retomada da atividade econômica nestas áreas, mesmo com a intensificação da vacinação.

No Brasil este fato é uma triste realidade, embora o negacionismo governamental continue ousando em menosprezar o grave problema sanitário, que já retoma clima e números outra vez preocupantes dado ao descaso da população, e que tende a maior agravamento a partir da segunda quinzena deste mês como reflexo dos intensos abusos da população ao final do ano e que encontrará campo fértil para sua expansão face à total desorganização e abuso na atitude de prevenção aliado ao expressivo retardamento das ações com vacinação.

O anseio do governo e da população é voltar à normalidade, porém todas as ações comportamentais ensejam o menosprezo ao risco e o retorno imediato ao agravamento da pandemia, predominando o negacionismo e a burocratização das medidas emergenciais necessárias, o que enseja o contraditório.

Pela dinâmica da repropagação do vírus é quase inevitável que vá impactar na retomada das atividades econômicas no Brasil, onde já há fatores adversos fortes presentes que devem repercutir na intensidade da demanda de bens na economia, pois foram encerrados os programas assistenciais do governo prevalecentes ao longo dos últimos 10 meses pandemia e que injetaram na economia volumosos recursos que deram sustentação ao PIB evitando assim uma queda mais expressiva.

Na realidade ainda não se tem aferição precisa de quão relevante foram exatamente os benefícios para evitar uma derrocada mais intensa da atividade econômica os programas assistenciais, especula-se modestamente, mas, certamente, agora impactará na retração das expectativas sobre o PIB 2021, no nosso ponto de vista ainda não devidamente considerada.

Certo é que haverá um retorno expressivo de parte da população à linha abaixo da pobreza e que as estatísticas de desemprego serão infladas por este publico adicional.

Por isso, entendemos que as projeções econômicas para este ano de 2021 devam ser observadas com extrema sensatez, expurgando das mesmas os fortes anseios que podem distorcer a realidade, e assim agindo há um enorme leque de incertezas no panorama prospectivo do Brasil.

Quando observamos 2020 vemos uma queda não tão expressiva do PIB da ordem de 4,5%, mas sabemos o que deu sustentação, mas também verificamos o “dano fiscal” consequente que elevou o déficit a estimados R$ 730,0 Bi, e agravou demasiadamente a crise fiscal do país, exaurindo os recursos governamentais em sua quase totalidade e pontificando como relevante risco fiscal do país.

As projeções iniciais do Boletim FOCUS tradicionalmente, ano após ano, resultam erráticas, portanto devem ser observados de forma bastante relativa ao início do ano. Projeção de IPCA para 2021 de 3,34% naturalmente não está precificando adequadamente o impacto nos preços dos serviços, que representam 70% do PIB, do IGP-M de 25% do ano de 2020.

O governo poderá ser fortemente pressionado nas taxas de juro para a rolagem dos R$ 1,3 trilhão vincendo da Dívida Pública este ano, e este fato não pode estar fora do radar.

No Brasil há enorme expectativa quanto ao fluxo de recursos externos para a Bovespa, porém alertamos para o fato de que não deve ser perdido de vista o comportamento do dólar, quando se fizer análises prospectivas em torno da evolução ou tendência de evolução do índice da B3 (SA: B3SA3).

No ano de 2020 o índice apresentou prejuízo de 20% em dólares para os investidores, em linha naturalmente podendo ter excedido para alguns e ter sido reduzido para outros dependendo do momento do ingresso, mas a mediana foi este percentual e foi expressivo.

O ganho de 3% em real pode refletir preços inflados e acima dos parâmetros de razoabilidade num ambiente de PIB negativo de 4,5%, pressionados por demanda num ambiente de exiguidade de oportunidades. Este fato merece melhor observação.

Desta forma, é fundamental que ao se analisar prospectivamente as tendências do índice da B3 se correlacionem necessariamente com o comportamento da moeda americana, já que a impulsão doravante tenderá a decorrer muito mais do ingresso de investidores estrangeiros, visto que os nacionais, inclusive pessoas físicas, já estão posicionados.

