Covid-19 causa distúrbios neurológicos até em pacientes com sintomas leves, alerta neurocientista

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A retomada do avanço da Covid-19 registrada a partir de novembro ameaça levar ao crescimento do número de pessoas acometidas por distúrbios neurológicos, de depressão a problemas de memória. O alerta é do neurocientista Daniel Martins-de-Souza, do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Ele é um dos coordenadores do grupo de cientistas de várias instituições brasileiras que descobriu alterações na estrutura do córtex cerebral, mesmo em pessoas com sintomas leves de Covid-19. O mesmo grupo comprovou que o coronavírus infecta células cerebrais e afeta suas funções.

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Além da Unicamp, o estudo brasileiro contou com a Universidade de São Paulo (USP) em colaboração com o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O córtex é a região mais nobre e complexa do cérebro. Está ligado a funções fundamentais, como consciência, memória, linguagem, cognição e atenção. Alterações no córtex acontecem em doenças neurodegenerativas graves, como os males de Alzheimer e Parkinson. E, por isso mesmo, os cientistas pretendem acompanhar as pessoas examinadas no estudo de Covid-19 por dois anos, para detectar se houve sequelas.

— A Covid-19 pode afetar o sistema nervoso central. Sabemos que 30% das pessoas com Covid-19 apresentam sintomas neurológicos, isso é muito grave. Pacientes com sintomas leves apresentam alterações na estrutura cortical, e isso está associado à depressão, ansiedade e até mesmo a déficits cognitivos. Com mais gente adoecendo, mais pessoas sofrerão esses problemas — destaca Martins-de-Souza.

O trabalho brasileiro também mostrou que o Sars-CoV-2 é capaz de infectar e se replicar nos astrócitos, células de suporte e as mais numerosas do sistema nervoso central. Isso foi observado por meio de autópsias de vítimas da Covid-19.

Ao afetar os astrócitos, o coronavírus pode prejudicar o funcionamento dos neurônios, que precisam dos astrócitos para se nutrir. Experiências em culturas de células realizadas por Martins-de-Souza mostram que os neurônios se tornam menos viáveis se os astrócitos são infectados.

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É como uma reação em cadeia. O vírus ataca os astrócitos e, infectados, eles morrem ou deixam de cumprir seu papel de suporte aos neurônios. Estes então passam a não levar mais direito os sinais nervosos. O resultado pode ser uma gama de problemas, tão variados quanto dificuldade de raciocínio, perda de memória e depressão.

As alterações no córtex de pessoas com Covid-19 branda foram identificadas por meio de exames de ressonância magnética. Essa parte do estudo brasileiro foi liderada pela cientista Clarissa Yasuda, do Instituto Brasileiro de Neurociência e Neurotecnologia/Brainn/Unicamp. Yasuda analisou imagens do cérebro de 81 pessoas que tiveram Covid-19 com sintomas leves.

Os exames foram realizados, em média, dois meses após o surgimento dos primeiros sintomas da Covid-19. E um terço dos participantes ainda apresentava nesse período problemas neurológicos ou neuropsiquiátricos, como ansiedade, fadiga, dor de cabeça, depressão, perda de paladar, de sono e do desejo sexual.

Foram identificadas diferentes alterações na estrutura cortical, como aumento ou perda de espessura. O próximo passo do trabalho será descobrir se essas alterações são temporárias ou permanentes.

— Esperamos que nosso trabalho sirva como alerta. Nossos dados mostram o quão perigoso é se expor ao coronavírus ou “querer pegar logo isso para ficar livre”. Mas, se nessa de pegar logo, a pessoa sofre uma complicação neurológica? Nossa pesquisa mostra que é melhor fugir dessa ideia. Não dá para predizer quando a “gripezinha” vai se transformar num distúrbio neurológico. Não tem como saber — frisa Martins-de-Souza.

‘Muito trabalho à frente’

Os dados produzidos pelo estudo oferecem informações importantes para tratar a Covid-19, mas a ciência ainda está longe de compreender totalmente a doença.

