Confiança do consumidor de baixa renda está no pior patamar desde o início da pandemia

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A confiança do consumidor brasileiro continua abalada pelos problemas que se acumulam na economia. A expectativa de economistas era que o fim das medidas restritivas estimulasse o consumo reprimido pela pandemia, mas esse movimento foi freado rapidamente pela escalada da inflação e dos juros.

Nesse contexto, o Índice de Confiança do Consumidor Brasileiro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), oscilou apenas 3 pontos para cima de janeiro, quando registrava 88 pontos, até maio, quanto bateu os 91 pontos. Destaca-se que, pela metodologia da ACSP, resultados abaixo dos 100 pontos denotam pessimismo do consumidor.

Em uma análise mais ampla, a última vez que o indicador esteve no patamar otimista foi em janeiro de 2020, portanto, há quase dois anos e meio.

INC CONFIANCA MAIO 22 NACIONAL

O que o estudo da ACSP também revela é que não há um comportamento homogêneo entre os consumidores. Os de menor renda são os que estão mais retraídos. Entre as classes D e E, o Índice de Confiança está bem abaixo da média, em 59 pontos, após queda de dois pontos em relação a abril.

São os mais pobres que mais sentem o impacto da inflação. Isso porque a alta dos preços, mesmo estando disseminada em 78% dos produtos e serviços, concentra as maiores elevações em itens essenciais, como alimentos, gás de cozinha e energia, que têm peso maior no orçamento da baixa renda.

De maneira global, a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), já acumula 4,29% no ano, até abril, e tudo indica que deve superar os 10% ao final de 2022. Em 12 meses, a inflação bate os 12,13%.

CONFI INC MAIO 22 DE

De volta ao levantamento da ACSP, quando se olha para os consumidores de maior renda, a trajetória da confiança se mantém acima da média. Em maio, o Índice de Confiança das classes A e B chegou aos 101 pontos, dois a mais que em abril, passando para a região do otimismo pela primeira vez desde o início da pandemia.

Esse comportamento é semelhante na classe C, que também está otimista, ao registrar 102 pontos em maio, um a mais que em abril.

Segundo Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, “o aumento da mobilidade social explicaria grande parte da melhora da confiança da classe AB.”

No caso da classe C, segundo o economista, “as injeções de recursos oriundos do saque do FGTS, da antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas, do Auxílio Brasil, além da ampliação do crédito consignado, estariam por trás do aumento da confiança.”

PROBLEMAS FINANCEIROS

Para a maioria dos entrevistados da pesquisa da ACSP, independentemente da classe social, as finanças pessoais estão ruins: 46% deram essa resposta, enquanto 32% afirmaram que a situação financeira está boa. Esses percentuais praticamente não variaram desde o início do ano.

Já em relação à segurança no emprego, os dados são mais positivos, com 36% dos entrevistados garantindo que estão mais confiantes na manutenção do emprego do que há seis meses, enquanto 29% afirmaram estarem menos confiantes.

O desemprego está em queda, o que ajuda a aumentar a segurança no trabalho. Por outro lado, as oportunidades estão aparecendo no mercado informal ou sem carteira assinada. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a informalidade atinge 40,1% da população ocupada no país. Uma outra fatia importante, de 26,5% dos ocupados, trabalham por conta própria.

Nessa realidade do mercado de trabalho, embora as oportunidades estejam aparecendo, remuneram mal. Daí a sensação capturada pela pesquisa da ACSP de que as finanças estão ruins para a maioria dos brasileiros.

IMPACTO NO CONSUMO

Nesse quadro, que revela queda no poder de compra por conta da inflação, juros elevados e da precarização do mercado de trabalho, o consumo de itens de maior valor agregado acaba sendo adiado.

Pelo levantamento da ACSP, 38% dos entrevistados disseram estar pouco confiantes para comprar um carro ou uma casa neste momento, enquanto 32% afirmaram estar confiantes para realizar tais aquisições.

No caso de eletrodomésticos, com fogão ou geladeira, há um empate, com 36% dispostos a realizar essas compras, e outros 36% que preferem postergar esses gastos.

Os dados do Índice de Confiança do Consumidor Brasileiro são levantados pela PiniOn para a ACSP. Para chegar a eles, foram entrevistadas 1.732 pessoas espalhadas pelas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

IMAGEM: Paulo Pampolin/DC

Fonte: Diário do Comércio

18 farmacêuticas bilionárias entre as mais valiosas do Brasil

farmacêuticas bilionárias

As farmacêuticas bilionárias destacam-se entre as empresas atuantes no Brasil. De 621 companhias cujo valor de mercado ultrapassa R$ 1 bilhão, 18 pertencem à indústria farmacêutica. Considerando o número de integrantes desse grupo por atividade econômica, o setor só perde para as áreas de alimentos & bebidas, comércio varejista e energia elétrica.

A análise é resultante de uma parceria entre a Serasa-Experian e o Centro de Estudos em Finanças da EAESP-FGV. A composição do valor de mercado leva em conta a receita líquida obtida por 1.142 empresas no ano passado, além de variáveis como o Ebitda e a rentabilidade patrimonial dessas corporações.

O estudo revela um equilíbrio entre os laboratórios brasileiros e multinacionais. Das farmacêuticas bilionárias, dez são estrangeiras e oito têm bandeira nacional. Os 18 laboratórios somam R$ 49,74 bilhões em valor de mercado, o que corresponde a 5% do desempenho das maiores companhias do país. A Eurofarma ocupa a liderança, avaliada em R$ 5,72 bilhões, seguida de perto pela Sanofi-Medley (R$ 4,49 bi), EMS (R$ 4,35 bi) e Hypera Pharma (R$ 4,08 bilhões).

