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ePharma discute medicamentos na saúde suplementar

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Um dos maiores entraves do modelo assistencial brasileiro está no acesso à medicação. O país é um dos únicos do mundo em que a população tem que arcar integralmente com os custos dos remédios prescritos pelo médico. Mas a realidade vem mudando aos poucos com a incorporação da cobertura de medicamentos por parte de alguns planos de saúde. Este foi o tema do ePharma Summit 2020, realizado no dia 6 de março na capital paulista.

Veja também: Por que o Brasil foi o primeiro a sequenciar o genoma do coronavírus?

Segundo Luiz Monteiro, presidente da ePharma, empresa pioneira e gestão de planos de benefícios de medicamentos (PBM), trata-se de um gap que precisa ser urgentemente trabalhado no sistema atual. Apesar dos programas governamentais, como o Farmácia Popular, a população brasileira sofre em ter que bancar esse custo. “Isso gera uma série de implicações, como o aumento da sinistralidade por conta da não adesão à medicação até o agravo de doenças crônicas”, afirma.

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O executivo explica que o objetivo do evento foi apresentar o ePharma Plenus, plano de medicamentos pré-pago, e as oportunidades de parceria com a indústria farmacêutica, que está bastante atenta a esse movimento. “Ela é uma parte interessada no processo, uma vez que, ao abrir a possibilidade de um novo pagador envolvido no negócio, há uma revolução em todo o mercado”, ressalta.

Para Monteiro, ao resolver os empecilhos gerados pelo custeio, a empresa passa a ter liberdade para olhar para outras ações de gestão, como a adesão ao tratamento. “Um paciente hipertenso que fica uma semana sem tomar o medicamento pode apresentar uma complicação de saúde após oito dias. Para evitar isso, agora podemos enviar o medicamento em sua residência três dias antes de acabar a dosagem prescrita”, exemplifica.

Novos modelos de assistência à saúde

O CEO da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sergio Mena Barreto, falou sobre o papel estratégico do varejo farmacêutico na ampliação do acesso a medicamentos. “A farmácia deixou de ser um mero vendedor de produtos para se transformar em um resolvedor de problemas”, afirma. Segundo o executivo, essa revolução da saúde começa pelo bom uso de dados para personalizar a oferta e garantir a adesão ao tratamento. Além disso, a oferta de serviços farmacêuticos e a curadoria com levantamento de indicadores para melhorar a jornada contribui para aumentar a consciência do cliente em relação à adesão.

Também participaram do ePharma Summit gestoras e operadoras de saúde que utilizam a assistência farmacêutica como diferencial estratégico. A Capesesp é um plano de autogestão que oferece coparticipação para aquisição do Aclasta, medicamento injetável da Novartis utilizado no tratamento de osteoporose. “Só conseguimos evitar o alto número de internações potencialmente evitáveis atuando na adesão ao tratamento com uso correto e contínuo da medicação prescrita pelo médico”, ressalta João Paulo Reis, presidente da Capesesp,

A AllCare, administradora de planos de saúde por adesão, fechou recentemente parceria com a ePharma para comercialização de um convênio médico com cobertura de medicamentos. “A união entre players do mercado trará um impacto grande para o acesso ao tratamento por medicamentos. A empresa não deve olhar só para a questão da sinistralidade ou atuar de forma separada. Com o cruzamento de dados, é possível obter um melhor entendimento sobre o paciente”, afirma Elisiane Aresi Batista, gerente executiva de relacionamento da AllCare.

Já para Vinicius Vieira, coordenador médico da Vitta, plano de saúde para startups com medicamento incluso, as farmácias que ingressam na cadeia do ecossistema de atendimento se aproximam do cuidado com o paciente. “Isso facilita o acesso à saúde. É preciso provar às operadoras que faz sentido incorporar o PBM como benefício ao cliente”.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Anvisa aprova radiofármaco para alívio de dor por metástases

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O radiofármaco SAMAR-IPEN, produzido pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen-CNEN) foi aprovado pela Anvisa. O medicamento é indicado para o alívio das dores causadas pela metástase óssea, complicação grave decorrente de vários tipos de tumores cancerígenos.

Veja também: Anvisa aprova medicamento para angioedema hereditário

O ativo 153-samário, presente no radiofármaco, tem vantagens em relação a outros radioisótopos utilizados no tratamento dessas dores. Devido às suas características físicas, como meia-vida (tempo para a quantidade do ativo presente no organismo cair pela metade) e energia beta menores, o alivio das dores é mais rápido e a uma menor incorporação nos tecidos normais.

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Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Morre Galliano Billi, fundador da Eurofarma

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Faleceu neste domingo (1º/3), o grande empresário e líder da indústria farmacêutica Galliano Billi. O Sindusfarma se associa à dor da família e dos funcionários da Eurofarma pela perda irreparável. Em 2016, Galliano Billi foi homenageado pelo Sindusfarma e escolhido como primeiro patrono do Prêmio Sindusfarma de Qualidade (ver textos abaixo).

O grande empresário e líder da indústria farmacêutica Galliano Billi, fundador da Eurofarma

Leia a nota emitida pela Eurofarma:

Nota de pesar – Adeus a Galliano Billi

É com grande pesar e um sentimento de perda irreparável que o Grupo Eurofarma comunica o falecimento de seu fundador, Galliano Billi, aos 94 anos, na cidade de São Paulo, neste domingo, 1º de março.