Se a moeda americana fortalecer o viés de depreciação no mercado global como tem sido especulado pelos “players” nos posicionamentos em relação á moeda, com correspondência direta do movimento no nosso mercado local, sem que haja grande incremento sustentável dos preços das ações brasileiras, em especial as “blue chips”, pode tornar caros os preços dos papéis em dólares e estimular a realização do ganho cambial por parte dos investidores estrangeiros já presentes no nosso mercado, ante a inviabilidade do ganho da rentabilidade no preço dos papéis.

Por outro lado, a depreciação do dólar tenderia a reduzir a continuidade da atratividade dos papéis brasileiros por parte de novos investidores estrangeiros que poderiam passar a ser considerados “caros”.

Contudo, para continuar sendo atrativa ou em alta a B3 precisa alargar o leque de oportunidades em ações de setores relevantes da economia e esta evidenciar revitalização, visto que o comércio varejista poderá sofrer mais diretamente os efeitos da queda de consumo decorrente do encerramento dos programas assistenciais, e as “blue chips” nacionais continuam as mesmas há anos.

Ainda paira na visão prospectiva o temor de na reforma tributária ser introduzida a tributação sobre dividendos, o que seria altamente negativo para o mercado acionário.

O dólar tende a repercutir no nosso mercado o comportamento como da tendência no mercado externo, que se insinua ser de depreciação, porém existem fatores de contenção internos pontuais de natureza política, fiscal, monetária e alterações de preços nas commodities, que podem provocar desalinhamentos.

A política de “câmbio alto” implementada e estimulada pelo Ministério da Economia promoveu forte enriquecimento do agronegócio brasileiro que, afora a alta do preço da moeda em torno de 25% na média, ainda usufruiu da expressiva alta dos preços das commodities, como a soja que subiu 38,2% e que desta forma obteve benefício em torno de incremento de 70 a 75% nos preços finais/receitas. Mas, por outro lado, o câmbio alto provocou efeitos colaterais danosos à economia brasileira ao trazer de volta inflação pesada, da ordem de 13% nos alimentos da cesta básica, e fomentar o IGP-M em nível de 25% que reajusta os serviços, que depreciam o rendimento dos assalariados em face de um IPCA de tão somente 4,38%.

É muito provável que neste ano, com relações mais tênues com os Estados Unidos, a China busque incrementar suas compras de soja americana e outras commodities e até de outros países, numa discreta retaliação ao Brasil face aos agravos no relacionamento ocorridos recentemente envolvendo picuinhas desnecessárias na tecnologia da 5G e mesmo na questão das vacinas, e também tudo indica que o preço do dólar sofrerá depreciação em relação ao ano passado no nosso mercado, o que impacta na nossa competitividade.

Poderemos ter um desempenho de balança comercial menos expressivo, mas acreditamos que o mundo continuará demandando commodities, porém pode diversificar os fornecedores na medida em que as economias vão se recompondo.

Não podemos perder de vista que os Estados Unidos são nossos concorrentes em inúmeros itens de exportação e o dólar fragilizado potencializa sua competitividade, que resultará saudável para sua retomada da atividade econômica. O FED americano já salientou que a despeito da vacina continuará com sua política monetária estimulante.

Os entraves brasileiros perduram os mesmos e centrados na necessidade de reformas estruturais e viabilização de adequação da severa crise fiscal que imobiliza as ações de governo, e que ofuscam em parte a atratividade que o país deveria despertar neste momento em que há incremento de liquidez no mercado internacional.

Embora os sinais iniciais sejam de que Brasil procura manter um ambiente positivo é inevitável que haja sensatez e muita avaliação prospectiva embasada na realidade e não nos anseios para que não se criem expectativas distorcidas.

Os “medos” globais ainda são intensos e no Brasil, enormes e o comportamento do dólar ontem, volátil e excessivamente desproporcional em relação ao real, deixou evidente esta realidade e a postura defensiva evidenciou a nossa vulnerabilidade.

E, relevante, não pode ser relegado a plano secundário os efeitos negativos imediatos que a pandemia do coronavírus ainda pode causar às atividades econômicas, mesmo com a disseminação da vacinação e no Brasil pior porque estamos atrasados na vacinação e o governo não tem recursos para estimular a atividade econômica.

Fundamentalmente, o Brasil precisa descomplicar-se! Mas este sabidamente é um desafio enorme, e disto mais do que tudo depende o nosso desempenho neste ano!