No fim de 2020, dois novos estudos internacionais publicados na Nature Neuroscience trouxeram evidências do ataque direto do Sars-CoV-2 ao cérebro. O primeiro, realizado pela Universidade de Washington, demonstrou em animais que proteínas do vírus atravessam a defesa do cérebro, a barreira hematoencefálica (a proteção natural contra substâncias tóxicas e infecções).

Outra pesquisa, esta da Universidade Charité (Alemanha), reuniu por meio de autópsias em vítimas fatais da Covid-19 mais evidências de que o coronavírus usa o nariz para chegar ao cérebro.

— Todos esses estudos são importantes e reforçam nossas descobertas. A ciência ainda não desvendou os mecanismos de ataque do coronavírus ao sistema nervoso central — frisa Martins-de-Souza.

Ele explica que demonstrar a queda da barreira em animais é um primeiro passo para indicar que o mesmo poderia acontecer com seres humanos. Mas há outras hipóteses não excludentes, como a da invasão do vírus através do nariz, via nervo. E alguns pesquisadores já levantaram a hipótese de o coronavírus chegar ao cérebro pelo nervo vago (o maior nervo craniano, que vai do cérebro ao estômago).

— Avançamos muito, mas essa é uma doença complexa. Temos muito trabalho à frente — diz o neurocientista.

Fonte: Yahoo Brasil

Denunciada na Argentina sabotagem e perda de 400 doses da vacina Sputnik V

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Quatrocentas doses da vacina Sputnik V contra o novo coronavírus, com a qual a Argentina iniciou a imunização, tiveram que ser descartadas após perder a cadeia de frio, informaram nesta segunda-feira (4) autoridades de saúde, que denunciaram uma suposta sabotagem.

“Na madrugada desta segunda-feira foi registrada uma sabotagem no Hospital provincial de Oncologia Luciano Fortabat, da cidade de Olavarría, devido à perda da cadeia de frio de 400 doses da vacina Sputnik V por fatos de extrema gravidade”, destacou o ministério da Saúde da província de Buenos Aires em um comunicado de imprensa.

O episódio ocorreu na cidade de Olavarría, 350 km a sudoeste da capital argentina.

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“Ficou em evidência uma série de fatos irregulares graves: foi cortada a transmissão da câmara de segurança que enfoca o freezer às 02H50 da madrugada e não voltou a ter conexão. Também houve movimentos estranhos ao redor do hospital”, disse Ramiro Borzi, diretor da Região Sanitária IX, com jurisdição em Olavarría.

Borzi disse não descartar “que tenha sido uma ação intencional”.

“Estávamos com muitíssima expectativa e nos deparamos com isto que não sabemos bem o que foi, se é uma sabotagem ou um boicote, mas estamos acionando judicialmente para avançar na investigação”, disse.

A Argentina começou na terça-feira da semana passada sua campanha de vacinação contra a covid-19 com a aplicação da vacina Sputnik V, elaborada pelo Centro de Epidemiologia e Microbiologia Nikolai Gamaleya, da Rússia.

A campanha começou simultaneamente em todo o país e tem como prioridade a vacinação voluntária do pessoal sanitário.

Em 24 de dezembro, chegaram ao país as primeiras 300.000 doses da vacina, autorizada “com caráter de emergência” pelo ministério da Saúde.

Destas doses, 123.000 foram distribuídas na província de Buenos Aires, o maior distrito, onde vivem 17 milhões dos 44 milhões de argentinos e que não inclui a cidade autônoma de Buenos Aires.

O acordo com a Rússia compreende outras 19,7 milhões de doses entre janeiro e fevereiro, com opção de compra de mais cinco milhões. A Sputnik V prevê uma segunda dose, a ser aplicada 21 dias após a primeira.

Em meio a uma polêmica sobre o uso de uma vacina que está na fase 3 de pesquisa, circulam informações falsas sobre supostos efeitos adversos graves da vacina e inclusive lhe foi atribuída a morte de um cabo do Exército, que não foi inoculado, segundo verificou a AFP Factual.

A Argentina registra desde março passado mais de 1,6 milhão de contágios e superou as 43.600 mortes por covid-19.