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Dr. Billi, como todos tratavam respeitosamente, despede-se dos familiares e do convívio do grupo que fundou, em 1972, mas sua história, ensinamentos e sonhos para sempre permanecerão na busca por um futuro melhor. Fica o agradecimento pela dedicação e paixão com que conduziu a Eurofarma ao patamar de destaque que a empresa hoje ocupa e o sentimento de saudade e de sinceras condolências à família e amigos.

Tão logo tenhamos as informações de data e horário da missa de 7º dia, compartilharemos com todos.

Uma história de dedicação 

Filho de Nello Billi e Zaira Romanini, italiano da cidade de Panicale, na região de Umbria, município de Perugia, Galliano nasceu em 12 de março de 1926.

Com o fim da guerra, e sendo o único de cinco irmãos a cursar uma faculdade, formou-se em Química, na Universidade de Bolonha, em 1953. Durante o período universitário, conheceu aquela que seria sua esposa, Maria Teresa Caselli Billi. Em 1957, se casaram na Itália e, pouco tempo depois, vieram para o Brasil em busca de melhores oportunidades. Aqui tiveram seus três filhos, Maurizio, Mauro e Malvia.

Em 1972, após 16 anos trabalhando para os laboratórios Lepetit e Richter como respeitado executivo da área industrial, Galliano finalmente conseguiu dar início ao grande sonho de sua vida: construir a própria empresa. Dotado de notória capacidade empreendedora e de um senso visionário poucas vezes visto, Galliano iniciou sua vida empresarial a partir de um pequeno laboratório na região de Interlagos que atualmente abriga o Instituto Eurofarma, braço social da empresa.

Foi adquirindo e reformando máquinas de segunda mão, muitas vezes garimpadas no ferro-velho, que nasceu a Billi Farmacêutica, primeira empresa do Grupo Eurofarma. Na época, e aproveitando a expertise do fundador no ramo de medicamentos, a empresa foi criada para oferecer serviços de produção para outras farmacêuticas. Uma atividade completamente inovadora para o setor e que deu origem ao que hoje chamamos de terceirização.

Desde então, a companhia cresceu muito. Adquiriu muitas empresas e produtos, diversificou suas atividades, ingressou nos principais segmentos da indústria farmacêutica e manteve firme sua vocação para tornar-se grande e reconhecida. Na década de 90 passou a adotar a marca guarda-chuva Eurofarma. Nesta trajetória de conquistas, a empresa passou por inúmeras adversidades e desafios, mas nunca se desviou um milímetro de seus valores, princípios éticos, e da ambição de crescer e compartilhar ganhos com colaboradores e sociedade.

No final da década de 90 e início dos anos 2000, Galliano Billi afastou-se do comando da empresa por problemas de saúde, quando então foi sucedido por Maurizio Billi.

Mesmo não exercendo funções executivas desde então, Galliano nunca se afastou dos negócios e esteve presente na empresa praticamente todos os dias, apoiando as decisões e mantendo viva as raízes e o espírito empreendedor e vanguardista que permeiam as atividades do Grupo Eurofarma.

 

Galliano Billi é o primeiro patrono do Prêmio Sindusfarma de Qualidade

10/05/2016 – No ano de sua 20ª edição, o Prêmio Sindusfarma de Qualidade instituiu a figura do patrono, que vai homenagear, a cada cerimônia, uma personalidade do setor cuja trajetória está ligada à qualidade e ao aprimoramento das Boas Práticas de Fabricação.

Assim, o Sindusfarma vai destacar e fazer justiça aos empreendedores e profissionais que, nas últimas décadas, contribuíram para elevar os padrões da indústria farmacêutica no país.

“Pelo exemplo de suas realizações, cada patrono será uma fonte de inspiração permanente, para que a chama da Qualidade na cadeia produtiva farmacêutica nunca se apague”, explica Cleiton de Castro Marques, presidente do Sindusfarma.

Como primeiro patrono foi escolhido o fundador do laboratório Eurofarma, o engenheiro químico Galliano Billi, que tem um traço marcante em seu perfil de empresário: o zelo quase obsessivo pela excelência em todas as etapas de produção de medicamentos.

Arrojado e visionário, ele foi o grande responsável pela introdução no Brasil da terceirização nos processos industriais, em 1972. Nestes 44 anos, os valores de Galliano Billi, seus altos padrões de qualidade e sua capacidade de enxergar o futuro orientaram a empresa, contribuindo para o seu sucesso.

Na abertura da cerimônia de entrega do Prêmio Sindusfarma de Qualidade 2016, Cleiton deu o seguinte depoimento sobre Galliano Billi.

“Galliano sintetiza o que há de melhor na indústria farmacêutica”

Não poderia ser mais apropriada a escolha de Galliano Billi para inaugurar a galeria de patronos do Prêmio Sindusfarma de Qualidade.

Galliano Billi preenche este perfil e muito mais.