Fonte: Investing Brasil

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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/04/06/coronavirus-10-das-pessoas-no-grupo-de-risco-tem-problemas-neurologicos/

Apesar do superavit em 2020, Brasil sofre com queda de exportações

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A pandemia da covid-19 colocou o mundo em recessão e fez estragos no comércio internacional em 2020. Pelas estimativas da Organização Mundial do Comércio (OMC), o intercâmbio global deverá crescer 7,2%, em 2021, depois de desabar 9,2% no ano passado. E, no Brasil, o avanço deverá ser mais modesto pelas projeções da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, que estima alta de 5,5% na corrente de comércio — resultado da soma dos embarques e desembarques —, para US$ 389,2 bilhões. Segundo analistas, há muitos desafios para o país ser mais competitivo.

Conforme dados da Secex divulgados, ontem, após as quedas de 6,1%, nas exportações, e de 9,7% nas importações, a balança comercial brasileira registrou superavit de US$ 51 bilhões, o terceiro melhor da série histórica iniciada em 1989, e o maior desde 2018. O resultado, no entanto, ficou levemente abaixo das estimativas do mercado devido, principalmente, ao aumento de quase 40% nas importações de dezembro, fruto de um artifício contábil da nacionalização de cinco plataformas de petróleo, pelo regime especial Repetro, que somou US$ 4,7 bilhões.

Em 2020, a corrente de comércio do país somou US$ 368,8 bilhões, dado 8,4% inferior aos US$ 402,7 bilhões contabilizados em 2019. Para este ano, as projeções da Secex indicam crescimento de 5,3% nas exportações e de 5,8% nas importações, resultando em um superavit de US$ 53 bilhões.

Apesar do saldo positivo na balança comercial em 2020, o Brasil não tem muito o que comemorar, na avaliação de José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). “As importações e as importações tiveram queda. O superavit foi uma mera consequência desse quadro que ainda mostra o comércio brasileiro cada vez mais dependente das exportações de commodities e pouco competitivo no mercado de produtos manufaturados e de maior valor agregado”, avalia.

Castro destaca que o país perdeu mercado junto a importantes parceiros comerciais, como Estados Unidos, Argentina e União Europeia e o crescimento das exportações brasileiras deste ano será mais um efeito estatístico sobre uma base muito ruim. “Voltamos ao patamar de 2010, com quase US$ 210 bilhões embarcados, ou seja, não houve avanços nessa década”, destaca.

A última previsão da AEB estimava saldo positivo de US$ 51,9 bilhões em 2020, e, para 2021, a entidade está mais otimista do que o governo, pois espera um superavit comercial recorde de US$ 69 bilhões, puxado pela alta das exportações, principalmente, para a China, maior parceiro comercial do Brasil. Soja e minério de ferro, principais itens da pauta brasileira, não colocam o país como protagonista no cenário externo. “O Brasil não consegue aumentar sua participação no comércio global há várias décadas. Reforma tributária e mais investimentos em infraestrutura, que ajudariam a melhorar a competitividade, não avançaram”, lamenta. Castro lembra que a ineficiência da logística e a elevada carga tributária pesam em 30% no preço final dos produtos nacionais lá fora, o chamado Custo Brasil.

Na avaliação de Wagner Parente, especialista em relações internacionais e CEO da BMJ Consultores Associados, “o que tinha de notícia boa para o agronegócio, que foi o destaque da pauta exportadora brasileira em 2020, já aconteceu”.

Diplomacia abandonada

Graças ao abandono da tradicional diplomacia e aos retrocessos na área ambiental de integrantes do governo Jair Bolsonaro, o país deverá sentir as consequências tanto nos investimentos quanto no comércio, de acordo com analistas ouvidos pelo Correio. Para eles, será preciso mudanças no rumo nessas duas agendas e troca de ministros.

Em meio ao aumento recorde dos números de desmatamentos e queimadas do país, a ratificação do tratado de livre comércio entre União Europeia e Mercosul, assinado em junho de 2019, está parada nos parlamentos dos países-membros enquanto o governo brasileiro afrouxa as regras e sucateia órgãos fiscalizadores do Meio Ambiente. E o país continua isolado na área comercial, apesar de o ministro da Economia, Paulo Guedes, assim que tomou posse, garantir que a abertura comercial era uma das prioridades.