Fonte: Yahoo Finanças

Covid-19: Anvisa pede mais dados para aprovar vacina da Índia

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Em nova reunião com representantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou ontem (4) o pedido de mais informações para liberar a autorização emergencial do uso das doses da vacina contra a covid-19 que serão importadas do Serum Institute of India, que produz o imunizante da Oxford e AstraZeneca na Índia. Lá, o uso emergencial já foi aprovado.

No dia 31 de dezembro de 2020, a Anvisa autorizou a importação, em caráter excepcional, de 2 milhões de doses da vacina britânica da Oxford, produzida em parceria com a Fiocruz no Brasil. As doses importadas foram fabricadas. Em nota, a agência reguladora informa que fez, na manhã de ontem, uma reunião para tratar da submissão do protocolo do uso emergencial das doses da vacina.

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Na reunião, representantes da Fiocruz apresentaram os dados já de posse da fundação. Na ocasião, a agência reguladora listou informações, ainda aguardadas pela Fiocruz, que são necessárias para que esta possa pedir autorização para uso emergencial da vacina no Brasil.

“Na reunião, a Fiocruz mostrou que está empenhada para que essas informações sejam reunidas e apresentadas à Anvisa com a maior brevidade”, diz a nota.

Anvisa quer saber se o produto do fabricante indiano é semelhante ao fabricado no Reino Unido, que teve os dados clínicos aprovados, e se o método de produção e os materiais utilizados são os mesmos.

A vacina com a importação aprovada foi a produzida na Índia pela Serum Institute of India. A empresa produz a vacina da AstraZeneca, na Índia. Lá, o uso emergencial já foi aprovado.

“Para a autorização, a agência precisa avaliar os estudos de comparabilidade entre a vacina do estudo clínico, que é fabricada no Reino Unido, com a vacina fabricada na Índia, bem como os dados de qualidade e condições de boas práticas de fabricação e controle”, acrescenta o texto.

Segundo a Anvisa, as informações servirão para avaliar a equivalência da vacina produzida na Índia quanto à resposta da imunogenicidade. O termo diz respeito à habilidade de a vacina ativar resposta ou reação imune contra o coronavírus, tais como o desenvolvimento de anticorpos específicos, respostas de células T, reações alérgicas ou anafiláticas. “Ou seja, é necessário entender se o produto do fabricante indiano é semelhante ao fabricado no Reino Unido e que teve os dados clínicos aprovados”, reforça a Anvisa.

A agência diz ainda que não fará nenhum retrabalho durante sua análise e que já tem trabalhado para aproveitar a análise de agências de referência e focar em questões que são específicas para o Brasil. “A Anvisa e a Fiocruz seguem em comunicação para otimizar as avaliações e a entrega dos documentos necessários par avaliação e decisão da agência”, informa a Anvisa.

Fonte: A Tribuna 

São Paulo vai pedir autorização de uso emergencial da CoronaVac à Anvisa na 5ª

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O governo de São Paulo vai pedir autorização para o uso emergencial da CoronaVac nesta quinta-feira (7) à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), segundo reportagem do UOL. O anúncio será feito em entrevista coletiva para divulgação da reclassificação das cidades no Plano São Paulo.

A vacina contra a Covid-19 é desenvolvida pelo laboratório Sinovac Biotech, da China, e no Brasil tem coordenação do Instituto Butantan. Assim que receber a documentação e os estudos laboratoriais da vacina, a Anvisa tem dez dias para autorizar ou não a aplicação do imunizante no país.

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À reportagem do UOL, uma fonte do Centro de Contingência ao Coronavírus em São Paulo disse que não há razão para que o órgão não aprove a vacinação com a CoronaVac. “Nem por pressão política isso seria possível. Não há motivo para barrar”, disse.

A pretensão do comitê de saúde estadual é conseguir que a Anvisa libere a vacina antes do dia 25 de janeiro, data do aniversário da cidade de São Paulo e dia anunciado pelo governador João Doria (PSDB) para início da vacinação no estado.

