Vacina de Oxford começa a ser aplicada nesta segunda-feira (25), em Campina Grande

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Um lote com 3.210 doses da vacinas de Oxford/AstraZeneca devem chegar em Campina Grande, Agreste do estado, nesta segunda-feira (25) e, de acordo com o prefeito Bruno Cunha Lima, no mesmo dia elas já começam a ser aplicadas.

As doses chegam ao Núcleo de Saúde do Estado, em Campina Grande, no final da manhã desta segunda. O protocolo de vacinação deve ser o mesmo usado com a vacina CoronaVac, dando prioridade aos profissionais de saúde e idosos institucionalizados.

Segundo explicou o secretário municipal de saúde, Filipe Reul, a diferença entre a vacina Astrazeneca e a chinesa CoronaVac, é que a segunda dose da chinesa precisa ser aplicada 21 dias depois da primeira aplicação. Já a vacina de Oxford tem um intervalo de três meses entre a aplicação da primeira e da segunda dose.

Fonte: G1

Paraná recebeu menos vacinas e pode atrasar vacinação de grupos prioritários

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Para o secretário de Saúde, o estado poderia ter recebido mais vacinas. Estado recebeu 48 mil doses a menos do que o previsto

O secretário Estadual de Saúde, Beto Preto, afirmou, na manhã deste domingo (24), que o Paraná pode atrasar a vacinação dos grupos prioritários contra a Covid-19 caso o Ministério da Saúde (MS) não envia mais vacinas ao estado. A declaração foi dada durante entrevista do secretário realizada no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar).

Beto Preto destacou que o Paraná recebeu 48 mil doses a menos do que o que estava previsto pela Secretaria de Saúde. Até o momento, o estado recebeu 265,6 mil doses da Coronavac e 86,5 mil da vacina de Oxford/AstraZeneca, totalizando 352,1 mil unidades. A expectativa era de que pelo menos 400 mil doses estivessem disponíveis.

Agora, o secretário afirmou que irá encaminhar ao MS uma nota técnica ao Ministério da Saúde solicitando maior número de doses ao Paraná, com base na distribuição proporcional ao estado. “Independentemente de termos grupos, neste momento, de profissionais da saúde, o Paraná não tem números menores. Entendemos que existe aí um número grande para ser recomposto. Caso contrário, teremos dificuldades de fechar os grupos prioritários”, disse.

Fonte: Lidianópolis News

Autoridades europeias pressionam laboratórios por atrasos com vacinas

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Autoridades da União Europeia estão pressionando Pfizer e AstraZeneca depois de os laboratórios terem relatado problemas na produção de suas vacinas contra a covid-19, o que causou novos atrasos no fornecimento para os países do bloco.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ligou no fim de semana para o CEO da Pfizer para pedir explicações, e disse que os 27 países do bloco precisam “urgentemente das doses garantidas no 1º trimestre”. A UE comprou 600 milhões de doses do imunizante da Pfizer.

A comissária de saúde, Stella Kyriakides, expressou “profunda insatisfação” da Comissão e exigiu que os líderes da empresa apresentem “um cronograma preciso” para que os países possam planejar a vacinação.

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O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pediu “um diálogo transparente” com as farmacêuticas sobre os atrasos e garantiu que a UE usaria “todos os meios legais” para respeitar os contratos assinados.

Em entrevista à rádio francesa Europe 1, Michel disse acreditar que será “difícil” atingir o limite de 70% de imunidade até o verão, justamente por causa das “dificuldades nas linhas de produção nas próximas semanas, o que tornaria o processo mais complexo”. Ele ainda afirmou que a UE se viu obrigada a pressionar os laboratórios e que, se as linhas de produção puderem ser mobilizadas, a UE “talvez tenha êxito”.

Na semana passada, a Comissão pediu aos governos que acelerem as campanhas de vacinação por causa do cenário epidemiológico “preocupante”, com a disseminação de novas variantes mais contagiosas e mortais do vírus.

Os termos exatos assinados pela UE, que encomendou 2,3 bilhões de doses de um portfólio de 6 vacinas diferentes, ainda são desconhecidos por causa do sigilo dos contratos. Ainda não se sabe o preço oficial de compra nem o cronograma exato de entrega ou a distribuição por país.

Após uma batalha por transparência encabeçada por alguns deputados, a Comissão divulgou 1 dos 6 acordos de compra antecipada, o da empresa alemã CureVac, que ainda não foi aprovada pela Agência Europeia de Medicamentos. O contrato se tornou público porque a CureVac concordou em mostrar uma versão censurada.