Pois, além de sua preocupação em atingir a perfeição, o Dr. Billi sintetiza o que há de melhor na indústria farmacêutica: ousadia, visão de futuro e comprometimento absoluto com a excelência.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/03/05/panvel-muda-estrategia-na-bolsa-e-planeja-500-novas-lojas/

Quanta perseverança e talento deste jovem químico, formado pela Universidade de Bolonha, na Itália, ao desembarcar com a esposa no Porto de Santos, em 1957, deixando para trás um país abalado pela Segunda Guerra Mundial, para em pouco tempo iniciar uma brilhante carreira na indústria farmacêutica brasileira.

Profissional de sucesso. Empresário audacioso, que no início da década de 1970 funda a Billi Farmacêutica, que deu origem à Eurofarma.

E o que dizer de seu pioneirismo. Precursor da terceirização em todas as etapas de fabricação de medicamentos. Introdutor e disseminador do processo de liofilização no Brasil.

Tantas e tão duradouras realizações, com um denominador comum: Qualidade acima de tudo.

É, portanto, com muita honra que, em nome do Sindusfarma, rendo minhas homenagens a Galliano Billi e seu legado, que o filho Maurizio vem perpetuando com admirável dedicação e competência.

Cleiton de Castro Marques, 09/05/2016

Nota da Eurofarma na integra

É com grande pesar e um sentimento de perda irreparável, que comunicamos o falecimento de nosso fundador, Galliano Billi, neste domingo, 1º de março.

Filho de Nello Billi e Zaira Romanini, italiano da cidade de Panicale, na Umbria, Galliano nasceu em 12 de março de 1926. Sempre muito seguro de seus ideais, aos 17 anos fugiu de casa para defender a Itália durante a Segunda Guerra Mundial.

Com o fim da guerra, e sendo o único de cinco irmãos a cursar uma faculdade, formou-se em Química Industrial na Universidade de Bolonha, em 1953. Durante o período universitário conheceu aquela que seria sua esposa, Maria Teresa Caselli Billi.

Em 1957, Galliano e Maria Teresa se casaram na Itália e, pouco tempo depois, vieram para o Brasil em busca de melhores oportunidades. Aqui tiveram seus três filhos, Maurizio, Mauro e Malvia.

Após 16 anos trabalhando para os laboratórios Lepetit e Richter como um respeitado executivo industrial, em 1972 Galliano finalmente conseguiu dar início ao grande sonho de sua vida: construir a própria empresa. Dotado de notória capacidade empreendedora e de um senso visionário poucas vezes visto, iniciou sua vida empresarial a partir de um pequeno laboratório em Interlagos, que atualmente abriga o Instituto Eurofarma, braço social da empresa.

Foi adquirindo e reformando máquinas de segunda mão, muitas vezes garimpadas no ferro-velho, que nasceu a Billi Farmacêutica, primeira empresa do Grupo Eurofarma. À época, e aproveitando sua expertise no setor de medicamentos, a empresa foi criada para oferecer serviços de produção para outras farmacêuticas; uma atividade completamente inovadora para o setor e que deu origem ao que hoje chamamos de terceirização.

Desde então a empresa cresceu muito, orgânica e inorganicamente. Adquiriu muitas empresas e produtos, diversificou suas atividades, ingressou em diferentes segmentos, manteve firme sua vocação de tornar-se grande e reconhecida. E, na década de 90 passou a adotar a marca guarda-chuva Eurofarma. Nesta trajetória de conquistas, a empresa passou por inúmeras adversidades e desafios, mas nunca se desviou um milímetro de seu objetivo e valores. Nunca abriu mão de seus princípios éticos e da ambição de tornar-se grande.

No final da década de 90 e início dos anos 2000, Galliano afastou-se por problemas de saúde e, foi então, que naturalmente seu sucessor, Maurizio Billi, assumiu o comando.

Mesmo não exercendo mais funções executivas, Galliano nunca se distanciou dos negócios, estando presente na empresa praticamente todos os dias, apoiando as decisões e mantendo viva as raízes e o espírito empreendedor e inovador que permeia as atividades da empresa.

Hoje, com 48 anos de história, a Eurofarma é a primeira multinacional farmacêutica brasileira, sendo a mais prescrita do Brasil, está presente em mais de 20 países e conta com mais de 7,4 mil colaboradores.

Dr. Billi, como todos o tratavam carinhosa e respeitosamente, despede-se de nosso convívio, mas permanecerá para sempre sua marca em nossa história, seus ensinamentos no nosso desenvolvimento e seus sonhos e ambições na construção do futuro que buscamos. Fica o agradecimento pela dedicação e paixão com que conduziu a Eurofarma ao patamar de destaque que a empresa hoje ocupa e o sentimento de saudade e de sinceras condolências à família e amigos.

Esperamos que o legado construído pelo Dr. Billi, com trabalho duro, honestidade e ousadia, seja lembrado e perpetuado por todas as futuras gerações.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Panvel muda estratégia na Bolsa e planeja novas lojas

Na tentativa de conter o avanço da Raia Drogasil (RD) na Região Sul, o Grupo Dimed, controlador da Panvel, anunciou o desdobramento de suas ações na Bolsa para aumentar a liquidez e facilitar o acesso de investidores. A companhia também informou, em reunião com acionistas, que projeta inaugurar 50 novas lojas nestes ano.