Ainda não foi divulgado pelo governo estadual o percentual de eficácia da CoronaVac, mas o comitê de saúde e o Instituto Butantan garantem que a vacina é eficaz, mesmo que não chegue aos 90% de eficácia.

Fonte: MSN

Mesmo com prazo estendido, Saúde pode perder testes de Covid-19

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A solução encontrada pelo Ministério da Saúde para evitar que milhões de testes para detectar a covid-19 percam a validade pode não ser suficiente para evitar que elas sejam inutilizadas. Dificuldades de comprar insumos e equipar a rede de laboratórios estão entre os principais entraves do processo. As informação são do jornal O Estado de S.Paulo e do O Povo.

Após o jornal revelar, em novembro, que 6,86 milhões de unidades estocadas em um armazém da pasta venceriam entre dezembro e janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prorrogou a vida útil dos exames por quatro meses, mas o governo segue com dificuldades para distribuí-los.

O encalhe estava desenhado ao ministério desde maio, quando foram feitos os primeiros alertas da área técnica sobre a falta de planejamento nas compras de exames do tipo RT-PCR, o mais eficaz para o diagnóstico, além de sugestões de suspender contratos enquanto a rede do SUS era equipada. Ignorada pela equipe do ministro Eduardo Pazuello, que assumiu a pasta naquele mês, a orientação poderia evitar que os milhões de testes ficassem ociosos por meses por causa da falta de insumos necessários para completar o diagnóstico, como os cotonetes “swab” e máquinas mais modernas para processar as amostras de pacientes.

Mais de sete meses após os avisos, o ministério acumula compras frustradas ou tardias destes insumos e ainda corre para equipar a rede. O Tribunal de Contas da União (TCU) vê “irregularidades preocupantes” e cobra explicações.

Além dos 6,5 milhões de testes RT-PCR que seguem encalhados no galpão da pasta no Aeroporto de Guarulhos (SP), há ainda unidades em posse dos Estados. O número estocado é incerto, mas pode alcançar três milhões de unidades, estimam gestores de saúde.

Falta de insumos

O ritmo de exames no SUS aumentou de 27,3 mil análises diárias, em outubro, para 57,6 mil nas últimas semanas, mas há insumos em falta nos laboratórios. Um dos produtos escassos é o reagente de extração do RNA das amostras, cujo estoque atual do ministério permite só 390 mil análises. A pasta ainda corre atrás da compra de mais 6 milhões de reagentes desse tipo. Outra barreira é que o modelo de teste encalhados não é compatível com parte da rede de laboratórios da Fiocruz, que passa por adaptações ao produto

O exame que segue no armazém do ministério custou R$ 275 milhões aos cofres públicos (R$ 42 por unidade) e deve ser mantido em temperatura de 20 graus negativos. O RT-PCR é um dos testes mais eficazes para diagnosticar a covid-19, pois detecta o vírus ativo no organismo. A coleta é feita por meio de um cotonete aplicado na região nasal e faríngea (a região da garganta logo atrás do nariz e da boca) do paciente. Na rede privada, o exame custa de R$ 290 a R$ 400.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Reino Unido inicia aplicação de vacina da AstraZeneca

Ampliando seu programa de imunização contra a covid-19, o Reino Unido deu início ontem à utilização da vacina desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. A aplicação inaugural foi feita durante a manhã em um idoso de 82 anos.

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Créditos: ALASTAIR GRANT/ESTADÃO CONTEÚDO

Os britânicos já têm sido vacinados contra a covid-19 desde dezembro com os profiláticos das farmacêuticas Pfizer e BioNTech. No último dia 30, o Reino Unido também autorizou o uso emergencial da vacina da AstraZeneca, na tentativa de frear a pandemia. O país, primeiro do mundo a confirmar contágio por nova cepa do coronavírus 70% mais transmissível, registrou recorde de 57.725 novos casos no dia 2 de janeiro.

A vacina da AstraZeneca com a Universidade de Oxford é a principal aposta do governo Jair Bolsonaro para imunizar a população brasileira da covid-19. No último dia 2, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a importação de duas milhões de doses do imunizante, que será fabricado e distribuído no Brasil pela Fiocruz. (Com agências internacionais).