Pascal Canfin, presidente do Comitê de Saúde da Eurocâmara, foi o 1º deputado a ter acesso à versão. Segundo a comissária para a Saúde, Stella Kyriakides, ele ficou decepcionado com sua 1ª revisão. “Como você quer que nós, como representantes dos europeus, estejamos satisfeitos com essa transparência parcial?”, teria dito Canfin, que também pediu ao ministro da Saúde de Portugal (país que detém a presidência da UE), que publique nesta semana os números mensais de submissão de doses.

O contrato que a Comissão publicou contém disposições que sugerem que os laboratórios são isentos de responsabilidade por eventuais problemas com os imunizantes.

“A administração dos Produtos será realizada sob responsabilidade exclusiva dos Estados-Membros participantes”, lê-se em um artigo do documento.

Em outro, os países liberam o contratante da responsabilidade pelos danos causados, incluindo a morte.

Quando assinou seus primeiros contratos, a Comissão garantiu que a responsabilidade seria da empresa.

“No entanto, a fim de compensar os potenciais riscos assumidos pelos fabricantes devido a prazos extraordinariamente curtos para o desenvolvimento de vacinas, os contratos preveem aos Estados-Membros compensar o fabricante por possíveis responsabilidades incorridas apenas em condições específicas”, afirma o texto de um comunicado.

O deputado Manon Aubry, copresidente do grupo à esquerda na Eurocâmara, cobrou a divulgação total de todos os contratos. “Como é dinheiro público, os contratos devem ser tornados públicos. Fim da história”, afirmou.

Fonte: Pode 360

Alemanha vai usar novo remédio contra covid-19

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O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, anunciou que o governo da Alemanha comprou uma nova droga contra o coronavírus à base de anticorpos. “A partir da próxima semana a Alemanha será o primeiro país da UE onde serão usados anticorpos monoclonais. Inicialmente isso ocorrerá em clínicas universitárias”, disse Spahn, em entrevista publicada neste domingo (24/01) no jornal Bild am Sonntag.

“O governo alemão comprou 200 mil doses por 400 milhões de euros”, acrescentou. Isso corresponde a um preço de 2 mil euros (cerca de R$ 13 mil) por dose. Os medicamentos serão gradativamente colocados à disposição dos hospitais especializados, gratuitamente, dentro das próximas semanas.

O tratamento com anticorpos visa beneficiar pacientes adultos com sintomas leves ou moderados e com risco de agravamento da doença. “Eles funcionam como uma vacinação passiva. A administração desses anticorpos pode ajudar os pacientes de alto risco na fase inicial a prevenir um agravamento da doença”, disse Spahn.

De acordo com o Ministério da Saúde da Alemanha, a administração da terapia será baseada em uma avaliação individual de risco e benefício realizada pelo médico responsável pelo tratamento.

Os anticorpos monoclonais são produzidos em laboratório com função de desativar o vírus após a infecção. “Monoclonal” significa que os anticorpos usados são todos iguais e atacam o vírus num alvo claramente definido. “De acordo com os estudos disponíveis, o medicamento pode ajudar a limitar a quantidade de vírus no corpo e, assim, ter uma influência positiva no curso da doença”, disse uma porta-voz do ministério.

Uso possível sem aprovação

De acordo com a informação do ministério, o órgão garantiu contingentes de dois medicamentos. Um é o bamlanivimab, desenvolvido pela farmacêutica americana Eli Lilly; o outro são os dois anticorpos casirivimab e imdevimab da empresa americana Regeneron, que devem ser administrados ao mesmo tempo.

Nos EUA, a agência reguladora de medicamentos e alimentos FDA concedeu uma aprovação emergencial para esses medicamentos. Eles ainda não foram aprovados na União Europeia.

O Ministério da Saúde alemão afirma que, segundo a avaliação do Instituto Paul Ehrlich (PEI), órgão federal alemão encarregado de vacinas e medicamentos biomédicos, é possível, a princípio, uma utilização na Alemanha após uma avaliação individual, caso a caso, pelo profissional médico, da relação entre benefício e risco, já que há outras opções terapêuticas aprovadas.

Trump

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump também recebeu esse tipo de terapia quando contraiu o coronavírus. Trump foi tratado no início de outubro com o coquetel de anticorpos REGN-COV2, da Regeneron.

O ingrediente ativo do REGN-COV2 é uma combinação de dois anticorpos especialmente desenvolvidos que se ligam à chamada proteína spike do coronavírus e podem, assim, deformar sua estrutura, impedindo que o coronavírus ataque as células humanas e se multiplique. De acordo com a Regeneron, a combinação de dois anticorpos diferentes visa evitar a mutação do vírus Sars-cov2.

Na entrevista, Spahn também alertou contra atribuições de culpa durante a pandemia, num momento em que muitos criticam a demora da campanha de vacinação no país e a falta de imunizantes suficientes. “Falar sobre erros e omissões é importante. Mas sem que isso se torne algo implacável. Sem que se torne apenas uma questão de colocar a culpa nos outros”, disse o ministro.