Especialistas estimam que o lucro da empresa chegue à casa de R$ 110 milhões em 2020, com um faturamento bruto de R$ 3,5 bilhões.

Atualmente, na política de 30 para 1, as ações da rede são negociadas por aproximadamente R$ 800. Com o desdobramento, o preço giraria em torno de R$ 26. A empresa já vinha sinalizando uma atuação mais agressiva na Bolsa. Há menos de um mês, contratou Rodrigo Krause para liderar a área de relações com investidores. O executivo já esteve à frente do setor de RI de grandes corporações como a Gerdau, a incorporadora Helbor e a gestora de shopping centers Multiplan.

Existem também outros fatores que podem aumentar a liquidez dos papéis no curto ou médio prazo. Os acionistas esperam que a Panvel unifique as classes de suas ações, hoje em uma proporção de 10 ações ordinárias (ONs) para cada ação preferencial (PN). Outro desejo dos investidores é que a família Pizzato, uma das três famílias que controlam o grupo, venda sua participação na companhia por meio de um re-IPO.  Panvel

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/02/06/farmacia-panvel-expande-atuacao-em-bento-goncalves-rs/

Congresso mantém veto presidencial sobre a LDO

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O Congresso Nacional manteve, na tarde de hoje (4), o veto presidencial sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A manutenção do veto veio após acordo entre Congresso e Palácio do Planalto, o que explicou a votação maciça favorável ao veto. O acordo envolveu o envio, pelo governo, de Projetos de Lei (PL) que tratam da distribuição das verbas de emendas e do relator-geral do Orçamento.

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Com a manutenção dos vetos, o relator-geral do orçamento não poderá indicar prioridades na execução de obras realizadas com orçamento público. O governo não terá mais o prazo limite de três meses para repassar a verba do Orçamento. Na prática, o orçamento destinado a emendas de comissão e do relator não são mais impositivas. Além disso, não haverá penalização ao governo caso ele não faça o pagamento dessa verba.

Independentemente do acordo, partidos de vários matizes ideológicos, como Rede, Novo, PSL e MDB, mostraram-se favoráveis aos vetos. Para eles, se o veto fosse derrubado, a governabilidade e o poder de gestão do presidente da República sobre a verba pública ficariam prejudicado. Partidos de oposição se colocaram a favor do veto, considerando que a medida prejudicaria não só o atual presidente, mas todos os que se seguirem.

A votação ocorreu após dias de negociações e acordos entre governo e Congresso, encabeçados, principalmente, pelo presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o ministro da Secretaria-Geral de Governo, Luiz Eduardo Ramos.

Os projetos de lei encaminhados ontem (3) pelo governo passarão pela Comissão Mista do Orçamento, onde poderão sofrer alterações através de emendas. Alcolumbre quer votaro taisprojetos no plenário na próxima sessão do Congresso, prevista para a terça-feira que vem (10).

Poder reduzido

Nos últimos dias, os presidentes do Senado e da Câmara (Alcolumbre e Rodrigo Maia) tiveram reuniões com representantes do governo para estudar um acordo que agradasse tanto ao Executivo quanto ao Legislativo. Os projetos encaminhados pelo governo definem que o relator do Orçamento terá liberdade de indicar a destinação apenas das verbas acrescidas ao projeto original. Na prática, isso limita o poder do relator.

Por exemplo, se o governo manda um projeto de lei para construção de escolas no valor de R$ 80 milhões, o relator do Orçamento só poderá indicar a destinação de uma verba extra que o Congresso acrescente ao projeto original.

“O Congresso faz um trabalho de revisão de receita, de corte de despesa, de encontrar recurso que não está sendo executado. Tudo isso permite que o Congresso remaneje recursos para áreas prioritárias. Nessas ações que têm acréscimo, o Congresso pode fazer a indicação”, explicou o relator-geral do Orçamento, deputado Domingos Neto (PSB-CE), à TV Câmara, após a sessão do Congresso de ontem (3).

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/03/05/equipe-economica-folego-de-r-96-bi/

Ciência e tecnologia

Como parte do acordo, a liderança do governo no Congresso orientou os parlamentares a derrubarem um veto sobre o contingenciamento de verbas para órgãos de ciência, tecnologia e pesquisa. O acordo foi cumprido e o veto, derrubado.

Com isso, instituições públicas como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) não podem ter a verba retida pelo governo federal.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Fiocruz inicia distribuição de kits para diagnóstico do novo coronavírus

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A produção dos kits foi iniciada esta semana, diante da identificação dos primeiros casos da doença no Brasil e já antecipando uma possível disseminação do coronavírus em território nacional. A Fiocruz tem capacidade de produzir de 25 mil a 30 mil testes por semana, e o ritmo deve atender a demanda estabelecida pelo Ministério da Saúde.

Nas próximas duas semanas, os laboratórios das regiões Norte (Amazonas, Pará e Roraima), Nordeste (Bahia, Ceará, Pernambuco e Sergipe), Sudeste (Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais), Centro-Oeste (Distrito Federal e Mato Grosso do Sul) e Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) receberão os kits e serão capacitados. A expectativa é que todos estejam preparados para realizar os testes em cerca de 20 dias.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/07/25/entrega-dos-kits-para-corrida-santa-lucia-comeca-nesta-quarta-feira-24/

Metodologia

A Fiocruz já havia compartilhado a metodologia de testagem do coronavírus com especialistas dos Institutos Adolfo Lutz, em São Paulo, e Evandro Chagas, no Pará, além de técnicos do Laboratório Central de Saúde Pública de Goiás.