“Um dos maiores problemas para a abertura é o Custo Brasil. É uma tarefa enorme reduzi-lo para tornar o país competitivo”, destaca o diplomata Roberto Abdenur, ex-embaixador do Brasil na China, na Alemanha e nos Estados Unidos. Na avaliação do diplomata, o mérito do acordo entre UE e Mercosul não é do atual governo, mas da diplomacia brasileira, porque foi negociado nos últimos 20 anos e assinado com a condicionante de respeito ao Acordo de Paris.

Ratificação parada

“A ratificação do acordo UE-Mercosul está paralisada, e não digo que de todo inviabilizada, por conta das políticas regressivas na gestão ambiental e no desrespeito aos povos indígenas”, explica Abdenur. Ele acredita que a diplomacia brasileira sofreu um retrocesso ao permitir que o país se tornasse um vilão internacional, algo muito ruim para imagem, que é difícil reverter. Para piorar, com a expectativa de uma ação mais conjugada entre UE e os Estados Unidos, sob o comando do democrata Joe Biden, defensor da causa ambiental, a partir de 20 de janeiro, o diplomata reconhece que é provável que o acordo UE-Mercosul sofra retrocessos, “pois os europeus estarão mais interessados em se aproximar da maior economia do planeta do que do Brasil”.

Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), lembra que a pandemia acelerou uma mudança na percepção global sobre a importância da preservação ambiental e o Brasil está à margem dessa nova tendência, podendo perder mais um bonde da história. “Essa é uma agenda moderna e o custo da preservação ambiental entra nos balanços de riscos dos investidores. Se o Brasil ficar de fora, os riscos de sofrer as consequências por não estar alinhado com as tendências do mundo aumentam. É uma questão de negócios. Não é uma questão ideológica. E, futuramente, haverá punições para quem não preservar”, alerta.

Para Wagner Parente, CEO da BMJ Consultores Associados, Bolsonaro poderá dar uma boa sinalização de mudanças na diplomacia e na área ambiental na próxima reforma ministerial, prevista para fevereiro. “O Brasil está isolado do mundo e tende a ficar ainda mais isolado enquanto mantiver figuras da ala ideológica do Itamaraty e do Meio Ambiente atrapalhando a economia”, critica.

Fonte: Correio Braziliense Online

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IPCA para 2020 passa de 4,39% para 4,38%, prevê Focus

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Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente a previsão para o IPCA o índice oficial de preços em 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA no ano passado foi de alta de 4,39% para 4,38%. Há um mês, estava em 4,21%. A projeção para o índice em 2021 foi de 3,34% para 3,32%. Quatro semanas atrás, estava em 3,34%.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,50% e 3,25%, nesta ordem.

A projeção dos economistas para a inflação está acima do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).

Em dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de novembro foi de 0,89%. Em 12 meses, a taxa acumulada está em 4,31%.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 segue em 4,34%. Para 2021, a estimativa do Top 5 seguiu em 3,41%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,04% e 3,41%, respectivamente. No caso de 2022, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,52%, ante 3,50% de um mês atrás. A projeção para 2023 no Top 5 seguiu em 3,50%, ante 3,38% de quatro semanas antes.

Fonte: Tribuna do Norte

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PróGenéricos entra na justiça para barrar aumento de ICMS

Telma Salles

 

A Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos) entrou na guerra judicial para reverter o aumento alíquota do ICMS sobre os medicamentos genéricos no estado de São Paulo e garantir a isenção do imposto estatual para os medicamentos oncológicos.

A entidade foi admitida, como amicus curiae, na ação movida pelo Sindusfarma que questiona o decreto do governador João Dória que elevou de 12% para 13,3% a alíquota do ICMS sobre os genéricos em São Paulo e eliminou o subsídio aos medicamentos oncológicos, que passarão a recolher 18% de ICMS a partir de janeiro, no estado.

A ação questiona a legalidade das alterações tributárias promovidas por meio de decreto pelo governo paulista. O aumento de alíquotas do ICMS, segundo a ação, só poderia ter sido realizado por meio de Lei específica aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo.

Em outubro, a ALESP aprovou a Lei 17.293, que a pretexto de promover reforma fiscal do Estado, autorizou o governo de São Paulo a aumentar alíquotas do ICMS por meio decreto, confrontado a Constituição do Estado de São Paulo e a Constituição Federal, que exige lei específica para aumento dessa natureza (Princípio da Legalidade).