Spahn descartou o relaxamento das restrições para contenção do coronavírus só para pessoas vacinadas até que haja uma vacinação disponível para todos os cidadãos. “Nós nos solidarizamos em meio a esta pandemia durante um ano. Agora, podemos muito bem seguir as regras pelos meses restantes até que todos possam ser vacinados”, disse ele.

Nesta terça-feira, a Alemanha estendeu seu lockdown nacional até 14 de fevereiro, apesar de crescentes pedidos pela flexibilização de algumas medidas. Epidemiologistas do país afirmam que o debate sobre um relaxamento ainda é prematuro. “Do ponto de vista epidemiológico, não está claro para mim por que uma flexibilização precoce (das restrições) está sendo discutida agora”, disse Hajo Zeeb do Instituto Leibniz para Pesquisa de Prevenção e Epidemiologia à agência de notícias alemã dpa, citando as ainda altas taxas de infecção.

Eva Grill, presidente da Sociedade Alemã de Epidemiologia, disse estar profundamente preocupada. “Se o atual lockdown for relaxado muito cedo, corremos o risco de uma terceira onda, que nos atingirá com mais força, porque a nova variante do vírus é muito mais contagiosa.”

Fonte: Época online

Exaustão: Covid-19 leva profissionais de saúde ao limite em Minas

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Profissionais conferem informações sobre pacientes em BH: trabalho incessante e sem sinais de trégua

Camilla Dourado, Marcos Alfredo, Nivia Machado, Vinícius Lemos e Tim Filho

Especiais para o EM

Véspera do Natal 2020: boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde registra 516.188 casos confirmados da COVID-19 em Minas Gerais, entre eles 11.475 pacientes que perderam a vida para o novo coronavírus. Festas, encontros descuidados, vaivém de férias. 24 de janeiro de 2021: 690.853 casos confirmados e 14.279 mortes em decorrência da doença. Entre uma data e outra, 174.665 novos diagnósticos, 25% do total registrado em todo o período da pandemia, e 2.804 óbitos, 19,6% do número global. Dor e cansaço por todo lado.

Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no limite da capacidade, sofrimento e morte dos pacientes, desespero das famílias e um volume de trabalho que não dá sinais de arrefecer. Tudo isso mina as forças de quem abraçou a missão de salvar vidas. O cansaço prolongado desestabiliza profissionais de saúde na linha de frente do combate ao novo coranavírus.

“Chegamos ao momento de exaustão física e emocional”, afirma Salma Regina Gallate, diretora-técnica da Santa Casa de Guaxupé, no Sul do estado. A cidade integra uma das 10 entre as 14 macrorregiões de saúde mantidas na onda vermelha, a de alerta máximo do Programa Minas Consciente, na última avaliação divulgada pela (SES), em decisão foi pautada pela elevação de 19% na taxa de incidência do novo coronavírus no estado.

Nesse ritmo, nem a chegada da vacina se traduz em alívio duradouro. “Foi emocionante participar dessa conquista da ciência”, diz o gerente assistencial da Santa Casa de Ouro Preto, na Região Central, Leandro Leonardo de Assis, sobre a aplicação de doses em profissionais do hospital. Mas lembra que boa parte do pessoal da instituição – assim como a imensa maioria dos brasileiros – ainda não foi imunizada. “O que vemos nos profissionais é um desgaste físico e emocional muito grande”, diz.

Enfermeiro de Juiz de Fora , na Zona da Mata, Anderson Leandro que o diga: “É cansativo, estressante, a gente tenta não demonstrar, mas fica sem paciência”. Ele conta que já teve que dobrar jornadas de 12 horas várias vezes para cobrir colegas que adoeceram. Às horas mal-dormidas se soma o assombro de ver a morte que se multiplica em curto espaço de tempo. “A gente fica sentido”, conta o médico Alessandro Bacelar, que perdeu oito pacientes em uma casa de idosos de Uberlândia, no Triângulo. Na roda da pandemia, o apelo que se repete na voz da enfermeira Cíntia Aguiar, de Governador Valaredes, no Leste de Minas: “ Conscientizem-se! Recolham-se!”.

Mais segura após ser vacinada, Camila Pereira lembra que nem todos os colegas tiveram essa chance

Sofrimento que se arrasta

Guaxupé e Varginha – Após 10 meses de pandemia, o Sul de Minas soma quase 65 mil casos de COVID-19, sendo mais de 1.350 mortes em decorrência da doença. Um trabalho intenso e desgastante sendo feito diariamente pelas prefeituras e hospitais para conter o avanço da doença. Guaxupé chegou a decretar lockdown depois de a Santa Casa da cidade, que tem 14 leitos de unidade de terapia Intensiva (UTI) ter atingido 100% da capacidade em dado momento. A unidade atende pacientes da microrregião, e, se necessário, pessoas da macrorregião também são recebidas para tratamento.