Também foram treinados na fundação representantes de nove países da América Latina, o que se deu a partir de um pedido da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que representa a Organização Mundial da Saúde no continente americano.

Além de testes para coronavírus, a Fiocruz vai entregar aos laboratórios kits para identificar os vírus Influenza A e B, o que contribui para o diagnóstico diferencial, quando a confirmação de um vírus descarta a suspeita de outro.

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Fonte: cennoticias

10 sinais de esperança sobre o coronavírus

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Classificando o novo coronavírus como uma pandemia ou não, o problema é sério. Não dá para diminuir a importância. Em menos de dois meses, ele se espalhou por vários continentes, mas o vírus não se importa com a forma pela qual o chamamos.

Uma pandemia implica uma transmissão sustentada, eficaz e contínua da doença simultaneamente em mais de três regiões geográficas diferentes. Já podemos estar nesta fase, mas isso não é sinônimo de morte, pois o termo não se refere à letalidade do agente infeccioso, mas à sua transmissibilidade e extensão geográfica.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/01/30/preco-de-vacinas-tem-variacao-de-ate-156-em-bh/

Seguimos a identificação de cada caso ao vivo. Foi notícia de primeira página que o vírus no Brasil sofreu mutação três vezes!

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Insisto: o assunto é sério, mas uma das primeiras vítimas do coronavírus na Espanha foi o Ibex35 (a bolsa de Madri). É necessário informar o que está acontecendo, mas também precisamos de boas notícias. Aqui estão dez delas.

1. Sabemos quem é

Os primeiros casos de Aids foram descritos em junho de 1981 e foram necessários mais de dois anos para identificar o vírus causador da doença. Os primeiros casos do novo coronavírus foram relatados na China em 31 de dezembro de 2019 e em 7 de janeiro o vírus já havia sido identificado.

O genoma estava disponível no dia 10. Já sabemos que é um novo coronavírus do grupo 2B, da mesma família que a Sars, razão pela qual o chamamos de SARSCoV2. A doença é chamada covid-19.

Está relacionado ao coronavírus de morcegos. As análises genéticas confirmam que ela tem uma origem natural recente (entre o final de novembro e o início de dezembro) e que, embora os vírus sofram mutações, sua frequência de mutação não é muito alta.

2. Sabemos como detectá-lo

Desde 13 de janeiro está disponível para todo o mundo um teste de RT-PCR para detectar o vírus.

Nos últimos meses, esses tipos de testes foram aperfeiçoados e tiveram sua sensibilidade e especificidade avaliadas.

3. Na China, a situação está melhorando

As fortes medidas de controle e isolamento impostas pela China estão gerando resultado. Há semanas, o número de casos diagnosticados diminui a cada dia.

Em outros países, está sendo realizado um acompanhamento epidemiológico muito detalhado. Os focos são muito concretos, o que permite que eles sejam controlados mais facilmente. Por exemplo, na Coreia do Sul e em Cingapura.

4. 81% dos casos são leves

A doença não causa sintomas ou é leve em 81% dos casos.

Em 14%, pode causar pneumonia grave e em 5% pode se tornar crítica ou letal.

5. Cura

Os únicos dados que às vezes são mostrados na mídia são o aumento no número de casos confirmados e no número de mortes, mas a maioria das pessoas infectadas é curada.

Há 13 vezes mais pacientes curados do que mortos, e a proporção está aumentando.

6. Quase não afeta menores de idade

Apenas 3% dos casos ocorrem em menores de 20 anos e a mortalidade em menores de 40 anos é de apenas 0,2%.

Nas crianças, os sintomas são tão leves que podem passar despercebidos.

7. O vírus é facilmente inativado

O vírus pode ser inativado das superfícies com uma solução de etanol (álcool 62-71%), peróxido de hidrogênio (água oxigenada a 0,5%) ou hipoclorito de sódio (lixívia a 0,1%), em apenas um minuto.

A lavagem frequente das mãos com água e sabão é a maneira mais eficaz de evitar o contágio.

8. Já existem mais de 150 artigos científicos

É o tempo da ciência e da cooperação. Em pouco mais de um mês, 164 artigos já podem ser consultados no PubMed sobre covid-19 ou SARSCov2, além de muitos outros disponíveis nos bancos de artigos ainda não revisados (pré-impressões).

São trabalhos preliminares sobre vacinas, tratamentos, epidemiologia, genética e filogenia, diagnóstico e aspectos clínicos.

Esses artigos foram preparados por cerca de 700 autores espalhados pelo planeta. É ciência em comum, compartilhada e aberta. Em 2003, quando a Sars aconteceu, levou mais de um ano para obter menos da metade de artigos.

9. Já existem protótipos de vacinas

Nossa capacidade de projetar novas vacinas é espetacular. Já existem mais de oito projetos contra o novo coronavírus. Existem grupos que trabalham em projetos de vacinas contra outros vírus semelhantes e agora tentam adaptar as pesquisas.