Duas estreantes entre as farmacêuticas bilionárias

Duas farmacêuticas são estreantes nesse ranking. Uma delas é a FQM, com R$ 1,39 bilhão. A farmacêutica argentina, presente no Brasil desde 1932, aposta suas fichas na liderança do mercado de probióticos. O acordo com a francesa Biocodex garantiu ao laboratório a exclusividade na comercialização da linha Floratil, que vende 4,2 mil unidades por mês e gera receita anual de R$ 100 milhões. “Já no primeiro ano de operação, esperamos elevar esse movimento em 30%”, admite Jorge Duhalde, vice-presidente da divisão de consumo.

Já a Blau foi avaliada em R$ 1,18 bilhão, sustentada sobretudo pelos medicamentos de especialidades, como antibióticos e relaxantes musculares. A empresa, que estreou na B3 no ano passado, negocia a abertura de uma planta no Complexo de Suape (Pernambuco) com foco nessa categoria de remédios. Outra estratégia é a produção própria de insumos farmacêuticos.

“Queremos fabricar quatro IFAs já a partir deste ano em Cotia (SP). Dois serão ingredientes de novos medicamentos que submeteremos à aprovação da Anvisa. Os outros dois são matérias-primas que importávamos da Argentina e da China. Já temos, inclusive, consultas de farmacêuticas para fabricar anticorpos monoclonais e até vacinas para a Covid-19”, adianta o CEO Marcelo Hahn.

farmacêuticas bilionárias

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Salário médio de trabalhador com carteira cai 6,3% em SP

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Se tem um indicador que faz toda a diferença para o comércio é o rendimento do trabalhador. Afinal, se cresce, é provável que as vendas cresçam. Se cai, é provável que as vendas caiam.

Infelizmente, a notícia não é boa para o varejista paulista. O salário médio do pessoal admitido com carteira assinada no Estado de São Paulo caiu 6,3% de abril de 2021 a março deste ano.

A comparação é com os 12 meses imediatamente anteriores.

O salário médio dos paulistas admitidos com carteira assinada nos últimos 12 meses terminados em março deste ano foi de R$ 2.560. No ano imediatamente anterior, de R$ 2.731.

Os números, corrigidos pela inflação no período, foram levantados por Fábio Bentes, economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio).

A fonte de dados é o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que registra o emprego formal no país.

“Houve uma queda forte do salário médio real do celetista paulista, que se acentuou a partir da segunda metade do ano passado, coincidindo com a aceleração da inflação”, diz ele.

Quem mais sofre com a queda de rendimento, afirma Bentes, é o pessoal de menor renda.

A inflação medida pelo INPC, que reflete a inflação das famílias com rendimento médio até seis salários mínimos, subiu 13%, no período.

A inflação medida pelo IPCA, que mede o rendimento de quem ganha até 40 salários mínimos, subiu 12,1%, no período. “São indícios de que a inflação castiga mais quem ganha menos”, diz.

BASE DA PIRÂMIDE

De acordo com levantamento do economista, a oferta de emprego em São Paulo está mais concentrada no pessoal que recebe até dois salários mínimos.

A quantidade de pessoas que recebe até um salário mínimo subiu 6,1% em 12 meses terminados em março deste ano e, de um a dois salários mínimos, 7,3%, no período.

Na faixa de dois salários mínimos a cinco salários mínimos, o volume de pessoas admitidas subiu de 2,1% a 3,2% e, acima de cinco salários mínimos, 2,9%, no período.

“O emprego está crescendo na base da pirâmide.”

IMPACTO NAS VENDAS

Não tem jeito, o impacto da queda do rendimento do trabalhador nas vendas é imediato.

Nos últimos 12 meses encerrados em julho de 2021, período anterior ao da escalada da inflação, as vendas do comércio em São Paulo estavam crescendo 5,6%.

Os dados são da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), do IBGE.

Nos últimos 12 meses terminados em março deste ano, o crescimento era de 2,4%. “As vendas, portanto, estão crescendo menos da metade do que cresciam há um ano.”

DE OLHO NO NEGÓCIO

De acordo com Bentes, estes números mostram que o lojista precisa ter muita cautela na condução do seu negócio.

Nada indica que a inflação vai ceder e o rendimento vai subir tão rapidamente.

“O fato de as vendas subirem 2%, não significa que o negócio está crescendo 2%. O custo da mercadoria subiu muito mais do que isso.”

É provável que, neste momento, o lojista que atende um público de menor aquisitivo consiga ter um volume maior de vendas. “Mas, de novo, não significa que o lucro também cresce 2%.”

DESAFIOS

A queda da renda e o aumento da inflação têm sido um dos grandes desafios para os lojistas.

“Faz 30 anos que não vivemos um período como este. Ouvimos muito os clientes e começamos a procurar as segundas marcas”, diz Júlio Tadeu Aoki, sócio do Sacolão Da Santa.

Há 25 anos na Vila Mariana, o sacolão passou por uma transformação durante a pandemia, para oferecer também aos clientes uma linha maior de produtos não-perecíveis.

Aoki diz que agora tem em linha quatro marcas de sabão em pó, em vez de trabalhar somente com as líderes de mercado.

“A linha de limpeza foi certamente a que teve mais necessidade de adequação de marcas para atender as necessidades dos clientes.”

O cenário atual também levou a loja, que praticamente dobrou de tamanho, para 1.500 metros quadrados (agora passou a se chamar Da Santa e Muito +),  a trocar de fornecedores.

“Nosso negócio usa muita embalagem, proveniente do petróleo, que subiu muito de preço no último ano. Tivemos de buscar fornecedores mais abertos a negociações”, afirma.

Somente neste ano, os aumentos de custos dos produtos que comercializa no sacolão, diz ele, subiram entre 15% e 20%, no caso de perecíveis e não perecíveis.

O que o consumidor está fazendo neste momento, no caso de frutas, legumes e verduras, de acordo com Aoki, é uma compra muito mais inteligente, para também evitar desperdícios.

“Se é época de caqui, ele compra caqui, já que o preço é menor, em vez de adquirir uma fruta mais cara que não é da época.”

Aoki diz que é nítida a substituição de produtos dentro da cadeia de produtos, especialmente no caso de frutas, legumes e verduras, que são produtos sazonais.