Segundo dados do IQVIA, instituto que monitora o varejo farmacêutico no país,  41,1% dos medicamentos consumidos em São Paulo são genéricos. “O aumento da carga vai afetar diretamente os consumidores, já fragilizados pela pandemia e pelo desemprego”, diz Telma Salles, presidente da PróGenéricos.

Segundo a executiva, o aumento de alíquota terá quer ser repassado aos consumidores. “As indústrias já estão pressionadas pelo aumento do dólar, aumento das matérias primas e não conseguirão absorver mais este impacto de custos”.

O aumento do ICMS para os genéricos vai pesar no bolso do consumidor. A Rosuvastatina, por exemplo, utilizada para o controle do colesterol, deve sofrer aumento de 5,60% com a nova alíquota. A Lozartana, usada para controle da pressão arterial, deve ter aumento de  3,80%. “São impactos fortes, que vão pesar no orçamento do consumidor”, diz Telma. “Trata-se de um retrocesso e de um desmonte da política de acesso a medicamentos que vem sido construída no país ao longo dos últimos anos”, completa.

Os genéricos são o principal instrumento de acesso a medicamentos no país. Por lei, eles custam 35% menos que os medicamentos de referência, mas os descontos praticados pela indústria podem chegar a até 80%, dependendo da classe terapêutica avaliada.

“Os genéricos são especialmente importantes para o tratamento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e colesterol alto. Aumentar a carga significará reduzir o acesso dos pacientes a estes tratamentos”, finaliza a executiva.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Medicamento para fibrose cística é aprovado para o SUS

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 A Vertex Pharmaceuticals anunciou nesta segunda-feira (4) que o medicamento Kalydeco (ivacaftor), indicado para portadores de fibrose cística (FC), foi aprovado para ser reembolsado via Sistema Único de Saúde (SUS). Pacientes com FC com 6 anos de idade ou mais com uma das seguintes mutações gating do gene regulador da condutância transmembrana (CFTR): G551D, G1244E, G1349D, G178R, G551S, S1251N, S1255P, S549N ou S549R poderão receber tratamento.

Diferente de outras opções de tratamento atualmente disponíveis no SUS, o ivacaftor (um medicamento conhecido como modulador de CFTR) tem como alvo a causa subjacente da FC. Os pacientes elegíveis são os primeiros na região da América Latina a receberem o tratamento através do sistema público de saúde.

“A Vertex dedicou mais de 20 anos de pesquisa para alcançar o que antes se pensava impossível: desenvolver medicamentos que tratam a causa subjacente da FC. Estamos prontos para trabalhar em estreita colaboração com os centros de referência para garantir o fornecimento do medicamento aos pacientes elegíveis o mais rápido possível após a incorporação”, afirma Fernando Afonso, Country Manager da Vertex Brasil.

Com esta decisão, o Brasil se junta a mais de 25 países que reconheceram o valor dos moduladores de CFTR para tratar a FC, fornecendo aos pacientes acesso sustentável às terapias, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Espanha, Austrália, República Tcheca, Polônia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Dinamarca e República da Irlanda.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Bio-Manguinhos desenvolve vacina sintética para a Covid-19

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Foto: Bernardo Portella (Bio-Manguinhos/Fiocruz)

A Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), está desenvolvendo duas novas vacinas para combater a Covid-19. Os projetos, segundo o diretor-geral da instituição, Maurício Zuma, são de dois imunizantes sintéticos, sendo um em parceira com uma biontech britânica. As informações são do jornal Valor Econômico e do portal Bio-Manguinhos/Fiocruz.

Segundo Zuma, as pesquisas começaram já em abril e maio do ano passado e os testes em vitro, em laboratório, se mostraram promissores. O executivo ressaltou que, apesar de serem desenvolvidas com tecnologias mais avançadas, essas vacinas não devem chegar ao mercado antes de 2022.  Segundo ele, até agora os investimentos nas pesquisas estão sendo bancados pela fundação, por meio do seu orçamento. Zuma diz que a expectativa é que a Bio-Manguinhos tenha mais facilidade de produzir esses imunizantes em escala de laboratório para os estudos clínicos no futuro próximo.