“No momento em que já deveríamos estar mais tranquilos, o número de casos positivos está crescente, com necessidades de tratamento em UTI sob ventilação mecânica”, disse Salma Regina Gallate, diretora-técnica da Santa Casa de Guaxupé. A cidade soma 2.137 pessoas infectadas pela COVID-19, e 26 mortes confirmadas pela doença. Um trabalho que não para a cada dia que o município confirma novos casos. “Chegamos ao momento de exaustão física e emocional, por vivenciarmos os óbitos e sofrimento dos pacientes e das suas famílias, ansiedade e angústia pelo afastamento dos profissionais de saúde por ter testado positivo para o vírus ou por abandono da profissão”, ressaltou, em depoimento ao EM na semana anterior ao início da vacinação no Brasil.

As primeiras doses da CoronaVac que chegaram à cidade na semana passada foram aplicadas em profissionais da linha de frente de combate à doença que atuam na Santa Casa, num dos raros momentos de alegria desde que o novo coronavírus começou a se espalhar. “Foi um momento de muita alegria. Sentimento de esperança e respeito aos que ainda não foram vacinados, principalmente aos pacientes”, disse Salma.

Salma Gallate, em raro momento de alívio em meses sob pressão

Ela conta que muitos profissionais foram infectados enquanto lutavam pela vida de seus pacientes. “Praticamente em todos os setores tivemos funcionários acometidos, mesmo com todos as medidas de segurança”, afirma. E sabe que muito esforço ainda terá que ser feito fora e dentro dos hospitais. Entre os desafios, manter estoques de medicamentos, principalmente os sedativos e relaxantes musculares para dar conforto aos pacientes, cuja escassez já tirou o sono dos profissionais do hospital e exigiu “otimização dos recursos” recebidos das autoridades de saúde e doações.

Outra certeza é de que o trabalho nem o sofrimento vão diminuir sem a colaboração da população. “Se não houver participação da população em seguir os protocolos de proteção e a não aglomeração, teremos pacientes morrendo sem assistência em macas dos hospitais, em casa ou aguardando por atendimento. Sem exageros da minha parte. Esperamos que a vacinação seja feita com a urgência necessária para conter a transmissão do vírus”, alerta.

Varginha é outra cidade em que o avanço da COVID-19 tem preocupado a administração municipal. O município vem batendo recordes diários e, com 4.331 casos, ultrapassou a maior cidade do Sul de Minas, que é Poços de Caldas. Varginha tem cerca de 300 mil habitantes a menos e soma 722 casos a mais que Poços de Caldas, que segue com 3.609 pessoas infectadas pelo novo coronavírus.

A prefeitura pretendia desativar o Hospital de Campanha na cidade, mas prorrogou o atendimento, em dezembro do ano passado, quando o município voltou a registrar aumento de casos de COVID-19. “O trabalho tinha ficado mais tranquilo entre setembro e novembro. Mas dezembro começou a piorar e agora está caótico. Hospitais nos limites de vaga. E vemos que os casos graves só estão aumentando”, conta Camila Fernanda Pereira da clínica médica do Hospital de Campanha de Varginha.

A cidade conta com três hospitais para atender pacientes que necessitam de UTI. Além do Hospital de Campanha, os hospitais Bom Pastor e Regional recebem pessoas em tratamento da doença. De acordo com a prefeitura, somando todos os leitos, a ocupação já ultrapassou 80% da capacidade dos leitos de UTI. “Nem hospital particular nem público tem mais vaga. Só abre vaga quando morre alguém e é muito difícil a pessoa ter alta. Isso é uma pressão muito grande para os profissionais de saúde”, ressalta.

A médica contraiu o vírus durante o trabalho e passou por momentos difíceis. ”Fiquei muito mal. No princípio achei que fosse uma sinusite, mas depois perdi o paladar. O medo maior é de infectar os nossos familiares”, diz. Como já esteve nos dois lados da moeda, Camila entende e respeita a dor dos familiares. “A gente se põe no lugar da família, pois no Hospital de Campanha, o paciente não pode receber visita. A situação é bem complicada. Todos os dias, a gente liga para as famílias para informar e confortá-los”.