São detalhes que no dia a dia, diz ele, o lojista precisa prestar muita atenção para não correr o risco de ver produto encalhar ou faltar na gôndola.

Fonte: Diário do Comércio

Brasil pode enfrentar crise por falta de medicamentos

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O Brasil pode passar por uma crise de falta de medicamentos nos próximos meses. Só no estado de São Paulo, já são cerca de 40 substâncias ausentes das prateleiras das unidades de saúde, entre elas, medicamentos considerados simples, e de suma importância para o funcionamento do serviço público, como dipirona, cetoprofeno e até mesmo soro fisiológico.

O assunto foi colocado em discussão pelo Conselho Municipal de Secretários de Saúde de São Paulo (Cosems/SP), que na última semana divulgou uma lista do que já está em falta.

‘O que leva isso é a alta dependência da matéria-prima que vem da Índia e da China, os maiores produtores do mundo’, explica Tiago Texera, diretor do Cosems. ‘Os países estão em recessão por conta da covid-19. Somado a isso, temos outro problema de desorganização no sistema de produção da indústria farmacêutica. Faltam também insumos. Frascos, vidros, blister, conta-gotas. Às vezes, a indústria tem matéria-prima, mas falta o que embala o produto’, complementa.

O problema já está no radar das autoridades de saúde desde o início do ano. Em fevereiro, o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) entregou ao Ministério da Saúde e à Anvisa um ofício pedindo providências sobre o caso. Segundo os órgãos, o desabastecimento é um reflexo da pandemia, causado pela falta de insumos, de matéria-prima e aumento da demanda.

Sérgio Mena Barreto, CEO da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) aponta quase todos os remédios utilizados no Brasil são feitos a partir de substâncias importadas.

‘Quase 95% dos medicamentos no país dependem de matéria-prima originária principalmente da China, que teve as exportações afetadas porque está mais uma vez em lockdown para conter a nova onda de casos de Covid. Além da maior dificuldade para a chegada de insumos ao país, tivemos uma espécie de efeito dominó, pois outros produtos que estavam faltando exigiram mais dedicação da indústria, acarretando a redução na fabricação de outros produtos.’

Texera afirma que falta no Ministério uma atuação mais próxima à indústria farmacêutica para garantir que mesmo insumos de baixo custo, como o soro, sejam produzidos conforme a demanda nacional.

‘Eles, como outras indústrias, visam o lucro. Muitas vezes vão produzir mais o que traz margem maior. É lei de mercado, e não há regulação efetiva nesse setor. O soro fisiológico, por exemplo, é extremamente barato, e não se acha para comprar em lugar nenhum. Medicamentos de todas as grandezas, antibióticos. Já falta em prateleira de farmácia privada. Desapareceu. Dipirona, cetoprofeno, diclofenaco, diazepan, anestésicos. Esse efeito em cadeia afeta o sistema ambulatorial e hospitalar.’

O representante do Cosems aponta que a pasta ‘espera o problema acontecer para correr atrás da solução’.

‘Já era prevista essa diminuição da importação, dificuldade de fabricar os insumos. Eles estão sempre atuando – ou dizendo que estão atuando – no momento em que o problema está instalado. O Ministério tinha que estar atuando previamente’, afirma.

‘Lógico, é um problema mundial, mas países emergentes sofrem mais. Precisamos lembrar disso. O Brasil delegou para a produção para Índia e China. E a resposta que recebemos é a mesma que vocês recebem. Mas o problema está instaurado.’

Adlin de Nazaré Veduato, diretora geral do Hospital de Clínicas Dr. Radames Nardini, localizado em Mauá, na Grande São Paulo, relata a dificuldade na compra de ampolas de 500 ml de soro fisiológico.

‘Há uma dificuldade enorme de fazer aquisições. Além disso, não conseguimos adquirir outros medicamentos básicos. E quando encontramos, os valores são altos. Estamos restringindo bastante o uso de medicamentos e se a falta de abastecimento permanecer, teremos problemas com procedimentos cirúrgicos’, conta.

O Cosems confirma que algumas cirurgias eletivas já estão sendo reagendadas por falta de medicamentos, e alerta para uma situação que pode se tornar ainda pior.

‘O médico vai trocando, vai trocando, mas chega uma hora que não tem mais medicamento para aquela necessidade. Falta medicamento para o pré-operatório, para a cirurgia e o pós-cirúrgico. E aí a gente retrai, suspende cirurgias eletivas para poder garantir a urgência e emergência. Se isso não for regularizado a tempo, corremos um risco muito grande de ter desassistência medicamentosa. Estamos cantando a bola, mas o Ministério da Saúde, sabendo disso, tinha que agir previamente, buscar novos parceiros, talvez.’

O iG entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo para apurar a questão. Em nota, a pasta afirmou que ‘desde o ano passado, os medicamentos de responsabilidade federal têm sido abastecidos com atrasos e entregas parciais. A pasta estadual segue cobrando o Governo Federal para a regularização das entregas para que os pacientes não sejam prejudicados em seus tratamentos.’

‘Entre os medicamentos distribuídos na rede estadual, 134 são de responsabilidade de aquisição e distribuição do Ministério da Saúde. Destes, 22 estão em falta. Outros 30 itens, aproximadamente, estão com pendências de entrega ou tiveram atraso durante o 1º trimestre deste ano, o que pode causar desabastecimento nas farmácias do Estado’, diz o texto.

‘A pasta estadual segue cobrando o Governo Federal e aguarda a regularização dos medicamentos e ressalta que o Estado apenas redistribui os medicamentos e comunica os pacientes assim que o órgão federal realiza as entregas e as farmácias são abastecidas.’

O Ministério da Saúde, por sua vez, disse que ‘trabalha sem medir esforços para manter a rede de saúde abastecida com todos os medicamentos ofertados pelo SUS.’

‘A pasta trabalha, em conjunto com Anvisa, conselhos municipais e estaduais de saúde e representantes das indústrias farmacêuticas, para verificar as causas e articular ações emergenciais para mitigar o desabastecimento dos medicamentos citados’, conclui o texto.