O que pode prolongar seu desenvolvimento são todos os testes necessários de toxicidade, efeitos colaterais, segurança, imunogenicidade e eficácia na proteção. É por isso que se fala em vários meses ou anos, mas alguns protótipos já estão em andamento.

Por exemplo, a vacina mRNA-1273 da empresa Moderna consiste em um fragmento de RNA mensageiro que codifica uma proteína derivada da glicoproteína S da superfície do coronavírus. Esta empresa possui protótipos semelhantes para outros vírus.

A Inovio Pharmaceuticals anunciou uma vacina de DNA sintético para o novo coronavírus, INO-4800, também baseada no gene S da superfície do vírus. Por sua vez, a Sanofi usará sua plataforma de expressão de baculovírus recombinante para produzir grandes quantidades do antígeno de superfície do novo coronavírus.

O grupo de vacinas da Universidade de Queensland, na Austrália, anunciou que já está trabalhando em um protótipo usando a técnica chamada “grampo molecular”, uma nova tecnologia que permite produzir vacinas usando o genoma do vírus em tempo recorde.

Na Espanha, o grupo de Luis Enjuanes e Isabel Sola, do CNB-CSIC, trabalha com vacinas contra coronavírus há anos.

Alguns desses protótipos serão testados em breve em humanos.

10. Existem mais de 80 ensaios clínicos com antivirais em andamento

As vacinas são preventivas. Mais importantes são os possíveis tratamentos de pessoas que já estão doentes. Já existem mais de 80 ensaios clínicos para analisar tratamentos contra coronavírus.

São antivirais que foram usados para outras infecções, já aprovados e que sabemos que são seguros.

Um dos que já foram testados em humanos é o remdesivir, um antiviral de amplo espectro, ainda em estudo, que foi testado contra Ebola e Sars/Mers. É um análogo da adenosina que é incorporado na cadeia do RNA viral e inibe sua replicação.

Outro candidato é a cloroquina, um antimalárico que também possui atividade antiviral potente. Sabe-se que bloqueia a infecção aumentando o pH do endossomo necessário para a fusão do vírus com a célula, o que inibe sua entrada.

Está provado que este composto bloqueia o novo coronavírus in vitro e já está sendo usado em pacientes que tiveram pneumonia devido ao vírus.

Lopinavir e Ritonavir são dois inibidores de protease usados como terapia antiretroviral que inibem a maturação final do vírus da Aids. Como a protease SARSCov2 demonstrou ser semelhante à do HIV, essa combinação já foi testada em pacientes com coronavírus.

Outros estudos propostos são baseados no uso de oseltamivir (um inibidor da neuraminidase usado contra o vírus da gripe), interferon-1b (proteína com função antiviral), anti-soros de pessoas já recuperadas e anticorpos monoclonais para neutralizar o vírus. Já foram sugeridas novas terapias com substâncias inibidoras, como a baricitinibina, selecionadas mediante inteligência artificial.

A pandemia de gripe de 1918 causou mais de 25 milhões de mortes em menos de 25 semanas. Algo semelhante poderia acontecer novamente hoje? Como vemos, provavelmente não. Nunca estivemos tão preparados para combater uma pandemia.

*Ignacio López-Goñi é professor de microbiologia na Universidade de Navarra, Espanha, e seu artigo original apareceu em The Conversation

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Fonte: Terra

Cientistas identificam como o novo coronavírus invade células humanas

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Pesquisadores chineses usaram técnicas avançadas de microscopia para enxergar o local exato das células humanas onde se acopla o novo coronavírus, que já matou mais de 3.000 pessoas desde o fim de 2019. Os dados, que acabam de sair na revista especializada Science, podem ajudar os cientistas a desenhar estratégias que bloqueiem com precisão a entrada do parasita microscópico.

A equipe liderada por Qiang Zhou, da Universidade do Lago Ocidental, em Hangzhou, usou uma técnica conhecida como crio-ME (criomicroscopia eletrônica). As amostras são analisadas em temperaturas próximas das do nitrogênio líquido (perto dos 200 graus Celsius negativos), o que permite observar suas estruturas quase átomo a átomo.

A abordagem foi empregada para investigar a configuração de uma fechadura molecular específica da parte externa das células, que está presente em órgãos como os pulmões e o coração. Essa fechadura ou receptor, designada pela sigla ECA2 (enzima conversora da angiotensina 2), normalmente está associada à produção de uma substância importante para regular a pressão do sangue (a angiotensina), mas tem sua ação “sequestrada” por alguns coronavírus.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/02/03/vacina-para-coronavirus-pode-sair-em-tempo-recorde/

Entre eles está o causador da Sars (síndrome respiratória aguda grave, cujo surto inicial também ocorreu na China) e seu parente próximo, o novo vírus.

É na ECA2 que ambos os tipos de parasitas fincam uma glicoproteína (ou seja, uma molécula que é parte proteica, parte açúcar), a chamada proteína S, que permite que os vírus se fundam à membrana das células humanas e as invadam. A análise conduzida pela equipe chinesa mostrou que as proteínas S do vírus da Sars e a do novo coronavírus têm ligeiras diferenças em sua interação com a fechadura das células, o que poderia ser parte da explicação para a maior capacidade de se espalhar pela população humana do parasita recém-descoberto.