Fonte: Tribuna do Norte

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Americana é a primeira a receber segunda dose de vacina nos EUA

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A primeira enfermeira a ser vacinada nos Estados Unidos com a dose desenvolvida pela Pfizer/BioNtech recebeu na segunda-feira (4) sua segunda dose do imunizante.

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A profissional da saúde e linha de frente na área de covid-19 na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Sandra Lindsay recebeu a dose final do imunizante contra o coronavírus no Centro Médico Judaico de Long Island, no bairro do Queens, em Nova York.

“Não foi nada diferente de tomar qualquer outra vacina. Espero que isso marque o início do fim de um período muito doloroso de nossa história”, disse a enfermeira, que completou: “Estamos em uma pandemia e, portanto, todos precisamos fazer nossa parte.”

Até sábado, os Estados Unidos reportaram ter vacinado 4,23 milhões de pessoas, afirma o site Our World In Data. O país, mais afetado pela pandemia de coronavírus até o momento, confirma 20 milhões de infectados e 350 mil vítimas da doença.

Moderna quer produzir 1 bilhão de doses este ano

A farmacêutica norte-americana Moderna informou ontem que busca produzir ao menos 600 milhões de doses do imunizante contra a covid-19 ainda este ano. A quantidade anunciada ontem representa um aumento de 100 milhões de doses em comparação à estimativa anterior.

Segundo a agência de notícias Reuters, o objetivo da empresa é aumentar a entrega deste ano para 1 bilhão de imunizantes. Para isso, a Moderna tem aumentado investimentos e contratações.

Até o momento, a farmacêutica já distribuiu aos Estados Unidos 18 milhões doses, de um acordo de 400 milhões de vacinas. Na América do Norte, o Canadá, que já imuniza sua população com a vacina da Pfizer/BioNtech, também assinou um acordo com a Moderna para garantir 40 milhões de doses de imunizante contra a covid-19.

Fonte: Jornal Metro News

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Veto da Índia à exportação de doses da vacina de Oxford produzidas no país pode durar dois meses

O ano começou com uma grande expectativa pelo início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, principalmente depois do anúncio, feito no sábado (2), de que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) foi autorizada a importar 2 milhões de doses prontas do imunizante desenvolvido pelo laboratório AstraZeneca com a Universidade de Oxford (Reino Unido). Mas nesta segunda-feira (4) veio o banho de água fria. Primeiro, o governo da Índia vetou a exportação das doses que seriam enviadas à instituição brasileira. Em seguida, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que faltam dados para dar seguimento ao processo de autorização para o uso emergencial da vacina no país.

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A Índia vetou a exportação de doses da fórmula da AstraZeneca produzidas pelo Instituto Serum, maior fabricante de imunizantes do mundo, para assegurar a vacinação dos seus habitantes que são de grupos de risco para a doença, o que pode demorar dois meses. A medida foi comunicada pelo CEO do laboratório indiano, Adar Poonawalla, em entrevista à agencia Associated Press (AP), logo após o anúncio aqui de que a Fiocruz compraria doses da companhia. O contrato foi chancelado pela Anvisa. A expectativa era de que os primeiros lotes chegassem ao Brasil ainda neste mês.

A Fiocruz disse ao EXTRA que as negociações para a aquisição das doses estão a cargo do Ministério das Relações Exteriores. Procurada pela reportagem, a pasta informou que “as autoridades sanitárias de Brasil e Índia estão em contato para viabilizar a importação da vacina”.

O Serum também colabora com a Covax Facility, iniciativa coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para universalizar o acesso às vacinas. De acordo com a AP, a coalizão terá a entrega de doses defasadas por conta da decisão do governo indiano.

Na entrevista à AP, Poonawalla disse que a autorização do uso emergencial da vacina na Índia foi condicionada ao veto, de forma a garantir a imunização de todos os indianos que integram os grupos de risco para a Covid-19. O país tem mais de 1,3 bilhão de habitantes. À Reuters, o CEO afirmou que a exportação poderá ser autorizada depois de o governo indiano receber 100 milhões de doses do instituto.