As vantagens da abordagem vacinal sintética são a rapidez no desenvolvimento em comparação às metodologias tradicionais e o não requerimento de instalações de biossegurança nível 3 para as primeiras etapas de desenvolvimento (sendo necessárias somente a partir dos estudos pré-clínicos), bem como o custo reduzido de produção e a estabilidade da vacina para armazenagem.

O Instituto também trabalha com um projeto de desenvolvimento tecnológico de uma vacina com a plataforma de subunidade (que utiliza somente fragmentos de antígenos capazes de estimular a melhor resposta imune), ainda em fase preliminar. Esta abordagem testa diferentes construções da proteína S, que é a principal proteína para a ligação do vírusSars-CoV-2 nas células do paciente, e é responsável pela geração de anticorpos protetores/neutralizantes.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Governo acerta fornecimento de 30 milhões de seringas

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Paulo Fraccaro

Uma reunião entre representantes de três empresas da indústria farmacêutica do Brasil e membros do Ministério da Saúde, nesta segunda-feira (4/1), resultou no acerto do fornecimento de 30 milhões de seringas e agulhas para o governo federal até o final deste mês de janeiro.

Segundo com Paulo Henrique Fraccaro, superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo), as empresas SR, Injex e BD irão produzir 10 milhões de unidades cada. As informações são dos jornais Folha de S.Paulo,  O Globo e do portal Metrópoles .

Este primeiro lote seria uma compra emergencial. O edital para a compra das 300 milhões de seringas e agulhas deve sair na próxima semana. As empresas sugeriram ao governo que a seringa e agulha sejam compradas juntas, por ser uma forma de economizar na esterilização, na embalagem e no transporte.

No primeiro leilão, realizado no final de dezembro, o governo só conseguiu comprar 2,4% do total de seringas e agulhas do necessário. Segundo Fraccaro, o Ministério da Saúde ofereceu um valor completamente defasado de R$ 0,13 por seringa e as companhias pediam entre R$ 0,22 e R$ 0,48, dependendo do item.

A trava para exportação do material não abateu a indústria, uma vez que as vendas externas não respondem nem por 10% do faturamento e só uma empresa opera no exterior, afirmou Fraccaro.

Sem estoque

De acordo com o secretário da Abimo, as empresas não produzem para estoque, toda a produção é para atender o atual consumo, para o plano de vacinação rotineiro do governo e para o uso em hospitais e farmácias.  O Brasil produz cerca de 1,3 bilhão de unidades/ano.

Para a vacinação contra a Covid-19, vai ter que aumentar no mínimo mais de 300 milhões nos próximos doze meses e 400 milhões para 2022. Segundo Fraccaro, com pedidos confirmados e uma programação certa, no prazo de três a quatro meses é possível aumentar a produção nacional para toda a demanda da vacina contra Covid-19.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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Diretor da BioNTech alerta para possível falta de estoque de vacina da Pfizer

A empresa alemã de biotecnologia BioNTech, parceira da Pfizer na vacina contra a Covid-19, trabalha para intensificar sua produção, mas alertou sobre uma possível ruptura de estoque até que outras vacinas estejam disponíveis na União Europeia.

A União Europeia lançou sua campanha de vacinação em 27 de dezembro – a imunização da Pfizer foi a única autorizada até agora pelas agências reguladoras. Poucos dias depois, houve atraso nas entregas. O problema foi rapidamente resolvido, mas em algumas regiões alemãs alguns centros de vacinação tiveram que fechar temporariamente.

“Não há outras vacinas aprovadas e temos que satisfazer a demanda com nosso produto”, declarou Ugur Sahin, diretor-geral da BioNTech, à revista alemã Spiegel. A vacina do grupo Moderna, que também utiliza a nova tecnologia do ARN mensageiro, deve ser aprovada em 6 de janeiro pela Agência Europeia dos Medicamentos.

O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, pediu à agência que aprove rapidamente a terceira vacina, produzida pela universidade britânica de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca, que foi autorizada nesta semana pela Grã-Bretanha. Ela é mais fácil de ser conservada, mas utiliza outra tecnologia. Segundo ao laboratório, ela é 100% eficaz contra formas graves da Covid-19.