Análises desse tipo costumam ser importantes para o chamado design racional de medicamentos, porque as moléculas de remédios precisam ter uma estrutura tridimensional capaz de bloquear a ação das estruturas correspondentes nos vírus ou outros causadores de doenças. Trata-se apenas do início desse caminho, no entanto.

Em outro estudo, publicado na revista científica Nature Microbiology, um grupo de especialistas do Comitê Internacional Sobre a Taxonomia de Vírus conferiu um nome oficial ao novo patógeno e detalhou o que se descobriu até agora sobre seu parentesco com outros vírus.

A equipe, coordenada por Alexander Gorbalenya, do Centro Médico da Universidade de Leiden, na Holanda, afirma que a posição da nova ameaça na árvore genealógica dos vírus ainda não está totalmente clara, embora alguns dados indiquem que ele pode pertencer à mesma espécie do causador da Sars, com o nome oficial Severe acute respiratory syndrome-related coronavirus (“Coronavírus relacionado à síndrome respiratória aguda grave”; a padronização exige que o nome oficial fique em itálico, a exemplo de nomes de espécies de animais, como Homo sapiens).

A variante que emergiu como causadora de uma nova doença no fim de 2019 será oficialmente conhecida pela sigla Sars-CoV-2, enquanto a moléstia em si recebe o nome formal de covid-19. Os autores do estudo são favoráveis ao nome genérico da doença, que não faz referência aos sintomas, porque ainda não está claro qual é a verdadeira variedade de sintomas que o patógeno é capaz de causar nas pessoas infectadas.

No estudo, Gorbalenya e colegas defendem que o melhor método de classificação de novos vírus é a comparação detalhada de seu material genético com o de vírus já conhecidos e destacam a importância de novos estudos sobre a diversidade desses parasitas na natureza, já que nunca será possível saber quais conseguirão saltar de outros animais para seres humanos.

Desde o início do alerta global sobre os riscos trazidos pelo novo coronavírus, as publicações científicas com dados sobre o patógeno estão sendo feitas em ritmo mais veloz que o normal e com acesso livre ao público, ao contrário do processo normalmente mais moroso e com cobrança de acesso que ainda é comum em revistas acadêmicas. Um fenômeno parecido ocorreu durante o auge da epidemia de zika, em 2015, depois que ficou claro que a doença podia causar microcefalia e outras anomalias severas.

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Fonte: MSN

Coronavírus: mortalidade é 9 vezes maior em doentes crônicos

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A taxa de mortalidade por coronavírus é até nove vezes maior entre pessoas com alguma doença crônica quando comparada à de pacientes sem patologia preexistente. Segundo dados do governo chinês compilados por uma missão de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) em fevereiro, no grupo de infectados que não tinham nenhuma comorbidade, apenas 1,4% morreu. Já entre os pacientes com alguma doença cardiovascular, por exemplo, o índice chegou a 13,2%. Considerando todos os pacientes infectados, a letalidade foi de 3,8%.

A análise do perfil foi feita com base em amostra de 55.924 casos e 2.114 mortes registrados na China até 20 de fevereiro. O país asiático já confirmou 80.422 casos e 2.984 óbitos.

As estatísticas mostram a taxa de mortalidade para pacientes com diferentes tipos de doença crônica. No caso de diabéticos, o índice foi de 9,2%. Em hipertensos, a taxa observada foi de 8,4%. Entre aqueles que já tinham alguma doença respiratória, como asma, a letalidade foi de 8%. Entre os doentes com câncer, a taxa ficou em 7,6%.

Paciente é tratado em hospital em Wuhan, epicentro do surto do novo coronavírus na China 13/02/2020 China Daily via REUTERS Foto: Reuters

Análises anteriores já haviam mostrado que outro importante fator de risco para complicações é a idade. Segundo o relatório da OMS, acima de 80 anos, a mortalidade pela doença chegou a 21,9%.

Nos dois casos, a principal explicação por trás do risco é a resposta imunológica deficiente do organismo. Isso porque, como não há tratamento ainda para a infecção por coronavírus, as células de defesa do paciente é quem precisam trabalhar para eliminar a ameaça. Nas pessoas com sistema imunológico enfraquecido, o corpo não consegue ter uma resposta igual à de uma pessoa saudável.

“Essas pessoas têm uma alteração na imunidade celular e nos processos inflamatórios. Geralmente elas já têm um ou mais órgãos comprometidos, sem funcionar adequadamente. Quanto tem um processo inflamatório, esse órgão pode ser demandado ainda mais e não dar conta”, explica a infectologista Nancy Bellei, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

De acordo com Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), não só a condição crônica pode levar a uma infecção viral mais aguda, como a contaminação pelo vírus piora a doença preexistente. “Uma exacerba a gravidade da outra. A infecção viral também piora a doença de base, aumentando o risco de morte não só pelo vírus, mas por complicação da doença crônica”, diz.

Os especialistas explicam que o tamanho do risco para doentes crônicos vai depender do estágio da doença de base e do nível de controle dela. “Quanto maior o nível de cuidado daquela pessoa com a doença preexistente, melhor será a resposta, mas, mesmo com a doença controlada, o risco de complicações é maior do que o de uma pessoa sem nenhuma comorbidade”, explica o especialista.