A Fiocruz apresentou nesta segunda-feira dados sobre a vacina de Oxford à Anvisa, mas o procedimento não foi considerado suficiente para a aprovação emergencial do imunizante. A fundação ainda depende de dados que devem ser fornecidos pelo Instituto Serum, responsável pela fabricação.

O EXTRA apurou que a Fiocruz ainda não tem, por exemplo, parte dos dados da certificação de boas práticas de fabricação, documento exigido como um dos requisitos para obter o aval da Anvisa. A falta dessas informações pode interferir no prazo estimado pela fundação para solicitar a autorização emergencial de uso à agência reguladora.

Até o momento, nenhum fabricante solicitou autorização emergencial de uso ou registro de vacina contra a Covid-19 à Anvisa. A expectativa era de que a Fiocruz fizesse o pedido nesta semana. Após a reunião, a Anvisa divulgou nota reforçando que as doses da vacina de Oxford provenientes da Índia deverão seguir os mesmos parâmetros da que foi aprovada no Reino Unido para que obtenham o seu aval. A agência avaliará, por exemplo, se os métodos e materiais de produção são os mesmos. Caso contrário, terá que ser analisado qual o impacto dessa mudança no produto.

Em uso na Inglaterra

O Reino Unido, que já aplica desde o início de dezembro a vacina da Pfizer, tornou-se nesta segunda-feira o primeiro país a utilizar o imunizante de AstraZeneca/Oxford. O primeiro a receber a nova fórmula foi Brian Pinker, um aposentado de 82 anos que faz diálise no hospital da Universidade de Oxford.

“Estou muito feliz de receber esta vacina e muito orgulhoso que tenha sido desenvolvida em Oxford”, disse Pinker, segundo um comunicado divulgado pelo Serviço Nacional de Saúde (NHS) britânico

Fonte: Yahoo Finanças

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Indonésia iniciará vacinação com a CoronaVac no dia 13

A Indonésia anunciou nesta terça-feira (5) que iniciará a imunização em massa contra a Covid-19 no dia 13 com a CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech.

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O ministro da Saúde, Budi Gunadi Sadikin, informou que o presidente Joko Widodo será o primeiro cidadão que receberá a dose da vacina.

A Indonésia já recebeu 3 milhões de doses da CoronaVac e tem acordo também com as farmacêuticas Pfizer/BioNTech e AstraZeneca, que desenvolve um imunizante em parceria com a Universidade de Oxford. Ao todo, o país garantiu 329 milhões de doses de vacinas.

Além da Indonésia, quatro países preveem usar a CoronaVac: Chile, China, Turquia e Brasil, onde a vacina é testada em parceria com o Instituto Butantan. O governo de São Paulo anunciou no fim de dezembro que o imunizante é eficaz, mas adiou a divulgação dos resultados da terceira fase de testes.

Já a Turquia afirmou que a CoronaVac tem eficácia de 91,25% contra o coronavírus.

Quarto país mais populoso do mundo, com mais de 265 milhões de habitantes, a Indonésia é o mais atingido pela pandemia no sudeste asiático, com 22 mil mortes e 772 mil casos confirmados, de acordo com levantamento da Universidade Johns Hopkins.

Estratégia polêmica

O governo indonésio anunciou uma estratégia de imunização que recebeu críticas da comunidade científica internacional. Em vez de priorizar idosos, profissionais de saúde e pacientes de grupos de risco, o país decidiu iniciar a vacinação em pessoas de 18 a 59 anos.

O objetivo é impedir a disseminação do vírus pelo grupo que tem mais mobilidade e, segundo o governo, está mais exposto à contaminação. As autoridades de saúde alegam ainda que essa faixa etária também apresenta o maior número de pacientes assintomáticos.

A Indonésia vai na contramão das dezenas de países que começaram suas campanhas de vacinação e preferiram proteger o público mais vulnerável.