Pode faltar vacina

A vacinação de crianças recém-nascidas também sofre com o desabastecimento no país. A BCG, que protege contra a tuberculose e é administrada logo após o nascimento de uma criança, antes da alta hospitalar, está com a produção paralisada após a interdição da única fábrica nacional do imunizante pela Anvisa para ‘realização de ajustes e correções decorrentes da última inspeção sanitária’.

Segundo informações da BBC, desde abril, o Ministério da Saúde orienta o ‘uso racional’ de doses até que a produção seja retomada. Para contornar a situação, o país tenta obter mais doses junto ao Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da OMS nas Américas.

Não se sabe, no entanto, se elas serão suficientes para suprir a demanda. Questionado, o Ministério da Saúde não esclareceu a questão até o fechamento da reportagem.

Fonte: Voz MT

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/hospitais-publicos-de-sao-paulo-adiam-cirurgias-por-falta-de-medicamentos/

Marca de higiene bucal sustentável lança pastilhas dentais que substituem a pasta de dente

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A marca 100% brasileira e sustentável Sana Green, tem inovado em cosméticos e produtos voltados à higiene bucal. Seguindo a tendência do consumo consciente, a empresa apresenta suas pastilhas dentais, uma alternativa sólida às pastas de dente convencionais, que trazem a junção perfeitamente equilibrada da ciência moderna e de ativos naturais, a fim de garantir a higienização necessária, sem impactos nocivos para os dentes ou mesmo para o planeta.

As pastilhas vêm no formato de comprimidos, na quantidade ideal para cada escovação, em frascos com 70 e 130 pastilhas

Quanto sabemos sobre os produtos que consumimos? Quão saudáveis, eficientes e verdadeiramente sustentáveis eles são? Esta é a primeira reflexão que a Sana Green vem propor para este novo perfil de consumidores mais conscientes, que cresce a cada dia, tanto no Brasil, quanto no mundo.

‘Mudar a cultura do consumo de produtos de higiene bucal no Brasil é a nossa missão. Para isso, desenvolvemos um produto simples, altamente funcional e sustentável em todas as etapas de produção. O objetivo é entregar o resultado que se espera de uma boa escovação, trazer praticidade ao dia a dia e tudo isso sem precisar agredir o meio ambiente e nem desgastar os dentes. Afinal, é totalmente possível cuidar melhor da saúde e do planeta ao mesmo tempo’, explica Luciano Mazitelli, CEO da marca.

Mazitelli, que é dentista há mais de 20 anos, conta que a ideia de criar a Sana Green veio por meio das experiências que teve ao realizar trabalhos voluntários na Amazônia, como cirurgião bucal em comunidades ribeirinhas, nas últimas duas décadas.

Após dois anos de pesquisas, testes e mais estudos para chegar à combinação de ingredientes ideal e garantir um processo de produção totalmente sustentável, a empresa lança suas primeiras pastilhas para higiene bucal no sabor hortelã

‘Senti a necessidade de fazer a diferença de forma mais ampla, me aprofundar em temas como sustentabilidade e assistencialismo e desenvolver algo que unisse, o que hoje são os principais pilares da marca: o cuidado com a saúde bucal e com o meio ambiente’, conta Luciano.

Após dois anos de pesquisas, testes e mais estudos para chegar à combinação de ingredientes ideal e garantir um processo de produção totalmente sustentável, a empresa lança suas primeiras pastilhas para higiene bucal no sabor hortelã. Feitas com ingredientes de origem 100% natural, substituindo as alternativas sintéticas utilizadas nos cremes dentais convencionais do mercado, as pastilhas também não são testadas em animais.

‘Nossa preocupação com a sustentabilidade em cada fase desse processo pode ser vista também no fato de não utilizarmos água na composição das pastilhas e muito menos plástico, em nenhuma etapa de produção. Buscamos trabalhar com uma embalagem fácil de reciclar e reutilizar, sem embalagens secundárias, além de nossos fornecedores serem locais, o que diminui as nossas emissões de carbono. Ainda oferecemos um plano de assinatura, onde o consumidor poderá comprar apenas o refil de suas pastilhas e utilizar a mesma embalagem da primeira compra para a vida toda’, afirma o empresário.

As pastilhas vêm no formato de comprimidos, na quantidade ideal para cada escovação, em frascos com 70 e 130 pastilhas. Basta uma mastigada para que, em contato com a saliva, o produto comece a fazer espuma e é aí que a escova pode ajudar na higienização. Após o enxague, a sensação será de frescor e dentes limpos. O processo é prático e eficiente, mas precisa ser feito ao menos três vezes ao dia.

Feitas com ingredientes de origem 100% natural, substituindo as alternativas sintéticas utilizadas nos cremes dentais convencionais do mercado, as pastilhas também não são testadas em animais.

‘Vale ressaltar que o objetivo das nossas pastilhas dentais é limpar e polir os dentes, fazendo uma abrasão leve, sem desgastá-los. É possível senti-los mais brancos, pois estarão verdadeiramente limpos, mas para clarear manchas, tratar cáries, sensibilidade ou qualquer condição dental é preciso fazer um acompanhamento com um dentista, ele é o real responsável pela sua saúde bucal’, completa o dentista.

A marca, disponível em e-commerce próprio, ainda possui um programa assistencial, no qual a cada compra feita pelo site, parte dos lucros serão destinados à produção e distribuição de pastilhas dentais da marca para comunidades ribeirinhas da Amazônia.

Fonte: Tudo Sobre Tudo

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/enxaqueca-pode-estar-relacionada-a-saude-bucal/

DF apresenta maior aumento percentual de casos de covid-19 no mês de maio

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Uma pesquisa realizada pela Dasa Saúde Integrada, divulgada nesta sexta-feira (20/5), identificou um aumento nos casos de covid-19, em especial no Distrito Federal. A média semanal entre o início do mês de maio e a última semana saiu de 17,68% para 26,93%, um aumento de 9%.