Nova linha de produção

O oncologista Ugur Sahin fundou a BioNTech com sua esposa, Oezlem Tuereci. Desde o início, eles criticaram a estratégia europeia de diversificar as encomendas entre inúmeros fornecedores, o que atrasou a produção. Os Estados Unidos compraram 600 milhões de doses da vacina em julho, enquanto a UE esperou até novembro para encomendar a metade.

A empresa alemã deve inaugurar em fevereiro uma fábrica em Mauburg, na Alemanha, que deverá produzir outras 250 milhões de doses durante o primeiro semestre. Sahin também explicou que a empresa trabalha em uma nova versão do produto, mais fácil de manipular. A vacina da Pfizer deve ser conservada a mais de 70ºC negativos, o que complica o armazenamento, o transporte e a distribuição do produto. Uma nova versão da fórmula, que suportaria temperaturas mais elevadas, pode ficar pronta até setembro.

A cofundadora da BioNTech, Ozlem Tureci, também explicou que a empresa deve assinar contratos com outros cinco fabricantes farmacêuticos na Europa para aumentar a produção e outras negociações estão sendo feitas com empresas especializadas. “Até o final de janeiro, vamos esclarecer qual quantidade a mais poderemos produzir”, declarou. Inicialmente, a Pfizer e a BioNTech esperavam entregar 1,3 bilhão de doses no mundo, o suficiente para proteger 650 milhões de pessoas. Para ter eficácia, a imunização requer duas injeções num intervalo de três semanas.

O representante da BioNTech/Pfizer voltou a dizer que a vacina deve ser eficaz contra a nova cepa do vírus, descoberta recentemente e que parece mais contagiosa, mas ainda não pode fazer essa afirmação com certeza. “Estamos fazendo testes para saber se nossa vacina vai funcionar contra essa variante. Saberemos rapidamente”, declarou. Se a mutação do vírus for mais complexa do que o esperado, serão necessárias seis semanas para modificar o produto, afirmou. Novas autorizações de uso também podem ser necessárias, estima.

OMS dá aprovação emergencial

A Organização Mundial da Saúde (OMS) deu nesta quinta-feira 31 sua primeira aprovação emergencial desde o início da pandemia para a vacina Pfizer-BioNTech, o que facilitará o uso do imunizante em países que ainda não a validaram, informou a organização.

“É um passo muito positivo garantir o acesso universal às vacinas contra a Covid-19”, afirmou a brasileira Mariangela Simão, diretora responsável pelo acesso a medicamentos desta agência da ONU, segundo o comunicado.

O procedimento, que pode ser utilizado pela OMS em caso de emergência sanitária, permite que países que não dispõem de meios para determinar rapidamente a eficácia e segurança de um medicamento tenham acesso mais rápido aos tratamentos. A estratégia também permite que o Unicef, órgão da ONU responsável por grande parte da logística de distribuição da vacina em todo o mundo, e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) comprem a vacina para distribuição em países pobres, segundo a nota.

No entanto, Simão enfatizou que “um esforço ainda maior é necessário para garantir que doses suficientes de vacinas estejam disponíveis para atender às necessidades das populações prioritárias em todo o mundo”. A vacina Pfizer-BioNTech já vem sendo usada há várias semanas no Reino Unido, mas também na União Europeia, nos Estados Unidos e na Suíça, entre outros países. Vários milhões de pessoas já foram vacinadas com o imunizante, de eficácia estimada em 95%.

Fonte: Portal Carta Capital

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Aval da OMS à vacina da Pfizer favorece Brasil

Enquanto as tratativas entre a Pfizer e o governo federal continuam estagnadas, o mundo entra em 2021 com a autorização global para o uso emergencial da vacina desenvolvida pela farmacêutica americana, em conjunto com a Biontech, contra a covid-19. Esta é a primeira aprovação do tipo pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em razão da pandemia. A decisão deu-se por meio de análise de especialistas reunidos pela entidade, que concluíram que a “vacina atendeu aos critérios obrigatórios de segurança e eficácia”.

A homologação da OMS facilita a adoção, por agências reguladoras de todo o mundo, do medicamento para a aplicação em caráter restrito –– apenas para alguns setores da população ––, enquanto os países mantêm negociações com o laboratório para a obtenção das doses, como faz o Brasil. A Pfizer chegou a afastar a possibilidade de entrar com o pedido de uso emergencial junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas voltou atrás depois que algumas regras para a submissão foram desburocratizadas pela autarquia.