Mesmo já tendo sido infectada, ela só começa a se sentir segura depois de ter recebido a primeira dose da vacina, mas lembra que nem todos os colegas tiveram a mesma sorte. “A grande maioria dos profissionais de saúde está ansiosa pela vacina, mas muitos, que não estão na linha de frente, não foram imunizados e vão entrar no critério de idade com a população. Para a gente, que vive sob tensão na linha de frente é um alívio. Estou muito otimista, porque na pesquisa não houve nem casos moderados, apenas leves, com uma gripe simples. O problema mesmo são casos mais graves com quadros de infecções mais severas. Agora é aguardar a segunda dose”, disse a médica. (Camilla Dourado)

Alessandro Bacelar ficou 25 dias sem ver o filho e perdeu oito pacientes idosos: “A gente fica sentido”

Perdas por todos os lados

Uberlândia – Atendendo em Uberlândia, segunda cidade com maior número de casos de COVID-19 em Minas, e em outros cinco municípios menores na região do Triângulo, o médico Alessandro Bacelar convive com uma rotina de perda de pacientes e de certo distanciamento da família. “Cansa muito. Muito mesmo”. Ontem, Uberlândia tinha 782 mortes em decorrência da COVID-19 e, pelo menos oito desses mortos eram pacientes de um lar de idosos na cidade que recebe o atendimento de Bacelar.

Ele contou que uma dessas primeiras mortes, ainda em 2020, foi marcante, pois a vítima tinha “bom astral” e não parecia tão suscetível mesmo depois de ter sido diagnosticada com a doença. O que mostrou a força da COVID-19. “As pessoas pensam que a gente não tem sensibilidade, mas perdi uma paciente piadista e brincalhona, que eu não imaginava que ia perder, mas foi a primeira a morrer pela doença. Isso deixa a gente sentido”, conta o médico.

Ainda hoje, ele evita muitos contatos com o filho, por exemplo, mas esse nem é o maior desafio nesse sentido, já que em determinado período chegou a ficar 25 dias sem vê-lo. O cuidado tem que ser diário, numa rotina minuciosa. Na volta do trabalho, tira sapatos antes de entrar em casa, se despe, põe toda a roupa para lavar, toma banho e só depois se permite ter contato com a família. Mas esse é apenas um dos protocolos que segue dia a dia.

Médico regulador da Universidade Federal de Uberlândia e também plantonista nas cidades de Iraí de Minas, Indianópolis, Romaria, Monte Carmelo e Grupiara, Alessandro percebe todo o movimento em busca de leitos de UTI na região do Triângulo Mineiro, o que também se torna desgastante. “A demanda aumentou muito e até dobrou. Há cidades que não têm lugar para colocar pacientes e Uberlândia é referência”, explicou. “E as pessoas não entendem que o vírus está aí e mata. Os jovens estão matando seus avós, levando o vírus para dentro de casa”, alerta.

Além do esforço para não se contaminar nem levar o vírus para outras pessoas, há ainda o estresse em relação ao próprio sistema de saúde. Um exemplo: recentemente, a Prefeitura de Uberlândia reabriu leitos de UTI que no fim de 2020 haviam sido desativados por falta de demanda. Contudo, no início de janeiro a ocupação das UTIs COVID-19 chegou a 90%. Na última semana da primeira quinzena do mês, lembra o médico, todos os pacientes que atendeu eram casos suspeitos da doença que terminaram se confirmando por testes. Nesse ritmo, sentenciou, “a estrutura não vai aguentar receber todo mundo para tratamento”. Em viagem, Bacelar ainda não pôde receber a dose da vacina que lhe foi oferecida e será imunizado posteriormente. “Pelo menos para os profisssionais de saúde está tudo bem organizado”, comentou. (Vinícus Lemos)

Fonte: Estado de Minas

Postura não cooperativa com China e Índia atrasa vacinação no Brasil

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O Brasil e a Índia estiveram juntos em momentos importantes em que a Organização Mundial do Comércio (OMC) discutiu a proteção da propriedade intelectual de medicamentos. Em 2001, na IV Conferência Ministerial da OMC realizada no Catar, o Brasil e a Índia uniram-se e conseguiram a aprovação da Declaração de Doha, que estabeleceu que as obrigações de proteção de patentes de medicamentos não deveria impedir os países membros de tomarem medidas para proteção da saúde pública, o que viabilizou a produção de medicamentos genéricos. Em 2010, juntos, ingressaram com um procedimento no órgão de solução de controvérsias da instituição para processar a União Europeia, que reteve um carregamento de medicamentos importados da Índia para o Brasil.

Contudo, em meio a uma pandemia, a delegação indiana não pode contar com o tradicional apoio brasileiro na defesa dos interesses dos países emergentes quanto à saúde na OMC. Em outubro do ano passado, a Índia e a África do Sul apresentaram uma proposta para a suspensão das patentes de vacinas e medicamentos contra a Covid-19. Na ocasião, seguindo a postura atual do Itamaraty, o Brasil alinhou-se aos Estados Unidos para rechaçar a proposta.