Entre os estados, o DF teve a maior alta, com 7% em relação a semana anterior. Em São Paulo, o aumento foi de 5% e no Rio de Janeiro de 3%.

A média no volume de testes em todo o Brasil teve aumento de 23,06% entre as últimas duas semanas. Novamente, o Distrito Federal registrou o maior aumento, com 32,05% a mais de exames para detectar covid-19.

Cresce o número de testes realizados em farmácias

A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) realizou um levantamento que apontou um aumento no percentual de 54% de testes positivos para covid-19 feitos em farmácias, se comparado a primeira quinzena de maio de 2022 e abril. O Distrito Federal saltou de 4,87% para 12,04% de diagnósticos no mesmo período.

Segundo o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, na terça-feira (17/5), a média móvel de diagnósticos teve alta de 28%. Uma das justificativas dada por infectologistas para a alta é a chegada do frio que, naturalmente, contribui com o aparecimento e transmissão de doenças respiratórias. Se soma a isso a liberação das restrições para o combate do coronavírus.

Fonte: The World News – Brasil

7 benefícios do óleo de camélia para pele e cabelo

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Você conhece os benefícios do óleo de camélia? Extraído da planta de mesmo nome, o óleo de camélia é um poderoso hidratante natural . Rico em ácidos graxos, polifenóis e vitaminas, o elixir é comumente indicado por dermatologistas e tricologistas, para nutrir o cabelo e combater os primeiros sinais de envelhecimento da pele.

Ingrediente-chave do produto capilar queridinho de Meghan Markle, o Oil Reflections, da Wella , o item ainda atraí (e muito) pelo custo-benefício. Na internet, dermocosméticos com a matéria-prima na composição podem ser encontrados por menos de R$ 12.

‘Quando incorporado a cosméticos, o óleo de camélia surge como um coadjuvante importante. Usado isoladamente, ele também traz benefícios, desde que aplicado com bom senso e cautela’, adverte o médico Ademir Leite Jr., certificado pela Associação Internacional de Tricologistas (IAT, na sigla em inglês).

Benefícios do óleo de camélia

Fonte abundante das vitaminas A, B e E, o elixir oferece diversos benefícios para a beleza. Hidratar o corpo e prevenir o envelhecimento precoce do rosto estão entre os principais. Nutrir, reparar, aumentar o brilho, melhorar a maleabilidade e combater a desidratação dos fios também.

Modo de aplicação na pele

No rosto, pacientes com a pele seca devem aplicar de duas a três gotas do óleo todos os dias, segundo o dermatologista Renato Pazzini , membro do Corpo Clínico dos Hospitais Albert Einstein e Oswaldo Cruz. ‘Já pessoas com a pele oleosa devem fazer uso do produto apenas de duas a três vezes por semana’, aconselha o especialista.

No corpo, o elixir pode ser usado por todos, diariamente, sempre após o banho. Uma dica para potencializar o poder de hidratação do óleo é incorporá-lo ao creme de preferência.

E no cabelo

Na fibra capilar, de acordo com o tricologista Ademir Leite Jr. , o elixir hidratante e nutritivo pode ser aplicado diariamente, sobretudo em cabelos lisos e danificados. ‘Poucas gotinhas já são o suficiente para nutrir os fios sem deixá-los com aspecto oleoso’, elucida.

Contraindicações

O óleo de camélia é contraindicado para pessoas com sensibilidade e couro cabeludo excessivamente oleoso.

O que levar em consideração no momento de eleger o seu?

Vale a pena focar em óleos que têm o processo de extração por prensagem a frio, método que mantém as características e os nutrientes originais do produto.

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Fonte: Harisewell

Líquido pirolenhoso: conheça o subproduto valorizado na agricultura e farmacêutica

Considerado um dos principais produtos renováveis da atualidade, o carvão vegetal vem ganhando cada vez mais espaço no setor energético e econômico do mundo. Dentre todos os países, o Brasil é o maior produtor e consumidor deste produto, apresentando um montante de produção que atingiu cerca de 838 mil toneladas no primeiro trimestre de 2021.

Os números são surpreendentes. Contudo, sua produção tem sido pauta em discursos ambientalistas em todo o mundo. Isso porque o processo acaba produzindo gases nocivos, que muitas vezes podem ser prejudiciais ao meio ambiente.

Sabe-se que nos processos de conversão da madeira em carvão vegetal, geralmente 2/3 da biomassa é perdida em forma de fumaça. Diante da necessidade de mitigação dos impactos causados durante o processo de sua fabricação, a comunidade acadêmica e cientifica tem unido forças para desenvolver estratégias que visam reverter a problemática ambiental.

E é dentro dessa perspectiva que podemos enxergar o produto tradicionalmente conhecido como líquido pirolenhoso, ácido pirolenhoso, vinagre de madeira, licor pirolenhoso, fumaça líquida ou bio-óleo.

Quem é ele

Obtido a partir da condensação dos gases da carbonização da biomassa, o líquido pirolenhoso é considerado um material residual de grande complexidade e potencialidade. Um dos componentes básicos e presente em maior concentração na fumaça condensada é a água, no estado de vapor. A maior parte dessa água pode ser condensada, juntamente com dezenas de componentes químicos, resultando num produto viscoso.

Estudos afirmam que o líquido pirolenhoso consiste em mais de 200 compostos químicos solúveis em água: é composto por 80% de água e 20% de compostos químicos orgânicos compreendendo ácidos orgânicos, alcano, fenólico, álcool e éster.

Diante disso, estima-se que apenas no primeiro trimestre de 2021, a produção de 838 mil toneladas de carvão vegetal gerou cerca de 558 milhões de litros de líquido pirolenhoso. O percentual de água e demais compostos presentes na fumaça condensada são influenciados pela composição química da biomassa original, pelo processo de conversão empregado e umidade.

Pirólise de madeira de eucalipto

De composição química complexa, o líquido pirolenhoso é caracterizado pela sua acidez, elevada viscosidade e propriedades corrosivas. Além disso, estudos afirmam que esse produto é quimicamente instável.