Fonte: G1

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Chance de imunizante chegar a clínicas privadas antes da vacinação pública é remota, diz advogado

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O advogado e diretor-executivo do Instituto Questão de Ciência (IQC), Paulo Almeida, que acompanha as negociações internacionais para a disponibilização de vacinas contra a Covid-19 ao Brasil, afirma que o governo federal não pode obrigar clínicas particulares a vacinar só grupos prioritários, como prevê o Plano Nacional de Imunização (PNI).

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A questão está sendo discutida desde que a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) anunciou que pretende pedir à Anvisa o uso emergencial do imunizante indiano Covaxin, desenvolvido pela Bharat Biotech. Uma delegação da associação está a caminho do país asiático para discutir um acordo. Nesta segunda, a empresa indiana informou à Anvisa que avalia tanto a condução de ensaios clínicos de fase três no país, necessários à permissão de uso emergencial, quanto o pedido de registro definitivo do imunizante.

Nas redes sociais, discute-se se qualquer usuário de convênio particular poderia vacinar-se antes de pacientes prioritários. Para Almeida, o setor privado pode atuar em conjunto com o governo visando ampliar a imunização.

Cabe ao Ministério da Saúde determinar que uma vacina adquirida por clínicas particulares seja ministrada primeiro a grupos prioritários e somente depois para o restante da população?

Pelas regras atuais, não. A legislação diz que a aprovação de uso emergencial está disponível apenas para grupos prioritários, não para a população ampla. Mas, veja bem, o emergencial. À parte questões morais e éticas sobre o interesse do tema para a coletividade, a Anvisa prevê a importação privada de qualquer vacina, desde que ela seja aprovada em processo de submissão contínua.

O que o Ministério da Saúde pode fazer é “sequestrar” essas doses para aplicá-las na população como quiser, mediante indenização às clínicas. Mas as chances de a vacinação começar em clínicas privadas antes do PNI são remotas.

Então o Ministério da Saúde pode reservar parte dos imunizantes importados pelas clínicas particulares para o SUS?

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Sim, até a totalidade deles. O governo tem mecanismos legais para fazer isso, o que não quer dizer que seja a melhor resposta. Se o governo fizer isso, significa na prática que não vai chegar mais nenhum lote privado para o país. Ninguém vai querer correr esse risco.

Mas é uma questão que ainda não tem uma resposta muito definitiva. De um lado, se falar que as clínicas particulares não podem importar nada, que isso fere a isonomia e que se estará privilegiando recursos que deveriam ser exclusivos do SUS leva a consequências ruins, pois no fim haverá menos vacinação. E se falar que o mercado privado pode trabalhar livremente, inclusive concorrendo com o setor público, isso pode levar a outros tipos de distorção também muito graves.

Quais seriam as saídas?

Decisões institucionais criativas para se chegar a uma solução de meio-termo. O governo poderia articular um acordo coletivo com as importadoras privadas para liberar a distribuição em clínicas particulares de vacinas que não tem interesse em negociar, como a Covaxin. Não existe previsão de o governo fechar um acordo com a Bharat Biotech.

Há uma saída inclusive para a ampliação da cobertura vacinal e para trabalharmos adicionando a quantidade de doses que chegam ao Brasil e não as subtraindo, nem as reservando para um setor específico da população, que tem recursos para pagar pelo imunizante.

No caso de negociação com fabricante que tenha interesse na rede pública de saúde, como a Janssen, ainda sem acordo fechado com o governo, podem ser combinadas tratativas extraordinárias, garantindo mais doses para o SUS além da quantidade prevista.

As principais fabricantes que negociam com o governo federal — SinoVac, Pfizer, Moderna, entre outras — já disseram que não vão disponibilizar vacinas para a rede privada.

O que esses contratos extraordinários poderiam prever? Uma repartição igualitária, metade das doses para a rede privada e metade para o SUS?

O governo ter prioridade de negociar quantas doses quiser e o setor privado comprar o excedente do total de vacinas importadas. E mesmo que essas doses em excesso sejam compradas pelas clínicas privadas, poderia acontecer de, para cada vacina aplicada na rede particular, uma outra ser doada à rede pública. Mas considero baixíssimo o risco de termos uma vacina em clínicas privadas antes de o PNI começar.

Fonte: Yahoo Brasil

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