A mudança de postura gerou uma resposta geopolítica contundente por parte dos indianos: a não priorização do Brasil na exportação de suas vacinas da AstraZeneca/Oxford contra a Covid-19. Apesar do Brasil ter preparado um avião buscar o imunizante no último dia 17, o país não estava na lista da primeira remessa de exportações indiana. Uma nova remessa foi enviada no dia 22. A decisão indiana de liberá-la só aconteceu depois de uma nova reunião na OMC, em que o Brasil recuou. Ao invés de opor-se expressamente à iniciativa, como fez em outubro, ficou em silêncio enquanto Índia e África do Sul novamente tentavam vencer os países desenvolvidos no embate sobre a flexibilização da proteção da propriedade intelectual dos insumos.

As instâncias multilaterais – como a OMC – são vistas pelos países em desenvolvimento como foros adequados para uma postura cooperativa pois, unidos, eles podem ter um maior poder de barganha frente as grandes potências. A Teoria dos Jogos – muito usada na Economia e nas Relações Internacionais – ajuda a explicar esta premissa: se os países em desenvolvimento agirem de maneira auto interessada e forem subservientes às vontades das potências visando ganhos pontuais, terão resultados piores no longo prazo do que se agirem em conjunto, buscando benefícios mútuos. A estratégia brasileira, porém, é baseada na subjetividade dos sentimentos e não encontra justificativa racional nem no curto, nem no longo prazo.

Jair Bolsonaro nunca escondeu seu amor por Donald Trump – a escolha da palavra “amor” aqui ficou por conta do próprio presidente brasileiro que disse “I love you” quando encontrou Trump em 2019. O chanceler Ernesto Araújo parte de semelhante endeusamento -novamente, a palavra “endeusamento” vem de citação direta do ministro, que em artigo “científico” publicado na Revista “Cadernos de Política Exterior”1 em 2017 afirmou “Somente um Deus poderia ainda salvar o Ocidente (….) somente Trump pode ainda salvar o Ocidente”.

Ocorre que os Estados Unidos mudaram, na semana passada, de presidente e a devoção do governo brasileiro à amizade com Trump custou um preço caro, pago em vidas brasileiras. Isto porque, além das doses prontas que vêm da Índia, a outra esperança de vacinas vem da produção nacional na Fiocruz e no Instituto Butantan. Os dois institutos, no entanto, dependem de insumos que vêm da China, país com o qual a administração de Bolsonaro também não nutriu boas relações, com pronunciamentos racistas e insinuações de que a China teria causado propositalmente a pandemia por parte de pessoas ligadas ao governo e a família do presidente.

Se a diplomacia brasileira conseguirá reverter os estragos de sua postura dos últimos anos, só nos resta esperar (e torcer). Trata-se literalmente, de questão de vida ou morte. A doença tem matado cerca de 1.000 brasileiros por dia. É o preço pago por cada dia de atraso na chegada da vacina.

Michele Hastreiter, professora de Direito Internacional Público e Privado no UNICURITIBA.

Fonte: Folha de Londrina

Incertezas políticas e fiscais mantêm estrangeiros cautelosos com o Brasil

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O ano passado entrou para a história como um dos períodos em que os estrangeiros se mostraram mais cautelosos em colocar dinheiro no País seja para o setor produtivo, seja para a Bolsa ou o financiamento do governo.

A projeção do Banco Central é que o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo (IDP) deva somar US$ 36 bilhões em 2020 (US$ 33 bilhões já entraram até novembro), praticamente a metade do volume que ingressou no mesmo período de 2019 e muito inferior ao registrado nos últimos anos.

O IDP engloba investimentos mais duradouros no País, como em uma nova fábrica ou compra de participação em empresas já instaladas. Já nas posições em portfólio – ações na Bolsa, participações em fundos de investimentos e títulos da dívida federal -, foram retirados US$ 14,8 bilhões, maior volume desde 2016. A participação de investidores externos nos papéis do Tesouro Nacional, que chegou a 20,8% do total em maio de 2015, caiu para apenas 9,47% em novembro do ano passado – justamente quando a União mais precisava captar recursos para financiar o rombo recorde nas contas públicas por causa das ações no combate à pandemia.

Após meses de fuga do capital externo do País, os últimos meses de 2020 mostraram o começo do retorno dos investidores de portfólio, mas o ritmo ainda é insuficiente para reverter a forte saída de dólares do Brasil causada pelas incertezas sobre os rumos da economia. Embora haja um excesso de liquidez nos mercados globais, com dinheiro mais que disponível para voltar ao País, as incertezas fiscais, políticas e sanitárias brasileiras, incluindo os entraves para a vacinação em massa no País, mantêm os agentes estrangeiros com um pé atrás na hora de investir.

“A existência de recursos no mundo é importante, mas não é tudo”, diz o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega. “Uma empresa, quando decide investir, examina uma série de fontes”, afirma, elencando entre os fatores considerados a política ambiental, a área social e a governança. “Países que não se preocupam com essas três coisas saem do radar. E o Brasil está mostrando para o mundo um governo que menospreza o meio ambiente, é negacionista e não tem articulação política”, diz Maílson.