“Com essa validação da OMS, agiliza-se o uso dessa vacina por ser uma prova de que tem segurança sanitária para ser utilizada. Para o Brasil, pode-se utilizar esse referendo para, finalmente, obtê-la. Mas, depende do governo acertar a compra. O que temos visto é uma dificuldade grande”, destacou o gestor em saúde e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Adriano Massuda. “O Brasil pode, se quiser, se beneficiar disso. É preciso uma decisão política do governo, de orientar a Anvisa para que utilize esse parecer”, frisou.

Massuda observou que a homologação da OMS facilita o uso de vacinas em países que não dispõem de agências reguladoras. Além de servir como referência às entidades sanitárias, a permissão possibilita à própria agência das Nações Unidas a incorporar as doses em mecanismos como a Covax Facility, aliança multilateral que prevê distribuição de lotes aos países que aderiram à iniciativa.

“Há que se destacar que esta não deveria ser a única a ser liberada, já que este produto tem critérios de conservação mais complexos, com necessidade de temperaturas muito baixas”, salientou o médico e doutor em saúde pública Flávio Goulart, destacando a necessidade de se ampliar a possibilidade de uso emergencial de outros imunizantes no Brasil.

Já o fundador da Anvisa e médico sanitarista Gonzalo Vecina vê com desconfiança a decisão da OMS. “Não terá impacto, pois a Pfizer não tem vacinas para fornecer à OMS. Acredito que a novidade acaba sendo um jogo de marketing, que pulveriza vendas pelos países, conquistando bons clientes. Assim, a aprovação, a meu ver, ganha contorno mercadológico. Somente acredito no contrário se a farmacêutica anunciar a entrega de alguns milhões de doses para a OMS usar no Terceiro Mundo”, apontou Vecina.

Já aprovaram o uso emergencial da vacina da Pfizer o Reino Unido, a União Europeia e os Estados Unidos. A autorização não substitui o pedido de registro, necessário para que o fármaco seja aplicado em massa na população. O uso emergencial apenas permite, mediante assinatura de termo de consentimento, a imunização de grupos específicos enquanto a terceira e última fase dos ensaios clínicos são concluídos, comprovando efetivamente a eficácia e a segurança do produto.

Fonte: Jornal Correio Braziliense – DF

App de farmácia aponta alta de 66% com vitaminas em 2020

Levantamento revela que a classe foi um dos destaques do varejo farmacêutico de janeiro a novembro. Cientes da importância de manter a saúde em dia, os brasileiros se mostraram preocupados em ter um sistema imunológico fortalecido em 2020. De acordo com o Farmácias APP, aplicativo de vendas online de saúde e beleza, as vitaminas tiveram um crescimento de 66% no faturamento de janeiro a novembro, comparado ao mesmo período no ano passado. O levantamento leva em conta todo o varejo farmacêutico, tanto físico quanto online.

Dentro da classe, o grande destaque foram as Vitaminas C. Segundo o estudo, o produto teve um aumento na receita de 137% em relação a 2019 e liderou entre os itens que mais cresceram de um ano para o outro. Em segundo lugar, as Vitaminas A, D e Associados também teve crescimento exponencial: no comparativo dos 11 primeiros meses de 2020 com o ano passado, a subcategoria teve alta de 71% no faturamento.

“A imunidade em alto nível é fundamental para prevenir uma série de doenças, principalmente as virais. Com a chegada da pandemia, os brasileiros passaram a investir ainda mais nas vitaminas para minimizar a exposição e riscos do Covid-19”, explica Renata Morais, coordenadora de marketing do Farmácias APP.

Completando os itens que foram mais vendidos, os Polivitamínicos com Minerais também tiveram alta significativa: aumento de 48% no período. Já as classes somadas de Polivitamínicos Puros, Complexo B, Vitamina B1 e Associações, e Outras Vitaminas Puras aumentaram faturamento em 14% no Mercado Farma.

“A tendência é que esses produtos passem a fazer cada vez mais parte da rotina dos consumidores, tendo em vista que 2020 impulsionou ainda mais as vendas desta classe e ainda teremos um próximo ano com cuidados redobrados”, finaliza a executiva.

Fonte: Jornal Diário do Litoral