Contudo, mesmo diante dos desafios atrelados a sua composição, diversos estudos estão sendo desenvolvidos para avaliar possíveis aplicabilidades para esse material residual. Biocombustível, cosméticos, herbicida e fertilizante são algumas das potencialidades do líquido pirolenhoso.

Emprego

Sua conversão envolve diversos mecanismos químicos que possibilitam a maior viabilidade na sua aplicação. Dentre os diversos estudos empregados visando sua aplicabilidade e geração de novos produtos, alguns têm se destacado.

Com caráter inovador, a aplicação do líquido pirolenhoso como fertilizante e produto bioativo aplicado à indústria farmacêutica tem sido pautada como oportunidade potencial de agregar valor a esse produto.

Uso como fertilizante

Utilizado há séculos no Japão, a fabricação e utilização de líquido pirolenhoso como fertilizante é uma técnica antiga. No Brasil, sua aplicação na agricultura é recente, e vem se intensificando a cada dia devido ao fato da sua constituição poder ser manipulada em razão das condições térmicas da carbonização ou pela utilização de catalisadores.

Esse produto tem despertado interesse de diversas áreas, incluindo, além da agronômica e alimentos, a medicina e a farmácia. Na área agronômica, pesquisas clássicas da área já mostraram que o uso de líquido pirolenhoso, inclusive quando utilizado juntamente com finos de carvão, atua de forma positiva no solo e nas plantas, acarretando na redução do uso de agrotóxicos.

Durante o processo de carbonização da madeira deve haver a utilização de sistemas apropriados para a coleta dos gases condensáveis que formam o líquido pirolenhoso. Estudos têm sido realizados a fim de investigar o seu uso na agricultura e verificado significativa melhora nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, favorecendo a absorção de nutrientes pelas culturas.

Além disso, os efeitos se estendem à regeneração físico-química e biológica do solo, controle de pragas e doenças e ao auxílio na germinação de sementes e crescimento radicular das plantas. Vários trabalhos apontam a sua eficiência como produto natural na agricultura, incluindo o efeito inseticida e no controle de microrganismos em diversas culturas, reduzindo o desenvolvimento de fungos fitopatogênicos, seja pelo vigor da planta e/ou pela indução da resistência sistêmica das plantas.

Porém, ainda são escassas as informações técnicas e científicas quanto aos critérios, normas e concentrações ideais a serem aplicadas a cada cultura. A recomendação genérica é que o líquido pirolenhoso não seja aplicado em sua forma bruta, devido à sua complexa composição química, sendo necessária a diluição em água e, na maioria das vezes, processos de decantação e/ou destilação e filtração.

Para a indústria farmacêutica

A complexidade química do líquido pirolenhoso, em especial a presença de compostos fenólicos, é o que lhe confere características bioativas que podem ser aplicadas no desenvolvimento de produtos fármacos visando subsidiar a indústria farmacêutica e, consequentemente, o setor público de saúde mundial.

O líquido pirolenhoso apresenta efeito antimicrobiano frente a microrganismos que agem diretamente na deterioração de alimentos e sob bactérias nocivas à saúde pública. Sua atividade antimicrobiana vem sendo cada vez mais estudada, principalmente englobando diferentes variáveis do processo de pirólise (temperatura final e taxa de aquecimento) sob espécies de fungos, bactérias e vírus.

Dessa forma, a depender do seu processo de fabricação, coleta e armazenamento, o líquido pirolenhoso pode apresentar uma diversidade de substâncias biologicamente ativas e de extrema importância, que podem fazer desse subproduto da carbonização um produto com valor agregado na indústria farmacêutica.

É comprovado cientificamente que este material possui a capacidade de atuar na parede celular de bactérias patogênicas gram-positivas e gram-negativas agindo como agente bactericida. Além disso, suas propriedades desintoxicantes também fazem do líquido pirolenhoso um importante agente no tratamento de micoses superficiais na pele.

Antioxidante

Além do potencial antimicrobiano, este produto também se caracteriza como antioxidante. Os estresses oxidativos são responsáveis por causar envelhecimento precoce, doenças cardiovasculares, Alzheimer, problemas neurológicos, câncer, entre outros. Desse modo, os antioxidantes agem como substâncias que atuam atrasando significativamente ou evitando a degradação de outras moléculas.

O líquido pirolenhoso possui a capacidade de se associar com radicais livres, reduzindo os processos oxidativos do corpo humano e evitando doenças venéreas.

O líquido pirolenhoso tem potencial de se tornar um grande aliado do setor farmacêutico ao servir de fonte de princípios ativos destinados à criação de novos medicamentos. Ademais, por ser gerado em grande quantidade anualmente e, por ser de origem natural, este produto pode possibilitar a redução dos custos de fabricação e comercialização de medicamentos, tornando-os mais acessíveis à população.

Fonte: Campo & Negócios 

Extinção do uso de máscara provoca 4ª onda de covid no Brasil

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Depois de quase 3 meses de estabilidade, a Rt (taxa de transmissão) do covid voltou a romper o teto de segurança, indicando novo crescimento da doença no Brasil. Com ele, houve também aumento de testes positivos e alta nas hospitalizações em São Paulo, dando indícios de que uma quarta onda de casos pode estar prestes a ocorrer.

Apesar de a vacinação em massa impedir que o aumento das mortes atinja a proporção das primeiras ondas da pandemia, esta semana outro sinal de alerta acendeu: no dia 17 de maio, a média móvel de óbitos registrou a primeira alta em duas semanas. Ontem, ela voltou a ficar estável.

Cientistas consideram o número 1 como o teto da Rt. Com esse valor, cada pessoa infectada pode contaminar outra, mantendo a estabilidade de casos. A meta é baixar esse número porque, se ele ultrapassar esse patamar, cada doente poderá contaminar mais de uma pessoa.

O ano de 2022 começou em meio à terceira onda da pandemia no Brasil, com o Rt permanecendo acima de 1 até o dia 5 de fevereiro, quando atingiu o pico de 2,1 -o que significa que cem pessoas infectavam outras 210, aumentando o número de casos.