“Quando olho a maneira como o governo é gerido, é de desanimar qualquer um.” Além da Ford, que anunciou recentemente que vai sair de três plantas – Taubaté (SP), Camaçari (BA) e Horizonte (CE) – depois de um século no País, a japonesa Sony anunciou o fim da produção da fábrica em Manaus (AM) até março deste ano.

Outra japonesa, a Mitutoyo, fechou a planta de instrumentos de medição em Suzano (SP) em outubro do ano passado. Já o grupo farmacêutico suíço Roche anunciou que deixará de fabricar medicamentos no País até 2024. Risco fiscal elevado, dificuldade para implementar reformas, burocracia em excesso, caos tributário, insegurança jurídica, deficiência em infraestrutura são apenas alguns dos fatores que fazem o investidor estrangeiro pensar duas vezes antes de investir no Brasil. (Agência Estado)

Fonte: O Povo Online

Brasil poderia ser top 10 em pesquisas clínicas

Brasil poderia ser top 10 em pesquisas e atrair até R$ 5 bilhões de investimentosSe a pandemia reforçou a importância dos investimentos em inovação e pesquisa, o cenário do Brasil, por outro lado, não é muito favorável nesse aspecto. Em entrevista exclusiva ao Panorama Farmacêutico, o diretor executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Eduardo Calderari, destacou o potencial do país para ocupar a 10ª posição no ranking mundial de pesquisa clínica e também sobre o problema do acesso a medicamentos de ponta pela população.

Como o sr. vê o cenário atual de pesquisa em meio a uma pandemia?

A Covid-19 trouxe vários desafios, mas também muitas oportunidades. O lançamento de vacinas contra o novo coronavírus num espaço tão curto de tempo, quando o normal são dez anos, mostra o vigor da indústria farmacêutica. E no atual estágio da pandemia, o mundo clama por mais inovação e por medicamentos que tragam uma solução.

E o cenário das pesquisas clínicas no Brasil?

Ocupamos a 25ª posição no ranking global em quantidade de pesquisa, o que é ao mesmo tempo triste e desafiador, pois temos um país com uma população que seria extremamente adequada para a aplicação de estudos clínicos.

A participação do Brasil em estudos clínicos patrocinados pela indústria entre 2014 e 2019 gira em torno de 3% em relação a tudo o que está sendo feito no mundo. E estamos falando de áreas terapêuticas estratégicas como oncologia, sistema nervoso central, doenças autoimunes, doenças metabólicas, cardiovasculares e vacinas.

O país tem potencial para figurar entre os dez maiores do mundo em pesquisa clínica. Isso traria algo em torno de R$ 2 bilhões em investimentos diretos por ano, podendo chegar a R$ 5 bilhões em atividade econômica indireta. Seria prover acesso a tecnologias para mais de 55 mil pacientes anualmente.

A pandemia afetou o investimento em pesquisa e desenvolvimento na indústria?

Entre os 50 associados que trabalham com pesquisa e desenvolvimento, até agora não houve nenhuma sinalização quanto a corte de recursos. Ao contrário, houve um aumento massivo de pesquisas de vacinas e também de novos medicamentos contra a Covid-19.

O que é preciso fazer para fazer do país um polo de pesquisas?

O primeiro passo é reduzir a burocracia, viabilizar a criação de mais centros de pesquisa e ir além das regiões Sul e Sudeste. Por fim, é preciso rever o nosso rito processual. Apesar do tempo médio estar sendo reduzido a cada ano, ele ainda é muito extenso. Dependendo da complexidade do estudo, temos uma variação de 145, 265 e até 415 dias para aprovação dos estudos pelas autoridades sanitárias do país. Isso mina nossa competitividade. Enquanto isso, o prazo máximo médio é de 120 dias no México, 90 na Argentina e 30 nos Estados Unidos.

O Brasil, então, pode ser referência no desenvolvimento de novas moléculas?

Temos grandes laboratórios nacionais que trabalham com desenvolvimento de novas tecnologias e novos medicamentos, mas  ainda não somos vistos como um grande polo de desenvolvimento de novas moléculas. O que trava são os custos. O investimento estimado para o desenvolvimento de um produto bate na casa dos US$ 2,5 bilhões. Ao mesmo tempo, o Brasil possui grandes centros como o Instituto Butantan e a Fiocruz/Bio-Manguinhos, fábricas de excelência, com alta capacidade de produção.

Há uma defasagem em relação ao acesso às inovações?

Essa é uma das nossas bandeiras. Atualmente, o maior volume de gastos com medicamentos comercializados no Brasil é referente a produtos com mais de 11 anos de presença no mercado nacional. A demora na atualização significa que o paciente brasileiro está sem acesso às maiores inovações em saúde disponíveis em outros países.