“Todo diabético, por exemplo, pode ter alterações no metabolismo e descompensações no quadro clínico quando enfrenta uma infecção. Por isso, em caso de surto, a orientação é que esse grupo procure orientação médica quando tiver sintomas”, ressalta Nancy.

Pouca gravidade entre crianças ainda intriga

Idosos e doentes crônicos já são considerados grupos com maior risco de complicação em outras doenças respiratórias, como a gripe. As crianças, no entanto, que também costumam integrar esse grupo mais crítico, não estão sendo afetadas de forma significativa pelo coronavírus – e isso está intrigando os cientistas.

De acordo com uma análise feita pelo Centro de Controle de Doenças chinês (CCDC) no início de fevereiro, não foi registrada nenhuma morte pela doença em pacientes com menos de 9 anos. E a taxa de letalidade em crianças, adolescentes e adultos jovens ficou em apenas 0,2%.

“Nenhum estudo mostrou ainda por que as crianças estão sendo poupadas. Pode ser por algum receptor celular do vírus que não é tão expressivo nelas. Ou então pode ser que, como elas se infectam com outros coronavírus mais fracos na infância, tenham imunidade cruzada para esse novo. Mas essa é uma hipótese que não aposto muito”, diz Nancy Bellei, professora de infectologia da Unifesp.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/06/12/anvisa-aprova-novo-tratamento-para-cancer-de-pulmao-3/

A análise do perfil dos mortos mostra ainda que a letalidade é muito maior na região de Wuhan (5,8%), epicentro da crise, em comparação com outras áreas da China (0,7%). A mortalidade também foi muito mais alto nas primeiras semanas do surto, em dezembro e janeiro, do que em fevereiro. A explicação, segundo especialistas, pode estar no fato de os serviços médicos terem aprendido melhores formas de suporte aos doentes e também à redução de casos na China nas últimas semanas, o que teria feito o sistema de saúde ficar menos sobrecarregado.

Fonte: Terra

Paranaenses desenvolvem leite materno em pó que pode ser distribuído pelo SUS

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Pesquisadores da UEM desenvolveram leite materno em pó — Foto: Arquivo pessoal

O valor, tanto emocional quanto físico, do leite materno levou pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no norte do Paraná, a estudarem e desenvolverem um método capaz de transformar o líquido em pó sem desperdiçar os principais nutrientes.

“Pensando que o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade é realidade para apenas 40% das brasileiras, permitir que o leite materno seja viável e distribuído para a população pelo Sistema Único de Saúde é inovador”, diz Vanessa Javera, estudante de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos da UEM.

Com grande capacidade nutritiva e reconhecido pela importância no desenvolvimento físico e cognitivo, o leite materno é um alimento de ouro para bebês, principalmente, para recém-nascidos.

Não é à toa que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o leite materno seja o único alimento oferecido para os bebês até os seis meses de vida. Depois, quando se inicia a introdução alimentar, o leite materno deve ser mantido até a criança completar, pelo menos, os dois anos.

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O que propõe a pesquisa

Além da Vanessa, o professor Jesui Vergilio Visentainer também está por trás da pesquisa que, segundo eles, é inédita no país. Para eles, o resultado é importante do ponto de vista social, econômico e sustentável.

No método desenvolvido, o leite materno congelado doado passa pelo processo de pasteurização no banco de leite e depois é desidratado até virar pó.

Conforme os estudos, depois deste processo, com nutrientes preservados, o leite é encaminhado às instituições de saúde.

“Trabalhamos com fatores imunológicos, nutricionais e antioxidantes, e todos esses componentes permaneceram no leite que foi transformado em pó. O resultado mostra que esse processo é viável”, contou a pesquisadora.

A pesquisadora explica que o processo de pasteurização é necessário para evitar que doenças sejam transmitidas pelo leite doado. O leite materno sem pasteurização só pode ser utilizado pelo filho da própria doadora.

O leite humano em pó é ainda uma alternativa para melhorar e otimizar o armazenamento, transporte e distribuição.

Conforme a pesquisa, o produto em pó é mais resistente à contaminação, o transporte pode ser feito de maneira mais simples e gera menos gastos.

Como é feito hoje

Atualmente, os bancos de leite humano recolhem o leite materno congelado das casas das doadoras e, de lá, levam os recipientes em caixas térmicas com controle rigoroso de temperatura.

No banco de leite, o líquido passa pelo processo de pasteurização e depois é levado para hospitais para atender bebês recém-nascidos internados.

O hospital precisa manter o produto congelado. Ao ser descongelado, o leite materno, se não consumido, deve ser descartado após 24 horas.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/08/28/eurofarma-inaugura-primeiro-banco-de-leite-humano-privado-no-brasil/

“Quando pensamos que bebê amamentado terá um desenvolvimento cognitivo melhor e ficará menos doente, esse estudo se torna ainda mais relevante”, concluiu a pesquisadora.

A pesquisa paranaense recebeu o prêmio Péter Murányi que reconhece trabalhos inovadores para melhorar a qualidade de vida da população.

Fonte: G1

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