Desde então, o índice começou a cair, mas só ficou abaixo de 1 no dia 22 de fevereiro. A curva despencou até o dia 16 de março, quando bateu em 0,5, mas voltou a subir lentamente sem nunca ultrapassar o número 1.

Tudo mudou no dia 9 de maio, quando voltou a romper o teto e não parou de crescer: no dia 18 de maio, estava em 1,25 (cem pessoas contaminavam 125), indica levantamento da Info Tracker, a plataforma de monitoramento da pandemia da USP (Universidade de São Paulo) e Unesp (Universidade Estadual Paulista).

O Rt já ultrapassou a marca em quatro das cinco regiões do Brasil:

Norte: 0,82

No estado de São Paulo, apenas três das 22 macrorregiões têm índice abaixo de 1: a Grande São Paulo Sudoeste, São João da Boa Vista e Barretos. Na média, o Rt paulista está em 1,15.

Esse aumento já reflete nas internações em leito covid no estado de São Paulo, embora em ritmo muito menor do que o auge da pandemia, quando ainda não havia imunizante.

O aumento das internações no último mês foi de 55% no estado na comparação com as quatro semanas anteriores. No interior chegou a 88%, na capital, a 49%, enquanto na Grande São Paulo ficou estável e na Baixada Santista caiu 25%.

Apesar da subnotificação dos autotestes, os resultados disponíveis em testagem de laboratório e farmácia comprovam o recrudescimento da pandemia.

Apenas nos 15 primeiros dias de maio, os 49,3 mil resultados positivos para covid-19 em testes de farmácia já superaram os 32 mil registrados em todo o mês de abril.

‘O índice de positivados [nos testes de farmácia] saltou 54%’, diz Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias). ‘É um forte indício da resiliência do coronavírus, que já apresentava crescimento desde a segunda quinzena de abril.’

A tendência também é de alta nos testes laboratoriais. Os exames positivos, que representavam 13% do total das amostras na semana terminada em 1º de maio, saltaram para 17% na semana seguinte.

Há ainda a expectativa de uma ‘taxa de positividade de 24%’ para a semana terminada em 15 de maio (os dados ainda não foram tabulados), segundo a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnostica), que representa 65% dos laboratórios de diagnóstico do país.

A 4ª onda chegou?

‘Com base na dinâmica recente dos dados, é possível que já estejamos vivenciando o início da quarta onda de covid: menos letal que as demais por conta da vacinação, mas ainda muito preocupante em razão da ausência de planos de contenção, abandono das máscaras e testagem por parte do poder público’, avalia Wallace Casaca, coordenador da Info Tracker e professor da Unesp.

Para o médico sanitarista Gonzalo Vecina, o aumento no número de casos e internações por covid-19 não se deve a uma nova onda, mas à flexibilização ao uso de máscaras.

‘Isso tudo é fruto do relaxamento social e da falta de máscara, e de levantar o decreto emergência sanitária foi um erro’, afirmou Vecina. Ele se refere ao decreto do presidente Jair Bolsonaro (PL), que em abril pôs fim ao estado de emergência para a covid-19.

Infectologista, a professora de medicina Joana D’arc Gonçalves também diz acreditar na chegada de uma nova onda de contaminações.

Como a gente vai conviver com esse vírus por muito tempo, acredito que uma quarta onda esteja se aproximando e, possivelmente, haverá até outras ondas, dependendo do nosso comportamento.

Joana D’arc Gonçalves, infectologista

A professora lembra que a maioria das restrições sanitárias caiu no Brasil por decisão de estados e municípios. No começo da semana, por exemplo, a Prefeitura de São Paulo acabou com a obrigatoriedade de usar máscara em táxi e de apresentar comprovante de vacinação em eventos na capital. O abandono das máscaras ocorre em todo o país.

‘Além disso, a transmissão de doenças respiratórias é mais alta no frio porque as pessoas ficam mais próximas’, diz a médica. ‘E tivemos o Carnaval recentemente, com muita gente aglomerada. Tudo isso traz consequências.’

A especialista diz não acreditar no retorno das restrições sanitárias, mas espera que o poder público organize campanhas educativas em períodos sazonais, como em tempos de frio.

‘O que temos em mãos é a vacina. É preciso focar nos mais vulneráveis’, afirma a infectologista ao prever convivência longa entre humanos e a Sars-Cov-2.

‘Aguardar por uma política restritiva é complicado, não só pelo governo, como pela população, que cansou.

Lamentavelmente essa decisão foi passada para o indivíduo’, diz ela, que ainda recomenda o uso de máscaras em ambientes fechados, como transporte público.

A gente tem sido pego de surpresa. Pensamos que a alta transmissibilidade da variante ômicron iria enfraquecer o vírus, mas ele continua com suas mutações. Pelo jeito vamos conviver com esse vírus por um bom tempo. Depois da pandemia, será uma endemia, talvez com um vírus mais transmissível, mas também menos letal’, Joana D’arc Gonçalves, infectologista.

Fonte: Brasil Popular

Veja o que fazer quando enviar um PIX errado

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A autônoma Maria Deronice Costa, de 40 anos, tenta recuperar a quantia de R$ 1.000,00 que transferiu via PIX por engano para a conta de outra pessoa na última quarta-feira (17) em Fortaleza. Ela conta que o dinheiro foi adquirido por meio de um empréstimo para pagar o aluguel e teme ficar no prejuízo. O erro aconteceu logo após receber o crédito de empréstimo na conta. Maria Deronice tentou transferir os R$ 1.000,00 da sua conta do Banco do Nordeste para outra do Banco Itaú, também no nome dela. A transação se deu por meio de PIX usando a chave vinculada, que é o número de celular dela. O problema, contudo, foi um erro ao digitar o último dígito.