Não adianta discutir sobre pesquisa, melhorias e capacitação. Na hora em que o paciente mais precisa utilizar um medicamento inovador, ele não pode receber a fatídica frase de que não faz parte do rol de cobertura da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ou não é contemplado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Não há sensação pior do que saber da existência de uma tecnologia que pode salvar sua vida, mas cujo acesso é indisponível.

Por que isso ocorre?

O processo de incorporação de novos medicamentos no rol da ANS está em revisão, o que pode trazer mudanças significativas. No modo atual, a revisão ocorre a cada dois anos, um processo ultrapassado e pouco transparente. Caso, por algum motivo, ocorra a perda dessa janela, o paciente pode ficar até quatro anos sem acesso a um novo medicamento. Mais danoso ainda é ver essa tecnologia, que é reconhecida no mundo inteiro, receber um parecer informando que ela não atingiu os parâmetros para que pudesse ser incorporada no rol ou porque o custo é muito elevado.

No mercado público, o processo é ainda mais complexo. Se pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) o prazo gira em torno de 180 dias, por outro lado a batalha é árdua. O que a gente vem acompanhando é uma taxa de negativa de aprovação elevada, principalmente quando se fala de tecnologias de alto valor agregado, de matrizes biológicas de alta tecnologia embarcada. A despeito da indústria tentar fazer negociações com o governo, o que se vê são processos fracassados em função da falta de acordo entre as partes.

Qual seria a solução?

Nossa sugestão é que se tenha mais espaço e abertura para diálogo, a fim de que a indústria tenha acesso à análise das discussões. Estamos trabalhando dois pontos junto ao governo. O primeiro é a necessidade de novos modelos de reembolso, com compartilhamento de risco. Outra alternativa é a necessidade de revisão das fontes de financiamento de reembolso. Temos de olhar para os processos e buscar soluções, e não fechar os olhos e perpetuar o discurso de que é preciso baixar preços. Toda tecnologia embarcada tem custos.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Quase 2/3 dos leitores criticam atuação da Anvisa

anvisa1-868x644A última enquete do Panorama Farmacêutico, que mobilizou 2.942 leitores, é uma demonstração clara de que a Anvisa precisa melhorar sua credibilidade perante o setor farmacêutico.

Questionados sobre a atuação da agência no processo de aprovação das vacinas da Fiocruz e do Instituto Butantan, quase 2/3 dos profissionais do setor revelaram uma visão crítica. Para 936 leitores (32%), a autarquia agiu com lentidão e burocracia. Outros 32% (956) entendem que a Anvisa está sendo usada politicamente.

Apenas 36% (1.050) avaliam que a Diretoria Colegiada cumpriu com correção os protocolos necessários, mas esse percentual só cresceu a partir de domingo, quando as vacinas receberam a tão esperada aprovação.

A nova enquete que está no ar quer saber como está a sua rotina e de sua empresa em relação ao home office. Participe e contribua para o debate.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Dez fabricantes de HPC detêm 39% das vendas em farmácias

Dez fabricantes de HPC detêm 39% das vendas em farmáciasO segmento de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPC) movimentou R$ 26,8 bilhões no varejo farmacêutico brasileiro ao longo de 2020, de acordo com a Close-Up International. Mas somente dez fabricantes concentram 39% desse montante.

Top 10 do mercado de HPC no Brasil

Grafico 1
* Close-Up (MAT Nov/20)

Top 10 do mercado de HPC no Brasil

 

Grafico 2
* Close-Up (MAT Nov/20)

Liderança ameaçada

Com faturamento de R$ 1,6 bilhão no canal farma, a Johnson & Johnson manteve a liderança no setor, mas foi a única do ranking a registrar estagnação, com alta de apenas 0,1%. Enquanto isso, a P&G cresceu 10,7% e chegou a R$ 1,5 bilhão de receita. Essa distância reduzida pode ter relação com a queda na demanda por dermocosméticos como NeoStrata e Neutrogena.

A Unilever teve incremento de 5,5% e sustentou a terceira colocação, com R$ 1,4 bilhão. Mas na mesma faixa de faturamento já está a Nestlé, que registrou o segundo maior avanço percentual em vendas – 19,9%. A linha de suplementos para o público infantil, que inclui NAN e Ninho, ajuda a explicar o resultado.

Mas foi a L’Oréal a indústria que mais acelerou nas vendas, com evolução de 24,8%. A plataforma de e-commerce da marca cresceu 175% nos três primeiros trimestres do ano e as transações online já representam 10% da receita total.

Com alta de 15,3%, a Colgate-Palmolive também se destacou e o varejo farmacêutico brasileiro foi considerado determinante para esse indicador. O país é o principal mercado da companhia na América Latina, que representa 20% do volume de negócios global.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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