‘Eu errei na hora de colocar o último dígito do número do meu próprio celular e aconteceu isso. Eu trabalho por conta própria, além de pegar esse empréstimo para pagar meu aluguel também iria comprar produtos de beleza e cosméticos para vender. Tenho duas crianças e moro de aluguel, vai me prejudicar bastante se eu não conseguir recuperar esse dinheiro’, disse.

Deronice relata que, ao perceber o erro, entrou em contato com o destinatário por meio de ligações e mensagens e que em um primeiro momento, a pessoa se prontificou a devolver o valor, mas após algumas horas passou a rejeitar as chamadas e bloquear as mensagens que a vítima tentava fazer para ela. ‘Eu cheguei a pedir para amigas minhas ligarem para essa mulher e ela simplesmente sumiu. O próprio escrivão da polícia chegou a falar com ela, e eu consegui também, mas depois ela sumiu. Havia dito que estava esperando o esposo dela chegar do trabalho para fazer a transferência de volta para mim, mas há dois dias ela está incomunicável’, explica.

A Polícia Civil informou que investiga as circunstâncias de um caso de apropriação indébita, registrado por meio de boletim de ocorrência, na última quarta-feira (18), no 19º Distrito Policial (DP). O caso aconteceu na terça-feira (17), quando a vítima fez uma transferência indevida e não conseguiu reaver o valor debitado. As equipes do 19º DP seguem colhendo informações em busca de solucionar o caso. Ao procurar o banco, a mulher ouviu do gerente que a instituição não poderia fazer nada, já que o erro foi do cliente. Em seguida, ela registrou o caso no 19º Distrito Policial por meio de um boletim de ocorrência.

Conforme o artigo 169 do Código Penal Brasileiro, é crime se apropriar de ‘coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza’. O crime de apropriação indébita pode resultar em pena de detenção, de um mês a um ano, ou multa.

Fiz um PIX errado. O que devo fazer?

De acordo com o Banco Central, é possível cancelar a transação apenas antes da confirmação do pagamento. Após a confirmação, como a liquidação do PIX ocorre em tempo real, a transação não poderá ser cancelada. No entanto, a pessoa que enviou o PIX pode negociar com o recebedor a devolução do valor pago. Se for possível identificar quem recebeu o valor por meio da chave PIX, o indicado é entrar em contato. Mas se for usada a chave aleatória, a identificação pode ficar um pouco mais difícil. Inclusive, essa alternativa de chave foi feita justamente para garantir mais privacidade ao usuário. Daí, o indicado é buscar o banco para onde a operação foi realizada, para que ele entre em contato com quem recebeu o valor.

Recebi um PIX errado. Como devo agir?

De acordo com o Febraban (Federação Brasileira de Bancos), quem recebeu um PIX por engano tem que entrar em contato com o destinatário para devolução do valor. Lembrando que a não devolução de um PIX feito por engano pode resultar em uma ação judicial e eventuais penalidades.

Ferramentas contra fraudes

Em novembro do ano passado, o Banco Central instituiu duas novas ferramentas para evitar fraudes e auxiliar possíveis vítimas. São elas:

Bloqueio Cautelar

A medida permite que a instituição que detém a conta do usuário recebedor (pessoa física) possa efetuar um bloqueio preventivo dos recursos por até 72 horas em casos de suspeita de fraude. A opção vai possibilitar que a instituição realize uma análise de fraude mais robusta, aumentando a probabilidade de recuperação dos recursos pelos usuários pagadores vítimas de algum crime. Sempre que o bloqueio cautelar é acionado, a instituição deve comunicar imediatamente ao usuário recebedor.

Mecanismo Especial de Devolução

O Mecanismo Especial de Devolução (MED) entra em cena nos casos de fundada suspeita de fraude, sejam elas identificadas pelas próprias instituições envolvidas ou quando um usuário faz um PIX e logo em seguida se dá conta de que foi vítima de um golpe. Nesse tipo de situação, é preciso registrar um boletim de ocorrência e avisar imediatamente o ocorrido à instituição financeira pelos canais oficiais de atendimento ao cliente: SAC, ouvidoria ou chats de aplicativos. No ambiente PIX nos aplicativos dos bancos, há um link para o canal a ser utilizado para registrar a reclamação.

O banco da vítima, por sua vez, vai usar a infraestrutura do PIX para notificar a instituição que está recebendo a transferência, para que os recursos sejam bloqueados. Após o bloqueio, tanto a instituição do pagador quanto a do possível golpista/fraudador têm até sete dias para fazer uma análise mais robusta do caso para ter certeza de que se trata efetivamente de uma fraude. Caso a fraude se comprove, a instituição de destino da operação devolve os recursos para a do pagador, que deve efetuar o devido crédito na conta da vítima.

Sempre que um recurso for bloqueado ou devolvido, o usuário recebedor será notificado e, caso não se trate de fraude, poderá fazer contato com a instituição para esclarecer o caso. O MED também pode ser acionado caso exista um crédito indevido por falha operacional nos sistemas da instituição envolvida. Cabe ressaltar que o mecanismo não se aplica nos seguintes casos: o usuário fez um PIX por engano, por exemplo, digitando a chave errada; desacordos comerciais; ou para desfazer uma compra. Caso o cliente não fique satisfeito com o produto entregue ou com o serviço realizado, o problema deve ser resolvido da maneira tradicional. Ou seja, o MED não é um mecanismo de reversão de pagamento.

Que atenção devo tomar para não errar o envio do PIX?

O Banco Central orienta que, ao incluir a chave, os dados da conta, ou utilizar o QR Code (pela leitura ou pela opção ‘PIX Copia e Cola’), o aplicativo da instituição indica, na tela de confirmação da operação, as informações do recebedor. É necessário conferir se os dados batem com o da pessoa ou empresa a quem quer transferir o recurso ou efetuar o pagamento. Caso os dados não batam, é importante que busque a informação correta com o destinatário, para que confirme os dados, efetue sua operação com sucesso e evite golpes ou pagamentos para a pessoa errada.

Fonte: Bahia Econômica

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/pix-saque-e-pix-troco-ainda-tem-baixa-adesao-de-brasileiros/